A cidade como
campo de lutas
A cidade moderna
Grupo 3: Alice Tavares
Lucas Padovani
Thiago Alves
• Hoje as cidades estão cada vez mais divididas, a globalização e
o neoliberalismo tem favorecido um distanciamento entre as
classes.
• Os avanços nessas áreas leva a um distanciamento entre as
elites financeira e os desempregados e marginalizados;
• A busca frequente pelo mais- valor tem induzido as cidades
para um crescimento contrastante, onde as favelas proliferam;
• “O espaço é produzido apenas em função das condições de
reprodução do capital mas também em função das condições
de reprodução da vida humana” Carlos (1992; p.84)
• “Tais desenvolvimentos urbanos desiguais traçam o cenário
para o conflito social. As cidades nunca foram, é verdade,
lugares harmoniosos, sem confusão, conflito ou violência.”
Harvey (2013; p.29)
• “ Na história urbana, calma e civilidade são exceções, e não a
regra. A única pergunta interessante é se os resultados são
criativos ou destrutivos. Normalmente são ambos: a cidade
tem sido por muito tempo um epicentro de criatividade
destrutiva.” Harvey (2013; p.29)
• O espaço produz-se para as necessidades do capital ,porém a
sociedade não se deixa inserir nessa lógica sem resistência;
• Portanto “cabe ao Estado capitalista garantira a reprodução do
capital, gerenciando conflitos que possam interferir na
realização do ciclo do capital, seja produzindo infraestrutura,
seja controlando salários de modo a mantê-los baixos, etc.
Não cabe ao Estado capitalista eliminar as contradições do
sistema, mas ameniza-las, mistifica-las impondo à vida da
sociedade as necessidades da dinâmica da acumulação” Carlos
(1992; p.85);
Segregação Residencial
• São típicas das cidades grandes devido a sua complexidade,
pois o convívio social está diminuindo e “ A convivência
favorece a tolerância; a segregação realimenta a intolerância”
Souza (2007; p. 83)
• O outro fator destacado para essa segregação, está
relacionado com os níveis de investimento em infraestrutura
pública nos mais diferenciados pontos das cidades.
• A pobreza atua com grande destaque nesse processo de
segregação;
• Os diferentes grupos sociais tem reações distintas, fechandose em condomínios fechados ou organizando-se para saquear
mercados, quebrando trens e incendiando ônibus, esses
processos, são para mostrar como anda a qualidades de vida
experimentadas nas grandes cidades brasileiras, sobretudo em
metrópoles;
• São essas reações que podem influenciar em alterações a fim
de melhorar a qualidade de vida dos mesmos;
• “ No entanto, o crime se apresenta como uma “opção”
aceitável quando os indivíduos percebem ou creem que as
“opções” conformes à lei e mais convenientes para a parcela
privilegiada da população, como resignar-se a salários
miseráveis ou a esmolar, não valem a pena ou são ainda piores
que os riscos e sofrimentos que uma “carreira” criminosa
acarreta.” Souza (2007; p. 87)
• As estratégias ilegais, precisam ser consideradas aceitáveis e
atraentes e para isso é necessário que essa realidade seja vista
como injusta e o crime visto como desculpa, significando
assim que fatores culturais e institucionais desempenham um
papel crucial isso gera um sentimento de auto- segregação;
• As tensões vão se avolumando, alimentadas pela pobreza e
segregação, influenciadores das ideias ilegais de
sobrevivência;
• “Ressentimentos entre os pobres e aqueles que são
segregados, de um lado, e aqueles que se auto- segregam (ou
a classe média e as elites urbanas em geral), de outro,
recrudescem, e os preconceitos e ódio de parte a parte se
multiplicam.” Souza (2007; p. 89)
Motivo dos conflitos
• A base dos conflitos realizados nos ambientes urbanos,
sempre buscam melhorias para a população que são em
grande parte esquecidos pelo Estado;
• No Brasil em 2013, o estopim das manifestações era o
aumento da passagem dos transportes públicos, contudo
foram acrescentados nessas reivindicações questões políticas
que fizeram o mesmo tomar uma maior envergadura;
•
• As manifestações do Brasil tiveram um fator novo, que foi a
utilização da internet sendo esta um dos meios difusores das
manifestações;
• As formas de disseminar os conflitos, também sofreram várias
alterações ao longo da história e os avanços tecnológicos,
sobretudo na informática, serviram com alavanca para isso;
• No mundo globalizado atual, mensagens circulam mundo
afora em questão de instantes devido a crescente de redes
sociais, ações de mídia e vários outros mecanismos com a
finalidade de informar o máximo de pessoas em um curto
espaço de tempo;
• Outro fato inerente as manifestações e os conflitos sociais, é a
atuação da polícia que toma para si a função de manter o
movimento com tranquilidade, porém a ação da mesma
costuma causar mais conflito;
Conflito Ambiental
• As pessoas de classes mais baixas , além de sofrerem com a
segregação residencial, com a pobreza ainda tem passado por
problemas ambientais;
• Pois são eles que sofrem com as tragédias naturais
(enchentes, deslizamento de encostas, entre outros), todavia
são também atuantes nos processos de degradação ambiental
mas não por simples culpa, mas por não pertencerem as elites
dominantes e logo não tem nenhum lucro a partir da área
degradada;
Os frutos dos movimentos
• O contato cotidiano das pessoas, favorece a descoberta de
problemas e perspectivas comuns, sendo daí que surgem o
sentimento de luta;
• “É a luta pela cidadania, a luta por transformações
socioeconômico- espaciais. Trata-se, de fato, do inalienável
direito a vida descente para todos, (...) mais do que direito à
cidade, o que está em jogo é o direito a obter da sociedade
aqueles bens e serviços mínimos, sem os quais a existência
não é digna” Carlos (1992; p. 88)
• “Os caminhos remetem a repensar a noção de espaçoproduto(...).Ele não é só produto, mas também condição e
meio de processo de reprodução da sociedade” Carlos (1992;
p. 89)
Referências bibliográficas
• Souza, M. L. ABC DO DESENVOLVIMENTO URBANO, 5Problemas urbanos e conflitos sociais. 3° ed. Rio de Janeiro.
Editora Bertrand Brasil. P. 81-91
• Harvey, D. A liberdade da cidade. 1°ed. São Paulo. Boitempo.
Carta maior, 2013. p. 27-40.
• Carlos, A. F. A. A cidade. 9° ed. São Paulo. Contexto, 2013.
• Harvey, D. O direito a cidade
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