A FORMAÇÃO DE
PROFESSORES: MITOS E FATOS
Bernardete A. Gatti
Fundação Carlos Chagas
“O Sistema Educacional sempre situou a formação do
profissional da educação, ou seja, a profissionalização
docente, no contexto de um discurso ambivalente, paradoxal
ou simplesmente contraditório,
de um lado
de outro
• a retórica histórica da importância
dessa formação
• a realidade da miséria social e
acadêmica que lhes concedeu.”
Imbernón (2000)
Origem dos:
Mitos
 Opiniões de senso comum
 Representações forjadas nos limites das cotidianeidades
 Particularismos e ideologismos
Fatos
 Estudos e pesquisas com balizas metodológicas fortes
 Mitos





Qualquer um pode ser professor
Não há necessidade de muita formação para ser professor
Dar aula é “fichinha” = banalização da atividade docente
Dar aula não é trabalho
Quem tem conhecimento sabe ensinar
 Mitos (cont)
 Está tudo bem com essa formação, não é preciso filosofar
sobre isso
 O currículo dos cursos não necessita de orientação, já
sabemos fazer
 Não há necessidade de mudar como fazemos
 Os estágios estão provendo a relação teoria-prática
 Professor não é um profissional é um “educador”
 Mitos (cont)




Professor não é um trabalhador, é um missionário
Salário não melhora desempenho do professor
Formamos professores em número suficiente
Ninguém dá valor ao professor
 As políticas nacionais têm melhorado a formação de
professores e suprido a quantidade necessária de docentes
para a educação básica
 VAMOS AOS FATOS
 Estudos hoje falam em CRISE NA FORMAÇÃO INICIAL/
/PRÉ-SERVIÇO DE PROFESSORES e
no consequente desvirtuamento da
FORMAÇÃO CONTINUADA
Crise => Elementos que a caracterizam
=> Sinalizadores da crise
- Formação continuada como suprimento de formação inicial
- Desempenho em concursos públicos
- Pesquisas: cotidiano escolar e ensino
- Pesquisas com egressos das licenciaturas
- Pesquisas com professores iniciantes
- Análise de itens do ENADE
- Desempenho das redes de ensino
nos seus diferentes níveis:
evasão/indicadores
(cuidados neste ponto)*
O que se constata: Situação crítica do papel social das
LICENCIATURAS
=> falta aquisição de condições para uma
(pré) qualificação adequada para o trabalho
docente
=> acarreta viés no conceito, financiamento e
desenvolvimento de formações em
continuidade
PROBLEMA
CONSTITUIÇÃO DA PROFISSIONALIDADE DOCENTE
PROFISSIONALIDADE
Condição que revela a construção de uma base sólida de
conhecimentos e formas de ação em dada área de trabalho.
Questão de realidade:
COMO SE MOSTRAM AS
estruturas formativas de Professores na graduação?
FORMATO/QUANTIDADE/QUALIDADE DOS CURRÍCULOS
1. Formato - estrutura
•
Cursos isolados => Não há um “LOCUS” DE FORMAÇÃO NAS
IES, uma Unidade, Centro, um Instituto, uma Faculdade
responsável pela Formação de Professores
(como por exemplo há uma Faculdade de Medicina, ou de
Direito, ou de Arquitetura, etc.)
=> Herança histórica: “adendo”; “complemento” – “RABICHO”
=> Espalhamento em cursos isolados => identidade profissional?
•
Desvalorização dos cursos de licenciatura – nas políticas e nas
práticas institucionais
=> desvalorização acadêmico-social
2. DADOS QUANTITATIVOS
Matrículas e Concluintes – LICENCIATURAS (PRESENCIAL E EAD)
Fonte: INEP/MEC - Edudata
Licenciaturas: Matrículas e Concluintes
257.053
235.393
231.231
227.131
1.248.404
1.234.789
1.190.882
1.147.899
2005
2006
2007
2008
188.807
Concluintes
Matrículas
978.061
2009
 Certa estabilidade nas matrícula após 2009/2010 – aumento
matrículas: 2011 - nº de conclusões muito baixo
 A grande maioria dos cursos e das matrículas em licenciaturas
está nas instituições privadas => 78% das matrículas
 2001 – 2011 => há uma visível migração dos cursos de licenciatura
para o regime à distância
2011 – Bacharelados EaD = 27%
- Licenciaturas EaD = 83%
 2010 => 60% dos formados em Pedagogia = EaD
[Resumos Técnicos do Censo da Educação Superior (2009, 2010 e 2011, MEC/INEP,
Brasil, 2013)]
2.1 Educação a Distância: preocupações
• Estudos mostram:
- Expansão desordenada
- Currículo mimetizando o presencial
- Plataformas midiáticas frágeis
- Polos com precárias condições
- Tutoria com fragilidades visíveis: formação e contrato de
trabalho
- Uso intensivo de apostilas e pouco uso de meios
informáticos e midiáticos educacionais
- Material pedagogicamente problemáticos para
desenvolvimento de estudo a distância => solitário =>
=> hábitos de estudo
- Avaliação precária
2.2 Professores Licenciados nas Redes de Ensino
Proporção de professores em exercício com formação em licenciatura
na área
Tabela 1
Proporção de professores dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio das
escolas públicas com formação na área de atuação por região (em %) Brasil (2009)
Brasil
Área1
Regiões
Sul
CentroOeste
74,9
68,2
59,3
41,8
57,6
58,4
60,5
25,9
21,8
58,8
42,9
42,7
36,4
13,1
14,6
65,1
55,8
29,0
167.674
34,3
19,7
21,7
51,8
45,3
36,2
40.625
33,2
17,3
19,1
52,1
43,0
24,7
164.136
29,4
19,6
18,6
44,4
36,1
34,2
46.649
16,9
10,2
11,3
23,8
20,0
13,6
%
Norte
224.926
54,0
31,6
35,9
45.911
50,4
31,7
Matemática
209.686
38,6
Educação Física
110.652
História
Química
Português
Biologia
Geografia
Física
N
Nordest
e
Sudeste
Fonte: Elaboração a partir dos microdados do Censo Escolar 2009, fornecidos pelo INEP.
Nota (1): Foram considerados licenciaturas na área de atuação e bacharelados na área de atuação
com licenciatura em outra área.
Nota (2) Tabela extraída e adaptada de Alves e Silva (2013, p. 871)
3. QUALIDADE DOS CURRÍCULOS DAS LICENCIATURAS
 Dinâmicas formativas
• fragmentação institucional
• fragmentação por níveis de ensino
• fragmentação por área de conhecimento
=> Contraste: documentos oficiais e desenvolvimento
concreto da formação de professores
 Generalidades nas proposições curriculares
 Perspectiva dominante: bacharelado.
 Formação para a educação e o ensino = precariedade
 A relação teoria-prática, tão enfatizada pelos acadêmicos, por
documentos e normas, não se concretiza no cotidiano da
grande maioria das diferentes licenciaturas
 Estágios fragilizados
 Exigência das 400h de Prática: ??
Distribuição das disciplinas – Licenciatura:
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
4,0%
4,0%
5,4%
7,1%
4,0%
0,8%
10,4%
64,3%
Fundamentos teóricos
Sistemas educacionais
Conhecimentos específicos da área
Conhecimentos específicos para a docência
Modalidades de ensino específicas
Outros saberes
Pesquisa e TCC
Atividades complementares
 Desprezo pelas práticas
 Compreensão diferenciada sobre o conhecimento para o
ensino => para o desenvolvimento de ações pedagógicas na
educação escolar
=> perspectiva praticamente ausente
Práticas X Mecanicismos/tecnicismos
...“é preciso assumir que a prática é espaço/tempo de
surgimento de conhecimentos vitais e de criação, não
só de reprodução. É, portanto, necessário dar à
prática a dignidade de fato cultural, relevante para o
desenvolvimento curricular pretendido”
Nilda Alves (1998)
(Shulman, 2004)
• O conhecimento que está na base do ensino vai além do conhecimento da
disciplina por si mesma, para uma dimensão do conhecimento da disciplina
para o ensino.
• A chave para distinguir a base do conhecimento do ensino repousa na
interseção de conteúdos e pedagogia
• O conhecimento do conteúdo pedagógico é a categoria que mais
provavelmente distingue o entendimento do especialista em conteúdo do
entendimento do educador
PRÁTICAS EDUCATIVAS SIGNIFICATIVAS SE ANCORAM EM :
DOMÍNIO DE CONHECIMENTOS DAS ÁREAS E
CONHECIMENTO EDUCACIONAL
SENSIBILIDADE COGNITIVA
CAPACIDADE DE CRIAR RELACIONAMENTOS
DIDÁTICOS FRUTÍFEROS
TER E CRIAR ATITUDES ÉTICAS
Dificuldades:
Superação da perspectiva cientificista do século XIX
A estrutura das IES: divisões irreconciliáveis
As concepções cristalizadas
Questões de ensino: sem valor na “academia”
Dificuldade maior
 Ausência de uma Política Nacional de Formação Inicial de
Professores que repense estruturas, dinâmicas e
conteúdos formativos
 Ausência de política de incentivo à inovação na graduação
Propostas controversas
• Redução sistemática nas últimas décadas do tempo de formação dos
professores, sem uma orientação curricular clara – formal e
informalmente
• Liberalidade quanto ao uso do tempo de formação: atividades culturais,
atividades complementares, etc
• Transposição da formação presencial para a distância sem qualificções
específicas
• Diretrizes Curriculares vagas
• Documentos: preferencialmente presencial, mas...
Política Nacional
Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério
de Educação Básica
- UAB - Pro-Licenciatura/PARFOR - PIBID – Mestrados Profissionais
(docência) – Rede Nacional de Formação Continuada
 Propostas mais voltadas a professores em exercício
 Currículos mimetizando presencial/ sem inovação e adequação dos
conteúdos e dos tempos
 Formação Continuada: Programas esparsos em vários órgãos; Programas
específicos sobre diversidade; oferta “fechada”
 Alta desistência
 Mestrados Profissionais subsidiados: sem orientação sobre práticas
Política Nacional:
- Como proposta = ousada : grandes plataformas ; montagem tipo
centralização- descentralização
- Na prática = desarticulação/ pulverização/ oferta “de cima para baixo”
- Dificuldades nos apoios, especialmente municípios
- Ausência de acompanhamento efetivo, consequente
- Programas de suprimento: ParFor – réplica do presencial
- Programas de EaD: atingir quantidade
- Foruns estaduais disfuncionais
- Programa interveniente bem sucedido: PIBID =>
=> qualificação localizada/ alcance limitado
Questão sem nenhuma ação política nacional:
Estrutura e dinâmica da formação inicial nas
Graduações (Licenciaturas)
=> SEM PROPOSTA, seja de renovação ou de
inovação
Contemporaneamente
Maior preocupação da maioria dos Países:
Formação inicial de professores
Movimento grande em busca de alternativas
Trabalho docente => representações diversificadas
Hoje: representações contraditórias sobre o trabalho do
professor
Pesquisa: Atratividade da carreira docente
Jovens do ensino médio
SER PROFESSOR
Profissional
relevante
Modelo/exemplo
Formador de
opinião
Valor social
X
Profissional
desvalorizado
e desrespeitado
pelos alunos,
pela sociedade e
pelo governo
TRABALHO DOCENTE
Profissão pesada,
Trabalho nobre
dura, cheia de
Profissão bonita,
dificuldades,
gratificante e de
frustrante
muita
É difícil ensinar
responsabilidade
Dificuldade de
Ensinar é um
lidar com pessoas
prazer
Requer paciência
X
•
“[...] é uma das profissões mais bonitas [...] uma das mais
bonitas e que trazem maior auto-consideração”. (Nathália,
escola pública, Taubaté)
•
Eu acho que o professor é uma pessoa muito importante, porque é
ele quem vai nos guiando desde pequenos até uma faculdade,
até nós termos o nosso emprego, porque, sem eles, digamos
assim, nós não estaríamos no terceirão, não teríamos aprendido
tudo o que nós aprendemos até agora. (Vitória, escola particular,
Joinville)
• “E também esse ano o que nos prejudicou bastante foi que,
assim, pra dar aula pra gente caíram muitos professores
novos que acabaram de se formar. Então, esses
professores que dão aula pra gente estão aprendendo coisa
que eles têm que passar pra gente, então, às vezes, a
gente tem uma dúvida muito difícil que eles mesmos
não sabem explicar [...] professores que acabaram de se
formar tinham que ficar um tempo, assim, fazendo estágio
junto com outro professor. Porque acabou de se formar e
vai dar aula, não consegue, realmente...” (Cleide,
escola pública, São Paulo)
 Nem sempre se desvaloriza o professor
 Reconhece-se as dificuldades dessa profissão
 Há evidências que mostram a necessidade de mudança na formação do
profissional professor
 Gestores de políticas, formadores, pesquisadores:
Pensar o Professor como um Profissional,
em especial, um profissional da ESCOLA, das
Redes de Ensino
 Não se pode desconsiderar o campo de trabalho dos docentes na
educação básica – condição histórica-social-cultural concreta
Celestino Silva Júnior (2011):
“Formar professores para a educação básica significa, antes de
mais nada, tomar a própria educação básica como objeto
preferencial de estudo. Ao fazê-lo, teremos que considerar os
valores que explicitem o sentido da vida humana, ou seja, os
direitos de inserção nos bens sociais e culturais.” ...
“Que haja “uma permanente mobilização dos saberes adquiridos
em situações de trabalho, que se constituirão em subsídios para
situações de formação, e dessas para novas situações de trabalho.”
UMA PROFISSÃO contempla:
 a atribuição de executar um trabalho específico
 a partir de uma base de conhecimentos teóricos e práticos
apropriada
 com a capacidade de utilizar esses conhecimentos em
situações relevantes
 e com a capacidade de recriar, por reflexão constante a partir da
prática, seus saberes e fazeres.
(Abott, 1988; Avalos, 2013; Gatti, 2014)
Não é trivial formar profissionais Professores
Na formação inicial começa a construção da dignidade
profissional
Que deve ter continuidade na carreira e
na formação contínua
que não pode ser apenas
“suprimento”
Então:
Não, não é “qualquer um” que pode ser professor
Atuar na educação básica é complexo
Há necessidade de forte formação
Estamos fazendo mal essa formação
É necessário mudar – URGENTEMENTE
Sob determinadas condições o professor pode ser
polivalente
Professor não é cuidador ou missionário
Professor é trabalhador, é um Profissional
Muitos segmentos sociais dão valor ao professor
As políticas nacionais não têm resolvido bem a questão da
docência
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
1932
“Todas as gerações que nos precederam ... foram vítimas de
vícios orgânicos de nosso “aparelhamento de cultura” cuja
reorganização não se podia esperar de uma mentalidade
política, sonhadora e romântica, ou estreita e utilitária, para
a qual a educação nacional não passava geralmente de um
tema para variações líricas ou dissertações eruditas.”
- uma “alma antiga” em um “mundo novo”
(Introdução – Fernando de Azevedo)
Manifesto (1932)
“A formação universitária dos professores não é somente uma
necessidade da função educativa, mas o único meio de,
elevando-lhes em verticalidade a cultura, e abrindo-lhes a vida
sobre todos os horizontes, estabelecer, entre todos, uma vida
sentimental comum e um espírito comum nas aspirações e nos
ideais.”
=> IDENTIDADE PROFISSIONAL
Bibliografia
•
•
•
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•
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•
ANFOPE. Associação Nacional pela Formação de Profissionais da Educação. Políticas de
Formação Inicial e Continuada de Profissionais da Educação no Contexto dos anos 2000.
Documento Final do XV Encontro Nacional, Caldas Novas (MG), 2010.
AZEVEDO , F. et al. Manifestos dos Pioneiros da Educação Nova (1932) e dos Educadores
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André, M.E.D.A. A produção acadêmica sobre formação docente: um estudo comparativo das
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BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Censo
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http://download.inep.gov.br/superior/censo/2009/resumo_tecnico2009.pdf>. Acesso em:
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da Educação Superior: 2010 – Resumo Técnico. Brasília: Inep, 2010.
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-----------. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Censo
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http://download.inep.gov.br/superior/censo/2009/resumo_tecnico2009.pdf>. Acesso em:
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Bibliografia (cont.)
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CALDERANO, M.A. (org.) Estágio Curricular: concepções, reflexões e proposições. Juiz de Fora: Editora UFJF,
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GATTI, B. A. NUNES; M. M. R. (org.) Formação de professores para o ensino fundamental: estudo de
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GATTI, B. A. e BARRETTO, E. S. de S. Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília, UNESCO, 2009.
GATTI, B.A. et al. Formação de professores para o ensino fundamental: instituições formadoras e seus
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GATTI, B. A. et al. A atratividade da carreira docente no Brasil. Estudos e Pesquisas Educacionais. São Paulo: FVC/Fundação
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GATTI, B.A.; BARRETTO, E.S.S.; ANDRÉ, M.E.D.A. Políticas docentes no Brasil: um estado da arte. Brasília:
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GATTI, B.A. (org.). Análises pedagógico-curriculares para os cursos de licenciatura vinculados às áreas de
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LIBÂNEO, J. C. O ensino da Didática, das metodologias específicas e dos conteúdos específicos do ensino
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Download

Profa. Dra. Bernardete Gatti