Primeira Infância na
contemporaneidade:
desafios de crianças
e educadores
Rosalba Filipini
2014
Seminário Interativo pela Primeira infância
De que criança estamos falando?
-
Globalização econômica e cultural
Tecnologia de informação e comunicação
Mudança na estrutura familiar
Diversidades e pluralidades
QUAIS SÃO OS SEUS GRUPOS?
COM QUEM SE RELACIONAM?
Crianças na contemporaneidade
Contexto social
Mundo globalizado

(Antony Giddens, Zigmunt Bauman)


-
Contexto grupal
Família contemporânea
(concepção, divórcio, recasamento,
relações fraternas)
Escola e Tecnologia
O mundo em descontrole
(“Run a way World” – Antony Giddens)
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A Globalização não se desenvolve equitativamente.
Ocorre com maior força países industrializados (EUA,
Europa)
Destrói culturas locais
Amplia desigualdades mundiais
Piora situação países mais pobres
Foto: Sebastião Salgado
Comunidade: A busca por
segurança no mundo atual

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-Tudo aquilo de que sentimos falta e precisamos para
viver seguros e confiantes;
- Um outro nome para “Paraíso Perdido”
Segurança: um assunto comunitário
Comunidade – isolamento, separação, muros
protetores e portões vigiados.

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
Gueto real – lugares nos quais não se pode sair
Gueto voluntário – lugares em que é impedida a entrada de
intrusos. Os de dentro podem sair à vontade.
Cultura do medo
TIC TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO
(Martins & Castro, 2011)
- Favorecem uma nova percepção do mundo, de
relação com a autoridade e de construção das
habilidades cognitivas;
- Transformação do olhar, da subjetividade e do
conhecimento;
-Alterou as formas de brincar, mudou o tempo livre, dos espaços
necessários para brincadeiras, trouxe novas linguagens,
desenvolveu novos consumos; mudanças na forma de ler e
escrever;
-A racionalidade tecnológica proporciona uma redução dos
saberes a informações desconexas;
-Demandas contemporâneas se caracterizam como imediatistas,
não se remetem a um plano ulterior de finalizações, mas impõem
uma eficácia no agora.
TIC E TRANSFORMAÇÕES
(Martins & Castro, 2011)
APRENDIZAGEM
CONCENTRAÇÃO
TEMPO/ESPAÇO
ESFORÇO/PRAZER
Família contemporânea
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Diversidade de arranjos
IBGE (2008) – aumento do número de
casamentos dos separados e viúvos
Cerca de metade dos casais que se casam pela
segunda vez têm filhos pequenos da primeira
união conjugal
Crianças e adolescentes têm experimentado
possibilidades diversas de relacionamentos: com
seus irmãos, meio-irmãos ou com filhos do
padrasto ou da madrasta.
Algumas características
• deslocamento da importância do grupo para a importância dos
membros do grupo,
• prevalência da idéia de que o amor/satisfação é condição para
permanência da conjugalidade,
• tendência a não diferenciação de funções por sexo nas relações
amorosas e conjugais;
• substituição de uma “educação retificadora” (corretora e moral)
das crianças por uma “pedagogia da negociação”.
Particularidades do processo no Brasil:
• Força e o valor dado à parentela estendida como família, (casa)
• Valor da família como princípio instituidor de uma moral, de prestígio e poder
Percepção das crianças em
relação à separação dos pais entre
3-5 anos:
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Define divórcio mais uma separação física do que
incompatibilidade;
Percebem o pai ou a mãe deixando as crianças e a
família e não terminando o casamento;
É comum se culparem pelo divórcio;
Ficam confusas pelos sentimentos positivos e
negativos entre os pais;
Confusas pela não garantia de residência dos pais,
de amor e planos concretos de mudar de casa;
Visão temporária da separação.
REAÇÕES DAS CRIANÇAS EM
RELAÇÃO AO DIVÓRCIO DOS PAIS:
Bebês recém-nascidos até 6 meses:
 choro excessivo, irritação;
 distúrbios de sono, alimentação e
digestão;
 apatia, letargia; e
 falha no ganho de peso e no
desenvolvimento geral.
Crianças de 6 a 18 meses:

(todos os itens anteriores, e também)
sinais de problemas de apego, como
reação de medo ou desconfiança do/a
pai/mãe;
 desenvolvimento motor ou de
linguagem lentificados;
 terrores noturnos;*
 comportamentos regredidos;*
*podem estar relacionados com a percepção de

abandono pela criança por um dos pais à qual esta
tinha apego.
Crianças de 18 meses a 3 anos:

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
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
regressão;
falhas no desenvolvimento
(linguagem, brincar e aptidões
motoras);
medos severos e persistentes de
separação;
masturbação excessiva;
brincadeiras agressivas; e
mau-humor frequente e severo;
Pré-escolares de 3 a 5 anos:
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
distúrbios de alimentação, sono;
isolamento, fuga, depressão;
choro angustiado e prolongado após deixar
o/a pai/mãe;
resistência ou lentificação do treinamento do
controle esfincteriano;
regressão, extrema dependência;
medos intensificados;
excessivamente obedientes; e
irritabilidade, insegurança, medo do futuro e
sentimento de rejeição.
MUDANÇAS QUE O DIVÓRCIO TRAZ
PARA A VIDA DAS CRIANÇAS




Diminuição do conflito familiar à priori;
Decréscimo na frequência de contato com o
pai que não tem a guarda (geralmente o
pai);
Rebaixamento dos recursos econômicos e
outros eventos estressantes que podem
ocorrer (mudanças e casa/bairro, escola e
outros serviços);
Recasamento parental
Tempo de Inclusão: Filhos de
Namorados ou novos cônjuges
Estas relações tendem a ser bem aceitas
quando:
• não há perpetuação
cônjuges,
de
conflitos
com ex-
• as crianças são deixadas a estabelecer
relacionamentos com os filhos dos novos
parceiros no seu ritmo,
• respeitando-se afinidades e antipatias
IRMÃOS: Três Contextos



Relação entre os irmãos da família
que se divorcia
Relação com irmãos de novos
casamentos dos pais
Relação com filhos de cônjuges dos
pais
Depois de um tempo: 6 anos
após o divórcio (M. Hetherington)

-
-
2 hipóteses:
Os irmãos aumentam a hostilidade e
rivalidade competindo pela atenção dos
pais divorciados ou em novos casamentos.
Unem-se, e se apoiam diante da
separação dos pais.
Filhos do divórcio
Novo padrão de funcionamento da fam.:
cerca de 2 anos e no máximo 6.
75% - estão bem nessa fase
25% - enfrentam problemas emocionais,
sociais e educacionais ou comportamentais

Ajustamento das crianças: depende da
idade, sexo, nível de conflito parental, dos
arranjos e cuidados alternativos dos quais a
família dispõe, da personalidade da criança, da
sua competência individual, das redes de
apoio disponíveis e do seu nível de
desenvolvimento cognitivo.
Adaptação dos filhos

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-
-
Dependem do processo familiar:
Quantidade e qualidade do contato com a
figura parental que não detém a guarda
Ajustamento psicológico e capacidade de
cuidado da figura parental que detém a
guarda
Nível de conflito entre os pais após a
separação ou divórcio
Nível de dificuldade sócio-econômicas
Número de eventos estressores
Mudanças na teoria e na prática

Perspectiva ecológica/sistêmica/Perspectiva de
resiliência (proteção, vulnerabilidade)

Transições têm efeitos cumulativos
Terapêutico
Preventivo
Promoção da
Saúde
CNRVV Centro de Referência às
Vítimas de Violência
DALKA CHAVES DE ALMEIDA FERRARI
DPSEDES
Coordenadora do CNRVV
Centro de Referência às Vítimas de Violência
Instituto SEDES SAPIENTIAE
MEDIDAS DE
PROTEÇÃO
Formação
Prevenção
V.I.J.s
varas criminais
delegacias
conselhos tutelares
hospitais, UBS
escolas, abrigos, ONGs
vítima, família
CNRVV
Identificação da violência
Avaliação de risco e gravidade
Orientação / notificação
Avaliação das relações familiares
Avaliação Psicossocial
Projeto de intervenção
Denúncia/
B.O/ IML
Afastamento
do agressor
Abrigamento
da vítima
Assessoria jurídica
TRATAMENTOS
Jurídico
Médico
Psicológico
Social
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