PREVALÊNCIA DE OSTEOPOROSE E FRATURAS VERTEBRAIS EM MULHERES NA PÓS MENOPAUSA COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 E SUAS RELAÇÕES COM FATORES CLÍNICOS METABÓLICOS E COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES Viégas, M; Fontan, D; Costa, C; Bandeira, F Unidade de Endocrinologia e Diabetes; Hospital Agamenon Magalhães, Recife-PE; Universidade de Pernambuco INTRODUÇÃO Dados da literatura sugerem que pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) possuem um aumento no risco de fraturas apesar de terem, em alguns estudos, densidade mineral óssea (DMO) elevada. MÉTODOS Estudo de corte transversal de caráter analítico com comparação de grupos que teve como objetivo determinar a prevalência de osteoporose e fraturas vertebrais morfométricas em 148 mulheres diabéticas na pós-menopausa e suas relações com fatores clínicos e metabólicos e complicações crônicas da doença. RESULTADOS A prevalência de osteoporose foi de 30.4% na coluna lombar (LS) e de 9.5% no colo do fêmur (FN). A prevalência de fraturas vertebrais foi de 23%. Pacientes com fraturas eram mais idosas (p<0.001), possuíam menopausa por um período mais longo (p=0.005), menor clearance de creatinina (p=0.026) e BMD mais baixa na LS (p=0.01) e no FN (p=0.042). A frequência de fraturas aumentou com a idade (p<0.001), com a duração da doença (p=0.037) e com a presença de retinopatia (p=0.030). Em pacientes com fraturas, a prevalência de osteoporose aumentou (Gráfico 1A e 1B). Os resultados após ajuste por regressão logística, encontram-se na Tabela 1. A 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 40% B 40 35,7% 35 28,8% 30 25 20 18,3% 15 11,6% 13,1% 10 5 0 Normal (n=43) Osteopenia (n=60) Osteoporose (n=45) Normal (n=61) Osteopenia (n=73) Osteoporose (n=14) Gráfico 1. Prevalência de fraturas vertebrais quanto à DMO em (A)coluna lombar e (B) colo do fêmur CONCLUSÃO Encontramos uma elevada prevalência de osteoporose e fraturas vertebrais em mulheres na pós-menopausa com DM2, independente do controle glicêmico, e a osteoporose e as fraturas vertebrais foram mais freqüentes na doença.