GT Liquidez: Desig - Desup - Desuc - Denor
Agenda
 Basileia III – Liquidity Coverage Ratio (LCR)
 Estudo de impacto – objetivos e cronograma
GT Liquidez: Desig - Desup - Desuc - Denor
Agenda
 Basileia III – Liquidity Coverage Ratio (LCR)
 Estudo de impacto – objetivos e cronograma
GT Liquidez: Desig - Desup - Desuc - Denor
Liquidity Coverage Ratio - LCR
Identifica o montante de ativos livres de alta liquidez
para cobrir as saídas (líquidas) que a instituição pode
sofrer sob um severo cenário de estresse no horizonte de
30 dias
LCR =
(Estoque de ativos de alta liquidez) >= 100%
(Saídas líquidas nos 30 dias seguintes)
4
Liquidity Coverage Ratio - LCR
Escopo de Aplicação
 Em bases consolidadas (world wide), podendo, a critério do
supervisor, ser exigido por jurisdição.
 LCR por moeda, como ferramenta de monitoramento
Cronograma de Implantação de Basileia
 Não há cronograma definido para o Brasil até o momento
5
Cenário de Estresse do LCR
Compreende a combinação de choques idiossincráticos e
sistêmicos ocorridos na crise de 2007/2008:
 Saída parcial de depósitos de varejo;
 Perda parcial da capacidade de captação sem-colateral de grandes clientes (atacado);
 Perda parcial da capacidade de captação de curto prazo com-colateral, para




determinados tipos de colateral e de contraparte;
Saídas de caixa decorrentes de downgrade de 3 níveis no rating de crédito do banco,
inclusive considerando chamadas adicionais de colateral;
Aumento na volatilidade dos mercados que impactam a qualidade do colateral ou as
posições em derivativos, implicando chamadas adicionais de margens ou outras
necessidades de liquidez;
Saques não-programados de linhas de crédito e de liquidez concedidas a clientes; e
Necessidade potencial de resgatar antecipadamente ou honrar obrigações nãocontratuais para mitigar o risco de imagem.
6
Ativos de alta liquidez (HQLA)
Definição:
Ativos que podem ser fácil e imediatamente convertidos em
dinheiro com pouca ou nenhuma perda de valor, mesmo em
períodos de severo estresse idiossincrático ou de mercado.
Características Fundamentais:
 Baixo risco de crédito e de mercado;
 Fórmula de apreçamento fácil de calcular e de amplo conhecimento
do mercado;
 Baixa correlação com ativos de alto risco; e
 Listados em mercados de bolsa reconhecidos e desenvolvidos
7
Ativos de alta liquidez (HQLA)
Características dos seus mercados:
 Mercados ativos e de tamanho adequado – repo ou venda definitiva;
 Baixa volatilidade de preços; e
 Comportamento histórico Flight-to-quality;
Característica desejável mas não mandatória:
 Elegível pelo Banco Central para cobrir necessidades de liquidez
intradia e overnight.
8
Ativos de alta liquidez (HQLA)
Requisitos operacionais
Evitar que restrições operacionais impeçam a monetização
tempestiva do ativo em momentos de estresse.
 Disponíveis para uso a qualquer momento: repo ou venda definitiva;
 Capacidade operacional para ser monetizado a qualquer momento –
sistemas e procedimentos apropriados;
 Sob o controle do gestor do risco de liquidez
 O cenário de estresse do LCR não cobre necessidade de liquidez intradia;
 Bancos devem ser capazes de prover liquidez para cada moeda em que
negociam;
 Se um ativo se tornar não-líquido, o banco pode considerá-lo em seu
estoque de ativos líquidos por até 30 dias (prazo máximo para que seja
substituído por outro ativo líquido).
9
Ativos de alta liquidez (HQLA)
Fórmula de Cálculo:
Total Ativos Líquidos = Ativos Nível 1 + Ativos Nível 2
Ativos Nível 2 = Ativos Nível 2A + Ativos Nível 2B*
* National discretion
Limites:
Ativos Nível 2 <= 40% Total Ativos Líquidos
Ativos Nível 2B <= 15% Total Ativos Líquidos
O cálculo do limite deve:
 Desconsiderar todas as operações compromissadas ou de swaps de
colateral com vencimento inferior a 30 dias, que envolvam ativos
nível 1 e/ou nível 2; e
 Levar em consideração os haircuts aplicados aos ativos nível 2.
10
Ativos de alta liquidez (HQLA)
Ativos Nível 1:
 Dinheiro em espécie (caixa);
 Reservas no Banco Central – passíveis de utilização em momentos de estresse;
 Títulos emitidos ou garantidos por: governos, bancos centrais, PSE (Entidades do
Setor Público), BIS, FMI, Comissão Européia ou bancos de desenvolvimento
multilateral, desde que:
 considerados risco 0% em Basiléia II;
 negociados em mercados ativos com baixa concentração;
 fonte comprovada de liquidez dos mercados, em períodos de estresse; e
 não emitidos por IF ou entidade afiliada
 Países não-risco 0% em Basiléia II:
 Títulos em moeda doméstica, emitidos pelo governo ou BC do próprio país do banco ou
do país onde o risco de liquidez é tomado;
 Títulos em moeda estrangeira, emitidos pelo governo ou BC, até o montante da
necessidade da moeda estrangeira, decorrente das operações do banco naquele país.
11
Ativos de alta liquidez (HQLA)
Ativos Nível 2A - 15% haircut
Títulos emitidos ou garantidos por: governos, bancos centrais, PSE (Entidades do
Setor Público), ou bancos de desenvolvimento multilateral, desde que:
 considerados risco 20% em Basiléia II;
 negociados em mercados ativos com baixa concentração;
 fonte comprovada de liquidez dos mercados, em períodos de estresse (variação de preço
< 10% durante estresse 30 dias); e
 não emitidos por IF ou entidade afiliada.
 Títulos privados (corporate bonds) e covered bonds, desde que:
 os corporate bonds não sejam emitidos por IF ou entidade afiliada;
 os covered bonds não sejam emitidos pela própria IF ou entidade a ela afiliada;
 risco de crédito de pelo menos AA- reconhecido por ECAI ou com PD correspondente;
 negociados em mercados ativos com baixa concentração;
 fonte comprovada de liquidez dos mercados, em períodos de estresse (variação de preço
< 10% durante estresse 30 dias).
12
Ativos de alta liquidez (HQLA)
Ativos Nível 2B – 25% haircut (national discretion)
 Residential Mortgage Backed Securities (RMBS):
 não emitidos nem ter os créditos imobiliários originados pela própria IF ;
 risco de crédito >= AA;
negociados em mercados ativos com baixa concentração;
 fonte comprovada de liquidez dos mercados, em períodos de estresse
(variação de preço < 20% durante estresse 30 dias);
 ativos lastro não podem conter produtos estruturados e serem “full
recourses”, com LTV <= 80%; e
 securitizações com retenção de risco pelo emissor (coobrigação).
13
Ativos de alta liquidez (HQLA)
Ativos Nível 2B – 50% haircut (national discretion)
 Títulos privados (corporate bonds):
 não emitidos por IF ou entidade afiliada;
 risco de crédito entre A+ e BBB- reconhecido por ECAI ou com PD correspondente;
 negociados em mercados ativos com baixa concentração;
 fonte comprovada de liquidez dos mercados, em períodos de estresse (variação de preço
< 20% durante estresse 30 dias).
 Ações:
 não emitidas por IF ou entidade afiliada;
 negociadas em bolsa e liquidadas por contraparte central;
 pertencente a um índice de ações doméstico ou no país onde o risco de liquidez é
tomado;
 denominadas em moeda local ou na do país onde o risco de liquidez é tomado;
 negociados em mercados ativos com baixa concentração;
 fonte comprovada de liquidez dos mercados, em períodos de estresse (variação de preço
< 40% durante estresse 30 dias).
14
Países com insuficiência de ativos líquidos
Alternativas definidas no Documento (ALA):
1. BC prover linhas de liquidez aos bancos mediante uma taxa
2. Manter ativos líquidos em moeda estrangeira para honrar
posições domésticas
3. Aumentar o percentual de ativos Nível 2, com maior haircut
15
Saídas líquidas nos próximos 30 dias
Fórmula de Cálculo:
Total de Saídas Líquidas = Saídas de Caixa – Mínimo(Entradas de
Caixa; 75% Saídas de Caixa)
Condições de Cálculo:
 Saídas de caixa = valores passíveis de saída em 30 dias X respectivas taxas
esperadas de não-renovação (run-off) ou liberação (drawn down)
 Entradas de caixa = valores passíveis de entrada em 30 dias X respectivas taxas
esperadas de entrada (flow in)
 Alguns parâmetros serão definidos pela supervisão do país (national discretion)
 itens não podem sofrer dupla contagem (ex.: ativos líquidos a vencer em 30 dias
não podem também ser considerados em entradas de caixa)
16
Saídas de caixa
Depósitos de Varejo (pessoa física)
 Depósitos sob demanda e a prazo
 Depósitos Estáveis:
 Coberto por seguro depósito (até o limite da cobertura)
 Relacionamento operacional banco-cliente (saque de depósitos altamente
improvável) ou depósitos em conta transacional (ex: conta salário)
17
Saídas de caixa
Depósitos de Varejo (pessoa física)
 Seguro depósito 3% run-off:
 Assegurado por pré-depósito;
 Pagamento assegurado por meios adequados (cobertura ou garantia do
governo) e realizado em curto prazo
 Espera-se que os supervisores detalhem faixas de fator de run-off mais
severas para depósitos menos estáveis
18
Saídas de caixa
Depósitos de Varejo (pessoa física)
 Depósitos com vencimento > 30 dias serão desconsiderados somente se o
depositante não possui direito legal de saque antecipado ou se resultar em
penalidade materialmente superior à perda dos juros da aplicação
 Se o banco permite o saque antecipado sem cobrança da penalidade, todo o
montante do depósito deve ser considerado como depósito à vista
 Casos excepcionais e a aplicação de um fator de run-off superior a 0% serão
definidos pelo supervisor
19
Saídas de caixa
Depósitos de Pequenas e Médias Empresas (PME)
 Mesmo tratamento dos depósitos de varejo => risco de liquidez
semelhante
 Considera-se PME quando total de crédito (ou depósitos) do
cliente < 1 milhão de Euros
20
Saídas de caixa
Depósitos Operacionais (atacado)
 Atividades de custódia, clearing ou cash management:
 Cliente depende do banco para realizar essas atividades nos próximos 30 dias;
 Existência de contrato com cláusulas de penalização para encerramento antes de 30
dias, sem aviso prévio;
 Depósitos identificados por produto, sem incentivo econômico para o cliente para
manter saldo superior ao necessário;
 Saldos em excesso não se qualificam como operacionais;
 Serviços de Banco Correspondente não se qualificam como operacionais.
21
Saídas de caixa
Captações de Atacado sem Colateral
 Captações onde o cliente não recebe colaterais como garantia de
pagamento;
 Receberão run-off 20% as captações cujo saldo total por cliente for
inferior ao limite do seguro depósito
22
Saídas de caixa
Operações Compromissadas e Captações de Atacado com Colateral
 Colateral garante o pagamento da captação em caso de quebra, insolvência ou
liquidação da IF;
 Fator run-off é função do colateral ou da contraparte da operação
23
Saídas de caixa
Derivativos
 Fluxo de derivativos refere-se ao valor esperado de recebimentos e
pagamentos;
 Cálculo do valor líquido por contraparte apenas com acordo formal para
liquidação líquida;
 Chamadas de colateral devido ao 3 notches downgrade da IF;
 Chamadas de colateral devido a perdas por estresse de mercado => maior
chamada de colateral no período de 30 dias dos últimos 24 meses.
24
Saídas de caixa
Derivativos
 Colaterais depositados pela IF:
 20% montante de colaterais não Nível 1, após haircut dado pela contraparte;
 100% colaterais exigidos ainda não depositados.
 Colaterais recebidos pela IF:
 100% colaterais depositados em excesso ou que podem ser trocados por ativos não
líquidos (não HQLA) a qualquer momento pela contraparte.
25
Saídas de caixa
Instrumentos de Securitização
 100% das captações por instrumentos de securitização (ex.:
cessão de créditos) vincendas no período.
26
Saídas de caixa
Linhas de Crédito e de Liquidez Irrevogáveis Unilateralmente
 Acordo contratual irrevogável em 30 dias, para fornecer fundos ao cliente em data futura;
 Colaterais recebidos podem ser descontados da expectativa de saque, se não estiverem
considerados como ativos de alta liquidez;
 Linha de liquidez destinam-se ao refinanciamento de emissões de clientes vincendas em 30 dias,
quando estes encontram dificuldades para rolar sua dívida no mercado. Dívidas vincendas acima de
30 dias são consideradas como linhas de crédito.
27
Saídas de caixa
Outras Saídas de Caixa
 Supervisores definirão itens que mereçam destaque e seus
respectivos fatores de run-off;
 Recomendação de run-off entre 0% e 5% para operações de
importação e exportação;
28
Entradas de caixa
Operações Compromissadas e Empréstimos com Colateral
 Colateral garante o recebimento do empréstimo/operação em caso de quebra,
insolvência ou liquidação da contraparte;
 Fator roll-over é função do colateral
 Quando o colateral estiver vinculado a outra operação com vencimento
superior a 30 dias, considera-se a rolagem total da operação (fator 0%),
independente do colateral
29
Entradas de caixa
Recebimento de créditos concedidos
 “On going business assumption” => rolagem de 50% dos créditos
concedidos a pessoas físicas e jurídicas não financeiras;
 Considerar apenas créditos com certeza de recebimento (“fully
performing loans”);
 Não considerar empréstimos sem vencimento.
30
Entradas de caixa
Outras entradas de caixa
 Não considerar entradas de caixa decorrentes de:
 saques em linhas de crédito e de liquidez favoráveis à IF;
 saques em contas de depósitos operacionais
 Entrada de caixa líquida decorrente de vencimento de derivativos
segue as mesmas regras da saída de caixa líquida.
31
Uso dos Ativos de Alta Liquidez
Bancos podem utilizar os estoque de ativos de alta
liquidez em momentos de estresse (LCR <100%)
Informação ao supervisor:
 Razões da utilização;
 Avaliação da situação de liquidez e fatores que contribuíram
para a queda do LCR;
 Medidas tomadas e a providenciar;
 Expectativa de duração da situação;
 Uso do plano de contingência.
32
Agenda
 Basileia III – Liquidity Coverage Ratio (LCR)
 Estudo de impacto – objetivos e cronograma
GT Liquidez: Desig - Desup - Desuc - Denor
Objetivos do Estudo de Impacto
 Apresentar ao mercado as informações necessárias ao cálculo do
LCR;
 Identificar as especificidades do Brasil na métrica, bem como as
dificuldades para geração das informações;
 Obter informações mais precisas para realização de estudos no
Banco Central;
 Afinar o entendimento da métrica do LCR com o mercado para
elaboração adequada das instruções de preenchimento do futuro
leiaute do documento de requerimento de informações de liquidez
(em substituição ao leiaute atual DRL);
GT Liquidez: Desig - Desup - Desuc - Denor
Cronograma do Estudo de Impacto
 06/fev => reunião presencial com o mercado;
 Até 07/fev => encaminhamento do arquivo para confirmação da
participação no estudo (as planilhas para preenchimento das
informações serão encaminhadas aos bancos que confirmarem sua
participação);
 08/mar => entrega das informações ao Banco Central – componentes
dos Ativos Líquidos
 19/abr => entrega das informações ao Banco Central – componentes
do Fluxo de Caixa Estressado
 Data-base das informações => 31/dez/2012
 Contatos para dúvidas => [email protected]
GT Liquidez: Desig - Desup - Desuc - Denor
Agradecemos a Presença de Todos
GT Liquidez: Desig - Desup - Desuc - Denor
Download

Liquidity - Banco Central do Brasil