O Antigo Regime Absolutismo e mercantilismo Características do Antigo Regime Mercantilismo – política econômica marcada por forte intervenção do Estado na economia. Estado Absolutista – todos os poderes concentrados nas mãos do rei. Sociedade estamental – estratificada, extremamente hierarquizada e sem mobilidade social. Mercantilismo: Política econômica, característica da Idade Moderna, adotada pelas monarquias absolutistas. São práticas impostas pelo Estado para benefício do próprio Estado. Sua principal característica: economia sob forte controle do Estado. Princípios mercantilistas Metalismo – Uma nação rica é aquela que possui muito ouro e prata. Balança comercial favorável – vender (exportar) mais do que comprar (importar). Protecionismo – Taxar produtos importados, valorizando a venda de produtos nacionais. Colonialismo – colonizar territórios, em busca de mais recursos. Tudo isso só era possível por meio de forte intervenção do Estado na economia. Contradições do mercantilismo Estado - recebia muitos recursos com as práticas mercantilistas, mas gastava quase todo o dinheiro com exército, corpo burocrático-administração, estilo de vida luxuoso e regalias concedidas à nobreza. Burguesia – Era taxada, mas reinvestia seus lucros, obtidos por meio de relações comerciais, em novos empreendimentos, acumulando recursos em uma espiral ascendente. Portugal e Espanha e o mercantilismo Se o acúmulo de ouro e prata era a medida da riqueza das nações, porque Portugal e Espanha, colonizadores da América, não tornaram-se potências europeias? Ambos os países assumiram atitudes aristocráticas em relação ao dinheiro: ele é a forma de obter bens, riquezas e benesses. Não houve a preocupação de reinvestir o dinheiro extraído das colônias; só preocuparam-se em ostentar! Mercantilismo X Liberalismo Laisse faire, laisse passer É o mercado, e não mais o Estado, que controla a economia. O Absolutismo Final da Idade Média = fortalecimento do comércio e da burguesia. Enfraquecimento da nobreza fundiária. O rei passou a tributar o comércio, para lucrar com isso. Com esse dinheiro, montou exército nacional. Para facilitar o comércio, criou uma moeda nacional e acabou com os direitos de passagem (pedágio). Ao mesmo tempo em que fortaleciam a concentração de poderes nas mãos do rei, essas práticas favoreciam a burguesia, que viria destroná-lo. Teóricos do Absolutismo Nicolau Maquiavel (1469-1527) – Em sua obra O Príncipe, Maquiavel parte do princípio de que para assegurar o bemestar do povo (fim) o rei deve fazer uso de qualquer artifício (meios). Assim, sua máxima era; “os fins justificam os meios.” Teóricos do Absolutismo Jean Bodin (1530-1596) – Autor de A república, defendeu que a autoridade real é semelhante à paterna e, por isso, sem restrições. Também ressaltou que o poder do rei emana das leis de Deus, pelo que ele pode legislar sem o consentimento de ninguém. Teóricos do Absolutismo Jacques Bossuet (1627-1704) – Em sua obra Política extraída da Sagrada Escritura, estabeleceu o princípio do direito divino dos reis. Segundo ele, a autoridade do rei é sagrada porque emana diretamente de Deus. E como o rei age como ministro de Deus na terra, discutir sua legitimidade é cometer sacrilégio e rebelar-se contra ele é rebelar-se contra Deus. Teóricos do Absolutismo Thomas Hobbes (1588-1619) – Em sua obra O leviatã, sustenta que o homem é naturalmente mau (“o homem é o lobo do homem”), necessitando de um Estado com poder forte, capaz de garantir o convívio social. Burguesia economicamente poderosa. Isso mudou a sua condição social? Apesar do enriquecimento, proveniente das relações comerciais e do reinvestimento do capital acumulado, a burguesia mantinha-se numa posição de inferioridade perante o clero e a nobreza. Isso provoca insatisfãções, que irão levar aoq uestionamento dessa ordem social, calcada no privilégio sanguínio, e não financeiro. Sociedade no Antigo Regime Clero e nobreza tinham privilégios (isenção fescal). O terceiro estado (povo) era o único que pagava impostos. A burguesia fazia parte desse estamento. Sociedade no Antigo Regime