Autorregulação cerebral em neonatos com canal arterial patente hemodinamicamente significativo Cerebral Autoregulation in Neonates with a Hemodynamically Significant Patent Ductus Arteriosus Valerie Y. Chock, Chandra Ramamoorthy, and Krisa P. Van Meurs J Pediatr 2012;160:936-942 Apresentação: Marcell Paiva Lôbo, Fernando Plazzi Palis, Nícolla Rezende Vieira Coordenação: Paulo R. Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde/ESCS/SES/DF Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/DF www.paulomargotto.com.br Brasília, 16 de junho de 2012 (E-D) Ddos Marcell Paiva Lôbo,, Nícolla Rezende Vieira, Fernando Plazzi Palis ESCS! INTRODUÇÃO •Persistência do canal arterial (PCA) hemodinamicamente significante em prematuros de muito baixo peso pode aumentar o potencial de lesão cerebral devido ao shunting esquerda-direita através da PCA hemodinamicamente significante (PCAhs) e alterar a perfusão cerebral. •Prematuros com PCAhs tem menores níveis de oxigenação cerebral regional e maior risco de hemorragia intraventricular e lesão da substância branca. •Prematuros são mais suceptíveis a alterações na autoregulação cerebral •Mudanças na perfusão cerebral pelo shunt direito-esquerdo e após fechamento ductal pode predispor a lesão cerebral. METODOLOGIA • Chock et al relataram que os prematuros com PCAhs tratados com ligação cirúrgica apresentaram maior probabilidade no aumento de mais de 20% nos níveis de saturação de oxigênio cerebral. No entanto, o impacto deste súbito aumento da oxigenação cerebral permanece não esclarecido. • No presente estudo os autores estabelecem a hipótese que os neonatos tratados com ligação cirúrgica poderia apresentar maior deficiente autoregulação comparado com os neonatos tratados com indometacina METODOLOGIA • A crescente controvérsia sobre o ótimo manuseio da PCAhs, demanda a necessidade de estudar como o tratamento do PCAhs afeta a autoregulação cerebral e a lesão cerebral. • As opções de tratamento incluem: manuseio conservador dos sintomas enquanto espera-se o fechamento espontâneo do canal arterial; tratamento farmacológico ativo com indometacina ou ibuprofeno (inibidores da síntese de prostaglandina) ou ligação cirúrgica • As decisões do tratamento são influenciados pelas características ecocardiográficas do canal arterial,, estado clínico do neonato e efeitos potenciais da terapia METODOLOGIA • O tratamento conservador da PCAhs pode resultar em exposição prolongada a flutuação ou a redução do fluxo sanguíneo cerebral devido ao shunt esquerdo-direito • A ligação cirúrgica tem sido associada com maiores taxas de déficits neurossensoriais, deficiente neurodesenvolvimento ou morte • O uso da indometacina pode diminuir o fluxo sanguíneo cerebral, mas reduz as taxas de hemorragia intraventricular e lesão na substancia branca • Não está totalmente esclarecido se períodos de pressão passiva cerebral devido a deficiente autoregulação pode contribuir para mudanças na perfusão cerebral com estas diferentes estratégias de tratamento • A deficiente autoregulação cerebral pode ser avaliada com monitorização continua da pressão arterial em conjunto com a monitorização da oxigenação cerebral pela espectroscopia infravermelha (NIRS-near-infrared spectroscopy) METODOLOGIA • A NIRS mede os níveis de oxigenação regional cerebral (rSO2) como um substituto para o fluxo sanguíneo cerebral. • O grau de correlação entre pressão arterial média e rSSO2 determina a pressão passiva cerebral e a perda da autoregulação • O objetivo deste estudo prospectivo observacional foi comparar a capacidade autoregulatória cerebral dos prematuros de muito baixo peso com PCAhs tratados de forma conservadora, com o uso de indometacina ou l com ligação cirúrgica. Os autores também estudaram a associações entre passividade da pressão cerebral e resultados anormais de neuroimagem METODOLOGIA •Fatores de inclusão: prematuros de muito baixo peso (401-1500g) com suspeita de PCAhs •Definição da PCAhs: foi determinada pelo cardiologista com base no tamanho (moderado a grande), assim como a presença de shunting esquerdadiereita através do canal ou retrógrado ou ausência de fluxo diastólico aórtico. •Critérios de exclusão: asfixia ao nascer, anomalias congênitas ou cromossômicas, infecção congênita, alteração da integridade da pele e decisão para não prover suporte intensivo completo Consentimento informado e escrito foi obtido dos pais METODOLOGIA • • • • • • • • • ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO 1)manuseio conservador (restrição de flúidos, diuréticos, manutenção de altos níveis de hematócrito e ou alto CPAP para minimizar a insuficiência cardíaca congestiva enquanto se aguardava o fechamento espontâneo daPCA. 2) tratamento com a indometacina -0,2mg/kg endovenoso cada 12 horas por 3 doses 3) ligação cirúrgica- como procedimento primário ou após falha da indometacina no fechamento da PCA. O tratamento com a indometacina foi iniciado para os neonatos com instabilidade clínica (intolerância alimentar, comprometimento respiratório ou hipotensão requerendo hipotensor) O tratamento com ligação cirúrgica foi feita pelas mesmas condições anteriormente citadas, além da adição do uso de hidrocortisona, história de enterocolite necrosante ou por improvável resposta a indometacina devida a idade cronológica Um sensor cerebral neonatal NIRS foi aplicado na testa no mínimo 2 horas antes do tratamento conservador, com indometacina ou ligação cirúrgica e deixado por um mínimo de 24 horas após o tratamento. Simultaneamente, a pressão arterial média foi obtida através de um cateter arterial umbilical ou arterial periférico A anestesia durante a cirurgia foi provida com fentanil, ketamaina e rocurônio, sendo usado morfina no pós-operatório para controle da dor Um grupo controle de neonatos de muito baixo peso com PCA sem significância hemodinâmica foi envolvido. Estes neonatos controles foram monitorizados com NIRS por 24 horas. RESULTADOS • A deficiente autoregulação foi medida com o índice de pressão passiva (PPI) durante todo o estudo. A PPI foi calculada pela determinação do percentual de concordância entre pressão arterial média e sSO2 em intervalos de 20 minutos (r>0,5). A maior concordância entre pressão arterial média e sSO2 é vista quando a autoregulação é deficiente e o fluxo sanguíneo cerebral torna-se pressão passiva • Como resultado secundário: neuroimagem anormal (pior ultrassom ou ressonância magnética). As anormalidade do ultrassom incluíram: hemorragia intraventricular graus 3 e 4, leucomalácia periventricular, aumento de ecogenicidade ou dilatação ventricular. A RM com 36-42 semanas de idade pósconcepção incluíram: anormalidades no sinal da substancia branca, dilatação ventricular, anormalidades císticas e redução do volume da substância branca ANÁLISE ESTATÍSTICA • Devido à distribuição assimétrica dos dados, as características e PPI entre os grupos com PCAhs foram comparados usado o teste exato de Fisher para variáveis categóricas e o teste de Kruskal-Wallis para variáveis contínuas com correção de Bonferoni para comparações múltiplas • A regressão logística foi usada para avaliar os resultados de neuroimagem entre os grupos e ajustada para idade gestacional, peso ao nascer e sexo, assim como na análise da PPI e variáveis dos pacientes. RESULTADOS • • • • -6 pacientes receberam manuseio conservador 12 pacientes receberam indometacina -10 pacientes receberam ligação cirúrgica O grupo controle foi formado por 12 prematuros sem PCAhs (média de idade:5±3dias, variando entre 2-11 dias) RESULTADOS • Tabela 1: sem diferenças significativas nas variáveis neonatais entre os grupos PCAhs tratados, exceto que a idade cronológica no diagnóstico da PCAhs foi maior no grupo conservador (6 dias) comparado com o grupo com indometacina e ligação cirúrgica (3 dias-p=0,03) • No grupo de ligação cirúrgica, o diâmetro do canal arterial foi maior (2mm) comparado com o grupo conservador (1,4mmp=0,02) e indometacina (1,5mm-p=0,01) • Média de Idade gestacional:26sem±1sem • Para todos os pacientes estudados: -média de Idade gestacional:26sem±1sem -média de peso ao nascer: 830g±160g • Todos RN foram intubados e receberam ventilação mecânica RESULTADOS Tabela 1-Variáveis perinatal e neonatal por grupo de tratamento com PCAhs RESULTADOS Tabela 2-Características ecocardiográficas do grupos tratados RESULTADOS • O grau de concordância entre a os traçados da medida simultânea da NIRS e pressão arterial média (PAM) determina o grau de deficiente capacidade de autoregulação (figura 1) • A PPI foi significativamente maior nas primeiras 2 horas após a ligação cirúrgica em relação aos controles (p=0,04) e tratamento com indometacina (p=0,007) (tabela III) • Esta diferença desapareceu 6 horas após o tratamento. Duas horas após o uso de cada dose de indometacina, a PPI foi também menor do que a linha de base com lento retorno aos níveis de base (figura 2) RESULTADOS Mudanças na capacidade de autoregulação cerebral Perda da autoregulação cerebral Durante a ligação cirúrgica 2 horas após a ligação cirúrgica RESULTADOS Tabela III-Comparação dos grupos de tratamento pela PPI Após análise multivariada, o uso de hidrocortisona, dopamina e menor escore de Apgar aos 5 min não permaneceram significativamente associadas com a PPi de base entre os grupos RESULTADOS Mudanças da PPi após o tratamento da PCAhs RESULTADOS NEUROIMAGEM • Achados de piora de neuroimagem ocorreram em 27% (3 de 11) daqueles que foram tratados com indometacina somente e 40% (4 de 10) que foram submetidos a ligação cirúrgica após a falha da indometacina e 60% (3 de 5) que receberam primariamente ligação cirúrgica • No entanto, sem associação significante entre o desenvolvimento de anormalidades na neuroimagem e PPI, nível máxima concordância ou tipo de tratamento do PCAhs. DISCUSSÃO Prematuros estão sob grande risco de alterações no fluxo sangüíneo cerebral, devido à mudança hemodinâmica pelo shunt e ao fechamento ductal. Pré-termos com ligação cirúrgica da PCAhs eram mais suceptíveis a passividade de pressão cerebral por até 6 horas de pós-operatório comparados aqueles com tratamento com indometacina e conservador. A duração da passividade da pressão cerebral não foi associada com subsequente anormalidades na neuroimagem, embora a pequena amostra pode ter limitada a habilidade de detectar as mudanças DISCUSSÃO • Os achados do presente estudo confirmam estudos anteriores que demonstraram deficiente autoregulação cerebral nos prematuros usando a monitorização com a NRI, o mesmo com o uso de ultrassom Doppler ou clearance de xenônio-133. • Soul et al (não citado na referência) relataram a prevalência de pressão passiva cerebral em 87 de 90 prematuros, com uma média de PPI de 20,3% Fluctuating pressure-passivity is common in the cerebral circulation of sick premature infants. Soul JS, Hammer PE, Tsuji M, Saul JP, Bassan H, Limperopoulos C, Disalvo DN, Moore M, Akins P, Ringer S, Volpe JJ, Trachtenberg F, du Plessis AJ. Pediatr Res. 2007 Apr;61(4):467-73. DISCUSSÃO • A PPI média basal foi de 9-13% no presente estudo em todos os pacientes antes do estudo, com um aumento transitório acima de 29% nos pacientes com PCAhs submetidos a ligação cirúrgica • Houve associação com menor Apgar aos 5 minutos e deficiente autoregulação cerebral, assim como com o uso de dopamina, achados semelhante a outros estudos. No entanto, não está claro se a medicação inotrópica por si só ou a hipotensão sistêmcia nos prematuros aumentam o risco de deficiente autoregulação cerebral • Sabe-se da literatura que o uso de dopamina e hipotensão nestes recém-nascidos associam-se com maior mortalidade e anormalidades na neuroimagem e pior neurodesenvolvimento, potencialmente devido em parte a deficiente autoregulação cerebral. DISCUSSÃO PCAhs foi associada com hemorragia intraventricular e lesão da substância branca, mas o papel da autoregulação cerebral no desenvolvimento destas anormalidades do cérebro permanece obscura. No presente estudo não foi detectado associação entre PPI(deficiente autoregulação cerebral) e piora da neuroimagem Outros autores relataram a associação entre magnitude da pressão passiva cerebral e hemorragia intraventricular DISCUSSÃO • Os estudos de autoregulação cerebral após a cirugia do PCA são limitados • A pressão passiva cerebral nestes casos pode ser atribuída a resposta ao estresse cirúrgico ou ao efeito da anestesia (no entanto, ketamina e fentanil não tem sido mostrados alterar o autoregulação cerebral) • O estudo de Bassan e cl relatou deficiente autoregulação cerebral 6 horas após cirurgia cardíaca DISCUSSÃO • Um aumento súbito do fluxo sanguíneo cerebral tem sido documentado seguindo a ligação cirúrgica do PCA, com risco de lesão da vulnerável matriz germinativa. • Tem sido relatada diminuição das oxigenação cerebral após durante as primeiras horas após a ligação cirúrgica do PCA com normalização 24 hs após, podendo ser evidencia de deficiente autoregulação cerebral • Outros autores relataram que 27% das crianças desenvolvem descompensação cardiovascular com hipotensão 12 horas após a ligação cirúrgica. Estas flutuações hemodinâmicas no pós – operatório predispõem as crianças prematuras a alterações na perfusão cerebral devido a deficiente autoregulação. DISCUSSÃO • Embora não tenha sido alcançada significância estatística, as crianças com PCAhs tratada com ligação cirúrgica apresentaram maior risco de pior imagem neuroradiológica em relação aos neonatos tratados com ligação cirúrgica após receber indometacina ou indometacina somente. • Devido ao maior risco de deficiência neurossensorial e neurocomportamental nas crianças com deficiente autoregulação cerebral após ligação cirúrgica, todo esforço deve ser feito para minimizar a flutuação da perfusão cerebral (controle de PaCo2, glicose, estável MAP e monitorização com NIRS. DISCUSSÃO • Limitações do estudo: • -não houve randomização dos RN com PCAhs para o TIPO DE TRATAMENTO • -o grupo tratado cirurgicamente pode constituir um grupo criticamente doente(este grupo teve um diâmetro do canal arterial maior) • -no entanto, a única diferença entre os grupos de tratamento, ocorreu por 6 hs, não havendo diferença 24 horas após, sugerindo uma contribuição potencial do tratamento (ligação cirúrgica) na deficiente autoregulação cerebral CONCLUSÃO • A autoregulação cerebral foi melhor preservada após o tratamento da PCA hemodinamicamente (PCAhs) significativa com indometacina em comparação com a ligação cirúrgica. Neonatos com PCAhs necessitando de correção cirúrgica pode estar em maior risco de deficiente autoregulação cerebral 6 horas após a cirurgia. ABSTRACT A definição de um ducto arterioso hemodinamicamente significativo (HSDA) em ensaios randomizados e controlados, uma revisão sistemática da literatura Autor(es): Inge Zonnenberg , Koert de Waal. Apresentação: Kamilla Graciano Dias; Murilo Guiotti; Pedro H. Silva de Almeida; Rodrigo Lopes Barbosa O tratamento deveria ser considerado nos casos de HSDA causando problemas clínicos importantes, mas falta um consenso sobre a definição de DAHS. Critérios de Avaliação Sugeridos: -População de risco (IG<30s e/ou peso ao nascer < 1500g) -Quadro Clínico: Sintomas respiratórios: dificuldade de desmame de suporte ventilatório Hipotensão severa Sinais de insuficiência cardíaca Os sinais físicos como murmúrio e ou precórdio hiperdinâmico provavelmente não deveriam ser usados par iniciar o tratamento -Parâmetros ultrassonográficos: • Tamanho do shunt: fluxo reverso na aorta descendente ao nível do diafragma e padrão de shunt pulsátil • Descompensação cardíaca: medidas do volume ventricular esquerdo e da pressão de enchimento. Tratamento da persistência do canal arterial (PCA) em neonatos pré-termo: é hora de aceitar a hipótese nula? Autor(es): W E Benitz. Realizado por Paulo R. Margotto • Cassady et al relataram prolongamento da ventilação, maior tempo de suplementação de oxigênio e hospitalização nos RN submetidos a ligação do canal arterial versus os não tratados. • Apesar de não haver significância estatística nesta diferenças, os RN tratados cirurgicamente requereram ventilação por mais de 45 dias. Segundo o estudo de Clyman et al mais RN tratados necessitaram de oxigênio além das 36 semanas pósconcepção. Portanto, o fechamento do canal arterial pérvio não diminui a duração do suporte respiratório nos recém-nascidos prematuros. Portanto: • PCA: aceitar a hipótese nula implica que não seja necessário o fechamento de todas as PCA, principalmente em RN > 1000g, além da falta de benefício do fechamento profilático, à luz das evidências. • A medicina tornar-se uma arte quando a exercemos combinando a evidência com a experiência; não podemos deixar nossas práticas serem tiranizadas somente com a evidência, pois muitas vezes a “ausência de evidência não é a evidência da ausência”. Nos RN com PCA hemodinamicamente significativa, principalmente nos RN <1000g nos primeiros dias de vida em suporte ventilatório a opção pelo seu fechamento farmacológico (e não cirúrgico!) pode resultar em diminuição de repercussões adversas • Devemos lembrar sempre: Na UTI, identificar subgrupos de neonatos com risco aumentado de resultados adversos (e nestes, somente nestes atuar!) Indometacina Profilática: Sim ou não ? (XX Congresso Brasileiro de Perinatologia, Rio de Janeiro, 21 a 24 de novembro de 2010) Autor(es): Guilherme Sant`Anna (Canadá). Realizado por Paulo R. Margotto • -a ligadura profilática aumenta o risco de displasia broncopulmonar e o risco de óbito; a ligadura após a falha do tratamento clinico está associada ao pneumotórax, quilotórax, paralisia de corda vocal, infecção, hipotensão severa, uso de inotrópicos, transportes ao Centro Cirúrgico, pior desenvolvimento neurológico. • Clyman R et al.The role of patent ductus arteriosus ligation in bronchopulmonary dysplasia: reexamining a randomized controlled trial. J Pediatr. 2009 Jun;154(6):873-6. Ligação cirúrgica profilática do canal arterial e displasia broncopulmonar Ligação cirúrgica profilática do canal arterial e displasia broncopulmonar ABASTRACT DEFICIENTE AUTOREGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL NOS PRE-TERMOS (Há 30 anos!) MEMÓRIA (1982)Hemorragia periventricular/hemorragia intraventricular no recém-nascido pré-termo Autor(es): Paulo R. Margotto • • Segundo Lou e cl, o FSC (fluxo sanguíneo cerebral) no RN prematuro submetido à asfixia perinatal varia diretamente com a pressão arterial, indicando uma deficiente auto-regulação nesses RN. Assim, o fluxo sanguíneo à região periventricular seria sensível à mudança de pressão arterial e sugerem que a DEFICIENTE AUTO-REGULAÇÃO DO FSC no RN estressado é a base para o desenvolvimento da hemorragia periventricular que origina na rede capilar da camada germinativa no RN prematuro que teve hipoxia: com esta deficiente autoregulação, as arteríolas podem estar maximamente dilatadas e os capilares estariam mais diretamente expostos à pressão arterial; como a pressão arterial eventualmente aumenta, os capilares podem ROMPER-SE, ocorrendo então o sangramento. Esforços devem ser feitos para prevenir a HIPERTENSÃO e o RÁPIDO AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL. Fujimira e cl sugerem que flutuações da pressão arterial a partir de níveis iniciais baixos podem ser de importância na patogênese da HIV. As observações de Lou e cl adicionam importantes conhecimentos que faz com que nossa atenção seja dirigida ao sítio arterial da rede vascular periventricular para melhor entendermos a origem da HIV. O uso não judicioso de expansores de volume e, sobretudo o uso exuberante de medidas para elevar a pressão arterial podem ter conseqüências deletérias, devido a peculiaridade do FSC do RN prematuro asfixiado. OBRIGADO! Ddo Marcell Paiva Lobo, Ddo Nicolla Resende Vieira, Dr. Paulo R. Margotto, Ddo Fernando Plazzi Palis ESCS!