HEMORRAGIA DIGESTIVA Delvone Almeida HD – Sítios de Sangramento HDA – Esôfago – Estômago – Duodeno HDB – Delgado – Colon, Reto e Ânus HEMORRAGIA DIGESTIVA HDA – Varicosa – Não Varicosa HDB – Hematoquezia – Enterorragia APRESENTAÇÃO CLINICA Hematêmese Melena – 50 a 100ml de sangue podem produzíi-la Enterorragia (ou hematoquezia) Oculta Hemorragia Digestiva Mortalidade e Morbidade Manejo Correto Historia clínica e exame físico ompletos Medidas especificas de reanimação Solicitação de exames auxiliares Atos que se realizam simultaneamente Hemorragia Digestiva Objetivos – Estabilizar hemodinamicamente o paciente – Definir critérios prognósticos ATENDIMENTO INICIAL Medidas Especificas (Reanimação Cardio-Circulatória) – Acesso a veia periférica adequada ou veia central (choque hipovolêmico) – Oxigenioterapia Pacientes idosos Hemodinamicamente instáveis Hemoglobina menor do que 10,0gr% Doença Coronariana – Monitorização de Funções Vitais ATENDIMENTO INICIAL Dieta Zero Proteger vias aéreas de aspiração Uso de SNG e lavagem gástrica controverso ATENDIMENTO SEQUENCIAL Diagnóstico Clínico Endoscópico Cirúrgico Tratamento Medicamentoso Monitorização Reanimação Hemorragia Auto -Limitada (80%) Sangramento Persistente (20%) EDA de Urgência Endoscopia dentro de 24h Terapia Definitiva (S/N) Sitio localizado Terapia Definitiva Sitio Não Localizado Procedimentos Específicos REPOSIÇÃO SANGUĺNEA Importância da história e do exame físico – Historia prévia de anemia – Doença Coronariana Hemograma e hematócrito Achados à Endoscopia AVALIAÇÃO DA PERDA SANGUĺINEA Quantidade Pressão Arterial Sistólica Pulso Perda Pequena S/ Repercussão S/ Repercussão <1000ml Moderada 90-100mmHg 100 10001500ml Maciça <90mmHg 120 >1500ml Critérios Clínicos de Alto Risco Idade acima de 60 anos Doenças graves associadas Hospitalizações frequentes Hematemese ou enterorragia de vulto Melena persistente Hipotensão ortostática Pressão sistólica < 100 mm HG Pulso > 100 bpm Ressangramento Transfusões - >4U nas primeiras 24h e acima de 8 após ressangramento TESTES DIAGNÓSTICOS 1 – Endoscopia EDA Enteroscopia Colonoscopia Cápsula 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros TESTES DIAGNÓSTICOS 1 – Endoscopia EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Capsula 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros TESTES DIAGNÓSTICOS 1 – Endoscopia EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Capsula 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros TESTES DIAGNÓSTICOS 1 – Endoscopia EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Capsula 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros TESTES DIAGNÓSTICOS 1 – Endoscopia EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Cápsula 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros CAPSULA ENDOSCÓPICA TESTES DIAGNÓSTICOS 1 – Endoscopia EDA CPRE Enteroscopia Colonoscopia Capsula 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros TESTES DIAGNÓSTICOS 1 – Endoscopia EDA CPGE Enteroscopia Colonoscopia Capsula 2 – Enema opaco 3 – Imagens radionucleares 4 – Angiografia 5 – Outros HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA Incidencia de 50-100 por 100.000 h/ano Mortalidade – 4 a 10% Aumenta com a idade Auto-limitada em 80% HDA - ETIOLOGIA Freqüentes Menos freqüentes Raras •Úlcera gástrica •Úlcera de esôfago • Dieulafoy •Úlcera duodenal •Duodenite erosiva • Ectasias vasculares •Varizes de esôfago • Gastropatia hipertensiva •Fistula aorto/ •Mallory-Weiss entérica • Neoplasias •Hemobilia • Esofagite •Crohn • Gastrite erosiva •Não identificada Longstreth GF Epidemiology of upper GI bleeding Am J Gastroenterol 90:206 1995 HDA - ETIOLOGIA Patologia Incidência % Úlcera duodenal Varizes esofágicas Ulcera gástrica Lesão aguda de Muc. Gas. Mallory Weiss Blastomas Esofagite Ulcera de anastomose Outras Não determinadas 31.4 % 24.3 % 15,0 % 12.2 % 3.4 % 3.3 % 2.8 % 1.3 % 1.7 % 4.6 % Luna e cols. Sobed – Terceira edição – 2000 Estudou 5.345 pacientes Hospital do Andarai, 75-88 RJ CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA ESOFAGITE Responde por 3% das HDAs Sangramento discreto Tratamento com IBP e medidas anti-refluxo Poucas opções endoscópicas de tratamento DRGE – Hernia de Hiato Esofagite CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA VARIZES •Responde por 24% das HDAs •Variável conforme a região •Grandes perdas •Imediata abordagem endoscópica •Opção de tratamento: • Balão de S. Blackmore VARIZES ESOFÁGICAS TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DAS VARIZES DE ESÔFAGO ESCLEROSE TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DAS VARIZES DE ESÔFAGO LIGADURA ELÁSTICA CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA GASTRITES Etanol AAS Antiinflamatórios Stress Sangramento discreto Boa resposta aos IBPs CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA MALLORY WEISS Responde por 5-10% das HDA Apenas 30% tem história de vômito Para espontaneamente em 80-90% Tratamento: Endoscópico Cirurgia CAUSAS ESPECĺFICAS DE HDA ULCERA GÁSTRICA E DUODENAL 50% das HDA Mais frequente - UD Diminuição da incidência Fatores predisponentes H.pylori AINES Etanol Anticoagulante A maioria pára espontaneamente Ressangramento Importância aspecto endoscópico Tamanho Vaso visível Coágulo aderente FREQUÊNCIA DOS ESTIGMAS ENDOSCÓPICOS E INCIDÊNCIA DE RESSANGRAMENTO Estigmas Incidência % Sangramento em jato Vaso visível vermelho Coágulo aderido Sangramento babando Coágulo plano Base limpa Ressangramento % 8 – 15 26-55 10-18 10-20 12 36 > 90 30-51 25-41 20-30 0-5 0-2 Luna e cols SOBED – Terceira Edição - 2000 TRATAMENTO DA HDA POR ÚLCERA GÁSTRICA OU DUODENAL Soluções usadas na terapia por injeção em úlceras hemorrágicas Solução Álcool absoluto Etanolamina ( 1 a 5%) Polidocanol a 1 % Adrenalina 1: 10000 Mecanismo de ação Volume Desidratação e fixação 1 a 4 ml Trombose + lesão da íntima idem Vasoconstrição e agregação plaquetária 5 a 20 ml 5 ml 5 a 50 ml TRATAMENTO DA HDA POR ULCERA GASTRICA OU DUODENAL TERAPEUTICA FARMACOLÓGICA Ocreotideo Somatostatina Vasopressina Secretina Antagonista dos receptores H2 Antifibrinoliticos Prostaglandinas Inibidores da Bomba de Protons (IBP) HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA Varia de moderada a severa (choque) Na maioria da vezes auto-limitada Hospitalizações correspondem a 1/3 das HDs Incidência > em homens (diverticulose /d. vascular) Abordagem inicial é semelhante a HDA HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA ABORDAGEM DIAGNÓSTICA E TERAPEUTICA Historia e exame físico Anuscopia e retossigmoidoscopia flexível Colonoscopia Angiografia Cirurgia HDB – ETIOLOGIA COMUNS Diverticulose Hemorróidas Ectasias vasculares HDB – ETIOLOGIA COMUNS Internas •Diverticulose •Hemorroidas •Ectasias vasculares Externas HDB – ETIOLOGIA COMUNS Diverticulose Hemorróidas Ectasias vasculares HDB – ETIOLOGIA POUCO FREQUENTE •Neoplasia – Pólipos •D.I.I. •Delgado • Angiodisplasias • D. Meckel • Crohn • Fístula HDB – ETIOLOGIA POUCO FREQUENTE •Neoplasia – Pólipos •D.I.I. •Delgado Angiodisplasias D. Meckel Crohn Fístula Crohn R.C.U. I. HDB – ETIOLOGIA RARAS •Úlceras de colon •Varizes de reto HDB – TERAPÊUTICA ENDOSCOPICA Injeção de ag. esclerosantes Injeção de adrenalina Ligadura elástica Heater probe Laser Plasma de argônio CONCLUSÕES 1 – Abordagem inicial deve ser voltada as condições hemodinâmicas 2 – A endoscopia é o procedimento de escolha para o diagnóstico inicial 3 - Métodos alternativos para diagnóstico e tratamento deverão ser individualizados 4 – Valorizar sempre o menor sinal de hemorragia digestiva