Relação da
Crise do Feudalismo
com a
Formação dos
Estados Nacionais Absolutistas
A crise do Feudalismo
Definição de Estado Nacional:
•
Existe um Estado Nacional quando há
um governo centralizado e soberano
sobre uma nação, ou seja, um povo
com cultura comum, que habita um
determinado território (país). Como na
Modernidade o poder exercido pelo
rei se confundia com o Estado,
podemos
falar
em
Monarquia
Nacional.
A aliança entre rei
e burguesia
Interessava à burguesia acabar com os obstáculos feudais
ao comércio: pedágios, pesos e medidas, moedas,
impostos e leis diferentes. Percebendo que a unificação
do mercado nacional somente seria possível com a
centralização do poder, a burguesia aliou-se ao rei,
fornecendo-lhe capital. Dessa forma, o rei conseguiu força
econômica e militar para vencer os senhores e a
burguesia, condições favoráveis ao desenvolvimento das
atividades mercantis.
O MERCANTILISMO foi a fórmula mais rápida e eficaz
encontrada para superar a crise na Idade Média.
Enquanto no plano político a fórmula encontrada foi
o absolutismo, no econômico gerou o Mercantilismo,
portanto esse pode ser definido como “uma política
de intervenção econômica praticada pelo estado
moderno”, foi o instrumento de superação das crises
e de engrandecimento nacional, podemos dizer que
sem o Estado Moderno não há mercantilismo, e sem
mercantilismo não há Estado Moderno.
Teóricos do
Absolutismo
Monárquico
“Marqueteiros”
Jean Bodin
(1530-1596)
Considerado o primeiro teórico do
absolutismo, publicou, em meados do
século 16, o seu Six Livres de la
République, onde discutiu a questão da
soberania. Segundo ele, a soberania era
um poder indivisível. O rei, portanto, na
qualidade de soberano, não poderia
partilhar seu poder com ninguém, nem
tampouco estar submetido a outra
autoridade. Para Bodin, embora não se
encontrasse submetido nem mesmo às
próprias leis que formulava, o soberano
estava abaixo da lei divina, numa
concepção que misturava religião e
política.
Thomas Hobbes
(1588-1679)
Com seu Leviatã, publicado quase um
século depois do livro de Bodin, Thomas
Hobbes também deixou sua contribuição
como teórico do absolutismo. Na visão de
Hobbes, em seu estado de natureza e
entregues à própria sorte, os homens
devorariam uns aos outros. É por isso,
então, que, por necessidade, fizeram entre
si um contrato social que designou um
soberano sobre todos os demais, tidos
como súditos. A esse soberano - o rei
absolutista, no caso - competiria garantir a
paz interna e a defesa da nação.
Para Hobbes, o homem é o lobo do próprio
homem.
Nicolau Maquiavel
(1469-1527)
Autor de O príncipe, o teórico absolutista
viveu na Península Itálica, defendia a
formação de um Estado forte e unificado,
independente da Igreja e governado de
modo absoluto por um príncipe. Esse
príncipe deveria ser temido e amado pelos
seus súditos. Se necessário, o pensador
defende que, para sustentar o seu poder, o
príncipe deveria ser mais temido que
amado, mesmo que para isso tivesse que
mentir ou matar. Para Maquiavel, os fins
justificam os meios.
Para Maquiavel, o “príncipe” é o principal
cidadão do Estado (o governante).
Jacques Bossuet
(1627-1704)
Ele publicou sua obra, com o nome "A
política segundo as santas escrituras". Nela,
ele defende que a monarquia é sagrada,
pois os príncipes são como ministros de
Deus, e o poder de seus representantes na
terra é absoluto. Sendo assim, o príncipe
não deve prestar contas a ninguém.
Ele defende também que a monarquia é
paternal, porque do mesmo modo que o
pai de família nasceu para seus filhos, o rei
nasceu para seu povo. E ela também é
justa, porque está sobre a proteção de
Deus.
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