CONSTRUÇAO DA CULTURA ORGANIZACIONAL Aula 4 – 22/03/2013 António Albano Baptista Moreira Aula 4 – 22/08/2013 OBJETIVOS Gestão, quais os desafios? Teorias administrativas. Desenvolvimento Organizacional. Cultura Organizacional. Conceitos e importância. Ajuda Processo aprendizagem Mapas mentais / resumos / esquemas 5W3H Perguntas: Definição? O que é? Para que serve? Porquê? Qual a causa? Como surgiu? Quais conseqüências? Pontos +, vantagens? Pontos -, desvantagens? Contribuições, aplicações práticas? Como faz? Mensuração? Como posso uso pessoalmente? Ao final o que levaremos ? APRESENTAÇÕES VISÃO DA DISCIPLINA O PROCESSO DA GESTÃO INFORMAÇÕES CULTURA Ementa Cultura como definição de crenças e valores organizacionais para o desenvolvimento, implementação e avaliação da estrutura organizacional. Delegação, Centralização e Descentralização.Perfil e atuação do profissional de estruturação organizacional. A organização total e o conceito de sistemas. Coesão nos grupos e diferenciação dentro dos grupos: estrutura interna como base de produtividade. Necessidades humanas básicas e recompensas. Relações inter grupais e Liderança. Começar a mudança. O ser humano como ator central da mudança pelo processo de transformação na busca contínua do conhecimento e da melhoria Ementa Sema Conteúdo Aplicado Horas na /Aula Apresentação da Disciplina. 1 4 Revisão Conceitual das Escolas da Administração. Desenvolvimento Organizacional. 2 4 Conceitos e importância. 3 Teoria Comportamental 4 4 Teoria da Contingência 4 Material de apoio Aulas no site: http://antonioabmoreira.pbw orks.com Material adicional • Textos no site Na internet ... • Vamos ao conteúdo CULTURA ORGANIZACIOAL Cultura Organizacional Qual a importância? O que é? Como se cria e como muda? Cultura Organizacional Qual a sua importância? É possível, por exemplo, através desses estudos, responder porque surgem tantas barreiras aos processos de mudança que as organizações implantam na busca pela solução de problemas. Porque valores, aparentemente sem importância na organização, podem, quando questionados, inviabilizar todo um trabalho bem planejado de reorganização. Cultura Organizacional O que é? A cultura é o conjunto de significados compartilhados por um grupo, que permite a seus membros interpretar e agir sobre seu ambiente. Esse conceito, bastante simples em sua definição, revela dois elementos importantes: coletividade e comunicação. Para o desenvolvimento da cultura é necessário que, além dos grupos, existam as interações sociais entre seus membros. Cultura Organizacional Como se cria e como muda? Dessas interações surgem os sistemas ideacionais que se expressam através dos valores, das crenças, dos mitos, das religiões, dos folclores etc. São esses sistemas de idéias, desenvolvidos no âmbito grupal e expressos por representações simbólicas, que classificam e dão sentido ao mundo natural das pessoas. Em qualquer sociedade deve existir um mínimo de participação do indivíduo no conhecimento da cultura. Aprender a agir em determinadas situações e a prever o comportamento dos outros e condição essencial para o relacionamento do indivíduo com os demais membros do grupo. Esse processo de aprendizagem é conhecido como socialização. Etapas do processo de decisão Percepção da situação Procura de alternativas de solução. Análise e definição do problema Avaliação e comparação da alternativa. Definição dos objetivos. Escolha de alternativa adequada. Implementação da alternativa escolhida Decorrências Teoria das Decisões – conselhos de Simon Racionalidade limitada – a tomada depende de uma série de situações – às vezes de pressuposições; Imperfeição nas decisões – não existe uma fórmula mágica – existe alternativas que norteiam – maximizar recursos; Relatividade nas decisões – emprega uma renuncia outra – pode ser um processo de acomodação; Hierarquização nas decisões – O comportamento deve ser planejado e guiado para objetivos – os meios justificam os fins; Racionalidade administrativa – deve se estabelecer o melhor método para o melhor curso para a ação mais adequada. Deve haver seqüência lógica; Influência organizacional – para atingir os objetivos e necessário estabelecer: Divisão de tarefas, padrões de desempenho, sistemas de autoridade, canais de comunicação e treinamento e doutrinação. HOMEM ADMINISTRATIVO – TEORIA COMPORTAMENTAL Para suprir as decisões as organizações necessitam de informações; A organização é limitada para proporcionar às pessoas sucesso na escolha das decisões; Todas as alternativas não podem ser avaliadas pelo tomador de decisões na sua íntegra; Portanto, o comportamento administrativo é satisfaciente, ou seja, toma decisões com a alternativa que conseguiu melhor avaliar; O homem administrativo é satisfaciente, ou seja: não procura o lucro máximo mas o lucro adequado, não o preço ótimo mas o preço razoável; As organizações necessitam estarem em constante avaliação de sua eficiência organizacional, buscando continuamente o seu aperfeiçoamento. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL É o estudo do funcionamento e da dinâmica das organizações e como os grupos e os indivíduos se comportam dentro delas; A organização é um sistema cooperativo racional – só alcança objetivos se houver coordenação de esforços neste sentido; É uma divisão do trabalho racionalizada com uma determinada hierarquia; Espera resultados das pessoas que por sua vez espera reconhecimento da organização; As organizações investem em capital e procura pessoas para aumentar este capital; Há uma interação entre pessoas e organização “processo de reciprocidade” . “Um paga para ter resultados e outro recebe pelos resultados alcançados” TEORIA DO EQUILÍBRIO ORGANIZACIONAL Concepção de um sistema que recebe contribuição das - - - pessoas que nela trabalham em troca oferece incentivos e alicientes; Incentivos ou alicientes – pagamentos efetuados aos seus participantes, como: salários, elogios, reconhecimento...; Utilidade dos incentivos – varia de valor para cada indivíduo. Depende de suas necessidades pessoais; Contribuições – pagamentos que os participantes efetua às organizações, tais como: trabalho, assiduidade, lealdade, desempenho, esforço....; Utilidade das contribuições – valor que o esforço do indivíduo tem para o alcance dos objetivos organizacionais. POSTULADOS BÁSICOS DA TEORIA DO EQUILÍBRIO ORGANIZACIONAL A organização é um sistema de comportamentos sociais inter-relacionados; Cada participante recebe incentivo em troca de contribuições à organização; O participante manterá parceria com a organização até o momento que o sua contribuição for menor ou igual aos incentivos recebidos; As contribuições do ambiente constitui fonte para manutenção da organização e para manutenção de seus parceiros; O equilíbrio reflete o êxito da organização em remunerar seus participantes e motivando estes a fazerem parte da organização visando manter a sua sobrevivência. TIPOS DE PARTICIPANTES - STAKEHOLDERS Empregados: contribuem com a força de trabalho para manter a organização; Investidores: contribuem com o capital buscando alavancar o sucesso da organização; Fornecedores: contribuem no fornecimento dos recursos necessários a operacionalização da organização; Consumidores e distribuidores: contribuem consumindo os produtos/serviços produzidos pela organização; Os parceiros do negócio Participantes (Parceiros) Contribuições (Investimentos Pessoais) Incentivos (Retorno Esperado) Empregados Contribuem com trabalho, dedicação, esforço pessoal, desempenho, lealdade, assiduidade. Motivados por salário, benefícios, prêmios, elogios, oportunidades, reconhecimento, segurança no trabalho. Investidores Contribuem com dinheiro ou capital na forma de ações, empréstimos, financiamentos. Motivados por rentabilidade, lucratividade, dividendos, liquidez, retorno do investimento. Fornecedores Contribuem com matérias-primas, materiais, tecnologias, serviços especializados. Motivados por preço, condições de pagamento, faturamento, garantia de novos negócios. Contribuem com dinheiro pela aquisição dos produtos/serviços e seu consumo ou utilização. Motivados pelo preço, qualidade, condições de pagamento, satisfação de necessidades. Clientes TEORIA DA ACEITAÇÃO DA AUTORIDADE PARA OS CLÁSSICOS A autoridade não repousa no poder de quem a possui; Ela não vem de cima para baixo. PARA OS COMPORTAMENTAIS A autoridade repousa na aceitação ou no consentimento dos subordinados; O indivíduo obedece não pela legitimação, mas pelo que lhe é mais conveniente – obedece pela vantagem e desobedece pela desvantagem; A decisão de autoridade é de quem recebe a ordem e não de quem emite; O receptor da ordem decidirá se vai entender como ordem ou não; O administrador não deve emitir ordens que não serão aceitas, pois, destrói a autoridade, a disciplina e a moral da organização. O enriquecimento vertical e horizontal Carga Vertical (maior profundidade) Atribuir responsabilidades mais elevadas Carga Horizontal (maior amplitude) Incluir o pré-trabalho Para enriquecer o cargo, deve-se rearranjar os seus elementos Automatizar ou atribuir as tarefas mais simples a outros Incluir o trabalho posterior Teoria X e Teoria Y Teoria X 1. As pessoas são indolentes e 1. As pessoas gostam de atividade. 2. Falta-lhes ambição e evitam o trabalho. 2. As pessoas não são passivas. 3. Têm motivação e potencial de desenvolvimento. 4. Aceitam responsabilidade. 5. Têm imaginação e criatividade. 1. A Administração é um processo de dirigir o comportamento das pessoas em direção dos objetivos organizacionais e pessoais. 2. A tarefa da Administração é criar condições organizacionais através das quais as pessoas possam atingir seus objetivos pessoais. 3. Resistem às mudanças 4. Sua dependência as torna incapazes de autocontrole e autodisciplina. 1. A Administração é um processo de dirigir esforços das pessoas 2. As pessoas devem ser persuadidas e motivadas. 3. Teoria Y As pessoas devem receber incentivos econômicos como recompensa. Os 4 sistemas administrativos de Likert Variáveis Principais: Processo Decisório Autoritário Coercitivo Autoritário Benevolente Centralizado na cúpula Centralizado com pequena delegação, de rotina Consulta permitindo delegação e participação Precário Descendentes prevalecem sobre ascendentes Fluxo vertical (descendente e ascendente) e horizontal Sistema de Comunicações Muito precário Só verticais e descendentes carregando ordens Relações Interpessoais São vedadas e prejudiciais à empresa Sistemas de Recompensas e Punições Punições e ações Menor arbitrariedisciplinares dade. RecompenObediência cega sas salariais e raras sociais Consultivo Participativo Descentralizado A cúpula define políticas e controla resultados São toleradas Certa confiança mas a organização nas pessoas e informal é uma nas relações. ameaça Recompensas materiais e sociais. Raras punições. Eficiente e básico para o sucesso da empresa Trabalho em equipe com Formação de grupos. Participação e envolvimento Recompensas sociais e materiais. Organização como um sistema social cooperativo 1. Interação entre duas ou mais pessoas. 2. Desejo e disposição para a cooperação. 3. Finalidade de alcançar um objetivo comum. Alcance de objetivos Organizacionais (Lucro, produtividade, crescimento da empresa, redução de custos) Eficácia Gerente Alcance de objetivos Individuais (promoção pessoal, carreira, salário, benefícios, segurança, prestígio) Eficiência Comportamento Organizacional Teoria do Equilíbrio Organizacional: Conceitos básicos: • Incentivos ou alicientes. • Utilidade dos incentivos. • Contribuições. • Utilidade das contribuições. 1. A organização é um sistema de comportamentos sociais interrelacionados dos participantes. 2. Cada participante recebe incentivos em em troca dos quais faz contribuições à organização. 3. O participante mantém sua participação enquanto os incentivos que recebe forem iguais ou maiores do que as contribuições. 4. As contribuições dos participantes são a fonte na qual a organização se alimenta para dar novos incentivos. 5. A organização será solvente enquanto as contribuições forem suficientes para proporcionar incentivos em quantidade suficiente para induzir os participantes à prestação de novas contribuições. 2NA CONFLITO – OBJETIVOS OGANIZACIONAIS X INDIVIDUAIS As metas organizacionais e as metas individuais se divergem; O indivíduo precisa ser eficaz buscando atingir os objetivos organizacionais e ser eficiente satisfazendo suas necessidades individuais; Conflito entre objetivos organizacionais e objetivos individuais 1. É possível a integração das necessidades individuais de auto-expressão com os requisitos de produção da organização. 2. As organizações que apresentam alto grau de integração entre objetivos individuais e organizacionais são mais produtivas do que as demais. 3. Em vez de reprimir o desenvolvimento e o potencial do indivíduo, as organizações podem contribuir para sua melhoria e aplicação. Negociação 1. Envolve pelo menos duas partes. 2. As partes envolvidas apresentam conflito de interesses. 3. As partes estão temporariamente unidas em um tipo de relacionamento voluntário. 4. Esse relacionamento está voltado para a divisão ou troca de recursos específicos ou resolução de assuntos entre as partes. 5. A negociação envolve a apresentação de demandas ou propostas de uma parte e, em seguida, as concessões e as contrapropostas. 6. A negociação é um processo, uma atividade seqüencial e não-simultânea. Novas proposições sobre liderança Estilos de liderança segundo Likert: • Autoritário explorador. • Autoritário benevolente. • Consultivo. • Participativo. Quatro competências do líder segundo Bennis: • Gerência da atenção. • Gerência do significado. • Gerência da confiança. • Gerência de si próprio. Apreciação Crítica da Teoria Comportamental 1. Ênfase nas pessoas. 2. Abordagem mais descritiva e menos prescritiva. 3. Profunda reformulação na filosofia administrativa. 4. Dimensões bipolares da Teoria Comportamental. 5. A relatividade das Teorias de Motivação. 6. Influência das ciências do comportamento sobre a Administração. 7. A organização como um sistema de decisões. 8. Visão tendenciosa. Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO) (Empreendendo a Mudança e a Renovação Organizacional) • • • • • • As Origens do DO. As Mudanças e a Organização. O Que é Desenvolvimento Organizacional. O Processo de DO. Os Modelos de DO. Apreciação Crítica do DO. Origens do DO 1. A dificuldade em operacionalizar os conceitos da teoria administrativa. 2. Os estudos sobre a motivação humana. 3. A criação do National Training Laboratory (NTL). 4. A publicação de um livro sobre T-Groups. 5. A pluralidade de mudanças no mundo. 6. A fusão de duas tendências: estrutura e comportamento organizacional. 7. Os estudos sobre conflitos interpessoais – organizacionais. 8. As variáveis básicas: ambiente, organização, grupo e indivíduo. As Mudanças e a Organização 1. Um novo conceito de organização. 2. Conceito de cultura organizacional. 3. Clima organizacional. 4. Mudança da cultura e do clima organizacional. 5. Conceito de mudança. 6. O processo de mudança segundo Lewin. 7. Conceito de desenvolvimento. 8. Fases da organização. 9. Críticas às estruturas convencionais. Sistemas mecânicos e sistemas orgânicos Sistemas Mecânicos Sistemas Orgânicos • Ênfase nos cargos e nos indivíduos que os ocupam. • Ênfase nos relacionamentos entre e dentro dos grupos. • Relacionamento do tipo autoridade-dependência. • Confiança e crença recíprocas. • Rígida adesão à autoridade e responsabilidade dividida. • Interdependência e responsabilidade compartilhadas. • Divisão do trabalho e supervisão rígida. • Participação e responsabilidade grupal. • Processo decisório centralizado. • Processo decisório descentralizado. • Controle rigidamente centralizado • Compartilhamento de responsabilidade e de controle. • Solução de conflitos por meio de repressão e/ou hostilidade. • Solução de conflitos através de negociação ou solução de problemas. As Mudanças e a Organização 1. Um novo conceito de organização. 2. Conceito de cultura organizacional. 3. Clima organizacional. 4. Mudança da cultura e do clima organizacional. 5. Conceito de mudança. 6. O processo de mudança segundo Lewin. 7. Conceito de desenvolvimento. 8. Fases da organização. 9. Críticas às estruturas convencionais. O iceberg da cultura organizacional Aspectos formais e abertos: • • • • • • • Estrutura organizacional Títulos e descrições de cargos Objetivos e estratégias Tecnologia e práticas operacionais Políticas e diretrizes de pessoal Métodos e procedimentos Medidas de produtividade Componentes visíveis e publicamente observáveis, orientados para aspectos operacionais e de tarefas Aspectos informais e ocultos: • • • • • • • Padrões de influenciação e poder Percepções e atitudes das pessoas Sentimentos e normas de grupos Crenças, valores e expectativas Padrões informais de integração Normas grupais Relações afetivas Componentes invisíveis e cobertos, afetivos e emocionais, orientados para aspectos sociais e psicológicos O processo de mudança Descongelamento Velhas idéias e práticas são derretidas, abandonadas e desaprendidas Mudança Novas idéias e práticas são exercitadas e aprendidas Identificação Internalização Recongelamento Novas idéias e práticas são incorporadas definitivamente ao comportamento Suporte Reforço O campo de forças no processo de mudança Forças Positivas (apoio e suporte) Forças positivas à mudança são maiores do que as forças negativas Tentativa de mudança bem-sucedida Nova Situação Velha Situação Forças negativas à mudança são maiores do que as forças positivas Forças Negativas (oposição e resistência) Tentativa de mudança mal-sucedida Nova Situação Os tipos de mudança organizacional Mudanças na Estrutura Organizacional Redesenho da organização. Mudança do formato do trabalho. Nova configuração do negócio. Mudanças na Tecnologia Novos equipamentos. Novos processos de trabalho. Redesenho do fluxo de trabalho. Desempenho Organizacional Mudanças nos Produtos / Serviços Mudanças na Cultura Organizacional Novos produtos. Novos serviços. Desenvolvimento de produtos. Novos clientes. Novas atitudes, percepções, Expectativas. Nova mentalidade. Novas habilidades e competências. Novos resultados. Melhorado As etapas da mudança organizacional Forças Ambientais Competição globalizada, clientes, concorrentes, fornecedores, etc. Forças Internas Missão, objetivos, planos, problemas e necessidades da organização Necessidade de Mudança Diagnóstico da Mudança Implementação da Mudança Análise dos problemas e necessidades Definição das mudanças necessárias em tecnologias, produtos, estrutura e cultura Utilização da análise de campo de forças e táticas de ultrapassar a resistência à mudança As forças positivas e negativas à mudança Forças Impulsionadoras e Favoráveis • Desejo de mudar Forças Restritivas e Impeditivas Mudança + - • Vontade de manter o status quo • Vontade de melhorar Passagem • Novas idéias + • Inconformismo • Empreendedorismo - estado • Criatividade • Inovação de um + + para outro • Desejo de ficar • Velhas idéias • Conservantismo - • Rotina • Conformismo • Burocratismo Valores organizacionais Tópicos da Administração Tradicional Tópicos do Desenvolvimento Organizacional • Avaliação negativa das pessoas • Visão das pessoas como seres humanos • Visão do homem como um ser definitivo • Visão do homem como um ser em crescimento • Não aceitação das diferenças individuais • Aceitação e utilização das diferenças individuais • Ênfase nos cargos e não nas pessoas • Visão do indivíduo como uma personalidade • Supressão da expressão de sentimentos • Possibilidade de expressão dos sentimentos • Uso de máscara e representação • Adoção do comportamento autêntico • Uso do status para manter poder e prestígio • Desconfiança em relação às pessoas • Uso do status para atingir objetivos organizacionais • Confiança nas pessoas • Fuga à aceitação de riscos • Desejo e aceitação de riscos • Ênfase na competição entre as pessoas • Ênfase na colaboração entre as pessoas Fases da organização e críticas do DO Fases da Organização: 1. Fase pioneira. 2. Faz de expansão. 3. Fase de regulamentação. 4. Fase de burocratização. 5. Fase de reflexibilização. Críticas às estruturas convencionais: 1. O poder da administração frustra e aliena a pessoa. 2. A divisão do trabalho impede o compromisso emocional. 3. A autoridade única restringe a comunicação. 4. As funções permanentes tornam-se fixas e imutáveis. As características 1. Focalização na organização como um todo. 2. Orientação sistêmica. 3. Agente de mudança. 4. Solução de problemas. 5. Aprendizagem experiencial. 6. Processos de grupo e desenvolvimento de equipes. 7. Retroação. 8. Orientação contingencial. 9. Desenvolvimento de equipes. 10. Enfoque interativo. e objetivos do DO 1. Criação de um senso de identidade. 2. Desenvolvimento do espírito de equipe. 3. Aprimoramento da percepção comum. Processo de DO As oito etapas segundo Kotter: 1. Decisão da direção da empresa de utilizar o DO. 2. Diagnóstico inicial. 3. Colheita de dados. 4. Retroação de dados e confrontação. 5. Planejamento de ação e solução de problemas. 6. Desenvolvimento de equipes. 7. Desenvolvimento intergrupal. 8. Avaliação e acompanhamento. Em resumo: 1. 2. 3. Colheita de dados. 1. Decisão de utilizar o DO. 2. Diagnóstico inicial. 3. Colheita de dados. 4. Retroação de dados e confrontação. Diagnóstico. 1. Identificação dos problemas e conflitos. 2. Planejamento da ação e solução de problemas. Ação de intervenção. 1. Desenvolvimento de equipes. 2. Desenvolvimento intergrupal. 3. Avaliação e acompanhamento. As técnicas de DO Intra-organizacional Retroação de Dados Intergrupal Reuniões de Confrontação Intragrupal Consultoria de Processos Desenvolvimento de Equipes Interpessoal Análise Transacional Técnicas de DO Intrapessoal Treinamento da Sensitividade Fases do DO para Lawrence e Lorsch Diagnóstico Planejamento da Ação Implementação da Ação Avaliação Teoria 3D da eficácia gerencial de Reddin Habilidades gerenciais básicas: 1. Sensitividade situacional. 2. Flexibilidade de estilo. 3. Destreza de gerência situacional. Gerente Eficiente: Gerente Eficaz: • Faz as coisas de maneira certa. • Faz as coisas certas. • Resolve os problemas. • Produz alternativas criativas. • Cuida dos recursos. • Otimiza a utilização dos recursos. • Cumpre seu dever. • Obtém resultados. • Reduz custos. • Aumenta os lucros. Teoria 3D da eficácia gerencial de Reddin Relacionado Integrado Separado Dedicado Orientado para a Tarefa Insumo: • • • • • • • Manutenção de máquinas Atendimento de pacientes Concessão de créditos Educação rural Freqüência à igreja Mudança de atitude Jogar futebol com arte Produto: • • • • • • • Máquinas disponível para trabalho Pacientes curados Cobranças pontuais Aumento da colheita Vida cristã Mudança de comportamento Ganhar a partida Apreciação Crítica do DO 1. Aspecto mágico do DO. 2. Imprecisão no campo do DO. 3. Ênfase na educação “emocional”. 4. Aplicações distorcidas do DO. CONCLUSÃO: A escola Comportamental prosseguiu na análise das organizações por meio de conceitos relacionados com a estrutura informal, como comportamento, cultura, crenças e valores, relações interpessoais, atitudes e pelos desejos e expectativas de indivíduos e grupos. Nessa teoria, as pessoas são o ativo mais importante da organização. Abordagem Estruturalista No início do século XX, Max Weber, um sociólogo alemão, publicou uma bibliografia a respeito das grandes organizações de sua época. Deu-lhes o nome de burocracia e passou a considerar o século XX como o século das burocracias, pois achava que essas eram as organizações características de uma nova época, plena de novos valores e de novas exigências. A palavra burocracia vem do: francês - bureau (escritório) e do grego – krátos (poder) O termo latino burrus, usado para indicar uma cor escura e triste, teria dado origem à palavra francesa bure, usada para designar um tipo de tecido posto sobre as escrivaninhas das repartições públicas. Daí a derivação da palavra bureau, primeiro para definir as mesas cobertas por este tecido e, posteriormente, para designar todo o escritório. A palavra burocracia dá a idéia do exercício do poder, por meio dos escritórios e das repartições públicas. Abordagem Estruturalista O aparecimento das burocracias coincidem com o despontar do capitalismo, graças a vários fatores como: - Economia do tipo monetária; - Mercado de mão-de-obra; - Estado (modelo centralizado); - Necessidade de organizações justas e imparciais; - Necessidade de organizações mais bem planejadas; - Necessidade de organizações mais racionais. A abordagem estruturalista dá origem a Teoria da Burocracia e a Teoria Estruturalista. Abordagem Estruturalista Teoria da Burocracia Ênfase na estrutura Teoria Estruturalista Ênfase na estrutura, nas pessoas e no ambiente Abordagem Estruturalista Surge: a partir da era vitoriana (década de 40) como decorrência da necessidade que as organizações sentiram de ordem e de exatidão e das reivindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. Conceito: Visa tratar a organização sob o ponto de vista da estrutura, das pessoas e do ambiente Seguidores da Abordagem Estruturalista Max Weber Robert Merton James Burnham Alvin W. Gouldner Talcott Parsons Richard H. Hall Philip Selznick Nicos Mouzelis Amitai Etzioni Abordagem Estruturalista Teoria da Burocracia 1 - A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica quanto da Teoria das Relações Humanas, que não possibilitam uma abordagem global e integrada dos problemas organizacionais. 2 - A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes, e aplicável não somente à fábrica, mas a todas as formas de organização humana e principalmente às empresas. 3 - O crescente tamanho e complexidade das empresas passou a exigir modelos organizacionais mais bem definidos. 4 - O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber. Abordagem Estruturalista Teoria da Burocracia Weber identifica três tipos de sociedade: a. Sociedade tradicional: onde predominam características patriarcais e patrimonialistas, como a família, o clã, a sociedade medieval etc. b. Sociedade carismática: onde predominam características místicas, arbitrárias e personalísticas, como nos grupos revolucionários, nos partidos políticos, nas nações em revolução etc. c. Sociedade legal, racional ou burocrática: onde predominam normas impessoais e racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes empresas, nos estados modernos, nos exércitos etc. Abordagem Estruturalista Teoria da Burocracia Weber define autoridade como sendo a probabilidade de que um comando ou ordem específica seja obedecido. Ele define também diferentes tipos de autoridade: a. Autoridade tradicional: quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque essa sempre foi a maneira pela qual as coisas foram feitas. Divide em duas formas: a.1 Patrimonial, na qual os funcionários que preservam a dominação tradicional são os servidores pessoais do senhor – parentes, favoritos, empregados etc. – e são geralmente dependentes economicamente dele. a.2: Feudal, na qual o aparato administrativo apresenta maior grau de autonomia em relação ao senhor. b. Autoridade carismática: quando os subordinados aceitam as ordens do superior como justificadas, por causa da influência da personalidade e da liderança do superior com o qual se identificam. c. Autoridade legal, racional ou burocrática: quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque concordam com certos preceitos ou normas que consideram legítima e dos quais deriva o comando. c2007, Valentim Abordagem Estruturalista Teoria da Burocracia Segundo o conceito popular, a burocracia é entendia como uma organização onde o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo soluções rápidas ou eficientes. Para Weber é exatamente o contrário. Para ele burocracia é a organização eficiente por excelência. Weber apresenta as seguintes características: 1. Caráter legal das normas e regulamentos. 2. Caráter formal das comunicações. 3. Caráter racional e divisão do trabalho. 4. Impessoalidade nas relações. 5. Hierarquia de autoridade. 6. Rotinas e procedimentos padronizados. 7. Competência técnica e meritocracia. 8. Especialização da administração. 9. Profissionalização dos participantes. 10. Completa previsibilidade do funcionamento. Abordagem Estruturalista Teoria da Burocracia 1. Caráter legal das normas e regulamentos.É uma organização ligada por normas e regulamentos previamente estabelecidos por escrito. É baseada em legislação própria que define com antecedência como a organização deve funcionar. 2. Caráter formal das comunicações. A burocracia é uma organização ligada por comunicação escrita. Todas as ações e procedimentos são feitos por escrito para proporcionar a comprovação e documentação adequadas. 3. Caráter racional e divisão do trabalho. A Burocracia é uma organização que se caracteriza por uma sistemática divisão do trabalho. Esta divisão do trabalho atende a uma racionalidade, é adequada ao objetivo a ser atingido: a eficiência da organização. Abordagem Estruturalista Teoria da Burocracia 4. Impessoalidade nas relações. Essa distribuição das atividades é feita impessoalmente, ou seja é feita em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. 5. Hierarquia da autoridade. A burocracia é uma organização que estabelece os cargos segundo o princípio da hierarquia. Cada inferior deve estar sobre a supervisão de um superior. Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão. 6. Rotinas e procedimentos padronizados. A burocracia é uma organização que fixa as regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo. O ocupante de um cargo – o funcionário – não faz o que deseja, mas o que a burocracia impõe que ele faça. Abordagem Estruturalista Teoria da Burocracia 7. Competência técnica e meritocracia. A burocracia é uma organização na qual a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica. E não nas preferências pessoais. 8. Especialização da administração. A burocracia é uma organização que se baseia na separação entre a propriedade e a administração. Os membros do corpo administrativo estão separados da propriedade dos meios de produção. Em outros termos, os administradores da burocracia não são seus donos, acionistas ou proprietários. Abordagem Estruturalista Teoria da Burocracia 9. Profissionalização dos participantes. A burocracia é uma organização que se caracteriza pela profissionalização dos seus participantes. Cada funcionário é um profissional, pois: • É um especialista; • • • • • • • • É assalariado; É ocupante de cargo; É nomeado pelo supervisor hierárquico; Seu mandato é por tempo indeterminado; Segue carreira dentro da organização; Não possui a propriedade dos meios de produção e administração; É fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa; Administrador profissional tende a controlar cada vez mais as burocracias. 10. Completa previsibilidade do funcionamento. O modelo burocrático de Weber pressupõe que o comportamento dos membros da organização é perfeitamente previsível, pois todos os funcionários devem comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização. c2007, Valentim Abordagem Estruturalista Características da Burocracia A burocracia é baseada em: • • • • • • • • • • Caráter legal das normas Caráter formal das comunicações Divisão do trabalho Impessoalidade no relacionamento Hierarquização da autoridade Rotinas e procedimentos Competência técnica e mérito Especialização da administração Profissionalização Previsibilidade do funcionamento Conseqüências previstas: Previsibilidade do comportamento humano. Padronização do desempenho dos participantes. Objetivo: Máxima eficiência da organização. Abordagem Estruturalista Vantagens da Burocracia 1. Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização. 2. Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres. 3. Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem e as ordens e papéis tramitam através de canais preestabelecidos. 4. Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita. 5. Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, a redução de custos e erros, pois as rotinas são definidas por escrito. 6. Continuidade da organização por meio da substituição do pessoal que é afastado. Abordagem Estruturalista Vantagens da Burocracia 7. Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece o que é exigido dele e quais os limites entre suas responsabilidades e as dos outros. 8. Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados entre suas responsabilidades e as dos outros. 9. Confiabilidade, pois o negócio é conduzido através de regras conhecidas, e os casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma maneira sistemática. 10. Benefícios para as pessoas na organização, pois a hierarquia é fomalizada, o trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se tornarem especialistas, podendo encarreirar-se na organização em função de seu mérito pessoal e competência técnica. Abordagem Estruturalista Características da Burocracia Disfunções da Burocracia 1. Caráter legal das normas 1. Internalização das normas 2. Caráter formal das comunicações 2. Excesso de formalismo e papelório 3. Divisão do trabalho 4. Impessoalidade no relacionamento 3. Resistência a mudanças 5. Hierarquização da autoridade 6. Rotinas e procedimentos 7. Competência técnica e mérito 8. Especialização da administração 9. Profissionalização 4. Despersonalização do relacionamento 5. Categorização do relacionamento 6. Superconformidade 7. Exibição de sinais de autoridade 10. Previsibilidade do funcionamento 8. Dificuldades com clientes Previsibilidade do funcionamento Imprevisibilidade do funcionamento Abordagem Estruturalista Teoria da Burocracia Período: 1940 Princípios: • Modelo Racional • Complexidade das empresas • Sociedade legal • Formalização • Hierarquia e autoridade • Meritocracia Weber/ Merton Ênfase na eficiência da estrutura • Caráter legal das normas • Rotinas e procedimentos • Previsibilidade do funcionamento • Organização formal Surgem Estudos: • Autoridade organizacional • Rotinas e procedimentos padronizados • Comunicação formalizada • Racionalidade de processos • Normalização e especificações Críticas: • Excesso de formalismo • Ênfase nos cargos • Excesso de exigências • Processos lentos Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração A origem da Teoria Estruturalista na Administração ocorreu ao final como um desdobramento da Teoria da Burocracia e de uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas. A Teoria Estruturalista, portanto, é uma tentativa de reunir aspectos relevantes das abordagens Clássicas e Humanística. Alguns aspectos importantes: 1. A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas; 2. A necessidade de visualizar “a organização como uma unidade complexa, onde interagem grupos sociais” que compartilham alguns objetivos da organização, mas que podem incompatibilizar com outros; 3. A influência do estruturalismo nas Ciências Sociais e sua repercussão no estudo das organizações; 4. Novo conceito de estrutura. O estruturalismo está voltado para o todo e para o relacionamento das partes da constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o o todo é maior do que a simples soma das partes são as características básicas do estruturalismo. Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração Sociedade de Organizações Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organização das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. As organizações passaram por um processo de desenvolvimento ao longo de quatro etapas, a saber: 1. Etapa da natureza; 2. Etapa do trabalho; 3. Etapa do Capital; 4. Etapa da Organização. Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração 1. Etapa da natureza: É a etapa inicial, na qual os fatores naturais, ou seja, os elementos da natureza, constituíam a base única de subsistência da Humanidade. O papel do capital e do trabalho é irrelevante nessa etapa da história da civilização. 2. Etapa do trabalho: A partir da natureza, surge um fator perturbador que inicia verdadeira revolução no desenvolvimento da Humanidade: o trabalho. O trabalho passa a condicionar as formas de organização da sociedade. Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração 3. Etapa do capital: O capital prepondera sobre a natureza e o trabalho, tornando-se um dos fatores básicos da vida social. 4. Etapa da organização: A natureza, o trabalho e o capital se submetem à organização. A organização, sob uma forma rudimentar, já existia desde os primórdios da evolução humana, do mesmo modo que o capital existira antes da fase capitalista. Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração As Organizações Constituem a forma dominante de instituição da moderna sociedade: são a manifestação de uma sociedade altamente especializada e interdependente que se caracteriza por um crescente padrão de vida. As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas. Cada organização é limitada por recursos escassos e, por isso, não pode tirar vantagens de todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a melhor alocação de recursos. A eficiência é obtida quando a organização aplica seus recursos naquela alternativa que produz o melhor resultado. Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração O Homem Organizacional O homem que desempenha diferentes papéis em várias organizações. O homem organizacional necessita ter as seguintes características: 1. Flexibilidade - em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna, bem como da diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações. 2. Tolerância às frustrações – para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais. 3. Capacidade de adiar as recompensas – e poder compensar o trabalho rotineiro dentro da organização, em detrimento das preferências e vocações pessoais por outros tipos de atividade profissional. 4. Permanente desejo de realização – para garantir a conformidade e a cooperação com as normas que controlam e asseguram o acesso às posições de carreira dentro da organização, proporcionando recompensas e sansões sociais e materiais. c2007, Valentim Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração Envolve 1. Tanto a organização formal como a organização informal; 2. Tanto as recompensas salariais e materiais como as recompensas sociais e simbólicas; 3. Todos os diferentes níveis hierárquicos de uma organização; 4. Todos os diferentes tipos de organizações; 5. A análise intra-organizacional e a análise interorganizacional. Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração Envolve 1. Abordagem múltipla: organização formal e informal Os estruturalistas não alteram os conceitos da organização formal e informal (formal tudo o que estiver expresso no organograma como hierarquia, regras, regulamentos, controle de qualidade e informal as relações sociais). A Teoria Estruturalista tentar encontrar o equilíbrio entre os elementos racionais e não racionais do comportamento humano que constitui o ponto principal da vida, da sociedade e do pensamento moderno. 2. Abordagem múltipla: recompensas materiais e sociais O significado das recompensas salariais e sociais e tudo que se inclui nos símbolos de posição (tamanho da mesa ou do escritório, carros da companhia, etc.) é importante na vida de qualquer organização. Embora as recompensas sociais sejam importantes, elas não diminuem a importância das recompensas materiais e salariais. Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração Envolve 3. Abordagem múltipla: os diferentes enfoques da organização Para os estruturalistas, as organizações podem ser concebidas segundo duas diferentes concepções: 3.1 Modelo racional da organização: Concebe a organização com um meio deliberado e racional de alcançar metas conhecidas. Os objetivos organizacionais são explicitados – como a maximização dos lucros – e todos os aspectos e componentes da organização são escolhidos em função de sua contribuição ao objetivo e as estruturas organizacionais são cuidadas para atingir a mais alta eficiência, os recursos são adequados e alocados de acordo com um plano diretor, todas ações são apropriadas e iniciadas por planos e seus resultados devem coincidir com os planos. 3.2 Modelo natural de organização: Concebe a organização como um conjunto de partes independentes que constituem o todo: cada parte contribui com algo e recebe algo do todo, o qual, por sua vez, é interdependente com uma ambiente mais amplo. O objetivo básico é a sobrevivência do sistema. Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração Envolve 4. Abordagem múltipla: os níveis da organização As organizações caracterizam-se por uma hierarquia de autoridade, isto é, pela diferenciação de poder. São considerados três níveis organizacionais: 4.1 Nível Institucional: É o nível organizacional mais elevado, composto dos dirigentes ou de altos funcionários. É também denominado nível estratégico, pois é responsável pela definição dos principais objetivos e das estratégias organizacionais. 4.2 Nível Gerencial: É o nível intermediário, situado entre o institucional e o técnico, cuidando do relacionamento e da integração desses dois níveis. Uma vez tomadas as decisões no nível institucional, o nível gerencial é o responsável pela sua transformação em planos e em programas para que o nível técnico os execute. 4.3 Nível Técnico: É o nível mais baixo da organização. Também denominado nível operacional, é o nível em que as tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos e as técnicas são aplicadas. Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da Administração Envolve 5. Abordagem múltipla: a diversidade de organizações Enquanto a Administração Científica e a Escola das Relações Humanas focalizaram as fábricas, a abordagem estruturalista ampliou o campo da análise da organização, a fim de incluir outros tipos diferentes de organizações além das fábricas: organizações pequenas, médias e grandes, públicas e privadas, empresas dos mais diversos tipos (industriais, comerciais, de serviços, agrícolas, etc.), organizações militares, organizações religiosas, organizações filantrópicas, partidos políticos, prisões, sindicatos, etc. 6. Abordagem múltipla: análise interorganizacional Além da análise interna das organizações, os estruturalistas passam a preocupar-se com aspectos interorganizacional. A análise organizacional passa a ser feita através de uma abordagem múltipla, ou seja, através das análises intra-organizacional (fenômenos internos) e interorganizacional (fenômenos externos). Abordagem Estruturalista Teoria Estruturalista da ADM Período: 1950 Princípios: • Convergência de várias abordagens divergentes • Integrativa e Conflito (Tendências teóricas) • Análise organizacional mais ampla Etzioni/ Blau e Scott Ênfase na estrutura organizacional, nas pessoas e no ambiente • Organizações formais e informais • Organizações complexas • Homem organizacional Surgem Estudos: • Ambiente interno e externo • Conflitos organizacionais • Análise organizacional • Homem organizacional • Sistema Social Críticas: • Teoria de transição (para a teoria de sistemas) ORIGEM DA TEORIA ESTRUTURALISTA Estruturalismo: representa uma nova visão com o surgimento da Escola Sistêmica. Maior pensador: Amitai Etzioni Foco: Estudo da organização em sentido amplo e integral, levando em conta todos os fatos que influem, tanto internos como externos, e submetendo-os a uma análise comparativa global. Implica: reconhecer que fenômenos organizacionais se interligam, interpenetram e interagem de tal modo que qualquer modificação ocorrida em uma parte da organização afeta todas as outras partes CRÍTICAS À ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS Insuficiência de variáveis de estudo Ausência de relacionamento dessas variáveis com outras muito importantes para as organizações Com relação ao comportamentalismo e à dinâmica de grupo: A participação nas decisões Pequenos grupos informais foram estudados sem levar em conta a sua relativa importância ORGANIZAÇÕES E PODER (1 ) Etzione desenvolveu tipologia e examinou como o envolvimento individual com uma organização e o tipo de poder predominante interagem para explicar o consentimento ao poder Tipos de poder nas organizações: Coercitivo (sanções físicas) Remunerativo (controle de recursos econômicos) Normativo ou poder moral e social (manipulação de recompensas simbólicas) ORGANIZAÇÕES E PODER (2) Envolvimento do indivíduo com a organização pode ser: (a) alienado; (b) calculativo (c) moral. Organizações sob pressões por eficácia tendem a elevar sua estrutura de conformidade de incongruentes para congruentes RELAÇÃO ENTRE TIPOS DE PODER E ENVOLVIMENTO Tipo de Organização Envolvimento Normativa Comprometimento Envolvimento moral e aceitação social (entidades religiosas, justiça, polícia, advogados) Calculativo Remunerativa Recompensas materiais (industrias, laboratórios) Coercitiva Alienado Coercitivo Remunerativo Poder Moral Coerção e alta alienação (campos de concentração, prisões, hospitais de doentes mentais) TIPOS DE ORGANIZAÇÕES (Segundo Blau e Scott) Baseada: nas características e considerações dos beneficiários principais da existência da organização Categorias de beneficiários: (a) Participantes; (b) Mandatários; (c) Clientes; (d) Público em geral Tipos de organização / beneficiários: Associações de benefícios mútuos: participantes (cooperativas, consórcios, sindicatos, associações profissionais) Organizações de interesses comerciais: Proprietários, acionistas, investidores (empresas privadas) Organizações de serviços: clientes e sociedade (hospitais, universidades, escolas, agências sociais, organizações religiosas) Organizações de Estado: cidadãos e o público em geral (correios, instituições jurídicas, saneamento e iluminação pública) ASPECTOS PRINCIPAIS DO ESTRUTURALISMO A organização é concebida como um sistema social aberto e deliberadamente construído; Os conflitos são considerados inevitáveis e até muitas vezes desejáveis na relação empresa-empregado Incentivos mistos são recomendados (não apenas materiais) O sentido do “homem organizacional” em contraposição ao “homem administrativo”, do comportamentalismo, ao “homem social”, da dinâmica de grupo e ao “homem econômico”, da administração científica, de Taylor. São visados “resultados máximos”, à semelhança da Escola Clássica, em oposição ao comportamentalismo, que visa “resultados satisfatórios” O PAPEL DO CONFLITO NO ESTRUTURALISMO (1) Dependência do homem: das organizações ao longo da vida Organizações esperam: conformismo total às regras e decisões O conflito é considerado um processo fundamental e válido. Traz à tona frustrações e desinteligências na organização. Refuta a visão harmônica das escolas anteriores. Conflito (conceito): é toda e qualquer espécie de oposição ou interação antagônica entre duas ou mais pessoas ou partes O PAPEL DO CONFLITO NO ESTRUTURALISMO (2) Tipos mais comuns de conflito: Segundo Etzioni: entre autoridade especialista (conhecimento) e autoridade administrativa (hierarquica) Segundo Blau e Scott: (a) entre organização formal e a informal; (b) no relacionamento entre clientes e a organização Dilemas: São escolhas dentre alternativas, em que algum objetivo muito importante será desprezado em benefício de outro. Tipos de dilemas: (a) entre coordenação e comunicação; (b) entre disciplina burocrática e conhecimento profissional; (c) entre necessidade de planej. centralizado e iniciativa individual CRÍTICAS E COMENTÁRIOS AO ESTRUTURALISMO Críticas: Não é uma corrente específica ou individualizada Omissa ou escassez de alusão em textos gerais de Administração Comentários: É uma teoria de transição que visava sintetizar proposições válidas das correntes administrativas até então existentes Deu origem ao desenvolvimento organizacional Contribuição maior foi a interdependência dos elementos internos e externos encerrando a o predomínio da escola das Relações Humanas BIBLIOGRAFIA BÁSICA CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da Administração. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 634p. LODI, J. B. História da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. 217p. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2004. 521p. Para a próxima aula ... • Ler os capítulos 1 e 2 do livro “O monge e o executivo” • Trabalho manuscrito a ser enviado Fechar os conceitos Obrigado