Sessão de Anatomia Clínica: Cateterismo venoso umbilical Érica Cruz (R3 em Neonatologia) Coordenação: Paulo R. Margotto, Regina Froz (Patologista) Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), a Escola de Medicina da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal! www.paulomargotto.com.br Brasília, 18/4/2012 ADMISSÃO EM SALA DE PARTO: DADOS MATERNOS: Idade: 29 anos; Tipagem sanguínea: A positivo; Pré-natal : 2 consultas G2 P1 C0 A0; IG (DUM): 29 semanas + 4 dia; Tempo de bolsa rota: Ato; Intercorrências : ROPREMA no dia 22/03/10 em uso de AMPICILINA desde 24/03/10 SOROLOGIAS MATERNAS: NÃO REALIZADAS!! ADMISSÃO EM SALA DE PARTO: DADOS DO PARTO: Tipo de Parto: Espontâneo; Data: 03/04/10 às 15h; Recebido RN, em campos estéreis. Feto único, cefálico, masculino, líquido amniótico claro (LAC). Não chorou ao nascer. Aspirado VAS, intubado com TOT 2.5. Sem boa expansibilidade e com escape, foi reintubado com TOT 3.0 e fixado em 7. FC: 120 bpm. Feito surfactante na SP, com melhora na ausculta. Cateterizado o coto umbilical, cateter 6 e fixado em 8, onde fluía e refluía. Feito expansão com SF 0.9% 10mL/Kg. Envolto em saco plástico e mantido em VPP, sem retorno espontâneo da respiração, mantendo FC: 150 bpm. APGAR 1/4/5!! ADMISSÃO EM SALA DE PARTO: EXAME FÍSICO: Mau estado geral, reativo, hipocorado +2/+4, hidratado, cianose central, anictérico, dispneico. FA: normotensa. Palato íntegro, clavículas sem crepitações. ACV: RCR 2T, BNF sem sopros. FC 150 bpm. AP: MV rude, com expansibilidade ruim. ABD: normotenso, sem visceromegalias EXT: Pulsos femorais presentes e de amplitude adequada. Edema de mãos e pés +2/+4 ADMISSÃO EM SALA DE PARTO: DADOS DO RN: Sexo: Masculino; APGAR: 1/4/5; Idade Gestacional: 29 semanas + 4 dias; Reanimação: Intubação + VPP; Peso: 1380 g. Estatura: 36 cm. Perímetro Cefálico: 28 cm. CLASSIFICAÇÃO DO RN: RPT // AIG // MBP!! ADMISSÃO EM UTI NEONATAL: Admissão UTIN em Leito – Extra às 16 horas: RN gravíssimo: palidez cutânea, hidratado, dispnéia importante, cianose central, hipoativo, hipotérmico; VM com altos parâmetros: FiO2 100% / FR 60 / P 30 x 6 / TI 0,38 (SatO2: 40 – 80%); Perfusão periférica lentificada. Edema (++/4+) em extremidades; Iniciada HV (TIG 4,7), dobutamina 10 e fentanil 0,5; Prescrito ampicilina e gentamicina. Coletada hemocultura. . ADMISSÃO EM UTI NEONATAL: Radiografia de tórax da admissão: Doença de Membrana Hialina grave / TOT alto / Cateter Umbilical na direção do baço) . UTI NEONATAL: 03/04/2010 às 16:51: Feito mais 4 mL de Survanta: SatO2: 88 - 92%. 03/04/2010 às 18:54: Realizada troca de cateter venoso umbilical nº 6, com bom fluxo, sem refluxo – solicitada nova radiografia de tórax e abdome. 03/04/2010 às 20:07: Aumentada dobutamina para 14 e SF 0,9% 10 ml/kg. UTI NEONATAL: 03/04/2010 às 21:16: Colhido Gasometria: 7,15 / 53 / 51 / 17 / -7,1 / 90%; Hb: 10,9 // K: 5,9 // Na: 142 // Glicose: 54 // Lactato: 2. Concentrado de Hemácias - 10 ml/kg. UTI NEONATAL: 03/04/2010 às 23:03: Nova radiografia de tórax mostrou TOT baixo e os dois hemitóraxes velados: Feito surfactante 150 mg/kg/dose após tracionar TOT 1 cm. Aumentada a PEEP até 10. Colhido hemograma. UTI NEONATAL: 04/04/2010 às 02:53: 12 horas de vida, sob VM (SIMV): FiO2 100% / 42 x 10 / FR: 60 / Ti: 0,4 // SatO2: 96% (3,5 horas fazendo recrutamento alveolar); Hipoativo, queda de saturação à manipulação, edema mole difuso ++/4, reperfusão capilar <2 segundos; HV (TIG: 4,7), Dobutamina 20, Fentanil 1; PAM: 42 // Diurese: 1,8 ml/kg/h. UTI NEONATAL: Gasometria arterial: 7,166 / 67 / 300 / 19,1 / -4,2 / 100,4 Hb: 14,7 // K: 5,7 // Na: 128 // Ca: 2,5 // Lactato: 3,7 // Bilirrubina: 2,9; Aumentado o Fentanil para 1,5; Solicitada radiografia de controle; Redução lenta da PI e redução do Tinsp até 0,35. UTI NEONATAL: 04/04/2010 às 13:27: Hemodinamicamente estável, taquicárdico: reduzida a Dobutamina para 10 e o fentanil para 0,5. Desidratado: expansão de 10mL/Kg. Reduzidos os parâmetros: Pi: 24 /FiO2 40% /Ti 0,35 /PEEP 6. Gasometria venosa (tentado arterial, sem sucesso): 7,14/48 /34/16/12/49% Retirado cateter venoso umbilical: posição errática, “aparentemente intraabdominal”. UTI NEONATAL: Apresentou às 11h08 dessaturação importante, com cianose generalizada, bradicardia e PCR: Iniciada massagem cardíaca externa e feitas 2 doses de Adrenalina, com retorno da FC. Aspirada pequena quantidade de sangue pelo TOT; Como mantinha quadro de desidratação, foi repetida nova fase rápida 20mL/Kg; Feito Plasma e aumentada a PEEP para 6. 04/04/2010 às 19:46: Drenou 64 ml de líquido pela veia umbilical ao retirar o cateter umbilical venoso. Solicitado acesso venoso profundo para Cirurgia Pediátrica 04/04/2010 às 20:18: Radiografia de tórax: Pulmões completamente infiltrados Pneumonia? TOT alto, SOG baixa: Introduzido TOT 0,5 cm. Tracionado SOG. Colocado em Bilitron. . . 04/04/2010 às 22:27: Pela Cirurgia Pediátrica: Realizada punção de veia subclávia direita, com bom fluxo e refluxo, sem intercorrências. 04/04/2010 às 23:58: Diurese apenas no trajeto de SVD // PA: 54 x 16 (33): Iniciada Adrenalina de 0,3 mcg/kg/min. CONSTATADO O ÓBITO ÀS 6 HORAS DA MANHÃ DE 05/04/2010. Autópsia HEMOPERITÔNEO SANGRAMENTO RETROPERITONEAL Cérebro Hemorragia subdural Pulmão : vasocongestão, DMH, pneumonia Cérebro : Vasocongestão, micro-hemorragia Cerebelo : Vasocongestão, micro-hemorragia Rim : Vasocongestão, hemorragia Adrenal : Vasocongestão, micro-hemorragia Coração : Vasocongestão Timo : Vasocongestão, micro-hemorragia ACESSO VASCULAR NO RECÉM-NASCIDO CATETERISMO DE VASOS UMBILICAIS PAULO R. MARGOTTO/ MARTHA G. VIEIRA /JEFFERSON G. RESENDE, CARLA PACHECO BRITO, KÁTIA RODRIGUES MENEZES, LADY MARIA C. A. DE ANDRADE, VICÊNCIA SOARES DE ALMEIDA Acesso vascular ao recém-nascido: Cateterismo de vasos umbilicais, cateterismo venoso central percutâneo e vias de administração de medicamentos Autor(es): Paulo R. Margotto/ Martha G. Vieira /Jefferson G. Resende, Carla Pacheco Brito, Kátia Rodrigues Menezes, Lady Maria C. A. de Andrade, Vicência Soares de Almeida CATETERISMO VENOSO: Inserção de Cateteres Intravasculares é um procedimento comum na UTIN: indispensável para a infusão de fluidos, eletrólitos, NP, hemoderivados, EXT, administração de drogas e monitorização dos pacientes graves. Utilização por períodos prolongados nos pacientes que apresentam impossibilidade de via oral para nutrição e medicamentos, disponibilidade limitada de vasos periféricos e nos graves. CATETERISMO VENOSO: Coloca pacientes em risco de complicações mecânicas e complicações infecciosas locais e sistêmicas: Complicações mecânicas: Infiltração dos solutos infundidos; Oclusão; Fraturas, deslocamentos, migração ou exteriorização acidental do cateter; Perfuração miocárdica, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco, derrame pleural, arritmia cardíaca, embolia, trombose. CATETERISMO VENOSO: 1. 2. Complicações infecciosas locais e sistêmicas: Infecção do local: celulite peri-orifício, flebite; Infecções Sistêmicas: Infecção primária da corrente sanguínea associada a Cateter Venoso Profundo; Infecções metastáticas (abscessos pulmonares ou cerebrais, pneumonia, endocardite, endoftalmite, artrite). CATETERISMO VENOSO: Cateteres centrais e periféricos são fontes potenciais de infecção – risco maior com os cateteres centrais. O risco de infecção aumenta com: Aumento do tempo da utilização do cateter; Inversamente proporcional à idade gestacional e ao peso do RN. Grau de manipulação do cateter: quebra na manutenção do sistema fechado para administração de drogas e hemoderivados e curativos; Duração da hiperalimentação com fluidos e emulsões lipídicas. CATETERISMO VENOSO: Apesar das suas muitas utilizações, o cateter carrega significativo potencial de risco: A boa técnica de inserção, o rápido reconhecimento das complicações e a adequada gestão dos cuidados minimizarão as complicações relacionadas com o cateter central. CATETERISMO VENOSO: INDICAÇÕES: Acesso para ressucitação hídrica ou medicamentosa em situações de emergência; Acesso por período de tempo indeterminado em RN de muito baixo peso ao nascer; Monitorização da pressão venosa central; Exsangüineotransfusão; Introdução de balão para septostomia atrial. CATETERISMO VENOSO: PREPARO DO PACIENTE: Medir a distância entre o ombro e o umbigo; Aquecimento adequado; Monitorização contínua; Posicionar o paciente em decúbito dorsal e fazer contenção dos membros. CATETERISMO VENOSO: MATERIAL: Mesa auxiliar; Campos estéreis amplos: utilizar dois se necessário; Gorro, luvas estéreis, máscara; Gaze estéril; Clorexidina alcoólica a 0.5%; Clorexidina degermante a 2% ou 4%; Solução de heparina 0,25 U/ml. CATETERISMO VENOSO: Cálculo do Tamanho do Cateter : Situações de emergência e EXT: o cateter é introduzido 4 a 5 cm da base do umbigo para um fluxo adequado nessa posição, o cateter permanece abaixo da veia porta. Deve ser removido tão rápido quanto for possível; Na longa permanência, o cateter deve passar pelo ducto venoso até a veia cava inferior, acima do diafragma. A ponta do cateter deve ser posicionada na junção da veia cava inferior com o átrio direito. CATETERISMO VENOSO: O cateter deve ser instalado fora da silhueta cardíaca, e da porção intrapericárdica da veia cava inferior e superior (1 cm fora da silhueta cardíaca em prétermos e 2 cm em RN a termo); Para atingir a localização correta e determinar o comprimento do cateter a ser introduzido, deve-se medir a distância entre o ombro e o umbigo, e jogar o valor encontrado no quadro relativo à cateterização venosa CATETERISMO VENOSO: Distância Ombro – Umbigo (cm) Localização Venosa 9 5,7 10 6,5 11 7,2 12 8,0 13 8,5 14 9,5 15 10,0 16 10,5 17 11,5 18 12,5 CATETERISMO VENOSO: A avaliação mais correta desta distância é a preconi- zada por Peter Dunn, que é a distância entre o topo do ombro na face lateral da clavícula e o ponto vertical de uma linha traçada no umbigo (Método A). A discrepância entre o Método A e D pode resultar em uma diferença de até 1.5cm. CATETERISMO VENOSO: Técnica : Colocar cadarço estéril ao redor do coto umbilical, apertando o suficiente para evitar o sangramento. Cortar o coto paralelo e horizontal em relação à superfície abdominal, cerca de 1 cm da pele; Visualiza-se os vasos: as duas artérias e a veia - a veia tem a parede mais fina e elíptica e é maior que as artérias. Retirar delicadamente o coágulo sangüíneo da luz do vaso; O cateter deve estar preenchido com solução heparinizada antes da introdução no vaso. Caso não, deve-se logo após a cateterização aspirar o sangue venoso até que este preencha completamente o cateter para evitar a embolia gasosa. CATETERISMO VENOSO: Introduzir o cateter perpendicularmente até encontrar uma resistência distante 01 a 02 cm da entrada, correspondendo ao anel umbilical; Retificar o coto em direção caudal e orientar o cateter cranialmente para evitar falsos trajetos e aspirar delicadamente; Se não houver refluxo, pode existir um coágulo. Uma leve sucção com seringa deve ser aplicada, enquanto o cateter é retirado. Essa manobra facilita a saída do coágulo. O cateter, então, deve ser reinserido. CATETERISMO VENOSO: Quando o cateterismo não for bem sucedido e o cateter não progrediu até a distância pré-determinada duas são as hipóteses mais prováveis: ou o cateter fez um falso trajeto ou ele não ultrapassou o ducto venoso. Em caso de falso trajeto, retirar imediatamente o cateter! Se o cateter estiver em uma posição abaixo da estipulada, deve ser removido e uma nova cânula deve ser introduzida. Nunca avançar um cateter já posicionado em função do risco de infecção! CATETERISMO VENOSO: Sempre que a veia permanecer cateterizada por um período prolongado é obrigatória a sua confirmação radiológica, recomendando-se a realização do Raio-X em perfil, pois nessa posição visualiza-se melhor se houve ou não passagem do cateter pelo ducto venoso. Deve estar localizado entre 8 a e 11 a vértebras torácicas, logo acima do diafragma. CATETERISMO VENOSO: Complicações: Infecções generalizadas ou localizadas em função de longas permanências; Mal posicionamento em sistema porta pode causar necrose hepática e ECN; Quando localizado no coração pode causar efusão pericárdica, tamponamento cardíaco, arritmias e endocardites. CATETERISMO VENOSO: Trombose da veia umbilical e do sistema portal podem levar a embolismo pulmonar e hipertensão do sistema porta. Embolias sistêmicas para rins, fígado e cérebro podem ocorrer quando a ponta do cateter está localizada em átrio esquerdo; Perfuração do cólon logo após EXT já foi descrita. ANATOMIA DO NEONATO -- Artérias umbilicais Úraco Hélio Queiroz Filho PROJEÇÕES RADIOLÓGICAS T6 Projeção radiológica do átrio direito. T10 T12 Projeção radiológica do átrio esquerdo. S1 Projeção radiológica do diafragma. Hélio Queiroz Filho Diagrama para posiconamento do CATETER VENOSO. Átrio Esquerdo Deve ficar entre o diafragma e o átio e o atro esquerdo. Diafragma Hélio Queiroz Filho ...NO RN... O cateter umbilical venoso passa por aqui... . Hélio Queiroz Filho O Cateter Venoso passa por aqui! Hélio Queiroz Filho O QUE VOCÊ ACHA DESTE CATETER? Cateter venoso na veia pulmonar. Necessitando ser reposicionado Hélio Queiroz Filho O QUE VOCÊ ACHA DESTE CATETER? T6 T10 Cateter a ser reposicionado. Hélio Queiroz Filho Vejam outras complicações do Uso do cateter venoso umbilical Complicação de um cateterismo venoso umbilical em neonato (extravazamento da nutrição parenteral): um relato de caso Autor(es): Aline Sena, Denise Amorim, Edivaldo Sales, Fernanda Lira, Márcia Baptista (Campina Grande, PB) Após a punção e a retirada do cateter o RN apresentou evolução favorável com regressão da ascite e nomalização do Rx e USG. Foi solicitado estudo bioquímico do líquido puncionado, sendo observado triglicerídeos de 1.963mg/dL, glicose de 542mg/dL e cálcio de 13,3mg/dL, dados sugestivos para conclusão da equipe que tratava-se de provável extravasamento de nutrição parenteral. O presente estudo desperta para a necessidade da observação rigorosa do cateterismo venoso umbilical e da instituição de um protocolo de manuseio. Efusão pericárdica associada com cateter venoso umbilical colocado apropriadamente Autor(es): A Sehgal, V Cook and M Dunn. Apresentação: Milena de Andrade Melo, Paulo R. Margotto A maioria das complicações são relatadas em decorrência da posição inadequada do cateter, sendo importante confirmar a sua posição Posição recomendada: A ponta do cateter deve ser posicionada na junção da veia cava inferior com o átrio direito O cateter deve ser instalado, não só fora da silhueta cardíaca, mas também fora da porção intrapericárdica da veia cava inferior e superior (1 cm fora da silhueta cardíaca em pretermos e 2 cm em RN a termo) A posição correta do cateter não garante uma cateterização memorável, isenta de possíveis complicações. Um alto índice de suspeição e disponibilidade de equipamentos como ecocardiograma na beira do leito para manipulação por neonatologistas com devido treinamento colaboram com o sucesso da terapêutica, reduzindo o índice de mortalidade decorrente das complicações do acesso venoso central (POSTER)-11o Congresso de Pediatria de Brasília:Relato de caso:Posição do cateter umbilical e taquicardia supraventricular Autor(es): Danielle Nardi, Bárbara Lalinka, Moabe Moutinho, Camila Vieira. Agradecimento: Dr.Paulo R. Margotto Este relato mostra que a arritmia cardíaca pode ser resultado de posição intracardíaca de cateter umbilical venoso. É fundamental ressaltar que a posição adequada do cateter é na junção entre a veia cava inferior e o átrio direito, o que corresponde à ponta do cateter visível entre a nona e décima vértebras torácicas em uma radiografia de tórax, sendo que alguns autores sugerem o ecocardiograma como exame ideal para verificar a posição de catéter. Medida Ombro-umbigo: distância para inserção dos cateteres umbilicais Autor(es): Enrico Lopriore Gerdina H. Verheij Frans J. Walther. Apresentação:Susyanne Cosme, Tânia Falcão, Paulo R. Margotto Apenas14% usam método A: segue a definição de Dunn: (Distância entre o topo do ombro face lateral da clavícula e o ponto vertical de uma linha traçada no umbigo.) 40% usam o método D: segue o teorema de Pitágoras (equivale a hipotenusa oposta ao ângulo reto) A discrepância entre nascidos a termo com peso de 3.5kg entre os dois métodos é 1.5cm Corresponde a aproximadamente um corpo vertebral, que pode resultar em mau posicionamento de cateter PERICARDIOCENTESE! Em casos de deterioração aguda (súbito aumento da demanda de oxigênio, instabilidade hemodinâmica, apnéias recorrentes) a efusão pericárdica deve ser considerada e a realização de uma pericardiocentese abaixo do apêndice xifóide pode reverter o quadro clínico. Pericardiocentese imediata é procedimento de eleição em tamponamento cardíaco detectado. Margotto, PR Mensagens! A posição correta do cateter não garante uma cateterização memorável, isenta de possíveis complicações. Monitorize! Havendo dificuldades na cateterização da veia umbilical quanto à correta posição do cateter, o cateter pode permanecer na “veia umbilical periférica” (2-4 cm) por algumas horas ou uma noite ou mesmo 48 horas, enquanto se aguarda a colocação do cateter central de inserção periférica (PICC).Nesta situação, usar a parenteral calculada para uso periférico, ou seja, com baixa osmolaridade. (Sant`Anna G, McGill University Health Center, Canadá (comunicação pessoal) Confirme (e reconfirme) sempre a posição do cateter! Obrigado! Dra. Érica Cruz e Paulo R. Margotto