FACULDADE DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA – LICENCIATURA SANDRA REGINA DE MOURA P R O J E TO D E P E S Q U I S A AP R E S E N TA D O A DISCIPLINA EDU03041 PESQUISA EM EDUCAÇÃO I P R O FA D R A. L I L I AN A M . PAS S E R I N O . Formação e Currículo na EJA sob a ótica dos alunos: Um estudo de caso Problema de Pesquisa Será que os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), dos anos iniciais, se sentem acolhidos pelo currículo se dando conta se ele é, ou, não é planejado visando atender às suas necessidades observando seus conhecimentos, experiências de vida, especificidades e suas expectativas? O que, realmente, eles buscam nessa modalidade de formação escolarizada? Objetivo Geral Conhecer qual a visão que os alunos da EJA têm sobre sua formação/escolarização, suas expectativas frente a esta modalidade de ensino, saber se eles se sentem acolhidos pelo currículo. Objetivos Específicos Indagar o que os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) pensam sobre o currículo desta modalidade de ensino. Verificar se eles sentem que o currículo é feito “para eles” percebendo-se valorizados e acolhidos, ou não; Investigar quais são suas expectativas e dificuldades com relação à sua formação e, o que, realmente, eles buscam na EJA. Justificativa O discurso corrente e recorrente sobre a EJA fala de um currículo diferenciado e maleável. Desejo saber se este discurso tem ficado só na teoria, se ele se reafirma nas práticas pedagógicas e, se os sujeitos alunos têm conhecimento desse discurso. Portanto, quero conhecer a opinião desses alunos, as expectativas que eles têm, conhecer suas necessidades, seus saberes, experiências de vida para destacar experiências (positivas/negativas) neste estudo de caso. Como futura educadora desta modalidade de ensino, acredito ser pertinente reconhecer que os alunos da EJA precisam ser sujeitos dessa modalidade de ensino, saber que necessitam e têm direito a um curriculo diferenciado que atenda às suas necessidades e espectativas, valorize suas histórias de vida e incentive-os a se tornarem sujeitos críticos oferecendo um tratamento digno e respeitoso. Portanto, quero (re)conhecer quais são suas expectativas e o quê, realmente, eles buscam na EJA. Referencial Teórico Minha pesquisa tem como referêncial a concepção progressista apresentada por Paulo Freire, que entende a educação como uma forma de intervenção que não é neutra, que é política e deve ser realizada com autoridade, respeito e afetividade, levando os alunos a não aceitar determinismos, a ter expectativas, buscar alternativas e sempre lutar por dignidade e respeito Estado da Arte Miguel Arroio Irene Terezinha Fuck Zoé Margarida Chaves Vale Paulo Freire Pedagogia da autonomia Irene Terezinha Fuck Alfabetização de adultos: Relato 1994 de uma experiência construtivista Portal do MEC Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Miguel Arroyo Educador em diálogo com nosso 2011 tempo Zoé Margarida Vale 2008 2012 Chaves Encontros e desencontros entre os 2007 jovens e a escola: Sentidos da experiência escolar na educação de jovens e adultos - EJA Paulo Freire é o referencial teórico desta pesquisa por ser um dos maiores problematizadores da educação, principalmente a de jovens e adultos, propondo que se dê visibilidade às suas experiências e seus saberes, propondo que o aprendizado seja um ato libertador. Relatos de experiências na Educação de Jovens e adultos que poderão me ajudar a compreender melhor especifidades dessa modalidade de ensino. Forma de obter conhecimento da legislação sobre a modalidade de ensino EJA. Com Arroyo busco embasamento para pensar, refletir e problematizar os contextos educacionais atuais no intuito de calibrar meu olhar quanto ao que posso encontrar nas práticas que irei observar. A autora investiga a relação dos jovens com a escola e os sentidos que eles próprios atribuem à sua experiência, dando, portanto, “voz” aos alunos da EJA. Metodologia A metodologia que escolhi para realizar esta pesquisa é qualitativa com estudo de caso. Começo com estudo do referencial teórico e estado da arte como forma de calibrar meu olhar para a coleta de dados. Inicalmente esta se dará em observação direta e participante, com registro posterior em diário de campo. Num segundo momento realizarei entrevista semi-estruturada com os sujeitos alunos, com intuito de gravar a entrevista. Num terceiro momento selecionarei alunos participantes para realizar entrevistas mais específicas – história de vida - com filmagem e/ou gravação dos relatos de suas experiências. Intento realizar as entrevistas na escola, em suas residências e, se possível, no ambiente de trabalho, não sendo possível, tentarei apenas observá-los em suas práticas profissionais, como forma de coleta de dados. Referências ALMEIDA, M.L.S. de. Os significados atribuídos ao processo de alfabetização na voz do aluno adulto. Dissertação de mestrado. Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. 2002 ARROYO, Miguel. Educador em diálogo com nosso tempo: textos selecionados de Miguel Arroyo ; organização Paulo Henrique de Queiroz Nogueira, Shirley Aparecida de Miranda. -- Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2011. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 37ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2008. FUCK, Irene Terezinha. Alfabetização de Adultos. Relato de uma experiência construtivista. 2. Edição. Petrópolis: Vozes, 1994. VALE, Zoé Margarida Chaves. Encontros e desencontros entre os jovens e a escola: sentidos da experiência escolar na Educação de Jovens e Adultos – EJA. Belo Horizonte. Tese de Doutorado. UFMG, 2007. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=290&Itemid=81 6 em 27/096/2012