is
na
io
ac
uc
ed
s
fin
ra
pa
a
siv
clu
ex
é
tig
o
A
ut
iliz
aç
ão
de
st
e
ar
Nas décadas de
1970 e 1980, o basquete masculino
desfrutava de uma
posição privilegiada no Brasil. Era
o segundo esporte mais badalado do
País, atrás apenas do futebol, e possuía
uma legião de fãs. O auge aconteceu
em 1987, nos Jogos Pan-Americanos de
Indianápolis, nos Estados Unidos, quando a seleção nacional, comandada por
Oscar "Mão Santa" Schmidt, conquistou a medalha de ouro, derrotando os
anfitriões. Depois disso, a bola ao cesto
viveu de altos e baixos até que, em 1995,
mergulhou no ostracismo. Esse quadro
começa a mudar. Em 10 de setembro, a
seleção, treinada pelo técnico argentino
Rubén Magnano, venceu a República
Dominicana, no Torneio Pré-Olímpico
de Mar dei Plata (Argentina), e carimbou o passaporte para a Olimpíada de
Londres, que acontece em 2012, acabando com um jejum de 16 anos. Antes, fará
uma escala em Guadalajara, no México,
onde serão realizados, em outubro, os
Jogos Pan-Americanos. Não são apenas
os brasileiros que comemoram o retorno
da seleção aos Jogos Olímpicos. A fabricante de material esportivo americana
Nike tem também muito o que festejar.
É que a marca patrocina, desde março
de 2010, a Confederação Brasileira de
Basquete (CBB), ao lado de Eletrobras
e Bradesco. Com isso, passou a fornecer
os uniformes usados pelos atletas. Mais:
os principais jogadores do time, como
Marcelinho Huertas, Anderson Varejão
e Marcelo Machado, também assinaram
acordos com a empresa. "Muitos falam
que tivemos sorte", diz Tiago Pinto, diretor de marketing da Nike. "Mas prefiro
dizer que os resultados colhidos até agora
is
na
go
é
ex
clu
siv
a
pa
ra
fin
s
ed
u
ca
cio
MOMENTO
DE
DECISÃO
Tiago Splitter,
de branco, faz
a cesta que
definiu a
vitória contra
a República
Dominicana e
a volta da
seleção
brasileira de
basquete às
Olimpíadas
o material da empresa que patrocina o
Comitê Olímpico de seu país, que, no
caso do Brasil, é a Olympikus. "A aposta
da Nike é estratégica", afirma Frederico
Guaragna, gerente de inteligência de
mercado da consultoria Global Sports
Network. "Ela já domina o futebol e
optou por outra modalidade que favorece
a promoção do componente aspiracional
de seus produtos." A aproximação da
empresa americana com a CBB também
foi facilitada pelo fato de o Brasil contar
com quatro jogadores na NBA, a liga
americana de basquete profissional e a
maior vitrine da modalidade no planeta.
Anúncio
A
ut
iliz
aç
ão
de
st
e
ar
ti
são fruto de um trabalho duro, com objetivo de longo prazo." O sucesso do basquete brasileiro motivou a Nik e a lançar
uma versão local do tênis Air Force 1, um
ícone do mundo do basquete (leia quadro). E a primeira vez que isso acontece.
A realização de megaeventos no Brasil e
o bom desempenho da filial, cujas vendas
vêm crescendo na casa dos dois dígitos a
cada ano, ajudaram nas negociações com
a matriz. "Quando os negócios estão indo
bem, tudo fica mais fácil", afirma Pinto.
A ampliação dos patrocínios da Nike
para esportes coletivos, que desfrutam
de grande visibilidade, tem relação direta
com a alteração das regras para quem disputa uma Olimpíada. Em Londres, cada
seleção poderá vestir o uniforme cedido
pelo patrocinador de sua confederação.
Antes, os atletas eram obrigados a usar
Esse também foi um
dos pontos que pesaram favoravelmente
paraqueaCBB
fechasse com a Nike.
"A oferta financeira
deles não era a de
maior valor", diz José
Carlos Brunoro, dono
da Brunoro Sports
Business e consultor
da CBB. "A possibilidade de fazer intercâmbios com centros
de treinamento nos
EUA especialment e
para os jogadores das equipes juvenis, foi o
que nos motivou a assinar o contrato."
No embalo dos bons resultados que
o basquete brasileiro voltou a conquistar, o número de praticantes do esporte
está aumentando. Até 2010, a CBB tinha
21,6 mil atletas cadastrados. Apenas no
ano passado, outros nove mil jogadores
se registraram. A Nike, é claro, espera
tirar proveito disso pelo lado comercial.
Afinal, a modalidade é uma de suas maiores apostas em nível mundial. As demais
são futebol, corrida, esportes de ação
(surfe e skate), além da linha de roupas
para o chamado life style.
Fonte: Istoé Dinheiro, São Paulo, ano 14, n. 729, p. 68-69, 23 set 2011.
Download

A utilização deste artigo é exclusiva para fins educacionais