Aula 5. Teste de Hipóteses II.
Capítulo 12, Bussab&Morettin βEstatística Básicaβ 7ª Edição
Procedimento teste de hipótese para
proporção. Resumo.
(1) Estabelecer as hipóteses:
H: π = π0
contra uma das alternativas
A: π οΉ π0 , A: π οΎ π0 ou A: π οΌ π0 .
(2) Escolher um nível de significância πΆ.
(3) Determinar a região crítica RC da forma
{ π β€ π1 } βͺ { π β₯ π2 }, { π β₯ π } ou { π β€ π },
respectivamente às hipóteses alternativas, onde π é
número de elementos na amostra com o atributo
desejado, π~π΅(π, π0 ).
Procedimento teste de hipótese para
proporção. Resumo.
(4) Selecionar uma amostra aleatória e determinar o
número π₯ de elementos na amostra com o atributo
desejado.
(5) Decidir, usando a evidência π₯ , ao nível de significância
πΆ, e concluir.
π₯ ο RC ο rejeitamos H.
π₯ ο RC ο não rejeitamos H.
Procedimento teste de hipótese para
proporção. Região crítica.
Estatística do teste é π que é número de elementos na
amostra com o atributo desejado, a distribuição de π é a
distribuição binomial π΅(π, π0 ). A região crítica é determinada
em forma { π β€ π1 } βͺ { π β₯ π2 }, { π β€ π } ou { π β₯ π },
respectivamente às hipóteses alternativas, que depende de
nível de significância do teste πΌ e da estatística do teste
Procedimento teste de hipótese para
proporção. Região crítica.
Estatística do teste pode ser também a proporção
π
π=π=
π
em que π, como antes, é número de elementos na amostra
com o atributo desejado. Neste caso a região crítica é
determinada em forma
π1
π2
π
π
πβ€
βͺ πβ₯
, πβ₯
, πβ€
π
π
π
π
respectivamente às hipóteses alternativas
Procedimento teste de hipótese para proporção.
Região crítica. Aproximação normal.
Estatística do teste pode ser também π§-estatística
π β ππ0
π=
ππ0 (1 β π0 )
em que π, como antes, é número de elementos na amostra
com o atributo desejado. Neste caso a região crítica é
determinada em forma
π1 β ππ0
π2 β ππ0
πβ€
βͺ πβ₯
,
ππ0 (1 β π0 )
ππ0 1 β π0
π β ππ0
π β ππ0
πβ₯
,
πβ€
ππ0 (1 β π0 )
ππ0 (1 β π0 )
Procedimento teste de hipótese para proporção.
Região crítica. Aproximação normal.
(1) H: π = π0
A: π οΎ π0
(2) Escolher um nível de significância πΆ.
πΌ = 0.05
(3) Determinar a região crítica RC da forma
π ο³ π ou π =
πβππ0
ππ0 (1βπ0 )
β₯
onde estatística do teste
π β ππ0
π=
ππ0 (1 β π0 )
πβππ0
ππ0 1βπ0
β π(0,1)
= π§π
Procedimento teste de hipótese para proporção.
Região crítica. Aproximação normal.
(3) Determinar a região crítica RC da forma
π β₯ π§π
onde estatística do teste
π~π(0,1)
Achamos π§π pela tabela da distribuição normal
π π β₯ π§π = πΌ
(4) Selecionar uma amostra aleatória e determinar o
número π₯ de elementos na amostra com o atributo
desejado.
Procedimento teste de hipótese para proporção.
Região crítica. Aproximação normal.
(4) Calcular o valor observado da estatística do teste
π₯ β ππ0
π§πππ =
ππ0 (1 β π0 )
(5) Decidir, usando a evidência π§πππ :
π§πππ > π§π ο rejeitamos H.
π§πππ < π§π ο não rejeitamos H.
Procedimento teste de hipótese para
proporção. Aproximação normal.
Exemplo: A proporção de analfabetos em um município
era de 15% na gestão anterior.
No início da sua gestão, o prefeito atual implantou um
programa de alfabetização e após 2 anos afirma que
reduziu a proporção de analfabetos.
Para verificar a afirmação do prefeito, n = 200 cidadãos
foram entrevistados.
Procedimento teste de hipótese para
proporção. Aproximação normal.
Seja π o número de analfabetos entre os 200 cidadãos
entrevistados e π~π΅ 200; π , sendo π a proporção atual de
analfabetos no município (após o programa de alfabetização).
(1) Estabelecer as hipóteses:
H: π = 0.15
contra alternativa
A: π οΌ 0.15.
H: A proporção de analfabetos no município não se alterou
(a afirmação do prefeito está incorreta).
A: A proporção de analfabetos no município diminuiu
(a afirmação do prefeito está correta).
Procedimento teste de hipótese para
proporção. Aproximação normal.
(2) Escolher um nível de significância πΌ.
πΌ = 0.05
(3) Determinar a região crítica RC da forma
π < π§π
onde achamos π§π pela tabela da distribuição normal
π π < π§π = πΌ
1 β π΄ βπ§π = πΌ β π΄ βπ§π = 1 β πΌ = 0.95
π§π = β1.64
Então, a região crítica RC é
π < β1.64
Procedimento teste de hipótese para
proporção. Aproximação normal.
(4) Buscar a evidência na amostra para concluir.
Se observamos 20 analfabetos entre os 200
entrevistados, qual a conclusão?
Calculemos a estatística do teste
π§πππ =
20 β 200 β 0.15
200 β 0.15 β 0.85
β
β1.98
Procedimento teste de hipótese para
proporção. Aproximação normal.
(5) Decisão e conclusão:
π§πππ = β1.98 < β1.64 = π§π β π§πππ β π
πΆ
decidimos por rejeitar a hipótese nula ao nível de
significância de 5%.
Concluímos que temos evidência suficiente para afirmar
que a proporção de analfabetos (após o programa de
alfabetização) é inferior a 15%, isto é, há evidência
suficiente de que a afirmação do prefeito seja correta.
Procedimento teste de hipótese para média
populacional.
amostra
população
normal
ππ ~π(π, π 2 )
π1 , π2 , β¦ , ππ : são
independentes e
ππ ~π(π, π 2 )
π1 , π2 , β¦ , ππ
( xοο )2
f ( x) ο½
e
2ο³ 2
2ο°ο³ 2
Procedimento teste de hipótese para média
populacional.
Nosso objetivo agora é apresentar procedimentos
estatísticos simples para verificar se um conjunto de dados
amostrais dá ou não suporte à uma conjectura sobre o
valor médio π (desconhecido) de uma característica de
interesse, observável em βindivíduosβ de uma população
(normal).
Mais precisamente, procedimentos para testar hipóteses
sobre π, tomando como base o valor médio π dessa
característica, observado em uma amostra casual simples
de tamanho π desses βindivíduosβ.
Procedimento teste de hipótese para média
populacional.
Exemplo:
Em períodos de pico, os clientes de um banco são obrigados a
enfrentar longas filas para sacar dinheiro nos caixas
eletrônicos. Dados históricos de vários anos de operação
indicam que o tempo de transação nesses caixas tem
distribuição normal com média igual a 270 segundos.
Para aliviar essa situação o banco resolve instalar, em caráter
experimental, alguns caixas eletrônicos de concepção mais
avançada. Após o período de experiência, o banco pretende
examinar o tempo médio obtido em uma amostra casual
simples das transações realizadas nesses caixas.
Procedimento teste de hipótese para média
populacional.
As etapas a serem cumpridas para este teste de hipóteses
são as mesmas que vimos anteriormente.
(1) Formular as hipóteses nula H e a alternativa A
Hipótese Nula : afirmação ou conjectura sobre π contra a qual
estaremos buscando evidência nos dados amostrais.
Hipótese Alternativa : afirmação ou conjectura sobre π que
suspeitamos (ou esperamos) ser verdadeira.
H: π = π0 contra uma das alternativas
H: π = 270 seg.
A: π β π0 , A: π < π0 ou A: π > π0
A: π < 270 seg.
Procedimento teste de hipótese para média
populacional.
(2) Fixar o nível de significância πΌ do teste. Seja πΌ = 5%.
(3) Determinar a região crítica RC da forma
π < βπ§π βͺ π > π§π , π > π§π ou π < βπ§π
ou
π < βπ‘π βͺ π > π‘π , π > π‘π ou π < βπ‘π
respectivamente às hipóteses alternativas
Procedimento teste de hipótese para média
populacional.
A estatística do teste π ou π vai ser definida dependendo do
conhecimento de variância populacional π 2 como
π=
πβπ0
π
π ~ π 0,1
caso π 2 é conhecida, e
π=
πβπ0
π
π ~ π‘πβ1
caso π 2 é desconhecida
Valores π§π e π‘π são definidos pelas hipóteses e πΌ:
π π < βπ§π βͺ π > π§π = π π > π§π = πΌ,
π π > π§π = πΌ ou π π < βπ§π = πΌ usando tabela normal
π π < βπ‘π βͺ π > π‘π
ou
= π π > π‘π = πΌ,
π π > π‘π = πΌ ou π π < βπ‘π = πΌ usando tabela T-Student
Procedimento teste de hipótese para média
populacional.
No exemplo supomos não que sabemos variância populacional
π 2 então usaremos a estatística do teste
π β π0
π=
π ~ π‘πβ1
π
Para aliviar essa situação o banco resolve instalar, em caráter
experimental, alguns caixas eletrônicos de concepção mais
avançada. Após o período de experiência, o banco pretende
examinar o tempo médio obtido em uma amostra casual
simples das 24 transações realizadas nesses caixas.
Achamos π‘π de condição π π < βπ‘π = 0.05
π π < β1.714 = 0.05
RC= π < β1.714
Procedimento teste de hipótese para média
populacional.
(4) Buscar a evidência na amostra para concluir:
Para aliviar essa situação o banco resolve instalar, em caráter
experimental, alguns caixas eletrônicos de concepção mais
avançada. Após o período de experiência, o banco pretende
examinar o tempo médio obtido em uma amostra casual
simples das 24 transações realizadas nesses caixas.
Amostra de 24 trasações oferece seguintes dados:
π₯ = 262.3,
π = 21.4
Valor observado da estatística do teste é
π₯ β π0
262.3 β 270
π‘πππ =
π=
24 β
β1.76
π
21.4
Procedimento teste de hipótese para média
populacional.
(5) Decisão e conclusão:
π‘πππ = β1.76 < β1.71 = π‘π β π§πππ β π
πΆ
decidimos por rejeitar a hipótese nula ao nível de
significância de 5%.
Concluímos que temos evidência suficiente para afirmar que a
média de transição diminuiu nas novos caixas eletrônicos
Exemplo: Um industrial afirma que seu processo de fabricação
produz 90% de peças dentro das especificações. O IPEM deseja
investigar se esse processo de fabricação está sob controle.
Seja π a proporção de peças produzidas dentro das
especificações.
As hipóteses de interesse são:
H: π = 0.9
A: π < 0.9
Ou seja, queremos testar
H: O processo está sob controle.
A: O processo não está sob controle.
Nível descritivo. Introdução.
Selecionamos uma amostra aleatória de 15 itens
e observamos o número π de itens satisfatórios.
Então: π~π΅(15, π)
Região crítica: RC= { X ο£ k }
Para πΌ = 6% temos π = 11 e RC= π β€ 11
Para πΌ = 1% temos π = 9 e RC= π β€ 9
Nível descritivo. Introdução.
Se observamos x = 10 peças satisfatórias, então:
a) πΌ = 6% ο 10 ο RC
Rejeitamos H ao nível de significância de 6%.
b) πΌ = 1% ο 10 ο RC
Não rejeitamos H ao nível de significância de 1%.
Crítica: Arbitrariedade na escolha da RC
(ou do nível de significância).
Sugestão: Determinar o nível de significância
associado à evidência experimental, que é
denominado nível descritivo ou p-valor.
Nível descritivo. P-valor.
No exemplo, a região crítica é da forma RC = π β€ π .
Para π₯πππ = 10,o nível descritivo ou valor π é calculado por:
π = π π β€ 10 | π = 0.9 = 0.0127
O valor π é igual à probabilidade de ocorrerem valores de π
tão ou mais desfavoráveis para a hipótese nula π» do que o
valor observado π₯πππ = 10.
Assim, se o processo estivesse sob controle, a probabilidade de
encontrarmos uma amostra de 15 peças com 10 ou menos
peças satisfatórias é de apenas 1%.
Isso sugere que a hipótese nula π» deve ser rejeitada.
Nível descritivo. P-valor.
Se o valor π
é βpequenoβ, então é pouco provável
observarmos valores iguais ou mais extremos que o da
amostra, supondo a hipótese nula π» verdadeira.
Assim, há indícios de que a hipótese nula não seja verdadeira e
tendemos a rejeitá-la.
Por outro lado, para valores βnão tão pequenosβ de π, não fica
evidente que a hipótese nula π» seja falsa, portanto tendemos a
não rejeitá-la.
Assim,
P βpequenoβ ο rejeitamos H
P βnão pequenoβ ο não rejeitamos H
Quão βpequenoβ deve ser o valor de P para
rejeitarmos H ?
Nível descritivo. P-valor.
Lembrando que a ideia inicial de π era considerar um nível de
significância associado à evidência amostral, podemos
compará-lo a um nível de significância πΌ fixado, de modo
que:
π β€ πΌ ο rejeitamos π»
π > πΌ ο não rejeitamos π»
P
P
ο‘
rejeitamos H
não rejeitamos H
Se π β€ πΌ , dizemos que a amostra forneceu evidência
suficiente para rejeitar a hipótese nula π».
No exemplo: P = 0,0127.
Adotando ο‘ = 0,05, temos que P < ο‘, portanto
rejeitamos H ao nível de significância 5%.
Assim, o processo não está sob controle.
Observações:
β’ Quanto menor o valor P, maior é a evidência
contra a hipótese nula H contida nos dados.
β’ Quando a hipótese nula é rejeitada para um nível
de significância ο‘ fixado, dizemos também que
a amostra é significante ao nível de significância ο‘.
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