O futuro da mídia Com o advento das novas tecnologias, a partir do final da segunda metade do século XX, principalmente com o aparecimento do computador pessoal (PC) e da Internet , a forma de trabalhar e de se relacionar tem mudado radicalmente nos últimos 20 anos. A disponibilidade de ferramentas como e-mail e a Web (Internet com interface gráfica) mudaram a dinâmica da comunicação e começaram a abrir novas possibilidades em uma das indústrias mais revolucionárias da história da humanidade: a indústria da comunicação As possibilidades de junção de diversas tecnologias como a navegação por hyperlinks e hipertexto, o uso de elementos multimídia como vídeo, áudio, animação e outros elementos de informação em um mesmo conteúdo e suporte de mídia abriram novas possibilidades para a comunicação como a conhecemos. A discussão de novas linguagens para a comunicação e a possibilidade de interatividade entre conteúdos noticiosos e público são dois aspectos da revolução que vem acontecendo a partir desta fusão de tecnologias para uso pela indústria da comunicação O uso de novas tecnologias força a discussão de novas linguagens (gráficas e de conteúdo) por parte dos veículos de comunicação A convergência abre novas possibilidades como a TV Web Ou de experiências com uma participação mais interativa dos leitores Também está abrindo espaço para rádios Web Ou para criação de novas mídias que vão incorporar estas tecnologias como o e-paper (fusão entre papel e internet) Ou a TV digital, que vai mudar o conceito deste tradicional eletrodoméstico. E a rádio digital (satélite), uma realidade de mercado nos Estados Unidos, que está provocando no rádio um fenômeno semelhante ao das TVs por assinatura (aumentando o poder de escolha do ouvinte de rádio) Na verdade, a convergência tecnológica está criando um admirável mundo novo para a indústria da comunicação e para a produção de conteúdo em formatos completamente inovadores e que permitam a interação dos leitores e seus órgãos de comunicação preferidos As mídias tradicionais como jornal e TV não deverão desaparecer, mas sim sofrer profundas e radicais transformações para incorporar estas novas possibilidades Redes sociais Fenômeno que começa com experiências como Orkut e MySpace e se torna, provavelmente, a onda dominante na Web nos próximos anos, seja para comunicação pessoal seja para outras finalidades como notícias e aplicações corporativas. Estes novos espaços trazem como características principais um design mais limpo e uma comunicação mais curta, mais direta, mais rápida e mais interativa. A importância das redes como Orkut, Facebook, Twitter, MySpace, Formspring e outras cresceu a ponto da pesquisa Digital Daya mostrar que dos 164 países da ONU, 24 têm seus líderes no Twitter.... O Facebook concentra os usuários maduros, com mais de 35 anos. O Orkut é popular entre os adolescentes. Fonte: Revista Época: Ed. 671 No Brasil, os políticos usaram o Twitter e outras redes sociais na campanha de 2010, além de outras ações de marketing digital. As mídias sociais trouxeram esta comunicação de mão dupla de uma forma que ela já não pode mais ser ignorada, as pessoas hoje exigem isso. É preciso entender isso e mudar o modelo de pensamento, principalmente no caso dos políticos, que precisam ter a população junto deles, acreditando e apoiando seu trabalho. Uma pesquisa realizada no Reino Unido prevê o fim do e-mail em 10 anos, pois apenas 51% dos entrevistados afirmaram que a ferramenta é seu meio de comunicação principal. Em um fórum realizado em 2008, o gerente de novas tecnologias da IBM Brasil afirmou que dentro de 5 ou 7 anos o e-mail deixaria de existir devido aos hábitos da geração Y. Hoje em dia, assuntos mais casuais realmente são tratados em “público” por meio de uma mensagem no Twitter, um recado no Orkut , Facebook ou por sms. Além das redes sociais, ainda podemos citar várias outras ferramentas que cumprem um papel semelhante na comunicação corporativa, seja institucional ou interna Blog Corporativo – diversas organizações criam blogs para divulgar sua marca na rede, por que não criar uma página para os funcionários participarem também? Você não precisa divulgar as informações para todo mundo, basta criar um blog interno, como uma Intranet, assim, apenas pessoas da organização terão acesso. Ning - é uma plataforma que permite que você crie sua própria rede virtual para compartilhar vídeos, fotos e textos. A vantagem para as empresas é que essa rede pode ser privada, ou seja, você cria essa página e abre apenas para que pessoas autorizadas tenham acesso, além de poder controlar tudo o que é divulgado nela. Essa ferramenta é indicada para pequenas empresas que não disponibilizam de uma grande verba ou disponibilidade para criar uma rede interna para seus poucos funcionários. Orkut e Facebook – que jogue a primeira pedra a empresa que não tem uma comunidade nessas redes, sempre tem algum funcionário com vontade de interagir com seus colegas de trabalho por meio desses sites. O que você prefere? Que alguém crie uma comunidade ou um grupo com o nome da sua empresa no qual todos falam o que bem entendem ou você criar essa comunidade e monitorar tudo o que é compartilhado? É claro que a segunda opção é a mais viável. Twitter – entra na mesma categoria, no caso corporativo do Orkut e Facebook.... Como em tudo na vida, manter a iniciativa pode ser exatamente a vantagem competitiva e a diferença de como será visto por uma enorme audiência (Falem mal, mas falem de mim....não é exatamente uma prática que se deseja na web...) Monitoramento e acompanhamento das redes De acordo com um estudo do IBOPE/NetRatings, cerca de 90% dos usuários da Internet utilizaram algum tipo de rede social em 2008. O IBOPE utilizou um exemplo prático do poder que essas redes exercem no consumidor. No lançamento do estudo, o Instituto de Pesquisa elaborou um “relatório piloto” e utilizou como referência as grandes montadoras de automóveis. Uma das conclusões dessa análise foi que campanhas virtuais promovidas por blogs ou outras redes sociais têm um impacto 500 vezes maior do que as que são realizadas pelos sites das companhias. Alguns consumidores insatisfeitos, em vez de utilizarem canais tradicionais como o Fale Conosco ou o 0800, preferem postar uma mensagem no Twitter ou criar uma comunidade no Orkut demonstrando sua insatisfação. As organizações devem se atentar a essa nova forma de comunicação de seus clientes. Uma mensagem no Twitter, um vídeo no YouTube ou um grupo no Facebook podem acabar com a reputação de uma marca. Com as redes sociais, as informações chegam às pessoas de forma muito mais rápida, o controle do conteúdo desses sites é difícil, mas o que as organizações podem fazer é a prevenção. Linguagens e abordagens A linguagem e abordagem precisa ser sempre pensada de acordo com o perfil da audiência que se pretende atingir... Não adianta usar o estilo “metralhadora giratória”, porque vai perder parte do público que poderia atingir, por conta do estilo extremamente genérico ou inadequado àquela audiência. Muito melhor, apesar de um pouco mais trabalhoso, usar o estilo e método “atirador de elite”, onde se sabe quem é o alvo, seus hábitos, tendências de comportamento e formas de comunicação inter-grupal, ou seja, a linguagem usada por aquele segmento No geral, podemos considerar estas redes como grandes murais de avisos, onde existe uma limitação clara de tamanho para os textos, seja por espaço da própria aplicação, seja pela paciência das pessoas (ou a falta desta) Pode-se dizer que, no geral, você tem 140 caracteres para atrair a atenção do seu público... ...e ainda precisa lembrar que esse conteúdo pode ser veiculado em mídias com mais restrição de espaço ainda....como as telas dos celulares... Todas as redes têm seus truques e ferramentas para tornar sua vida mais fácil na hora de pensar seu uso como comunicação corporativa. No caso do Twitter, o leque é um pouco mais amplo, por exemplo: Twitter Grader: funciona como um ranking. Quando você digita seu nome de usuário, ele o classifica com uma nota de 0 a 100 utilizando como base seu número de seguidores, atualizações e análise do seu perfil no geral. Por meio dessa ferramenta, as empresas podem avaliar se suas estratégias estão funcionando e se seu perfil na rede é realmente forte. Tweet Tag: essencial para as empresas que se preocupam em monitorar o que estão dizendo sobre sua marca no Twitter. Por meio dessa ferramenta, você pode fazer uma busca por tags relacionadas aos mais variados assuntos e o resultado é mostrado de forma bastante organizada, diferente da ferramenta de busca que existe no próprio Twitter. Twitter Hawk: importante para as empresas seguirem pessoas que se encaixam com o perfil do seu público alvo. Você digita sua localização e palavras que estão relacionadas com a área em que atua e o programa mostra diversos usuários com essas características. O serviço é pago, mas há a opção de fazer alguns testes gratuitos. Bit.Ly: além de encurtar links para serem postados na rede, essa ferramenta também permite que você visualize algumas estatísticas como quantas pessoas clicaram nesse endereço e de que países elas são. É interessante para saber os assuntos que geram mais clicks e melhorar o acesso do seu perfil. Tweet Beep: funciona da mesma forma que o Google Alertas, porém é específico para o Twitter. Com um cadastro simples você consegue saber cada vez que algum usuário cita o nome da sua empresa na rede. Ferramenta importante para evitar que possíveis comentários negativos sobre sua marca se tornem um problema maior por não terem sido respondidos. 1. Estudar o público-alvo e o setor da empresa na qual atua e estabelecer quais são as estratégias ideais para cada rede social; 2. Definir o objetivo dessas estratégias, será um atendimento ao consumidor, uma fonte de notícias, um canal de marketing ou um perfil mais voltado para o público interno? 3. Descobrir onde o público dessa marca está e quais as redes sociais mais indicadas; 4. Gerenciar os perfis da empresa; 5. Monitorar a marca nesses canais ; 6. Descobrir como a empresa está posicionada na internet em geral e especificamente nas redes sociais; 7. Descobrir os assuntos mais discutidos do setor em que atua e saber quem são os formadores de opinião do assunto nas redes sociais; 8. Analisar as estratégias da concorrência. 1. Saber se relacionar. A principal função de sites como Orkut, Twitter ou Facebook é a interação e a troca de informações, nem todo mundo possui essa facilidade de interagir com outras pessoas; 2. Ser usuário. Alguém que não tem o hábito de twittar, por exemplo, não conseguirá fazer isso em nome de sua empresa; 3. Gostar de redes sociais, uma característica básica, mas que é sempre bom reforçar. Um profissional de mídias sociais deve estar sempre atualizado sobre as novas mídias e tecnologias relacionadas à área, ou seja, não é apenas no trabalho que você deve se dedicar ao assunto. As novidades desse setor são constantes, se não gostar do tema, dificilmente conseguirá se manter informado; 4. Assim como em qualquer cargo, ter bom senso é fundamental; 5. Bom humor também é uma característica importante, scripts ou mensagens formais não combinam com perfis em redes sociais, mas é bom sempre ter cuidado, piadas entre amigos é diferente de piadas em perfis corporativos, esta aí o caso Fiat para comprovar 6. Uma boa reputação online. Se você está se candidatando a uma vaga em mídias sociais, é claro que a empresa vai pesquisar como você está posicionado em sites como Orkut, Facebook, Twitter, Linked in, entre outros. Se você participa de comunidade como “eu odeio trabalhar”, “odeio meu chefe” ou twitta mensagens com palavrões e xingamentos, é melhor desistir da vaga.