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A distribuição de água no planeta, segundo alguns estudos, aumenta esta preocupação: oceanos 97,4%, geleiras 1,979%, subterrânea 0,59%, rios e lagos 0,03% e atmosfera 0,001%. Em se tratando de água doce, não há país no mundo que tenha uma reserva maior que a do Brasil, sendo que no caso das águas doces subterrâneas, estas correspondem também as águas minerais. No Brasil, as águas, consideradas minerais, são predominantemente leves e seu consumo tem apresentado um crescimento significativo, obrigando a que se tenha uma igualmente ampliada fiscalização ostensiva quanto à exploração deste bem mineral. Quem tem o papel de conceder, fiscalizar e controlar a pesquisa e a lavra dos minerais brasileiros é o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)—órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia—cuja atual Diretoria-Geral, tem acompanhado, de perto, as ações específicas do órgão neste segmento. Essas atribuições técnicas e processuais baseiam-se na seguinte legislação: • Decreto-Lei nº 7.841, de 08/08/45— Código de Águas Minerais; (Presidente da República) • Decreto-Lei nº 227, de 28/02/67 e o seu Regulamento, Decreto nº 62.934, de 02/07/68; (Presidente da República) • Portaria nº 222, de 28/07/97; (DNPM) • Portaria nº 231, de 31/07/98.(DNPM) As águas minerais são classificadas com base no Código de Águas Minerais, em função de sua composição química, pelos seus gases expontâneos e pela sua temperatura. Temos águas ricas em cálcio, magnésio, carbonatos e bicarbonatos, lítio, flúor, além de águas carbogasosas, sulfurosas, hipotermais, radioativas, e outras. A maior produção e consumo no Brasil, são de águas leves, classificadas como fracamente radioativas, radioativas, fluoretadas, carbogasosas, 42 hipotermais, representando cerca de 80% da produção nacional. Como obter autorização para explorar uma fonte de água mineral no Brasil: A exploração industrial de água mineral para consumo humano é feita através dos Regimes de Autorização de Pesquisa e de Concessão de Lavra, atendendo às exigências do Código de Mineração, Código de Águas Minerais, respectivos regulamentos e legislação correlata complementar. A pessoa que pretende explorar uma fonte de água mineral deve apresentar ao DNPM um requerimento para obter a autorização de pesquisa. A autorização de pesquisa é concedida através de um documento denominado de “Alvará de Pesquisa” que tem um prazo de validade de dois anos, contados a partir da data de publicação no Diário oficial da União, podendo ser renovado por mais um ano. Nessa fase, a pessoa ou empresa titular do referido Alvará, deverá efetuar os trabalhos de pesquisa, de captação e proteção da fonte natural ou artificial (poço) e definir a Área de A G U A L A T I N O A M É R I C A Proteção ao Aqüífero a ela pertencente. Deverá ser comprovada também, a potabilidade química e bacteriológica da água, através de análises efetuadas por laboratório credenciado pelo DNPM. Aprovado o Relatório dos Trabalhos de Pesquisa, deverá ser requerida, por uma empresa devidamente constituída, a concessão de lavra, apresentando ao DNPM, dentre outros documentos, o Plano de Aproveitamento Econômico (projeto das instalações de envasamento da água mineral e o estudo de viabilidade econômica da implantação do empreendimento). Nessa fase é obrigatória a apresentação da Licença Ambiental do órgão competente, para que seja concedida a Portaria de Lavra, a qual permitirá o envase e a comercialização da água mineral. Atualmente existem 5.226 processos de água mineral no DNPM, destes, 544 são Concessões de Lavra, (468 empreendimentos autorizados a engarrafar água mineral e os 76 balneários). Para a comercialização da água mineral, a septiembre/octubre 2002 empresa concessionária da lavra deverá comprovar a sua potabilidade bacteriológica e apresentar os rótulos ao DNPM para aprovação. Produção e Consumo nacional de água mineral e potável de mesa: Os níveis de consumo de água mineral, no Brasil, nos últimos anos vem crescendo em ritmo acelerado, devendo atingir, neste ano, 4,5 a 5 bilhões de litros. Na década de 60, a produção brasileira de água engarrafada manteve-se estável até 1968, quando a empresa Indaiá Brasil Águas Minerais—do Grupo Edson Queiroz, lançou no mercado o garrafão de vidro, de 20 litros. Isto possibilitou a expansão do mercado deste produto, uma vez que a água engarrafada passou a ser consumida também em escritórios, bares e indústrias. No ano de 1970, a indústria lançou a garrafa plástica, embalagem que revolucionou o mercado pela sua facilidade de transporte e até no manuseio do produto pelo consumidor final. O ritmo de crescimento acelerou com o lançamento do garrafão plástico, de policarbonato, que iniciou o desenvolvimento da indústria de plásticos que passou a oferecer os mais diversos produtos, como o PVC, PP e o PET, usadas nas embalagens de 330 ml, 510 ml, 1.500 ml, 2 litros e 5 litros. Com esta evolução, a indústria engarrafadora brasileira, nos anos 90, passou a produzir, além de água mineral, também as embalagens. Os maiores estados brasileiros produtores são: São Paulo—51,92% Minas Gerais—7,9 % Paraná—5,4% Pernambuco—4,4% Rio Grande do Sul—4,2% Ceará—3,2% Bahia—3,1% Outros—19,9% A liderança comercial e industrial pertence ao grupo brasileiro Edson Queiroz, com sede na cidade de Fortaleza, capital do Estado de Ceará, responsável pelas marcas “Indaiá” e “Minalba”. Destacam-se também outras empresas como: Empresa de Água Ouro Fino, que envasa a água Ouro Fino (atualmente uma das mais vendidas) com sede no Estado do Paraná; Águas São Lourenço, com sede no Estado do Rio de Janeiro, pertencente ao Grupo Perrier, que foi incorporado à Nestlé e envasa as marcas “São Lourenço” e “Levíssima”; e a “Coca-Cola”, com as marcas “Cristal” e “Bonaqua”. Circule 25 en la Tarjeta de Servicio al Lector septiembre/octubre 2002 Acerca do Autor: Atual diretor nacional de Fiscalização Mineral (DNPM/Brasília), Sérgio Augusto Dâmaso de Sousa é engenheiro de minas, formado pela Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto/MG. Seus cursos de pós-graduação incluem: Avaliação Econômica de Projeto Mineiro na Escola de Minas de Paris/França; Engenharia de Barragem na Universidade Federal de Ouro Preto/MG; Engenharia Ambiental no IETC/MG; Analise de Sistemas e Processamento de Dados na Universidade Federal de Minas Gerais/MG; Geoestatística Aplicada à Engenharia de Minas na Universidade Federal de Ouro Preto/MG. Já trabalhou em planejamento de mina, lavra de minérios e avaliação econômica de projetos mineiros, tanto de minerais metálicos, não metálicos como água mineral. Contato: Tel: +55 (061) 3126610, Fax: +55 (061) 225-0278, [email protected] ou www.dnpm.gov.br Circule 18 en la Tarjeta de Servicio al Lector A G U A L A T I N O A M É R I C A 43