IV Workshop das Unidades de Pesquisa do
MCT e a Inovação Tecnológica
Petrópolis, 15 e 16 de agosto de 2011
Modelos Institucionais de ICTs Públicas
Estrangeiras
Fontes de informação e conhecimento
Missões Técnicas ABDI
Portal Inovação
Publicações internacionais
Centros de Tecnologia e Inovação
PAÍS
CTIs
Alemanha
Fraunhofer Institutes
Bélgica
Interuniversity Microelectronics Centre (IMEC)
Coréia do Sul
Electronics and Communications Research Institute (ETRI)
China
Torch High Technology Industry Development Center
Dinamarca
GTS network (Authorised Technological Service Institutes)
Small Business Technology Transfer (STTR)
EUA
Defense Advance Research Projects Agency (DARPA)
Finlândia
Technical Research Centre of Finland (VTT)
França
The Carnot Institutes
Japão
The National Institute for Advanced Industrial Science and Technology (AIST)
Printable Electronics Technology Centre (PETEC)
Reino Unido
MediaCityUK
The New and Renewable Energy Centre (Narec)
Suécia
VINNOVA
Taiwan
Industrial Technology Research Institute – ITRI
Características dos Centros de
Tecnologia e Inovação
 Condução de P&D dentro da empresa;
 Viabilização do acesso a equipamentos e técnicas que porventura não
estejam ao alcance das empresas;
 Ajuda na melhoria dos processos de produção e na elaboração de
demonstrativos tecnológicos;
 Ajuda no desenvolvimento de cadeias de valor e de fornecimento;
 Informe às empresas sobre a potencialidade de novas tecnologias;
 Ajuda a PMEs em seu estágio inicial.
Não são centros de ensino de pesquisa básica e tampouco
instrumentos de formulação de políticas.
Características dos Centros de
Tecnologia e Inovação
 O papel específico dos CTIs varia de acordo com o sistema de inovação e do
panorama econômico e social dos países nos quais eles operam;
 Geralmente apóiam atividades comerciais/empresariais com foco no
desenvolvimento e comercialização de novas tecnologias que sejam originadas da
pesquisa básica e para a qual exista demanda comercial;
 Entretanto, é senso comum de que os CTIs servem como pontes entre a pesquisa
acadêmica e a exploração comercial;
 A maioria possuem foco em setores ou tecnologias que se capitalizam em forças
locais e nacionais, ao invés de formarem uma rede aleatória de setores e
tecnologias diversas.
 E importante frisar que onde há foco em uma área específica, como é o caso do
ITRI, em Taiwan, os graus de competência e excelência são elevados.
Características dos Centros de
Tecnologia e Inovação
 Fortes estruturas de governança são importantes para prover diretrizes
estratégicas e assegurar a qualidades dos serviços prestados às empresas;
 A grande maioria opera com alto grau de autonomia de
gerenciamento;
 Nota-se que uma marca forte funciona como fortalecedora de um CTI
ou de redes de CTIs, tornando-os parceiros mais atrativos para o setor
privado e para colaborações internacionais;
 O papel e a lógica dos CTIs são circunstanciais, já que inclui a presença
e natureza de outros centros acadêmicos ou centros de excelência
empresariais, o balanço dos setores empresariais, e a importância dada
pelos setores público e privados à inovação em um dado país.
Financiamento (funding)
Tanto o nível quanto o tipo de ‘funding’ variam significativamente entre os
países. Porém, as fontes de ‘funding’ podem ser categorizadas como:
 “Funding” principal/central: provenientes do governo nacional ou regional.
Embora esse ‘funding’ não esteja sempre vinculado a atividades ou
resultados específicos, existe uma estrutura de gerenciamento de execução
presente nos CTIs que recebem tal investimento;
 Contratos e subvenções de pesquisa: provenientes de órgãos públicos e
geralmente recebidos após concurso/competição;
 Contratos de pesquisa com o setor privado: geralmente licitações.
Porcentagem de “Funding” em alguns
CTIs, 2008
Composição de pesquisadores da AIST (Japão) por área em 2010.
Campo de pesquisa
Receitas e despesas 2011, em Yen, do National Institute for Advanced
Industrial Science and Technology (AIST), Japão
Panorama geral de governança
Todos os departamentos, bem como unidades de investigação, são continuamente
avaliados por comites formados por membros de universidades, setor privado e agências
governamentais.
A estrutura organizacional das unidades de investigação em AIST é flexível, e cada unidade
de investigação é autónoma. As unidades de pesquisa da AIST são classificados em três
tipos:
1.Centros de pesquisa (21) período limitado (normalmente 7 anos) organizações com
objetivos claros. Recursos de pesquisa do AIST, como orçamento e de pessoal, são
estrategicamente distribuídos, e centros de pesquisa têm prioridade para os recursos.
2.Institutos de pesquisa (20) são basicamente organizações de pesquisa aplicada. Institutos
de pesquisa com objetivo de manter a continuidade da operação para implementar
estratégias de médio e longo prazo do AIST. São esperados para manter o potencial
técnico do AIST e desenvolver novos campos de tecnologia.
3.Laboratórios de pesquisa (2) são unidades muito pequenas de termos limitado. A
proposta da pesquisa é promover projetos de investigação específicos, especialmente
aqueles de cross-fields e também visam satisfazer necessidades imediatas do governo.
Panorama geral de governança
Alemanha, Japão e Coréia do Sul
Governança formal e coletiva é comum
Os Institutos Fraunhofer, na Alemanha, possuem uma estrutura complexa,
incluindo Membros, Assembléia Geral e um Senado. Essas estruturas formais
trazem o benefício do estabelecimento de diretrizes estratégicas e avaliações
de desempenho das atividades de pesquisas. Porém, dentro da estrutura
federal, cada Instituto Fraunhofer possui um grau de autonomia:
i) para estabelecer suas prioridades de pesquisa,
ii) para buscar oportunidades comerciais, e
iii) para competir entre elas com vistas a ganhar os ‘fundings’ das
empresas ou do setor público;
Panorama geral de governança
O sistema Carnot francês possui uma Associação de Membros, a qual atual de
forma similar a uma associação comercial, promovendo a marca e
disponibilizando alguns serviços compartilhados entre os membros, apesar de
não existir uma estrutura de governança comum.
No sistema GTS dinamarquês, empresas sem fins lucrativos dentro do setor
privado, com grande expertise em tecnologia são autorizadas pelo Ministério
de Ciência, Tecnologia e Inovação a usar o título de CTIs. A autorização é dada
para um período de três anos e, atualmente, nove organizações na Dinamarca
estão autorizadas a fazer isso. Passados os três anos, essas organizações
precisam ser re-certificadas.
O modelo Fraunhofer
 Um aspecto diferenciador do modelo é seu foco em pesquisas de longo prazo,
sendo necessário um considerável dispêndio de tempo e esforço para transferir
conceitos tecnológicos para aplicação industrial. Tal modelo em sentido em países
que possuem muitas empresas de engenharia e manufatura;
 O ‘funding’ do modelo Fraunhofer é balanceado com 1/3 do orçamento
proveniente do governo (nacional ou regional); 1/3 vinculados a projetos de
pesquisa público-privada com foco em competitividade; e 1/3 provenientes de
contratos com o setor privado;
 Cada Instituto Fraunhofer tem um foco tecnológico específico, mas opera através
de uma gama de setores industriais;
 Cada Instituto está alinhado com uma universidade específica, que possui
experiência na tecnologia-foco do Instituto. O chefe do Instituto Fraunhofer é um
professor da universidade (apesar do que a maioria do seu tempo é dedicada ao
Instituto);
O modelo Fraunhofer
 Os contratos de pesquisa fornecem a maior parte do financiamento
para os institutos, muitas vezes 70-80% do orçamento anual. O resto é
financiamento público básico, 90% dos quais é federal e 10% vem do
(Estado) em que o instituto está localizado;
 Uma vez que um acordo geral foi feito pelo governo nacional e estadual
para compartilhar o financiamento de base, tem sido relativamente fácil
para a Sociedade criar novos institutos, quando se percebe uma
demanda por contratos de investigação em novas áreas.
 Tentativas de instalação de Institutos Fraunhofer ou centros fora da
Alemanha (na França e dos EUA, por exemplo) foram feitas, porém não
tiveram o sucesso dos institutos na Alemanha.
Prospecção
O Fraunhofer analisou as macro tendências da atualidade e campos
identificados de pesquisa que vão desempenhar um papel
particularmente importante no futuro:
• Saúde Assistida a pessoas
• Superfícies Biofuncionais
• Gestão da água descentralizada e integrada
• Tecnologia de localização integrada
• Energia auto-suficiente sensores e redes de sensores
• Modernização com eficiência energética
• Armazenamento de energia em redes de energia
• Gestão da cadeia de alimentos
• Tecnologias verdes
• Estruturas de materiais híbridos (orgânico-inorgânicos)
• Luz de estado sólido
Dinâmica de negócios
 O Instituto recebe financiamento tanto do setor público (cerca de 40%) e
por meio de ganhos de investigação por contrato (aproximadamente
60%).
 Como consequência, opera em um equilíbrio dinâmico entre a aplicação
orientada a investigação fundamental e desenvolvimento de projetos
inovadores.
 A Sociedade concorre e colabora com universidades e institutos
politécnicos. Frequentemente diretores de institutos atuam nas
universidades e centros politécnicos e são nomeados em consulta com a
universidade.
Missão técnica ao Fraunhofer
Realizada em fevereiro de 2011 (Colônia, Stuttgart, Nuremberg e Berlim)
Objetivos:
 Conhecer a experiência na elaboração de política públicas que
aumentam a competitividade das empresas por meio da inovação.
 Conhecer com detalhes a estratégia de atuação, entrando em contato
com os procedimentos e a filosofia que fizeram da Fraunhofer uma
referência global na integração entre pesquisa e mercado.
 Foram visitados três laboratórios de tecnologia da Informação,
nanotecnologia e microeletrônica para aplicações biológicas.
Missão técnica ao Fraunhofer
Conclusões e observações:
 A transferência direta do modelo para o Brasil não foi recomendada,
devendo o uso do modelo levar em conta as diferenças do tecido social e
a maior capacidade inovadora do Brasil em áreas específicas de
sustentabilidade e diversidade.
Sugestões para adaptabilidade:
 Ter uma estratégia de debates com os diversos setores (acadêmico,
governamental, empresarial, terceiro setor), visando motivar e gerar
engajamento, garantindo a validade e capilaridade das ações
interministeriais.
 Atenção especial deve ser dada a capacitação em gerenciamento de
cientistas atuando já em desenvolvimento tecnológico.
Missão técnica ao Fraunhofer
 Desenvolvimento tecnológico deve evitar 2 premissas equivocadas na
micro visão que gera a macro visão: cientista não faz desenvolvimento
tecnológico, e cientista não tem capacitação para gestão de projetos.
 Atenção especial deve ser dada a capacitação em gerenciamento de
cientistas atuando já em desenvolvimento tecnológico.
 Executam contratos de Propriedade Intelectual e Transferência
Tecnológica centralizada.
 O instituto decide como será o processo de licenciamento, pois cada
projeto possui centro de custo próprio.
 Escolhem as patentes considerando facilidades legais de monitorar e de
licenciar.
Yissum é uma empresa privada responsável pela transferência de
tecnologia da Universidade Hebraica de Jerusalém (HU). Responde
pela comercialização das invenções e pelo know-how gerado por
renomados pesquisadores da universidade e estudantes.
A empresa é uma das mais antigas organizações de transferência de
tecnologia do mundo, fundada em 1964, apontada também como uma
das lideres mundiais em geração de receitas.
Histórico de Excelência
VINNOVA é uma agência do governo sueco no âmbito do Ministério da
Empresa, Energia e Comunicações, a agência nacional participa da rede para o
Programa da União Européia de P&D.
Uma parte importante das atividades da VINNOVA consiste em aumentar a
cooperação entre empresas, universidades, institutos de pesquisa e outras
organizações do sistema de inovação sueco.
Dispõe de editais com características de co-financiamento.
Muito Agradecido
Osvaldo Spíndola
Coordenação de Inovação
Técnico Sênior – Projetos
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Características dos Centros de Tecnologia e Inovação