Função Compras
• A área de Compras é a principal responsável
pela inter-relação entre os fornecedores e a
área operacional da empresa
• Portanto, dentro do conceito de Cadeia de
Suprimentos, a área de compras exerce uma
função de estabelecimento de elo (ligação)
entre as partes da cadeia
Variáveis chaves da Função
Compras
•
•
•
•
•
Qualidade
Quantidade
Tempo
Preço
Escolha do fornecedor
QUALIDADE
• A ser entendido como “especificação”
do produto fornecido
• Ou como “qualificação” do fornecedor
para produzir a qualidade desejada
• Desenvolver fornecedores que
respondam à necessidades específicas
– um fornecedor especializado em
atender a sua demanda
QUALIDADE
• A eliminação de atividades internas, tais
como inspeções no recebimento, refugos
devido à qualidade, trazem ganhos
significativos em tempo, consumo e pessoal
• Num âmbito maior, a Garantia da Qualidade
deve ser entendida com princípio básico da
relação de parceria e formação de uma
Cadeia de Suprimento
QUALIDADE
• Conceito de “Garantia da Qualidade”
substituindo o conceito de “Controle da
Qualidade”
• O Controle da Qualidade remete a idéia de
inspeção
• A Garantia da Qualidade (ou Asseguramento
da Qualidade) dá idéia de ações pró-ativas
em relação à qualidade
QUALIDADE
Qualidade de Conformidade
• a empresa compradora deixa bem clara
o que ela quer e como deve ser feito o
material a ser fornecido;
• o fornecedor se limita a atender o
pedido do comprador, sem buscar
alternativa
QUALIDADE
• nesse caso, a especificação é do produto
(material), e não dá aplicação (desempenho)
• o comprador verifica através de
inspeção/auditoria a se o fornecedor
forneceu o material de acordo com a
especificação
• Essa relação é caracterizada pelas práticas
de padronização
QUALIDADE
Qualidade de Desempenho
• o comprador dá as características de
desempenho que deseja encontrar no
produto/material, e o fornecedor tem
uma certa liberdade para buscar formas
alternativas
QUALIDADE
• dessa forma, o comprador diz o que ele
espera, e o fornecedor
procura/pesquisa/desenvolve como pode
fazer, incidindo sobre a forma final do produto
– participa do projeto do produto
• caracteriza-se uma relação de parceria, e até
mesmo de projeto conjunto, com interesses
comuns; nesse caso, a especificação é da
aplicação que vai ser dado ao produto, e não
do produto em si e o material que ele é
composto
QUALIDADE
• Padronização – formulação e adoção de
sistemática de padrões – procedimentos
operacionais e administrativos
• Normalização – padronização seguindo uma
norma
• ISO 9000 – e séries, bem como outras
normas ISO, estabelecem requisitos de
qualidade, aos quais a empresa certificada
deve estar em conformidade
QUANTIDADE
Quantidade comprada:
• Formar estoque e aproveitar descontos
• Uso direto na produção
Tendência:
• Reduzir estoques
• Comprar para uso direto
Problemática
• Estoque representa segurança da cadeia
produtiva
• Custos incorrentes da não produção ou não
entrega podem ser maior do que o custo
financeiro do capital investido no estoque
QUANTIDADE
Controle de Estoque
• O estoque representa um item expressivo do
ativo A redução de estoques propicia
disposição de capital de giro ou capital para
investimento
• O estoque tem um custo financeiro – juros
• O ideal é gerar receita o mais rápido –
aumentar o giro de estoque
QUANTIDADE
•
•
•
•
•
Controle de Estoque
Atende exigências de última hora
Reduz custo de compra – grande quantidade
Facilita a correção de erros de planejamento
de produção
Facilita a produção uniforme e o uso de
capacidade produtiva instalada
Amortiza efeitos de flutuação ou pertubações
do mercado
QUANTIDADE
•
•
•
•
•
Meta
diminuir estoques sem diminuir os serviços
Abordagens
Organizar itens, com seus valores e
características de fornecimento
Reduzir tempo de pedido e de processos para
que as quantidades sejam menores
Fazer previsões mais eficientes
Melhor planejamento de produção e suprimento
QUANTIDADE
• Lote econômico – tamanho de lote a ser
produzido, de forma a ter menor custo
• Nível de serviço – capacidade de
atendimento e reposição de estoque de
pronta entrega
• Giro de estoque – tempo médio que um
item fica parado em estoque ou giro do
capital investido em estoque
QUANTIDADE
Problemática:
• A quantidade do Lote Econômico pode
ser diferente do fluxo de reposição que
define o Nível de Serviço
• Um Nível de Serviço Alto pode estar
relacionado à um Giro de Estoque
Baixo
TEMPO
VANTAGEM COMPETITIVA
• Empresas que podem reagir
prontamente às necessidades de seus
clientes tem maior probabilidade de
atrair pedidos – flexibilidade
• A variável tempo é essencial para
minimizar o desperdício na cadeia de
suprimentos
TEMPO
VANTAGEM COMPETITIVA
• A questão do TEMPO pode ser tão ou
mais importante que a questão do
PREÇO
• Seus principais ganhos aparecem na
velocidade de atendimento dos
pedidos, confiabilidade no fornecimento
e flexibilidade operacional da produção
TEMPO
•
•
•
•
CONFIABILIDADE
Entrega no tempo certo e na quantidade certa
com qualidade certa
Uma entrega depois do prazo paralisa a
cadeia de suprimentos, parando a produção,
entrega, atendimento ao cliente
Uma entrega antes do prazo gera custos de
estocagem, armazenagem, juros de capital
parado em estoque
A confiabilidade é essencial para realizar
planejamento de abastecimento e trabalhar
com estoques mínimos
TEMPO
O tempo gera custo, representado por gastos
adicionais que devem arcar enquanto espera
ou busca alternativas:
• Custo de uma venda perdida
• Custo de uma produção parada
• Custo de hora/máquina ou hora/homem não
utilizado
• Custo de estoques intermediários
• etc
TEMPO
Pedido
Entrega
Tempo
Lead time
Tempo decorrido entre o início e o fim de um processo
TEMPO
• Lead-Time – tempo de entrega de um pedido;
ou tempo de fluxo
• Lead-Time de produção – tempo para realizar
o beneficiamento do produto
• Lead-Time de movimento – tempo para
realizar as atividades de apoio: espera,
processamento e transporte
• Set-up – tempo de preparação da máquina,
equipamento ou sistema de produção
TEMPO
Seqüenciamento de atividades
• Busca seqüenciar as diferentes atividades do
projeto de forma que cada uma delas tenha
seu início e conclusão encadeados com as
demais atividades que estarão ocorrendo em
seqüência e/ou paralelo com a mesma.
• A técnica mais empregada para planejar,
seqüenciar e acompanhar projetos é a técnica
conhecida como PERT/CPM (Program
Evaluation and Review Technique / Critical
Path Method)
TEMPO
• Esta técnica, permite que os administradores
tenham:
– Uma visão gráfica das atividades que compõem o
processo;
– Uma estimativa de quanto tempo o processo
consumirá;
– Uma visão de quais atividades são críticas para o
atendimento do prazo de conclusão do processo;
– Uma visão de quanto tempo de folga dispomos
nas atividades não-críticas, o qual pode ser
negociado no sentido de reduzir a aplicação de
recursos, e conseqüentemente custos.
TEMPO
A rede PERT/CPM
• Uma rede PERT/CPM é formada por um conjunto
interligado de setas e nós.
– As setas representam as atividades do processo que
consomem determinados recursos (mão-de-obra,
máquinas, etc.) e/ou tempo, já os nós representam o
momento de início e fim das atividades, os quais são
chamados de eventos.
– Os eventos são pontos no tempo que demarcam o
processo e, diferente das atividades, não consomem
recursos nem tempo.
– Os nós são numerados da esquerda para a direita e
de cima para baixo. O nome da atividade aparece em
cima da seta e sua duração em baixo. A direção da
seta caracteriza o sentido de execução da atividade.
TEMPO
Rede PERT/CPM
2
A
Cada ligação entre o nó
inicial e o final é
chamada de caminho.
C
7
4
F
5
10
D
1
6
5
B
6
3
E
9
G
4
5
TEMPO
Cálculo dos tempos da rede
• Para cada nó ou evento de uma rede que representa
um processo podemos calcular dois tempos que
definirão os limites no tempo que as atividades que
partem deste evento dispõem para serem iniciadas.
– O Cedo de um evento é o tempo necessário para
que o evento seja atingido desde que não haja
atrasos imprevistos nas atividades antecedentes
deste evento.
– O Tarde de um evento é a última data de início
das atividades que partem deste evento de forma
a não atrasar a conclusão.
TEMPO
Cálculo dos tempos da rede
10
10
2
A
0
0 1
C
7
4
17
17
F
5
10
D
5
B
6
6
9
3
E
9
6
G
4
5 15
18
22
22
Cedo
Tarde
TEMPO
Caminho Crítico
• O caminho crítico é a seqüência de
atividades que possuem folga total
nula (conseqüentemente as demais
folgas também são nulas) e que
determina o tempo total de duração
.
TEMPO
Caminho Crítico
• As atividades pertencentes ao
caminho crítico são chamadas de
atividades críticas, visto que as
mesmas não podem sofrer atrasos,
pois caso tal fato ocorra, o
processo como um todo sofrerá
este atraso.
TEMPO
Caminho Crítico
• A identificação do caminho crítico é
de fundamental importância para o
gerenciamento, pois se pode
concentrar seus esforços para que
estas atividades tenham prioridade
na alocação dos recursos
produtivos.
TEMPO
Caminho Crítico
• Já as atividades não críticas, como
possuem folga, permitem certa margem
de manobra, porém se uma delas
consumir sua folga total passará a gerar
um novo caminho crítico que merecerá
atenção. Existem situações em que toda
a rede é crítica, e qualquer desvio do
planejado refletirá no prazo de conclusão.
Exemplo: Um pedido para a fabricação de um
lote de equipamentos foi recebido. Isso
envolve a preparação de desenhos e de
ordens de serviço detalhados, a compra de
peças e materiais, usinagem, trabalho de
montagem, teste e embarque
Os tempos para cada atividade são
mostrados na tabela abaixo
As atividades envolvidas e suas durações em semanas são:
• Preparação de desenhos e ordens de serviços
3
• Compra de fundidos
5
• Compra de forjados
6
• Compra de peças para montagem
2
• Compra de engradados e material de embalagem
4
• Retirada do estq. de barras de ferros das lojas
0
• Usinagem de fundidos
3
• usinagem de forjados
3
• Usinagem das barras de ferro
1
• Montagem
2
• Teste
1
• Embalagem e embarque
1
TEMPO
Questões
• Desenhe a rede para as atividades citadas
• Se o tempo de início for 0, qual o tempo máximo
para que os fundidos estejam disponíveis para
usinagem de maneira que o lote seja concluído
em tempo?
• Na semana 6, um grande incêndio destrói as
instalações do fabricante de engradados,
significando que o departamento de compras
precisa encontrar uma nova fonte de
suprimento. Quanto tempo será necessário para
a obtenção dos engradados?
TEMPO
Exercício Proposto: Um pedido para a
fabricação de um lote de sapatos
foi recebido. As atividades e os
tempos para cada atividade são
mostrados na tabela adiante;
monte o diagrama e responda as
perguntas propostas:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
TEMPO
Preparação de ordens de serviços – 1 dia
Compra de borracha para solas – 3 dias
Compra de couro – 3 dias
Compra de linha – 6 dias
Compra de embalagem – 4 dias
Corte da borracha – 2 dias
Conformação da sola – 3 dias
Corte de couro – 2 dias
Costura de couro – 4 dias
Montagem/colagem – 3 dias
Embalagem - 1 dia
Entrega – 1 dia
TEMPO
Pergunta-se:
1. Qual o lead time para essa fabricação de sapatos?
2. Qual o dia máximo que a borracha tem que estar
disponível para o corte/
3. Se no 5 dia o fornecedor de embalagens cancelasse o
fornecimento, quantos dias o setor de compras teria pra
arrumar um novo fornecedor?
4. Se conseguíssemos, através de investimentos em
máquinas ovas e ais rápidas, diminuir o tempo de
conformação para 1 dia, qual seria o ganho de tempo?
5. Em qual dos 4 processos seria interessante o investimento
em redução de tempo?
6. Em qual(is) pontos voce indicaria o uso de estoque
intermediários?
Download

variaveis