Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas Instituto de Ciências Biomédicas Universidade Federal do Rio de Janeiro Hospital Universitário Clementino Fraga Filho “O PAPEL DA VIA HEDGEHOG NAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS” Projeto de Tese de Mestrado Agnes Naomi Yoshimoto Orientador: Heitor Siffert Pereira de Souza Prof. Adjunto de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFRJ Doença inflamatória intestinal Doenças inflamatórias intestinais, de etiologia multifatorial não totalmente conhecida, podendo ter acometimento extra-intestinal, curso crônico e variável, com períodos de atividade e de remissão Doença inflamatória intestinal Doença de crohn Retocolite ulcerativa > 90% Grande impacto na sociedade: Bimodal : acomete mais jovens dos 20 aos 40 anos e > 60 anos (15%) Incidência : RCU 10 a 20 /100000 e DC 5 a 10 /100000, vem aumentando Etiologia desconhecida Resposta terapêutica imprevisível Caracterizando RCU e DC UC CD Cólon Em todo Aparelho GI Mucosa e Submucosa Transmural Idade de Início 15-25 15-25 Prevalência (por 100.00) 35-100 10-100 Curativo Não curativo Local Extensão da Inflamação Cirurgia/Ressecção Manifestações clínicas Retocolite Ulcerativa Doença de Crohn – Diarréia Hemorrágica – Diarréia – Cólica abdominal – Constipação – Tenesmo – Dor abdominal crônica – Perda de peso – Perda de peso – Sintomas sistêmicos – Febre – Manifestações extraintestinais – Doença perianal – Manifestações extraintestinais – Os sintomas dependem da extensão e gravidade da inflamação – Os sintomas variam de acordo com a localização da doença Achados endoscópicos da DII RCU DC Reprinted by permission of Blackwell Science, Inc. Lashner BA, Brzezinski A. In: Di Marino AJ, Benjamin SB (eds). Gastrointestinal Disease: An Endoscopic Approach. 1997:582-592. Localização e extensão DII RCU DC 40% Colite Distal/ 30% Lateral Proctite Esquerda 30% Extensa/ Pancolite 40% Ileocolite 25% Colite 30% Ileíte/ Jejunoileíte 5% Gastroduodenite Achados histopatológicos CU DC Todas as amostras inflamadas Amostras normais Biópsia distal de espécime mais severa Nenhuma amostra de inflamação Doença mucosa Doença transmural Abcesso cripto Ingurgitação capilar e venular Sem tecido/fibrose de granulação Infiltrado mononuclear Linfangiectasia Tecido/fibrose de granulação Infiltrado mononuclear e microabscesso cripta Coliten transmural do cólon ETIOPATOGENIA DAS DII COMENSAIS ALIMENTOS PATÓGENO FATORES GENÉTICOS e AMBIENTAIS ESTIMULAÇÃO SISTEMA IMUNITÁRIO MEDIADORES SOLÚVEIS SISTEMA NÃO-LINFÓIDE MOLÉCULAS DE ADESÃO CITOCINAS ANTICORPOS AUTOANTICORPOS FATORES DE CRESCIMENTO INFLAMAÇÃO EICOSANÓIDES ENZIMAS PROTEOLÍTICAS MRO NO NEUROPEPTÍDIOS Adaptado de: Fiocchi C, Gastroenterology 1998; 115: 182 Genética Etiologia poligênica Identificados loci de suscetibilidade IBD1-IBD9 Maioria requer confirmação e validação funcional Polimorfismos do CARD15/NOD2 no locus IBD1 predispõem a DC (Hugot et al. 2001; Ogura et al., 2001) Variantes do SLC22A4/A5 no locus IBD5 predispõem a DC (Petekova et al., 2004) Variantes do DLG5 no locus IBD5 predispõem a DC (Stoll et al., 2004) Variantes do ICAM-1 no locus IBD6 têm associação com DII (Neville et al., 2004) Associação de variantes com DC têm influência sobre fenótipo, mas sofrem variação populacional Microflora entérica Normal ou anormal ? Alterações quantitativas e qualitativas Redução de Bifidobacterium e Lactobacillus Aumento de bactérias anaeróbicas Perda da tolerância para bactérias normais? Reposta imunitária contra bactérias de baixa patogenicidade? Etiologia Genética Ambiental/ Infecciosa Fatores imunitários e não imunitários Inflamação intestinal crônica: desequilíbrio de mediadores imunológicos Polarização da reposta imunitária nas DII Doença de Crohn Retocolite ulcerativa ALIMENTOS COMENSAIS Linf. T PROLIFERAÇÃO PATÓGENOS Linf. T APOPTOSE INFLAMAÇÃO FISIOLÓGICA DOENÇA DE CROHN INFLAMAÇÃO CONTROLADA Evolução da terapia das DII: resultado da compreensão dos mecanismos patogênicos Década Medicamento 1940 Sulfassalazina 1950 Corticóides, ACTH 1960 Azatioprina 1970 5-ASA 1980 6-MP, metronidazol, dieta elemental 1990 (início) Ciclosporina, metotrexate, budesonida 1990 (final) T. biológicas, pró-bióticos, leucaferese 2000 Modulação da sobrevida celular Via de sinalização Hedgehog Via de sinalização – Hedgehog pertencem a uma família de moléculas de sinalização intracelular originalmente identificadas na Drosophila, gene descoberto 1992 Com 3 homólogos em vertebrados (Ihh, Dhh, Shh), dentre os quais Shh tem sido a mais bem estudada Sintetizada como uma proteína precursora de 45 kDa, Shh sofre autoproteólise gerando um domínio C-terminal e outro N-terminal (atividade sinalizadora). O domínio Shh-C atua como colesterol-transferase, modificando a estrutura de Shh-N Physiol Rev • VOL 87 • OCTOBER 2007 Via de sinalização – Hedgehog Shh interage com um complexo receptor composto de duas proteínas transmembrana, patched (ptc) e smoothened (smo). Ptc constitui a sub-unidade de ligação, enquanto que smo é responsável pela transdução do sinal que, por sua vez, é mediada pela família Gli de fatores de transcrição (Gli1, 2 e 3). Via de sinalização – Hedgehog A via de sinalização Shh é fundamental na regulação de processos de desenvolvimento embrionário de vários órgãos e tecidos (morfogênese do TGI), e sua reativação estaria associada ao aparecimento de tumores malignos (pâncreas). A via também atua na homeostasia do cólon adulto. Evidências sugerem seu envolvimento na maturação dos enterócitos. Enterócitos de ratos tratados com ciclopamina ( inibidor do Smo), apresentou aumento Bmp4 ( alvo epitelial Wnt ) das bases da cripta em direção ao topo das criptas Acredita-se que a via hegdeghog atuaria restringindo a atividade Wnt na base da cripta Via de sinalização – Hedgehog Recentemente, foi demonstrado a presença da via Shh como componente fisiológico da resposta de linfócitos T periféricos e também em processos imunopatológicos A análise do ciclo celular de linfócitos T CD4 isolados do sangue e estimulados com Shh, revelou que a adição exógena de Shh aumenta a proliferação celular de células ativadas via TCR e o bloqueio com anticorpo anti-Shh diminui a proliferação . Os mecanismos pelos quais Shh contribui para a homeostase de células imunitárias e a neovascularização são pouco compreendidos. É possível que a via Shh esteja envolvida na patogênese das DII. Projeto A via de sinalização Shh está envolvida na proliferação de células inflamatórias da mucosa intestinal e na angiogênese, constituintes fundamentais do processo inflamatório crônico das DII Objetivos e metas 1) Investigar a expressão e modulação da via Shh na mucosa intestinal de pacientes com DII. 1.1 localizar, identificar e quantificar as células que expressam Shh na mucosa intestinal de pacientes com DII e em controles; 1.2 estudar a expressão e modulação de Shh em mononucleares isolados da lâmina própria intestinal; 2) Investigar a atividade biológica de Shh nas DII. 2.1 analisar proliferação e apoptose de células mononucleares da lâmina própria isoladas da mucosa intestinal e tratadas com adição ou bloqueio de Shh; 2.2 analisar a expressão de citocinas pró-inflamatórias e regulatórias, e de fatores angiogênicos, da mucosa intestinal tratada com adição ou bloqueio de Shh; 2.3 analisar as vias de sinalização que regulam a transdução de Shh. Material e métodos Pacientes Espécimens cirúrgicos e biópsias endoscópicas de áreas inflamadas e nãoinflamadas da mucosa intestinal de pacientes com DII e de controles Adultos de qualquer origem etnica que tenham concordado e assinado o termo de consentimento já aprovado pelo CEP O diagnóstico de DII será baseado em critérios clínicos, laboratoriais, radiológicos, endoscópicos, e histológicos usuais. Variáveis relacionadas com o diagnóstico de DII (atividade clínica da doença, extensão do acometimento intestinal, tempo de doença, tipo de tratamento) serão registradas e consideradas na análise final de resultados . Serão utilizados os índices de atividade de doença Harvery e Bradshaw para DC, e o de Truelove & Witts, para RCUI . Material e métodos Pacientes Critérios de exclusão: risco teórico excessivo de sangramento, ou de intolerância a procedimentos endoscópicos prolongados e pacientes em uso de AntiTNF. 20 ml de sangue periférico poderão ser coletados no momento do procedimento endoscópico ou cirúrgico após terem assinado termo de consentimento livre e informado. O estudo apresentará um caráter confidencial durante todas as etapas do projeto, sendo os dados pessoais conhecidos apenas pelo investigador principal. Material e métodos 1) Investigar a expressão e modulação da via Shh na mucosa intestinal de pacientes com DII 1.1 localizar, identificar e quantificar as células que expressam Shh na mucosa intestinal. técnicas de imunohistoquímica, (anticorpos monoclonais tais como o anti-Shh N-19, anti-ptc C-20 e anti Gli1) A análise das lâminas será feita ao microscópio óptico, com o auxílio de um programa computadorizado para captura e análise de imagens estudos de imunofluorescência dupla serão analisados com microscopia confocal (identificar as principais células que expressam as proteínas da via Shh). Material e métodos 1.2 estudar a expressão e modulação de Shh em mononucleares isolados da lâmina própria intestinal. Células mononucleares da lâmina própria intestinal (LPMC) são isoladas de biópsias endoscópicas ou tecido cirúrgico Células mononucleares do sangue periférico (PBMC) serão separadas por centrifugação de 20 ml de sangue em gradientes de Ficol-Hypaque. As LPMC e as PBMC isoladas serão analisadas a fresco e em culturas estimuladas com fatores de crescimento (IL-2, através do receptor de linfócitos T (TCR), utilizando anti-CD3, com ou sem co-estimulação com anti-CD28, e a exposição a produtos bacterianos (LPS). Material e métodos 1.2 estudar a expressão e modulação de Shh em mononucleares isolados da lâmina própria intestinal. As células serão analisadas com relação à mensagem (mRNA) e à expressão de proteínas da via Shh. LPMC terão RNA extraído para a análise por RT-PCR de RNA mensageiro (mRNA), que codifica Shh, ptc, Smo ou Gli1. Primers especificos para Shh, ptc, smo, e Gli1 serão desenhados. Western blot e imunohistoquímica/imunofluorescência de slides de cytospin com LPMC. Material e métodos 2) Investigar a atividade biológica de Shh nas DII 2.1 analisar a expressão de citocinas e fatores angiogênicos. Sobrenadantes de cultura de órgãos ou de culturas de LPMC, tratados por 24 horas com peptídeo Shh amino-terminal, ou do anticorpo anti-Shh, ou de ciclopamina, serão coletados para a análise de citocinas (IFN-g, TNF-alpha, IL-17 e IL-10, VEGF e TGFβ) por meio de ELISA. Material e métodos 2.2 analisar proliferação e apoptose de células mononucleares isoladas da lâmina própria intestinal tratadas com adição ou bloqueio de Shh. As LPMC isoladas são colocadas em cultura na presença ou ausência do peptídeo biologicamente ativo Shh amino-terminal (5 e 20 ug/ml), ou do anticorpo anti-Shh (50 e 2500 ug/ml), ou de ciclopamina (5uM), um inibidor especifico da via Shh, com ou sem estimulação adicional. Para a análise da proliferação celular utilizaremos marcador intracelular (Vybrant CFDA SE Cell Tracer Kit). Após a marcação as células são colocadas em cultura sem estimulação ou com anti-CD3 mAb (OKT3; 10 µg/ml), anti-CD28 (5µg/ml) e IL-2 (20 U/ml). No quarto dia, as células coletadas serão analisadas por citometria de fluxo. Para a avaliação da viabilidade celular e fases precoce e tardia de apoptose, células serão marcadas com Annexin-V/7-AAD Kit . Material e métodos 2.3 analisar as vias de sinalização que regulam a transdução de Shh. Para a avaliação das vias de sinalização que regulam a transdução de Shh, trataremos células em cultura com os inibidores LY294002, da phosphoinositide 3-kinase (PI3-kinase), ou PD98059, da mitogenactivated protein kinases (MAPK), na presença ou ausência de antiCD3+anti-CD28, IL-2, ou LPS. Lisados celulares serão analisados por Western blot para a avaliação dos níveis de pAkt, p38, pErk, e de Shh. Material e métodos Análise estatística Os dados obtidos em cada etapa do projeto serão armazenados em planilhas diferentes para posteriormente serem analisados com o auxílio de um programa de análise estatística por computador (SPSS for Windows). Será realizada estatística descritiva para cada variável de desfecho. Os resultados de diferentes grupos serão comparados pelo teste-t, ou pelo teste t-pareado para comparações antes e após tratamento, ou de áreas acometidas e não-acometidas dos mesmos indivíduos, e por tabelas de contingência, ou por ANOVA com comparações múltiplas pareadas. Coeficientes de correlação serão utilizados para análise de variáveis numéricas quantitativas. O nível de significância será estabelecido em p<0,05. Resultados preliminares 1) Investigar a expressão e modulação da via Shh na mucosa intestinal de pacientes com DII 1.1 localizar, identificar e quantificar as células que expressam Shh na mucosa intestinal. técnicas de imunohistoquímica, (anticorpos monoclonais tais como o anti-Shh N-19, e anti Gli1) A análise das lâminas foi feita ao microscópio óptico, com o auxílio de um programa computadorizado para captura e análise de imagens Controle DC RCU Anti Gli 1 6 8 7 Anti Shh 3 3 3 estudos de imunofluorescência dupla serão analisados com microscopia confocal (identificar as principais células que expressam as proteínas da via Shh) : 36 casos (11 pacientes controle/ 11 com DC e 14 com RCU) de lâminas já cortadas Resultados preliminares imunohistoquimica Shh - controle Resultados preliminares imunohistoquimica Shh - DC Resultados preliminares imunohistoquimica Shh - DC Resultados preliminares imunohistoquimica Shh - RCU Resultados preliminares imunohistoquimica Shh - RCU Resultados preliminares contagem de células % de células positivas na totalidade da lâmina própria 30 17.6 Shh 20 9.6 10 4.5 0 P<0.046 entre grupo controle eN = DC 3 3 3 control Crohn RCUI Resultados preliminares imunohistoquimica Gli1 - controle Resultados preliminares imunohistoquimica Gli1 - DC Resultados preliminares imunohistoquimica Gli1 - DC Resultados preliminares imunohistoquimica Gli1 - RCU Resultados preliminares imunohistoquimica Gli1 - RCU Resultados preliminares contagem de células % de células positivas na totalidade da lâmina própria 40 gli-1 30 29.5 22 20 10.7 10 P<0.02 entre grupo controle e DC 0 N= 6 8 7 control Crohn RCUI Resultados preliminares Shh – marcação periférica Shh / controle Shh / DC Shh / RCU presente ++ Presente + Presente + Base criptas Presente ++ Presente + Lâmina própria Presente ++ Presente + Epitélio superficial Resultados preliminares Gli 1 – marcação forte nuclear Gli / controle Gli / DC Gli / RCU presente +++ Presente + Presente + Base criptas Presente ++ Presente + Lâmina própria Presente +++ Presente + Epitélio superficial Resultados preliminares Sabemos que a via hedgehog encontra-se presente na homeostasia dos enterócitos de cólon adulto e nos linfócitos T. Marcação do Anti-Gli 1 é nuclear e Anti Shh é periférica. Nas lâminas analisadas de cólon com Doença de Crohn marcadas com Anti Shh e Anti Gli1 observam-se maior marcação na lâmina própria, assim como na RCU, ou seja há marcação das proteínas da via hedghog nas células mononucleares que encontram-se aumentados nessa patologia e também nas bases das criptas. A demonstração do aumento da expressão da via Shh na mucosa intestinal apóia a hipótese do aumento da proliferação celular das LPMC e ainda sustenta o fenômeno de angiogênese local. Material e métodos 1.2 estudar a expressão e modulação de Shh em mononucleares isolados da lâmina própria intestinal. As células serão analisadas com relação à mensagem (mRNA) e à expressão de proteínas da via Shh. LPMC terão RNA extraído para a análise por RT-PCR de RNA mensageiro (mRNA), que codifica Shh, ptc, Smo ou Gli1. Primers especificos para Shh, ptc, smo, e Gli1 serão desenhados 15 amostras coletadas (8 controles, 4 RCU e 3 DC) Material e métodos 2) Investigar a atividade biológica de Shh nas DII 2.1 analisar a expressão de citocinas e fatores angiogênicos. Sobrenadantes de cultura de órgãos ou de culturas de LPMC, tratados por 24 horas com peptídeo Shh amino-terminal, e do anticorpo anti-Shh, ou de ciclopamina, serão coletados para a análise de citocinas (IFN-g, TNF-alpha, IL-17 e IL-10, VEGF e TGFβ) por meio de ELISA. Material de 8 controles, 4 RCU e 3 DC Cronograma Atividades / Bimestre 1 2 3 4 Pesquisa bibliográfica X X X X Coleta de material X X X X Histologia X X X Imunohistoquímica X X X Imunofluorescência/confocal Culturas/ELISA RT-PCR Citometria de fluxo Western blot/Cytospin Tabulção e análise estatística Redação de artigos I Apresentação de resultados I X 6 7 8 9 X X X X X X X X X X X X X X X X 10 X 11 12 X X X X X X X X X 5 X X X X X X X X X X Bibliografia Murone M, Rosenthal A, de Sauvage FJ. Hedgehog signal transduction: from flies to vertebrates. Exp Cell Res 1999;253:25-33. Theil T, Kaesler S, Grotewold L, Bose J, Ruther U. Gli genes and limb development. Cell Tissue Res 1999;296:75-83. Lowrey JA, Stewart GA, Lindey S, Hoyne GF, Dallman MJ, Howie SE, Lamb JR. Sonic hedgehog promotes cell cycle progression in activated peripheral CD4(+) T lymphocytes. J Immunol 2002;169:1869-1875. Stewart GA, Lowrey JA, Wakelin SJ, Fitch PM, Lindey S, Dallman MJ, Lamb JR, Howie SE. Sonic hedgehog signaling modulates activation of and cytokine production by human peripheral CD4+ T cells. J Immunol 2002;169:5451-5417. Pola R, Ling LE, Silver M, Corbley MJ, Kearney M, Blake Pepinsky R, Shapiro R, Taylor FR, Baker DP, Asahara T, Isner JM. The morphogen Sonic hedgehog is an indirect angiogenic agent upregulating two families of angiogenic growth factors. Nat Med 2001;7:706-711.