Desafios para a sustentabilidade da Saúde Suplementar e estratégias de enfrentamento Uma visão proativa para a gestão da atenção em saúde Dr. Bernard Couttolenc, Instituto Performa Pano de fundo Brasil gasta 9,3% do PIB Familias, 69,510 , 33% em saúde ( USD 1056 /capita Suplementa r, 49,329 , 24% Setor Supletivo contribui 24%, US$ 982 /capita Autogestão = 2,6%, R$ 2913 /capita (Pesquisa 2012) 2 Federal, 42,603 , 20% Estadual, 23,992 , 11% Municipal, 24,889 , 12% Desafios para o futuro Expansão e mudança da demanda Pressão por maior qualidade Limites no financiamento Desafio estruturante: Equacionar Custo e Qualidade 3 Por que os custos crescem? (EUA) Envelhecimento da população e doenças crônicas= 2% Aumento na renda= 5 a 20% Mecanismos financiamento (seguro, FFS, isenções)= 11% Custos administrativos= 9% Aumento de preços= 17% Oferta: Incorporação tecnológica, restrições regulatórias/profissionais e mudanças na prática (defensiva)= 40-60% Fragmentação da atenção e baixa padronização... Desenho dos benefícios... Concentração de mercado... Falta de transparência na informação de custo e qualidade... 4 Millions Envelhecimento no Brasil 300 100% 90% 250 80% 70% 200 75+ 75+ 60% 60-74 150 60-74 50% 45-59 15-44 100 45-59 15-44 40% 0-14 0-14 30% 20% 50 10% 0 0% 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 5 Custo do envelhecimento Tratar idosos 75+ custa 10 x mais do que adultos jovens 44% 6 ... e das doenças crônicas Brasil 7 Perspectiva do gasto a LP (EUA) 8 ...e outros desafios Apesar de progressos importantes nos últimos anos... Brasil gasta tanto ou mais que muitos países de renda média, com resultados medianos Expectativa de crescimento rápido do gasto 9 Gasto X resultados em saúde 10 Soluções (Fonte: US CBO) Divulgar informação sobre prestadores mais eficientes (médicos e hospitais), por meio de mudanças no pagamento e no desenho da prestação de serviços Adotar gerenciamento sistemático de casos para pacientes de alto risco Trabalhar com médicos de APS para expandir prestação de atenção centrada no paciente (em estabelecimentos específicos) Utilizar novas tecnologias e dados em tempo real para avaliação e monitoramento do paciente (gerenciar a informação clínica) Ajudar o paciente a navegar no (crescentemente) complexo sistema de saúde por meio de programas inovadores de coordenação da atenção 11 Algumas estratégias (Fonte: AHIP – Ass. planos) Enfrentar as barreiras à transparência na saúde Flexibilizar regulação para promover inovações no desenho de planos de saúde e cobertura de benefícios Promover reformas estruturais no setor que levem a melhor controle dos custos e maior efetividade ( financiamento / incentivos e organização do sistema) 12 Muito desperdício ...nos EUA GASTO TOTAL: 2500 BI USD 2800 (2012) Missed prevention opportuniti es 7% Fraud 10% DESPERDÍCIO TOTAL: 765 BI USD 857 (2012) Prices that are too high 14% Inefficient service delivery 17% 13 Unnecessar y services 27% Excessive administrat ive costs 25% ... E no Brasil A maioria dos hospitais é muito ineficiente Score médio 0,34 (max = 1) A maioria é muito pequena (< 60 leitos) Tamanho eficiente é 150-300 leitos Ociosidade/baixa utilização de recursos técnicos Centros cirúrgicos pouco utilizados Alto uso de recursos humanos Muito acima da média internacional 14 Maioria dos hospitais é ineficiente score 0-1 (DEA) Score médio 0,34 Grande dispersão Hospital médio produz 1/3 dos eficientes Importância da escala Privados > Públicos Scores de eficiência (0-1) Eficiência medida em 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 Geral Federais Estaduais Municipais Natureza do hospital Interna 15 Escala Total Filantrop. Lucrativos Baixa ocupação dos leitos TMO = 37% (SUS) Ocupação associada ao tipo e nível do hosp: referência e maiores > TO Grande ociosidade dos hospitais pequenos (<30%) 16 Baixa utilização de recursos /24 hs Mais alta nos hospitais maiores Baixíssima nos menores Custo: $$$$$ Num cirurgias /sala /24hs Cirurgias por sala: 0.67 300 257 250 208 178 175 200 Média 150 94 100 50 0 l era d e F E l dua a t s M l ipa c i un vo rati c u L Natureza do hospital 17 p ntro a l i F Muitos funcionários por leito Alta utilização de pessoal /leito: 2,9 (princ. Outros) + Baixa ocupação = Altíssima relação Pessoal/Paciente (2x EUA) Baixa qualificação baixa produtividade 6 16 5 14 4 12 3 10 2 8 1 6 4 2 EC D H - O Q C G er al 0 Fe de ra l Es ta du al M un ic ip al Lu cr at ivo Fi la nt ro p. Quantidade de pessoal por leito Natureza do hospital Médicos Enfermagem Outros 18 O que fazer? Mapear os fatores que afetam o custo da saúde Adotar ferramentas de gestão desses fatores Otimizar a efetividade da atenção ao menor custo 19 Como é gerado o custo da saúde? Custo da Saúde População Usuária Tamanho Perfil Tendência Demanda Serviços Categorias Quantidade 20 Custos dos Serviços Composiçã o Tendência Pagamento da Conta Verificação Mecanismo Pagto Quais fatores afetam esse custo? Custo da Saúde População Usuária Demanda de serviços Custo dos Serviços Pagamento da Conta Fatores de custo Perfil e envelhecimento Utilização não racional ou efetiva Custo dos insumos Incentivos ao Prestador Conhecer a população Gerenciar a atenção 21 Gerenciar os custos Verificar Incentivar Quais são os problemas no percurso? Custo da Saúde População Usuária Utilização de serviços Custo dos Serviços Pagamento da Conta Fatores de custo Perfil e envelhecimento Utilização não racional ou efetiva Custo dos insumos Incentivos ao Prestador Problemas (Im)previsibilidade da Demanda (Não) Gestão da atenção Desconhecimento dos custos reais Falta de controle s/ o que é pago 22 Quais são as soluções? Custo da Saúde População Usuária Utilização de serviços Custo dos Serviços Pagamento da Conta Fatores de custo Perfil e envelhecimento Utilização não racional ou efetiva Custo dos insumos Incentivos ao Prestador Problemas Perfil e envelhecimen to Não-gestão da atenção Desconhecimento dos custos reais Falta de controle s/ o que é pago Ferramentas de Gestão Mapeamento do Risco Populacional Previsão e Gestão da Utilização Gestão de Custo Real X Esperado Gestão de Contas Médicas +MP 23 Um conjunto de ferramentas... Ferramentas Mapeamento do Risco Populacional Previsão e Gestão da Utilização Gestão de Custo Real X Esperado Gestão de Contas Médicas GESTÃO ASSISTENCIAL Mapeamento e Monitoramento de Risco Populacional Gestão Clínica e do Risco Parâmetros de Custos Esperados Gestão do Desempenho Mecanismos de Pagamento 24 Gestão de Contas Médicas ... Focadas nos drivers de custos Previsibilidad e da Demanda Mapeamento e Monitoramen to do Risco Efetividade da Atenção Gestão Clínica e da Qualidade, Prevenção Previsibilidad e e Controle dos Custos Desempenho dos Prestadores Controle sobre Pagamento Parâmetros de Custos Esperados Análise do Desempenho dos Prestadores Mecanismos de Pagamento Adequados Benchmarking de Prestadores Análise e Gestão de Contas Médicas DRG + ??? SIG + DRG Benchmarking de Custos 25 Ao final = Transparência na saúde Financiador Usuário O quê? Quanto? Por quê? Qual serviço? Ato X resolução? Com que qualidade? Prestador Quanto custa? Por que custa isso? O que afeta o custo? Por quê esse produto? É o mais indicado? Resolve o problema? Regulador 26 Obrigado Bernard Couttolenc [email protected] (11) 99315-9025 27