Abdome Agudo e Apendicite Hermínio de Paula Ramos Netto Letícia de Paiva Alcântara Gentil Coordenação: Luciana Sugai www.paulomargotto.com.br Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF 20/02/2008 Caso Clínico 22/01/2008 3 anos; Dor abdominal; Febre; Parada de hábitos intestinais; Dor inespecífica que evolui para localização em fossa ilíaca direita; Abdome com sinais de defesa peritoneal; Hemograma infeccioso; Rx com níveis hidroaéreos, alças distendidas e velamento em fossa ilíaca direita. Relato Cirúrgico 23/01/2008 Geral + Local; Bloqueio de alças em FID, com drenagem de grande quantidade de secreção purulenta; Apendicectomia clássica; Lavagem de cavidade; Dreno de Penrose no TSCS. Evolução Esquema tríplice, iniciado 24 h antes da operação:ampcilina, clindamincina e gentamicina; HC 25/01/2008: leucócitos 14900 ( 67%seg, 30%linf, 2%eos, 1%mono), Bq sem alterações; Retirada de sonda NSG dia 28/01/2008. Quadro Clínico Anorexia; Dor adominal:periumbilical que se localiza após seis horas; Náuseas, vômitos, alterações intestinais; Ruptura assume 2 formas possíveis: 1)Perfuração bloqueada por abscesso periapendiculas, às vezes palpáveis(plastrão) = oligossintomático; 2)Perfuração para peritônio livre = quadro clássico; Febre. Sinais Clássicos Blumberg; Rovsing; Lenander; Sinal do psoas; Sinal do obturador. Sinal do Obturador Parede Pélvica. Sinal do Psoas Localização Retrocecal. Situações Especiais Crianças:Quadro inespecífico, diagnóstico geralmente tardio, omento imaturo leva a uma taxa de perfuração maior; Idoso:Apresentação também atípica, repercussão clínica mais grave. Gestante:Emergência cirúrgica extra-uterina mais comum; AIDS: Pode ser associado à linfoma não-Hodgkin, sarcoma de Kaposi, Cryptosporidium , CMV. Exames Complementares Leucocitose com desvio; EAS: pélvico; Rx: níveis, fecalito, apagamento do psoas, pneumoperitônio, distensão de alças; US: 2º a ser realizado, pesquisa líquido na cavidade, fecalito, massas, apêndice não compressível, relativamente limitado. TC:casos de dúvida diagnóstica: identifica inflamação periapendicular, espessamento e distensão do apêndice, borramento de gordura pré mesentérica. Enema baritado; VLP. Tratamento Cirúrgico; Em crianças não há estudos que favorecem VLP; ATB em esquema tríplice 24h antes da operação e mantido por 24h nos casos iniciais sem perfuração ou por mais tempo dependendo da classificação macroscópica; Dreno pode ser usado no TCSC. Classificação Macroscópica Flegmonosa; Supurativa; Gangrenosa; Perfurada; Abscedada. Complicações Abscessos(até 90% dos pacientes que apresentaram necrose); Deiscências; Hérnias Incisionais; Sepse; Raras: Fístulas enterocutâneas, pneumatúria(perfuração para a bexiga). Abdome Agudo Dor abdominal de aparecimento súbito, que pode ou não ser traumática, necessitar ou não de intervenção cirúrgica, e que, em geral põe em risco a vida do paciente quando não identificada de modo ágil e tomada a conduta adequada. Classificação Abdome agudo inflamatório; Abdome agudo obstrutivo; Abdome agudo perfurativo; Abdome agudo hemorrágico; Abdome agudo vascular. Abdome Agudo Inflamatório Dor abdominal; Náuseas, vômitos, queda do estado geral; Febre; Sinais de irritação peritoneal; Possíveis causas: apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda, doença inflamatório pélvica, diverticulite aguda. Abdome Agudo Obstrutivo Dor em cólica; Aumento de volume abdominal; Parada de eliminação de gases e fezes; Náuseas e vômitos; Possíveis causas:Aderências (PO), hérnia encarcerada, neoplasia de cólon, volvo de sigmóide, bolo de áscaris. Abdome Agudo Perfurativo Dor de forte intensidade; Defesa abdominal; abdome em tábua; Pneumoperitônio; Possíveis causas:Úlcera gástrica/duodenal perfurada, perfuração de alça intestinal. Abdome Agudo Hemorrágico Dor abdominal; Sinais de hipovolemia; Sinais de irritação peritoneal; Possíveis causas:Gravidez ectópica rota, ruptura de aneurisma de Aorta, ruptura de vísceras. Abdome Agudo Vascular Dor abdominal; História anterior de arteriopatias crônica, IAM, AVC, claudicação; Eliminação de líquido necrótico; Possíveis causas: Trombose arterial periférica, embolia arterial, trombose venosa mesentérica. Abdome Agudo em Pediatria RN: Lactente: Obstrutivo Atresia Intestinal, Megacolon; Perfurativo Enterocolite Necrosante; Estenose pilórica; Invaginação intestinal; Obstrução por áscaris; Escolar: Apendicite aguda; Trauma. Apendicite Causa mais comum de abdome agudo não traumático; Estrutura vermiforme de 6 a 10 cm localizado anatomicamente na confluência das tênias cólicas; Apresenta mesoapêndice que lhe confere mobilidade, nele também se localiza artéria e veias apendiculares, ramos dos vasos ileocólicos; Localizações:pélvico, préileal, retrocecal ou retroileal. Fisiopatologia Obstrução do lúmen(áscaris, fecalito, bário, etc.); Proliferação bacteriana; Anaeróbios:Bacterióides; Gram Negativos:E. coli, Klebsiella e Enterobacter; Gram Positivos:Streptococcus faecalis; Aumento da pressão intraluminal, comprometimento tanto do retorno venoso quanto arterial, gerando isquemia, necrose e perfuração; Distensão = dor visceral; Peritônio = dor parietal. Quadro Clínico Anorexia; Dor adominal:periumbilical que se localiza após seis horas; Náuseas, vômitos, alterações intestinais; Ruptura assume 2 formas possíveis: 1)Perfuração bloqueada por abscesso periapendiculas, às vezes palpáveis(plastrão) = oligossintomático; 2)Perfuração para peritônio livre = quadro clássico; Febre. Sinais Clássicos Blumberg; Rovsing; Lenander; Sinal do psoas; Sinal do obturador. Sinal do Obturador Parede Pélvica. Sinal do Psoas Localização Retrocecal. Situações Especiais Crianças:Quadro inespecífico, diagnóstico geralmente tardio, omento imaturo leva a uma taxa de perfuração maior; Idoso:Apresentação também atípica, repercussão clínica mais grave. Gestante:Emergência cirúrgica extra-uterina mais comum; AIDS: Pode ser associado à linfoma não-Hodgkin, sarcoma de Kaposi, Cryptosporidium , CMV. Exames Complementares Leucocitose com desvio; EAS: pélvico; Rx: níveis, fecalito, apagamento do psoas, pneumoperitônio, distensão de alças; US: 2º a ser realizado, pesquisa líquido na cavidade, fecalito, massas, apêndice não compressível, relativamente limitado. TC:casos de dúvida diagnóstica: identifica inflamação periapendicular, espessamento e distensão do apêndice, borramento de gordura pré mesentérica. Enema baritado; VLP. Tratamento Cirúrgico; Em crianças não há estudos que favorecem VLP; ATB em esquema tríplice 24h antes da operação e mantido por 24h nos casos iniciais sem perfuração ou por mais tempo dependendo da classificação macroscópica; Dreno pode ser usado no TCSC. Classificação Macroscópica Flegmonosa; Supurativa; Gangrenosa; Perfurada; Abscedada. Complicações Abscessos(até 90% dos pacientes que apresentaram necrose); Deiscências; Hérnias Incisionais; Sepse; Raras: Fístulas enterocutâneas, pneumatúria(perfuração para a bexiga). Obrigado