Complicação de um cateterismo venoso umbilical
em neonato: um relato de caso
Autores:
Aline Sena – Fisioterapeuta; Denise Amorim – Neonatologista;
Edivaldo Sales – Cirurgião Pediátrico; Fernanda Lira – Neonatologista;
Márcia Baptista – Pediatra (PB)
Introdução: O cateterismo venoso umbilical é
indicado em neonatos e constitui uma prática
para infusão ou monitorização (MIYOSHI, 1994).
Acesso este, não isento de complicações
(ALMEIDA; MIYOSHI; GUINSBURG, 2004). Este
estudo traz um relato de uma complicação do uso
do cateter venoso umbilical em um recémnascido pré-termo (RNPT).
Descrição:
 O RNPT (31 semanas e 5 dias), nascido de
parto cirúrgico por oligoâmnio severo e
amniorexe prematura. Ao nascer Apgar 6/8,
pesava 1.350 gramas, sendo intubado em sala
de parto e realizado o cateterismo venoso
umbilical.
 Foi observado no 3º dia de vida uma distensão
abdominal e edema de bolsa escrotal, ambos
com aumento progressivo.
 No 7º dia houve piora acentuada da distensão
abdominal (ascite), com circulação colateral e
ausência de ruídos hidroaéreos.
 Apresentou à radiografia ausência de gases.
 Na USG presença de liquido livre, com debris
em suspensão, em cavidade abdominal e em
bolsa escrotal, além de hidronefrose moderada
bilateral.
 Foi realizada punção abdominal de líquido de
aspecto branco leitoso, fluido, constituindo 200ml
de volume.
Metodologia
 Tipo de Pesquisa: Relato de um caso diante
da raridade do caso observado.
 Universo: UTI-Neonatal de uma maternidade
do município de Campina Grande-PB.
 Coleta
de
dados:
Foram
coletadas
informações do prontuário, dados dos exames
laboratoriais, além do registro fotográfico do
procedimento, procedimentos autorizados pela
mãe do menor através do Termo de
consentimento livre e esclarecido - TCLE.
PARACENTESE ABDOMINAL
REDUÇÃO DA ASCITE APÓS PUNÇÃO
PARACENTESE ABDOMINAL
Objetiva a remoção de líquido ascítico.
Indicações: Dispnéia por distensão abdominal;
Interferência na produção de urina; Interferência na
perfusão de MMII; HD de Peritonite;
Comentários: Após a punção e a retirada do cateter o
RN apresentou evolução favorável com regressão da
ascite e nomalização do Rx e USG. Foi solicitado
estudo bioquímico do líquido puncionado, sendo
observado triglicerídeos de 1.963mg/dL, glicose de
542mg/dL e cálcio de 13,3mg/dL, dados sugestivos
para conclusão da equipe que tratava-se de provável
extravasamento de nutrição parenteral. O presente
estudo desperta para a necessidade da observação
rigorosa do cateterismo venoso umbilical e da
instituição de um protocolo de manuseio.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, M.F.B.; MIYOSHI, M.H.; GUINSBURG, R. et al. Cateterismo Umbilical
In: KOPELMAN, B.I.; SANTOS, A.M.N.GOULART, A.L. et al. Diagnóstico e
tratamento em neonatologia. São Paulo. Ed. Atheneu, 2004.
BAKER, J; IMONG, S. A rare complication of neonatal central venous access.
Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2002;86:F61–F62.
MIYOSHI, M. H. Técnicas de cateterização umbilical- arterial e venoso. In:
ALMEIDA, M.F.B; KOPELMAN, B. I. (ed). Rotinas médicas: Disciplina de Pediatria
Neonatal da Escola Paulista de Medicina. Ed. Atheneu, São Paulo, 1994. p. 200-7.
Download

Ergonomia Responsável pela Disciplina: Walnia de Lourdes Jales