A ORIGEM DA TRAGÉDIA F. W. NIETZSCHE BIOGRAFIA - NIETZSCHE Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em Rocken, aos 15 de Outubro de 1844 e faleceu em Weimar aos 25 de Agosto de 1900; Filólogo e filósofo; Por sugestão de seu professor, o filólogo Friedrich Wilhelm Ritschl, Nietzsche, em 1869, ainda antes de terminar seus estudos, conseguiu o lugar de professor de filologia clássica em Basiléia — Suíça — passando a professor efetivo em 1870; Em 1870, compromete-se como voluntário na guerra frano-prussiana. A experiência da violência e o sofrimento chocam-no profundamente; Após 10 anos teve que renunciar à cadeira de professor, em virtude de seu precário estado de saúde. NIETZSCHE - INFLUÊNCIAS Schopenhauer; Richard Wagner; Goethe; Shakespeare; Dostoiévski. NIETZSCHE E O NIILISMO Critica ao cristianismo, budismo, idealismo, racionalismo, platonismo... Momento de desvalorização dos valores supremos; Negação da moral vigente (critica à Kant); Pensamentos A morte de Deus – Na consciência do homem europeu do sec. XIX, segundo Nietzsche, já se vive a morte de Deus. Para Nietzsche, a morte de Deus é apenas um capítulo de uma história bem mais longa: a morte do mundo – verdade, ou seja, o fim do platonismo. Assim, o niilismo significa que nada é verdadeiro, e por isso tudo é permitido. Pensamentos A crença no “eterno retorno” – O niilismo como desvalorização dos valores faz surgir o niilismo como desvalorização da existência. Todavia, através da doutrina do eterno retorno, o ser superará o niilismo, desenraizando da sua apreensão da existência como fonte de sofrimento. Princípios do eterno retorno: 1) o tempo é infinito; 2) as forças são finitas. Desse principio decorre que tudo já retornou, pois as configurações das forças, sendo finitas, já se repetiam. O estilo aforismático "Não me roube a solidão sem antes me oferecer verdadeira companhia.” "O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são." "A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: o budismo não promete, mas assegura. O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada." "Para ler o Novo Testamento é conveniente calçar luvas. Diante de tanta sujeira, tal atitude é necessária." A Origem da Tragédia Foi o primeiro título dado por Nietzsche à sua obra também conhecida simplesmente por O Nascimento da Tragédia, publicada em 1872. Considerada eminentemente romântica e pretende a analisar a origem e decadência da tragédia grega, sob o ponto de vista estético. Prefácio a Wagner Influência wagneriana ao longo da obra. Para Nietzsche, através da música de Wagner, seria possível vislumbrar o renascimento da tragédia grega. Dionísio e Apolo Apolo: Deus olímpico, filho de Zeus. Deus da razão, sabedoria, consciência e do equilibrio. Dionísio: Deus olímpico, também filho de Zeus. Deus do instinto, das festas, do vinho, da insânia,da intoxicação que funde o bebedor com a deidade(fonte de tudo aquilo que é divino). Espírito apolíneo O apolíneo é o princípio de individuação, um processo de criação do indivíduo, que se realiza como uma experiência da medida e da consciência de sí próprio. Assim como Apolo era o deus da beleza, o espírito apolíneo era o espírito da aparência. Para Nietzsche, a arte apolínea era superficial, meramente contemplativa, uma imagem refletida da essência do Ser. Espírito dionisíaco O espírito dionisíaco, por ser fonte do divino, era o verdadeiro criador da arte original. O aniquilamento da racionalidade, do princípio da individuação, permitia desvendar a essência da natureza. A melhor representação desse espírito era o gênero artístico da tragédia grega. A ascensão do espírito apolíneo na Grécia antiga O espírito apolíneo como refúgio da existência miserável; Os deuses e heróis apolíneos são aparências artísticas que tornam a vida desejável, encobrindo o sofrimento pela criação de uma ilusão. Os deuses são criados na similitude dos homens, e as mazelas sofridas por eles dão esperança e sentido à vida humana. “O grego conheceu e sentiu as angústia e os horrores da existência: para lhe ser possível viver teve de gerar em sonho o mundo brilhante dos deuses olimpicos” (p.30) “Se os deuses vivem uma vida igual à nossa, está justificada a vida humana, e não há teodicéia que seja mais satisfatória” (p.31) O helenismo e a prevalência dos espíritos apolíneo e dionisíaco Helenismo: o período da história da Grécia e de parte do Oriente Médio compreendido entre a morte de Alexandre o Grande em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 146 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. O deus de Delfos como regulador do embate entre os espirítos. As manifestações dos gênios apolíneo e dionisíaco nas obras de arte Homero – Representação do espírito apolíneo Arquíloco – Representação do espírito dionisíaco A tragédia grega surgiu no coro do Ditirambo Para Nietzsche, somente a arte tem o poder de transformar o aborrecimento do que há de horrível e de absurdo na existência. Para o autor, o coro do sátiros do ditirambo foi a salvação da arte grega. Ditirambo: canto coral de caráter apaixonado executado por personagens vestidos de faunos e sátiros, considerados companheiros do deus Dionísio, em honra do qual se prestava essa homenagem ritualística. Sátiros: entidade mitológica metade humana e metade animal. Nietzsche – A Origem da Tragédia (2ª Parte) “Só acredito em um deus que saiba dançar” A SÍNTESE TRÁGICA A justificativa estética da existência Uno primordial e mística musical Embriaguez e forma: Musas e bacantes entre os véus de Maia A CONSTRUÇÃO DO MITO As máscaras de Dionisios A consolação metafísica da tragédia ‘Amor fati’ e ‘Eterno retorno’ O ‘DEMÔNIO’ DE SÓCRATES A ascensão da metafísica dialética socrática O ‘homem-teórico’ e a ‘serenidade grega’ Otimismo, pessimismo, niilismo: ‘Deus está morto’ O OCASO DA TRAGÉDIA O socratismo estético e a Comédia Ática Eurípedes e o deus ‘ex machina’ O idílio da ópera e a elegia trágica OS LIMITES DA CIVILIZAÇÃO CIENTÍFICA ‘ALEXANDRINA’ “A serpente que morde a própria cauda” “Sócrates adestrando-se na música” “O renascimento da tragédia” Die Walküre – Richard Wagner Obrigado!