HEIDEGGER, Nietzsche. Livro I,
Capítulo I – A vontade de poder
como arte
As “três posições fundamentais”. A unidade
entre vontade de poder, eterno retorno e
transvaloração. A estrutura da “obra
central”; O modo de pensar nietzschiano
como inversão.
Índice
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1. As “três posições fundamentais”.
2. A “pergunta diretriz” da filosofia.
3. A “pergunta decisiva” da filosofia.
4. Somando 1+2.
5. Nietzsche fala.
6. Dois pilares: Vontade de Poder e Eterno Retorno
7. A posição fundamental
8.Transvaloração de todos os valores
9. Niilismo
10. Uma boa maneira de se pensar o perspectivismo em
Nietzsche.
• 11. Inversão do platonismo.
As “três posições fundamentais”
• I. 1882-3:
– “Filosofia do Eterno retorno
– Uma tentativa de Transvaloração de todos os
valores
– A doutrina do Eterno retorno como martelo na
mão dos homens mais poderosos”.
As “três posições fundamentais” (2)
• II. 1885-7
– “A Vontade de poder
– Tentativa de Transvaloração de todos os valores
– O Eterno retorno”.
• III. 1888-9
– “Transvaloração de todos os valores
– Filosofia do Eterno Retorno
– Os que dizem sim”.
1. A “pergunta diretriz” da filosofia: “o
que é o ente?”
• “A expressão ‘vontade de poder’ denomina o
caráter fundamental do ente. Todo ente que é,
na medida em que é, é: vontade de poder.” p.
19.
2. A “pergunta decisiva” da filosofia:
“qual o sentido do ser?”
• “A pergunta decisiva é, nesse caso, a pergunta
sobre o ‘sentido do ser’, e não apenas sobre o
ser do ente.” p. 19.
• “O que é e como é a própria vontade de
poder? Resposta: o eterno retorno do
mesmo.” p. 19.
Somando 1+2
• O ser do ente é Vontade de Poder.
• O sentido do ser é Eterno Retorno, é retornar.
Recordação
• “A pergunta ‘o que é o ente’ pergunta pelo ser
do ente. Para Nietzsche, todo ser é um devir.
Todavia, esse devir tem o caráter da ação e da
atividade do querer. Em sua essência, porém,
a vontade é vontade de poder.” p. 9.
Nietzsche fala
• “Recapitulação: cunhar para o devir o caráter
do ser – essa é a mais elevada vontade de
poder”.
• “Que tudo retorna é a aproximação mais
extrema de um mundo do devir ao mundo do
ser: - Ápice da consideração.” apud Heidegger, p. 20.
Dois pilares: Vontade de poder e
Eterno Retorno
• O ser do ente é Vontade de Poder, é devir.
• O sentido do ser é Eterno Retorno, é retornar.
A posição fundamental
• “A posição fundamental de Nietzsche pode ser
determinada por meio de duas sentenças: O
caráter fundamental do ente como tal é a
‘vontade de poder’. O ser é o ‘eterno retorno
do mesmo’.” p. 25.
Transvaloração de todos os valores
• A “transvaloração de todos os valores” parte
de uma “crítica dos valores supremos até
aqui”.
• “Por conseguinte, a obra deveria começar
como uma apresentação abrangente do fato
fundamental da história ocidental (...), o
niilismo.” p. 26.
Niilismo
• “Para Nietzsche, niilismo não é uma visão de
mundo que irrompe em algum lugar e em
algum momento, mas o caráter fundamental
do acontecimento no interior da história
ocidental”.
• “Niilismo significa: os valores superemos se
desvalorizam.”
• “O niilismo já começa nos séculos antes de
Cristo e não termina com o século XX.” p. 26.
A inversão
• “O procedimento de Nietzsche, seu modo de
pensar em meio à realização de uma nova
instauração de valores, é uma constante
inversão.” p. 28.
Exemplo de inversão
• “Schopenhauer interpretou a essência da arte
como um ‘quietivo da vida’. (...) Nietzsche
inverte Schopenhauer e diz: a arte é o
‘estimulante’ da vida, algo que incita e eleva a
vida.”
Um segundo exemplo
• “À pergunta: O que é a verdade? Nietzsche
responde: ‘A verdade é um tipo de erro, sem o
qual uma determinada espécie de ser vivo não
poderia viver. O valor para a vida decide por
fim’.”
Uma boa maneira de se pensar o
“perspectivismo” em Nietzsche
• “ ‘Verdade’. Segundo o meu modo de pensar,
esse termo não designa necessariamente algo
que se encontra em contradição como o erro.
Ao contrário, ele não designa nos casos
principais senão uma posição de diversos
erros uns em relação aos outros.” apud Heidegger,
p. 29.
Inversão do platonismo
• “A sentença nietzschiana – a verdade é o erro
e o erro é a verdade – só pode ser concebida a
partir de sua posição fundamental ante o
conjunto da filosofia ocidental desde Platão.
Se compreendermos isso, então a sentença
perde um pouco de sua estranheza”. p. 29.
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"Nietzsche" de Heidegger