Mangialavori
Conceitos Fundamentais
Tânia Fonseca
GEHSH – Setembro de 2015
O caminho
 Nasceu em Nápoles, Itália (30/11/1958).
 Graduou-se em Medicina, em Modena, 1984.
 Especialização em Ciências da Alintação.
 Todo homeopata tem uma história composta por paixão,
muito trabalho, momentos intensos, insatisfações,
frustrações, expectativas , gratidão e prazer.
Que tipo de médico quero me tornar?
“outro”
O caminho
 Insatisfação/desapontamento em relação
convencional: inconsistências e contradições
à
medicina
 Modelo conceitual e a abordagem terapêutica;
 Não valorização de outras perspectivas médicas, em especial
a valorização da efetividade da medicina tradicional;
 A lógica da busca pela eficiência da relação médico-paciente,
em detrimento da qualidade;
 Literatura médica de diversas épocas sobre determinada
doença apresentava diferentes descrições, diagnósticos,
tratamento e causas.
 Aproximação da medicina psicossomática: “captivated”
 as doenças psicossomáticas eram consideradas apenas
quando as causas orgânicas haviam sido excluídas;
 literatura psicossomática era considerada relevante apenas
nos distúrbios funcionais.
O caminho
 Paixão : medicina antropológica.
 Em 1983, oportunidade de realizar parte de seu o
treinamento no sul da Itália (investigação do Tarantismo) e
na Medicina Tradicional dos Andes (Peru, Bolívia e
Colômbia).
 Na Colômbia, conheceu um homeopata que se dedicava ao
tratamento dos índios, que lhe apresentou a homeopatia.
 Treinado em cirurgia, dirige suas energias para uma outra
forma de pensar.
 Cursos e seminários sobre Homeopatia (1985): início de sua
prática.
Desafios na prática
Convencido de que os fundamentos da homeopatia eram válidos
 Homeopatia havia evoluído pouco se comparada à medicina
clínica e à psicologia, o que dificultava o diálogo com outros ramos
da ciência e da filosofia;
 Baixíssima qualidade dos relatos clínicos, em geral baseados em
poucos casos, em uma lista de sintomas homeopáticos, por vezes
sem utilizar a linguagem do paciente e sem avaliação crítica dos
resultados;
 Literatura vasta, com predomínio das experimentações, com
casos clínicos em menor grau, sem explicitação dos critérios de
inclusão e exclusão dos sintomas ou do modo como a informação
deveria ser sistematizada;
 Individualização X uso excessivo dos policrestos (incapazes de
cobrir o amplo espectro da experiência humana).
Desafios na prática
Convencido de que os fundamentos da homeopatia eram válidos
 Insucesso no tratamento de alguns casos com policrestos
levou a prescrição de remédios menores, que algumas vezes
levou a curas dramáticas.
 Grande prescritor de remédios menores, “considerados
pouco eficazes”
metodologia
 1987: pesquisas para desenvolver o seu próprio método.
Abordagem enfatiza a clínica, se
comparada à experimentação – o caso
curado fundamenta a teoria (evidencia).
Metodologia
 Inicialmente estudaram outras metodologias disponíveis:
Hahnemann, Kent, Paschero, Masi, Candegabe, escola
argentina e a escola psicanalítica;
 Foco central: estudo de caso (caso curado)
 razão fundamental do sofrimento;
 o tipo de estratégia adotada como defesa ao sofrimento;
 as manifestações físicas e sintomas comportamentais.
Matéria Médica e o Repertório
 Prof. Alberto Panza: Teoria da Complexidade: abordagem de
sistemas cuja força consiste em identificar relações complexas
ente inúmeros elementos; elucidar padrões sutis em
fenômenos aparentemente aleatórios.
No indivíduo, elementos-chave incluem o
cognitivo, afetivo, comportamental, físico e social
Metodologia
 Modelo fluido, não dogmático, flexível, capaz de responder a
quaisquer demandas da clínica, incluindo aquelas relacionadas
ao diagnóstico, ao prognóstico e à terapêutica.
 Busca por uma medicina mais integrativa que incorporasse
aspectos da psicanálise, do self consciente e inconsciente e as
dimensões físicas e somáticas, sem relação hierárquica entre
psique e o soma.
 Observação cuidadosa dos casos clínicos: os pacientes revelam
seus processos dinâmicos e suas principais estratégias
existenciais; eles nos guiam através de seus sofrimentos
profundos.
Experiência do paciente.
Metodologia
Observação cuidadosa do caso clínico
1. Identificar as principais áreas temáticas do paciente e
descrevê-las cuidadosamente, observando a forma com que
ele se expressa.
2. Delinear os temas fundamentais do paciente: prescrição
seja individualizada.
3. Busca da coerência dos temas
medicamento e na substância
no
paciente,
no
Metodologia
Método da Complexidade



Significa que esta abordagem é inspirada e informada pela
teoria da complexidade com sua ênfase em discernir padrões
sutis em fenômenos complexos.
Foi influenciada também por outras teorias sistêmicas como o
estruturalismo , a autopoiese e outros campos afins como a
antropologia, a psicanálise, o xamanismo, a medicina
psicossomática entre outros.
Similitude: conceito fundamental da homeopatia que
expressa a relação entre o indivíduo e um outro ultraespecífico, seja este outro uma substância animal, vegetal e
mineral. A matriz energética de um assemelha-se à do outro e
é a base da ressonância correspondente. Esta ressonância
desperta o self a recuperar seu padrão, a otimizar seu sistema
de energia e a jogar fora a doença.
Metodologia
Método da Complexidade - Efetividade do medicamento:
1. A acurácia da prescrição, isto é, o grau de aproximação da
analogia, e, portanto, o grau de ressonância.
2. A carga de energia dada dentro da frequência de ressonância,
determinada pela potência e a dose .
3. A força da energia vital.
A acurácia da prescrição e o poder da energia vital são
inversamente proporcionais, isto é, indivíduo com altas
reservas de energia vital pode responder favoravelmente a
uma prescrição com menor grau de ressonância, ao passo
que o indivíduo com baixas reservas poderá requerer
prescrição mais específica.
Metodologia
Método da Complexidade – Ênfase no caso curado
1. Acompanhamento por pelo menos dois anos;
2. Boa evolução das principais queixas/preocupações dos
pacientes;
3. Uso bem sucedido do medicamento constitucional em
enfermidades agudas.
Os casos curados fornecem os melhores dados para a
compreensão dos medicamentos – a forma como o
“medicamento experimenta a vida”.
As experimentações fornecem informações adicionais úteis e
podem orientar uma prescrição antes que os casos curados
tornem-se disponíveis.
Metodologia
Método da Complexidade – Toma do Caso
 É o fator mais importante na acurácia da prescrição.
 Requer um relacionamento de confiança entre o médico e o
paciente.
 Homeopata: empatia, compreensão, sensibilidade, presença e
abertura (autorreflexão e autodesenvolvimento).
 O objetivo é “viajar” com o paciente e deixar a narrativa fluir
em vez de interrogar o paciente e forçá-lo a se mover ao longo
de um caminho estreito – categorias pré-definidas como medos,
clima, preferências alimentares, etc.
 Toma do caso no sentido literal (uso das palavras do paciente);
 Pode abordar aspectos psicológicos, sem se limitar a eles,
aspectos de desenvolvimento anterior, padrões de
relacionamento, estrutura de personalidade, estratégias de
defesa, inseguranças e vulnerabilidades.
Metodologia
Método da Complexidade – Estrutura e estratégia
 Constituem o núcleo de um sistema; representam a base para a comparação
entre os sistemas, quer comparando uma substância (ou remédio ou
paciente) a outra ou procurando convergência entre a substância a partir da
qual o medicamento é feito, a solução em si, e o paciente a fim de
determinar uma prescrição.
 A estrutura se refere a estrutura corporal, aos processos fisiológicos e a
organização da personalidade. Começa a se formar na adolescência - ou
mais cedo no caso de grave doença de infância precoce, e uma vez formada,
não pode ser alterada. Muitos fatores influenciam seu desenvolvimento
incluindo traços herdados, o sistema familiar, trauma, temperamento e seus
padrões de reação.
 A estratégia é como alguém usa a estrutura e lida com as suas limitações
inatas.
Metodologia
Método da Complexidade – Sintomas
Sintoma homeopático: fenômeno que pode ser observado no sistema
biológico durante a experimentação homeopática ou na experiência
clínica. Pode ser verbal ou não verbal, objetivo ou subjetivo .
 Podem ser classificados em: ocasionais, recorrentes e estruturais.
 Sintomas ocasionais: incidentais; não correspondem a queixas
centrais do paciente/medicamento. Maioria dos sintomas do
repertório.
 Sintomas recorrentes: são aqueles que tendem a se repetir de tempos
em tempos ao longo da vida do paciente. A identificação da
frequência, duração e gravidade da recorrência é importante para
medir o progresso do paciente ao longo do tempo.
 Sintomas estruturais: refletem preocupações centrais do paciente ou
do remédio e são importantes para identificar e compreender.
Metodologia
Método da Complexidade – temas
 São conceitos que representam aspectos característicos da
substância na interação com o sistema biológico ou na
observação do fenômeno.
 Os temas são a melhor maneira de compreender o paciente
ou o medicamento e possibilitam identificar os temas centrais
que refletem a estrutura e a estratégia subjacentes.
 Correspondem ao agrupamento dos sintomas em quatro
categorias mais amplas: Grupo coerente de sintomas, temas
característicos ou temas gerais, temas fundamentais e
motivos.
Metodologia
Método da Complexidade – temas
 Grupo coerente de sintomas: sintomas que, embora apareçam
diferentes partes do corpo, claramente se assemelham entre si
termos do tipo de dor, da forma da sua expressão ou da
modalidade). Ex. as dores em pontada de Agaricus. Em geral,
refletem questões centrais do paciente/medicamento.
em
(em
sua
não
Sintomas que não pertencem a um GCS são menos importantes,
independentemente do grau em que apareçam no repertório.
Sintomas de primeiro grau que pertencem a um GCS são mais
importantes.
Metodologia
Método da Complexidade – temas
 Temas característicos (temas gerais): são importantes, variáveis
e frequentemente presentes no caso. Muitas vezes expressam
uma polaridade de opostos, por exemplo, onipotência e
nulidade na “drug family”. Sua presença ou ausência não é
definitiva para incluir ou excluir um remédio potencial.
 Temas fundamentais: em geral devem estar presentes para que
o médico se sinta seguro quanto à prescrição . Assim, ao pensar
em um medicamento ou família com aquele tema, poderão ser
feitas perguntas relativas a ele. Sua ausência não exclui o
medicamento, pois o paciente pode não ter consciência
daquele tema. Talvez o tema seja expresso através do corpo ou
da projeção.
Metodologia
Método da Complexidade – temas
 Motivo: inclui categorias mais amplas como por exemplo,
abandono, insegurança, morte, inquietação, etc. Muito útil no
estudo, pois permite olhar transversalmente as famílias
homeopáticas sob este aspecto em particular.
 Os temas tendem a construir peças menores em conceitos
maiores, já os motivos ajudam na direção oposta: de uma
questão ampla para uma expressão individual específica.
Família é um grupo de remédios com características comuns e
temas similares. Os temas importantes e fundamentais são
compartilhados por toda a família. A diferenciação entre eles é a
maneira de superar e compensar o problema.
Metodologia
Método da complexidade - Estudo do Medicamento
Alberto Panza: sistema do medicamento: como um tipo de mundo
antropológico em si mesmo, com seus próprios costumes, regras,
linguagem, estrutura, etc.
 Microcosmo cheio de temas e padrões complexos e intricados que
derivam do modo como a substância (da qual o medicamento é feito)
se organiza no meio ambiente.
 Mente aberta, baseada em uma abordagem fenomenológica é útil
para a compreensão de causa-efeito, processos fisiológicos e
condições patológicas.
 Ex. Compreender uma condição renal em termos de formação de
cálculo não impede de tomar notas cuidadosas sobre a qualidade
específica da dor ou do contexto do paciente como um todo.
 Casos curados: doenças tendem a se desenvolver com aquele
medicamento
 Estudo: sintomas, temas, doenças mais frequentes.
Metodologia
Método da complexidade - Estudo da substância
 Plantas e animais: como se relacionam com seu ambiente em
termos de estrutura e estratégia.
 Minerais: onde são encontrados, propriedades físico-químicas,
etc.
 Outros parâmetros: nomes tradicionais, referências na
literatura, atributos mágicos, uso ritualístico, simbolismo
mitológico, aplicação na indústria e agricultura, uso culinário e
na medicina tradicional.
Metodologia
Método da complexidade – Estudo do Paciente
 Toma do caso.
 Para entender o paciente é preciso realizar uma caminhada de
exploração, que inclui uma investigação hermenêutica, voltada
para interpretação e muitas vezes semelhante ao trabalho de
aprofundamento em psicologia.
 Psicologia fornece ferramentas indispensáveis ​para a
compreensão da personalidade, em especial a psicologia do
desenvolvimento, a psicanálise, entre outras (Junguiana,
teoria sistêmica familiar; psicoterapia humanístico existential e
a abordagem cognitiva de Beck e Ellis).
Metodologia
Método da complexidade
 Ao estudar os remédios ou pacientes, busca-se
a
correspondência entre vários sintomas e traços,
desenvolvendo, pouco a pouco, grupos e temas emergentes. O
processo busca a coerência, isto é, a força da associação entre
os sintomas em temas.
 A partir do mapeamento dos temas, pode-se ver a relação
entre eles. Alguns serão mais centrais, enquanto outros mais
periféricos. Eventualmente vão convergir para um modelo
unificado abrangente que inclui a articulação da estrutura e
estratégia, temas fundamentais e característicos, e grupo
coerente de sintomas.
 Este processo é o mesmo para o paciente e para o
medicamento/substância.
Metodologia
Método da complexidade
 Busca-se a convergência, correspondência, similaridade entre
o quadro do paciente e o quadro do medicamento/substância,
para constituir a base da prescrição, de acordo com o conceito
de similitude.
Substância
Paciente
Medicamento
Metodologia
Método da complexidade – Famílias Homeopáticas
 É um conceito que agrupa remédios com características
comuns e temas similares. Os temas importantes e
fundamentais são compartilhados por toda a família.
 Permite que sejam agrupados remédios similares assumindo
que certos sintomas e temas sejam compartilhados pela
maioria dos membros (mesmo que alguns desses sintomas
não estejam relacionados na literatura).
 Assim é que, um pequeno medicamento que compartilhe
aspectos-chave com outros medicamentos de uma família,
pode-se esperar que compartilhe também outros aspectos
desta família, ainda que não esteja relacionado (MM e
Repertório).
Metodologia
Método da complexidade – Famílias Homeopáticas

Início do estudo: “Drug family”: escolha intencional, pois é
conhecido o efeito desses medicamentos na quebra da integridade
psicossomática do indivíduo e possibilitaria também avaliar como o
indivíduo se reconstrói.
Uma família homeopática pode ser composta por medicamentos
taxonomicamente diferentes porque a base para a sua inclusão é a
semelhança da estrutura, estratégia e temas. Em outras palavras,
eles são avaliados pelo grau de semelhança de acordo com critérios
homeopáticos em vez de biológicos, filogenéticos ou químicos.


Estrutura ~ esqueleto: atinge a sua forma adulta na adolescência
Estratégia: como o indivíduo de adapta a esta estrutura (defesas e
compensações), pode ser alterada e é o local primário de atuação
do medicamento;
Metodologia
Método da complexidade – Famílias Homeopáticas

Os membros de um mesmo grupo taxonômico podem possuir
estrutura, estratégias e temas muito diferentes, ou seja, serem de
famílias homeopáticas diferentes ≠ Sankaran

Uma família homeopática pode conter subfamílias de medicamentos
mais estreitamente conectados, como as Viperidae ou Crotalidae
dentro da família das serpentes.

Alguns remédios podem pertencer a duas famílias simultaneamente,
por exemplo, Calcarea Muriatica, tem um eixo de ligação com as
Calcareas e outro com os halogênios.

Medicamentos muito conhecidos, por exemplo, alguns policrestos,
evidenciam características pertencentes não só a esse remédio em
particular, mas à família como um todo – exemplo, Camphora:
friorento, mas não tolera as cobertas da cama (sintoma da família).
Metodologia
Método da complexidade – Famílias Homeopáticas

Toma do caso: identificação dos temas centrais do paciente e
compara-se com os temas centrais de cada família e
procede-se ao diagnóstico diferencial entre os membros
daquela família.

A família homeopática ajuda a encontrar remédios que estão
em ressonância com os problemas centrais do paciente.

Conhecer os principais temas das famílias homeopáticas pode
ser útil tanto na primeira, como na segunda prescrição, onde
poderão ser avaliadas famílias com temas similares.
Metodologia
Motivo
Família 1
Medicamento1
Família 2
Medicamento 2
Medicamento 3
GCS
GCS
Temas
Gerais
Temas
Gerais
Temas
Gerais
Temas
Fundamentais
Temas
Fundamentais
Temas
Fundamentais
GCS
Medicamento 4
GCS
Temas
Gerais
Temas
Fundamentais
Metodologia
Método da complexidade – Corpus
O corpo como é percebido pelo sujeito – corpo sensorial
holográfico.
Por exemplo, dor no estômago, se psicossomática, reflete o
estado geral mental-emocional do paciente, o que provoca uma
sensação no corpus não influenciada primariamente pelo corpo
físico.
Por outro lado, a úlcera é uma patologia física real que estimula
sensações de dor. Aqui também, uma variedade de sensações,
mediadas pelo corpus, intermediam as respostas mecânicas,
reinterpretando-as e reformulando-as no contexto da
autoestima.

Metodologia
Método da complexidade – Corpus


Do ponto de vista da teoria da complexidade, o corpo e a mente
expressam uma rede coordenada ou um efeito de campo
(corpo-mente) que é mais unitário do que dualista e mais
circular do que linear. O campo (corpo-mente) como um todo
opera para expressar e modular a dor através de sensações, a
linguagem do corpo. Estas expressões, ou a falta delas, como na
família de medicamentos homeopáticos, são por sua vez um
reflexo das vulnerabilidades inatas da estrutura e da estratégia
do sistema.
O continuum corpo-mente e corpus sugere que a predileção
tradicional pelos sintomas mentais é equivocada. Cada sintoma,
sentimento ou sensação que reflita questões centrais do sistema
do paciente, quando se sabe como interpretar esta linguagem
do corpo, tem uma dimensão mental-emocional.
Metodologia
Método da complexidade – Síntese
Abordagem que busca coerência temática entre o caso do paciente,
o medicamento e a substância da qual ele é produzido, procurando
uma analogia entre eles.
1.
Discernir temas coerentes na estrutura e estratégia de cada
um;
2.
Buscar a convergência entre a substância e o medicamento e,
3.
Comparar o quadro do medicamento/substância com o quadro
do paciente para encontrar a convergência.


Esta convergência, de acordo com o princípio da similitude, atua
terapeuticamente sobre a força vital de modo que permita ao
organismo reparar e otimizar a sua estratégia dentro dos limites
da estrutura.
Nas crianças, como a estrutura ainda está em formação, o
medicamento pode influenciar ambas, a estrutura e a estratégia.
Metodologia
Método da complexidade

As informações, a partir dos casos curados, devem ser apresentadas
em termos de estrutura, estratégia, motivos, temas fundamentais,
temas característicos, grupo coerente de sintomas e condições clínicas
(patologias).

Isto deve ser agrupado e discutido em relação às
homeopáticas.

Nos repertórios, as informações devem se basear em casos curados e
deveriam preservar significado e contexto, ou seja, mostrar relação
com o tema central relevante, em vez de ser reduzido a código
estereotipado, simplificado. A gradação deveria basear-se no grau de
relevância para as questões centrais do remédio (significado e
associação) ao invés de uma mera lista alfabética.
famílias
Metodologia
Método da complexidade
1- Identificar as áreas temáticas e descrevê-las em detalhe (utilizar
a linguagem do paciente).
2- Delinear os temas fundamentais do paciente, e
3- Prescrição individualizada do medicamento: busca da coerência
dos vários temas.
A coerência dos temas permite a melhor compreensão da estrutura
e da jornada do paciente e, consequentemente, a identificação do
medicamento homeopático. Faz-se uma analogia entre o sistema
complexo, multidimensional do paciente com o do medicamento e,
por extensão, com a substância da qual ele é produzido.
Metodologia
Método da complexidade
O caminho do coração:
O momento mais significativo do trabalho é a
experiência com o paciente: representa um
momento especial entre o paciente e o método
– campo terapêutico : “encontro”
Metodologia
Método da complexidade: o encontro/ campo terapêutico
Muito obrigada!