RACISMO
DOUTRINA RACISTA
Johann Blumenbach, considerado o
fundador da antropologia física, dividiu a
espécie humana em cinco raças:
• negra africana
• raça amarela asiática
• raça negra australiana
• raça branca europeia
• raça vermelha
Explicou as diferenças raciais como
consequência das influências ambientais
sobre uma forma ancestral única e comum a
todos os homens (MELLO, 1982: 190).
A partir de então, a antropogia física tem sido
manipulada com o intuito de explicar as diferenças
culturais em termos biológicos ou raciais. Nessa
trilha, as disparidades culturais e sociais reza que a
raça determinaria a cultura.
O racismo pode ser definido como uma doutrina
segundo a qual todas as manifestações culturais,
históricas e sociais do homem e os valores
dependem da raça; também segundo essa doutrina
existe raça superior (ariana ou nórdica) que se
destina a dirigir o gênero humano.
As concepções racistas constituem um fenômeno
antigo (lei do estranho), porém a sua arquitetura
teórica teve início no fina século XIX com o francês
Gobineau, considerado o fundador da teoria racista.
Para ele, "as grandes raças primitivas que
formavam a humanidade nos seus primórdios eram:
branca, amarela e negra
Explicou
as
diferenças
raciais
como
consequência das influências ambientais sobre
uma forma ancestral única e comum a todos os
homens (MELLO, 1982: 190).
EM SÍNTESE, AS TEORIAS RACISTAS
PRETENDEM PROVAR QUE:
• Que existem raças,
• Que as raças são biológicas e geneticamente diferentes;
• Que há raças atrasadas e adiantadas, inferiores e superiores,
• Que as raças atrasadas e inferiores não são capazes de desenvolvendo
intelectual e estão naturalmente destinadas ao trabalho manual, pois sua
razão muito pequena e não consegue compreender as ideias mais
complexas e avançadas;
• Que as raças adiantadas e superiores estão naturalmente, destinadas a
dominar o planeta e que, se for necessário para o bem, têm o direito de
exterminar as raças atrasadas e inferiores;
• Para o bem das raças inferiores e das superiores, deve haver
segregação racial (separação dos locais de moradia, de trabalho, de
educação e lazer etc.), pois a não segregação pode fazer as inferiores
arrastarem as superiores para o seu baixo nível, assim como fazer as
superiores tentarem inutilmente melhorar o nível das inferiores
(CHAUÍ, 2002:86)
Observa Chauí que as teorias racistas estão a
serviço da violência, da opressão, da ignorância
e da destruição.
A biologia e a genética afirmam que as
diferenças na formação anatômico–fisiológica
humana não produzem raças (espécie).
Raça, portanto, é uma palavra para avaliar,
julgar e manipular diferenças biológicas.
Teorias racistas não são científicas;
Ainda que a ciência moderna conteste a existência
de raças e confirme a impossibilidade de afirmar a
superioridade ou inferioridade intelectual de um
grupo étnico em relação a outro, a doutrina
racista continua em evidência e insiste na relação
raça-cultura, ou seja, aproveita-se da confusão
que foi estabelecida entre uma noção puramente
biológica (raça) e a produção cultural dos povos.
Transformando diferenças étnicas e culturais
“em” diferenças biológicas naturais imutáveis e
separar os seres humanos em superiores e
inferiores, dando aos primeiros justificativas para
explorar e dominar os segundos.
RAÇA E GENÉTICA
O geneticista norte-americano James Dewey
Watson, tido como codescobridor da estrutura do
DNA e agraciado em 1962 com o prêmio Nobel de
Medicina, em entrevista ao Sunday Times
(outubro /2007) declarou ser "pessimista em
relação ao futuro da Africa "porque“ todas as
nossas políticas sociais são baseadas no fato de
que a inteligência deles (dos negros) é igual à nossa,
apesar de todos os testes dizerem que não é bem
assim" (não explicou que testes são esses).
"Pessoas que já lidaram com empregados negros
adeptos a esta teoria não acreditam que isso (a
igualdade de inteligência) seja verdade."
Na trilha de Watson, outras pessoas, menos célebres,
expressam seus desejos incontroláveis de encontrar alguma
coisa (qualquer coisa) no campo da genética ou da biologia
que posssa estabelecer
alguma
diferença (qualquer
diferença) entre etnias (brancos, amarelos, negros, mestiços)
e, com isso, justificar uma superioridade de umas sobre as
outras.
Os geneticistas contestam a existência de raças e confirmam
que é impossível estabelecer a superioridade intelectual sobre
outros. Os antropólogos entendem que as diferenças de uma
ou de outras nações se devem à cultura e não existe cultura
superior ou inferior.
Além disso, para os antropólogos, a cultura não é herdada
biologicamente, mas assimilada, adquirida e até mesmo
emprestada de europeus, africanos, asiáticos ou americanos.
No âmbito do direito penal, César Lombros
(DINIZ, 1988:99), elaborou uma doutrina, uma
espécie de determinismo biologico, que seria capaz
de revelar o criminoso nato. Para ele, determinados
indivíduos possuem características anatômicas do
tipo delinquente.
O criminosso típico seria portador de caracteres
do homem primitivo ou selvagem.
Esta teoria
chama-se
atavismo,
(reaparecimento
certos
caracteres físicos e morais dos antepassados).
Assim o deliquente nato seria uma cópia do homem
primitivo ou selvagem, que aparece, na sociedade civilizada.
A herança atavista, portanto, explicaria a causa dos delitos.
Assim o deliquente nato seria uma cópia
do homem primitivo ou selvagem, que
aparece, na sociedade civilizada.
A herança atavista, portanto, explicaria a
causa dos delitos.
Segundo Lombroso:
Os homicidas tem: Olhos duros e cuel, com os
globos oculares injetados de sangue, lábios finos,
mandibulas enormes, nariz aquilino ou adunco
sempre volumoso.
Os ladrões teriam olhar vivo, errante, nariz
comprido, retorcido ou achatado.
Os delinquentes natos teriam: malformação nas
orelhas,
maxilares
proeminentes,
cabelos
abundantes, barba escassa, rosto pálido, uso da mão
esquerda, daltônico, estrabismo, preguiça, vaidade
desmedida, uso de tatuagem.
Fim da aula
e início do trabalho
Data de entrega; dia 08.05.2014
Profª Me. Eloiza Helena Fratari
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2014.04.24 - RACISMO - DOUTRINA RACISTA