CUIDADORES PRINCIPAIS DO SEXO MASCULINO: ELEMENTOS PARA O DEBATE E NOVOS DESAFIOS PARA A ENFERMAGEM Natália Alves Martins1; Alessandra Dias Lemes Guerra1, Andressa Cunha de Paula1, Brenda Kelly Nunes1, Stéfany Martins Silva1, Sheila Araújo Teles2, Marcos André de Matos2. O cuidador no ambiente hospitalar possui importância na terapêutica do indivíduo sob seus cuidados, melhorando assim o prognóstico do cliente. Embora o cuidado seja frequentemente delegado a mulher, devido os aspectos socioculturais de uma sociedade machista e conservadora; nos últimos anos tem aumentado o número de cuidadores do sexo masculino. Diante tal contexto, o presente estudo objetivou identificar as características de cuidadores homens de indivíduos adultos portadores de doenças crônicas internados em um hospital da Região Central do Brasil. Estudo de corte tranversal, realizado de novembro 2012 a janeiro de 2013, com 30 indivíduos. Os dados das entrevistas foram analisados pelo programa estatístico SPSS, sendo o projeto aprovado pelo CEP (031/09). A maioria dos cuidadores eram da Região Centro-Oeste do Brasil, com faixa etária entre 20 a 66 anos. 53% e 30% eram casados e solteiros, respectivamente. A maioria (60%) definiu-se católico e possuir grau de parentesco com o paciente de filho (33%). A média de escolaridade foi de 10 anos e a média de renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. A permanência no hospital, como cuidador, variou de um dia a cinco meses. Em relação à atividade de ser cuidador, foram constatados sentimentos de obrigatoriedade, dever e companherismo. A escolha em ser cuidador foi marcada pela necessidade, falta de outra opção e maior disponibilidade de tempo. A força física foi apontada como principal facilidade em ser cuidador do sexo masculino, principalmente para auxiliar nas Atividades de Vida Diária. Já a falta de enfermaria privativa e as condições de higiene foram apontadas como fatores que dificultam ser cuidador. O estudo ampliou a compreensão sobre os cuidadores do sexo masculino, contribuindo para fomentar as discussões acerca da necessidade de construção de intervenções e estratégias para acolher este novo e importante segmento populacional nas unidades de internação. 1 Acadêmicas de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN/UFG).2Docentes da FEN/UFG. 134