1 TORRES DE BABEL – A FORMA ESPACIAL NA OBRA DE CILDO MEIRELES E DE ARNALDO ANTUNES1. TOWERS OF BABEL - THE SPACIAL FORM IN THE WORK OF CILDO MEIRELES AND ARNALDO ANTUNES. Andréia Alves da Mata2 RESUMO: A opção por um viés comparatista a partir do diálogo entre literatura e artes visuais, reservadas as especificidades de cada linguagem, pode permitir leituras muito mais esclarecedoras. Por isso através do diálogo entre a poesia e as artes visuais o propósito do presente ensaio é realizar uma análise conceitual e comparativa entre a forma espacial utilizada na obra Babel (2006) do artista plástico Cildo Meireles, e a forma espacial que compõe, como um todo, o livro 2 ou + Corpos no Mesmo Espaço (1997) de Arnaldo Antunes, ou seja, faremos um esforço para descrever uma poética espacial comum entre essas obras. PALAVRAS-CHAVE: Forma espacial, artes visuais, literatura. ABSTRACT: The option for a comparatista bias from the dialogue between visual literature and arts, reserved the especificidades of each language, can allow much more enlightening readings. Therefore through the dialogue between the visual poetry and arts the intention of the present assay is to carry through a conceptual analysis and comparative the used spacial form enters in the Babel (2006) of the plastic artist Cildo Meireles, and the spacial form that composes, as a whole, book 2 or + Bodies in the same Space 1 Texto apresentado em maio de 2008, no CIELL – Congresso Internacional de Estudos Literários e Lingüísticos. Identidades: Considerações sobre a experiência. Para este ensaio foram feitas algumas alterações. 2 Mestranda, Curso Estudos de Linguagens, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. [email protected] 2 (1997) of Arnaldo Antunes, that is, we will make an effort to describe poetical space a common one between these work. KEY WORDS: Spacial form, art, literature. Buscar uma definição para a forma espacial, parece uma empresa tão paradoxal, como aquela de Santo Agostinho3 a respeito do tempo, pois embora a noção tanto de tempo como as de espaço nos sejam familiares, quando refletimos sobre elas, e entramos em contanto com tantas teorias sobre o tema, nos deparamos com um campo bastante amplo e complexo. Nossas interpretações sobre o que são tempo e espaço podem variar de acordo com o contexto cultural, porém, todos têm em comum algumas experiências físicas ou psicológicas. Sobre as metáforas espaciais, Genette (1972, p.101) confirma que elas constituem, “um discurso de alcance quase universal, já que delas nos servimos para falar de tudo, literatura, política, música e é o espaço que constitui sua forma, nisto que lhe fornece mesmo os termos de sua linguagem”. Para investigar a forma espacial, seria possível recorrer a qual metodologia? Lessing não admitiu que as artes plásticas pudessem extrapolar o espaço em direção do tempo, e que a poesia pudesse extrapolar o tempo em direção do espaço. Porém, a classificação dicotômica tradicional artes espaciais e artes temporais tornou-se obsoleta. Do ponto de vista de uma fenomenologia da experiência perceptiva, o temporal e o espacial nas artes formam domínios mutuamente permeáveis, que não se excluem. Dada essa mútua permeabilidade, pode-se adotar, como critério distintivo, o da dominância; o que significa dizer que, quando o espaço é dominante, a temporalidade é virtual, e que, quando o tempo é dominante, a espacialidade é virtual (NUNES, 2003, p.11). 3 SANTO. Agostinho. Confissões. Livro XI. , 1987. 3 Observando a evolução das concepções sobre tempo e espaço no pensamento científico, é possível verificar que as primeiras décadas do século XX foram revolucionárias para as artes, pois o modernismo impôs um rompimento com tudo o que era considerado tradicional. Os impressionistas, por exemplo, através de suas pinceladas transformaram o espaço tradicional da pintura e alteraram o seu enquadramento, e ainda exploraram a fragmentação da cor e da luz; o cubismo, que em princípio recebeu influência de Cézanne, representou as figuras de maneira que podemos percebê-las de diversos ângulos e posições, simultaneamente. A partir dessa fragmentação dos objetos, podemos dizer que está consolidada uma mudança radical na estrutura espacial. Da mesma forma que a tridimensionalidade foi se dissipando das artes plásticas também o foi da história. De acordo com Frank ( 2001, p. 241) “passado e presente são vistos espacialmente, encerrados em uma unidade intemporal que, embora possa acentuar diferenças de superfície, elimina qualquer sentimento de seqüência histórica por meio do ato mesmo da justaposição”. A partir de escritores como T.S. Eliot, Ezra Pound, Marcel Proust, Flaubert e James Joyce, alguns modelos criados, segundo Frank (2001, p.241), alteraram “o mundo temporal da história no mundo intemporal do mito, formando o conteúdo comum da literatura moderna, que encontra sua expressão estética apropriada na forma espacial”. Nesse caso, tal como nas artes visuais o leitor/expectador tem grande importância na empreitada para compreender essas obras espacialmente, em um momento do tempo, antes que em uma seqüência. Em seu estudo sobre as teorias do pós-moderno, Jameson (2006, p.31), aponta que “o problema do pós-moderno – como descrever suas características, se ele existe mesmo, se o próprio conceito tem alguma utilidade ou é, ao contrário uma mistificação - , este é ao mesmo tempo, um problema estético e político”. O que Jameson propõe é que existe uma 4 conexão entre a produção cultural e as experiências e modos de subjetividade nas sociedades capitalistas atuais: a fragmentação e a falta de profundidade, a instabilidade, a descontinuidade, a simultaneidade, a experiência do tempo como um presente perpétuo e, portanto espacial. Jameson atribui a mudança pós-moderna, precisamente, a “uma crise da nossa experiência do espaço e do tempo, crise na qual categorias espaciais vêm a dominar as temporais, ao mesmo tempo em que sofrem uma mutação de tal ordem que não conseguimos acompanhar” (JAMESON apud HARVEY, 2001, p.188). também David Harvey fala do espaço e do tempo na vida social e estabelece conexões entre processos políticos-econômicos e processos culturais. Para ele “ O espaço e o tempo são categorias básicas da existência humana. E, no entanto, raramente discutimos o seu sentido; tendemos a tê-los por certos e lhes damos atribuições do senso comum ou auto evidentes” (HARVEY,1992, p.187). A opção por um viés comparatista a partir do diálogo entre literatura e artes visuais, reservadas as especificidades de cada linguagem, segundo Carvalhal (2003, p.46) pode ter as vantagens “do enriquecimento metodológico, dos contrastes e das analogias que tornam possíveis essas relações, permitindo leituras muito mais esclarecedoras”. Por isso através do diálogo entre a poesia e as artes visuais o propósito deste ensaio é realizar uma análise conceitual e comparativa entre a forma espacial da obra Babel do artista plástico Cildo Meireles, e a forma espacial do livro 2 ou + Corpos no Mesmo Espaço4 de Arnaldo Antunes, ou seja faremos um esforço para descrever uma poética espacial comum entre essas obras. A preferência por analisar a forma espacial dessas obras se deu pois apesar delas terem sido produzidas em diferentes linguagens ambas têm em comum as 4 publicado em 1997 pela Editora Perspectiva, dentro da coleção Signos, organizada por Haroldo de Campos 5 reflexões sobre as questões espaciais, tanto em suas temáticas como em suas composições estéticas. Cildo Meireles e Arnaldo Antunes As obras de Cildo Meireles situam-se na transição da arte brasileira entre a produção neo-concreta do início dos anos 1960 e as instalações e performances, já influenciada pelas propostas da arte conceitual. Em suas produções ele aborda não só as questões poéticas e sociais, mas também os problemas gerais da estética e do objeto artístico, tais como a forma espacial. Como Arnaldo Antunes parte de uma tradição concretista é relevante assinalar que os poetas brasileiros (Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, José Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo) nas décadas de 1950 e 1960 ao trabalharem de forma integrada com o som, a visualidade e o sentido das palavras, acabaram por propor novos modos de fazer poesia. O termo verbivocovisual inventado por James Joyce sintetiza essa proposta que aponta para a simultaneidade do discurso que também pode ser observada nas obras de Cildo Meireles. Teorias e métodos foram requisitados pelos concretistas. Por exemplo, com a meta de buscar a simultaneidade sígnica vê-se a influência da teoria do ideograma de Ernesto Francisco Fenollosa, via Ezra Pound. E ainda, na citada busca de acordo com Cavalcanti (2001, p.224) “os métodos das ‘subdivisões prismaticas da idéia’ de Stephane Mallarmé e o da ‘pulverização fonética’ de cummings, também foram revistos pelos concretistas”. É , entretanto, a voz multimediática e intersemiótica da pósmodernidade que, por meio de uma sintaxe diversificada e complexa, área de atuação de autores tão dispares quanto inclassificáveis, parece realizar a fantasia da simultaneidade verbal, vocal e visual, transcendendo os limites bidimensionais das páginas do livro tradicional. (CAVALCANTI, 2001, p.224) 6 Babel FIGURA 1 – Obra Babel (2001-2006) de Cildo Meireles. Fonte: ANJOS, 2006, p. 28-59 A versão da obra Babel ( FIG.1) apresentada em 2006 no Brasil, reitera a discussão crítica sobre a idéia convencional de espaço que Cildo Meireles empreende desde o início de sua trajetória, quer em uma dimensão física, quer em uma dimensão geopolítica na forma de disputas políticas e territoriais. Composta por uma torre de 5 metros formada por um grande número de rádios, de épocas, modelos e tamanhos distintos, sobrepostos em círculos. O título “Babel” reporta-se ao episódio bíblico da Torre de Babel, que teria sido, segundo o mito, a causa primeira de todos os conflitos entre agrupamentos humanos. Em seu livro Torres de Babel (2006) Jacques Derrida aborda e expõe os limites intransponíveis da tradução, lembrando ao tradutor sua incapacidade de reproduzir a verdadeira intenção do texto. Ele destaca que “Babel: antes de tudo um nome próprio”, mas questiona, se quando dizemos Babel, sabemos o que nomeamos? E afirma que “seria o mito da origem do mito, a 7 metáfora da metáfora, a narrativa da narrativa, a tradução da tradução”. Para ele a torre de Babel não configura apenas a multiplicidade irredutível das línguas, mas também ela exibe um não-acabamento. E ainda, “A torre de Babel foi construída e desconstruída numa língua no interior da qual o nome próprio Babel podia, por confusão, ser traduzido por ‘confusão’ ” (DERRIDA, 2006, p.11-12). Voltaire traz uma reflexão sobre isso em seu Dictionaire philosoiphique, no artigo “Babel”: Não sei por que é dito na Gênese que Babel significa confusão; pois Ba significa pai nas línguas orientais, e Bel significa Deus; Babel significa a cidade de Deus, a cidade santa. Os antigos davam esse nome a todas as suas capitais. Mas é incontestável que Babel quer dizer confusão, seja porque os arquitetos foram confundidos [...] seja porque as línguas se confundiram. (VOLTAIRE apud DERRIDA:2006, p.12) Essa confusão também está presente na instalação Babel de Cildo Meireles, pelo fato dos aparelhos de rádio, estarem, simultaneamente, ligados e sintonizados em diferentes estações, emitindo sons de várias programações em línguas diferentes, metaforicamente, revela a contradição atual de que há uma crescente globalização da comunicação e da informação entre os povos. A discrepância é que não há um completo entendimento entre eles, pois nem o espaço de cada um é respeitado. Há conflitos, nos quais alguns agrupamentos humanos subjugam e impõem poder desigual sobre outros, demonstrando que a possibilidade de emitir opiniões diversas (implícita nas notícias dadas pelos rádios) , não é garantia suficiente de que haverá uma distribuição mais justa de poder entre diferentes povos. Em sua temática, Babel reconhece a existência real de um território de fronteiras incertas e de tensões espaciais. Além disso, fisicamente nessa instalação foi criado um espaço próprio, sustentado e vivenciado, em tempo real, a partir 8 da interação do espectador e de sua experiência sensorial provocada pela audição e visão. Tal como as obras de Cildo Meireles o filme Babel5 (2006) também retrata as problemáticas da incomunicabilidade e das fronteiras incertas, entre outras. Esse filme se foca em quatro conjuntos de situações diversas envolvendo personagens não-relacionadas, mas que apesar de estarem separadas por diferenças culturais e longas distâncias, e mesmo que não haja um encontro direto entre elas, tem-se como catalisador de suas histórias as conseqüências de um único fato, que causará interferências nas vidas de todas essas personagens. Outro ponto a ser destacado nesse filme é que muitos eventos são revelados fora de seqüência, ou seja, a estrutura de sua narrativa é apresentada algumas vezes de maneira simultânea e outras não há uma seqüência linear de sua história, dando predomínio a forma espacial na narrativa. 2 ou + corpos no mesmo espaço ( 1997) FIGURA 2 - Capa do livro 2 ou + corpos no mesmo espaço Fonte: ANTUNES, 1998, capa. 5 Gênero drama, direção: Alejandro González Iñárritu, roteiro:Guillermo Arriaga 9 Esse livro (FIG.2) vem acompanhado de um CD com sonorização de alguns poemas em vários canais de vozes simultâneas, gravado por Arnaldo. Sobre essa utilização de multimídias Santiago discorre: Na complementar, correta e nada surrealista leitura-guia que Arnaldo faz no CD vê-se nitidamente um traço de proposta multimediática para a poesia, mas ainda e sobretudo constatase um traço típico da vanguarda construtivista no século 20. O poeta, por meio de exemplos, é um zeloso pai do filho-texto, para retomar o conceito platônico e fonocêntrico, desconstruído por Jacques Derrida em ‘A Farmácia de Platão’ 6. De acordo com Rodrigues7 essa obra de Arnaldo apresenta “o verbal e o visual, sendo distintos, porém sintetizados, abrem-se para uma dinâmica interminável, porque apoiada nos acasos do espaço, e não numa distribuição temporal”. Nesse caso o visual pode ser considerado como a abolição do seqüencial. “Aquilo que é de fato presente, e que não é controlado por delimitação nenhuma, é o que significa mais inesgotável. É a opção do olhar nos intervalos do espaço”7. Logo na capa projetada por Arnaldo Antunes para o livro 2 ou +corpos no mesmo espaço a valorização da forma espacial pode ser assinalada sob dois aspectos, que são recorrentes em toda essa obra, o primeiro trata-se da forma, visto que a disposição visual dos vocábulos se compõe por justaposição, superposição e sobreposição, constantes nesta escritura, comparecem significando simultaneidade; o segundo aspecto é o conteúdo a frase 2 ou + corpos no mesmo espaço, por si só questiona e propõe a espacialidade. SANTIAGO, Silviano. Jogos de simultaneidade - Folha de S.Paulo - 05/10/1997. extraído do site www.arnaldoantunes.com.br em 02/10/2007 6 7 RODRIGUES, Antonio Medina. Poemas visuais de Arnaldo Antunes tentam mostrar o agora. Folha de São Paulo. 11/09/1997 extraído do site www.arnaldoantunes.com.br em 02/10/2007 1 O livro e o Cd 2 ou +corpos no mesmo espaço, entre outros de Arnaldo Antunes além de realizarem as previsões de que os poetas voltariam a ser como os Calígrafos (Benjamin) e que a leveza, a rapidez , a exatidão , a visibilidade e a multiplicidade seriam as qualidades fundamentais à escritura do século XXI (Calvino) não obstante são a concretização da poética da simultaneidade. Considerações finais Podemos traçar um diálogo entre a obra Babel de Cildo Meireles e o livro 2 ou + corpos no mesmo espaço, principalmente se analisarmos essas obras sob a ótica da poética da simultaneidade, pois é justamente a partir dela que se conquista a representação da forma espacial em detrimento da temporalidade que geralmente é trabalhada em uma seqüência linear. De acordo com Cavalcanti (2004, p.223) “A simultaneidade sempre se caracterizou como um modelo expressivo ideal ao discurso literário, sendo meta e objeto de desejo de poetas e prosadores em diferentes períodos da história da literatura”. Nas artes visuais ocorreu da mesma forma, sendo que o paradigma simultâneo aconteceu conscientemente, em ambas linguagens, a partir das experiências modernistas. E ainda, “o conceito de poética da simultaneidade, [...] tem caminhado para a efetivação de um instrumento de abordagem que dê conta de proporcionar um diálogo critico e criador entre o leitor e a produção poética de nosso tempo” Cavalcanti (2004, p.222). Para mais da temática e da forma visual, outro importante elemento comum empregado para criar um espaço simultâneo que é próprio e especifico em Babel e em 2 ou + corpos no mesmo espaço é o “som”. Além disso, o elemento som utilizado de forma simultânea em ambas obras contribui com a constituição de suas formas espaciais. Embora o interesse pela visualidade e pelo conteúdo seja importante nos dois trabalhos, o som 1 exerce um papel fundamental para a sua elaboração conceitual e formal, pois desloca, continuamente, o foco de atenção do leitor, estimulando o estabelecimento de relações cognitivas novas do espaço onde eles se encontram. Essas obras promovem, ademais, o encontro entre aquilo que é por vezes pensado como domínio apartado (territórios, línguas, culturas) sem que isso implique síntese ou resolução dos conflitos que marcam a sua proximidade no mundo. Nesse sentido, elas não somente promovem relações sinestésicas entre os campos do olhar e da escuta como afirmam o caráter híbrido da cultura contemporânea. Contudo, evidenciamos que a idéia de espaço é conquistada por essas obras justamente pela utilização de vários suportes ao mesmo tempo. Fazendo o uso de multimídias elas veiculam a idéia de espaço na forma verbal, vocal e visual, sem cair na mera repetição do tema: o diálogo dá-se no interstício das modalidades de linguagem. Dessa forma, Meireles e Antunes se expressam entrecruzando as diversas modalidades linguagens, relacionando-as com a natureza simultânea, fragmentária inadiável do século em que vivemos. de e Assim, pelo viés comparatista observamos que do mesmo modo que na Literatura o conteúdo comum da arte encontra sua expressão estética apropriada na forma espacial. Tanto o projeto Babel do artista Cildo Meireles, quanto a obra 2 ou + corpos no mesmo espaço de Antunes demonstram bem isso, visto que em suas constituições físicas e temáticas sobre dominação, desconstrução, soberba, migração, revelam-se atravessadas por reflexões fronteiras moveis, hibridismo, tensões, nomadismo, disputas, liminaridade, expatriamento, desenraizamento, desterritorialização e ainda considera o múltiplo, o outro a diferença, e a representação disso tudo não poderia ser outra senão através da forma espacial corroborando que essas obras metaforicamente são como Torres de Babel. 1 REFERÊNCIAS ANJOS, Moacir dos (org). Babel: Cildo Meireles, Vila Velha, ES: editora ARTVIVA, 2006 ANTUNES, Arnaldo. Dois ou + corpos no mesmo lugar. São Paulo: Perspectiva, 1997 BACHELARD, Gaston, A poética do espaço; tradução de Joaquim José Moura Ramos- 2 ed – São Paulo: Abril Cultural, 1984. ( Os Pensadores) BITENCOURT, Gilda; SCHMIDT,Rita Terezinha; MASINA, Léa dos S. (org). Geografias literárias e culturais: espaços/temporalidades. Porto alegre: Editora da UFRGS, 2004 CARVALHAL, Tânia Franco. O próprio e o alheio, Ensaios de literatura comparada. RS, São Leopoldo: Unisinos, 2003 CAVALCANTI, Rubens Vaz. Sintomas e sintonias da poética da simultaneidade: uma introdução. In: SANTOS, Maria Aparecida Paiva Soares dos. Democratizando a leitura: pesquisas práticas. Belo Horizonte: Ceale, Autêntica, 2004 DERRIDA, Jacques. Torres de Babel; tradução de Junia Barreto. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006 FRANK, Joseph. A forma espacial na literatura moderna. Trad. Fábio Fonseca de Melo. Revista USP, São Paulo, n. 58, p.225-241, jun-ago, 2003. FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da Lírica Moderna: da metade do século XIX a meados do século XX, tradução Marise M. Curione. São Paulo: Duas Cidades, 1978. GENETTE, Gerard. Espaço e linguagem. In: ___. Figuras . São Paulo: Perpectiva, 1972. p.99-106 1 HARVEY, David. A condição pós-moderna. Trad. Adail Sobral. São Paulo: Loyola, 1992. HERKENHOFF, Paulo; CAMERON, Dan; MOSQUERA, Gerardo. Cildo Meireles. Tradução Len Berg; texto Jorge Luis Borges. São Paulo: Cosac & Naify, [2000?]. JAMESON, Fredric. Espaço e Imagem: teorias do pós-moderno e outros ensaios de Fredric Jameson. 4ed. /organização e tradução: Ana Lucia Almeida Gazzola. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2006 KRAUSS, Rosalind. Caminhos da escultura moderna . tradução Julio Fisher . São Paulo: Martins Fontes, 1998 NUNES, Benedito. Tempo na narrativa. São Paulo: Ática, 2003 RODRIGUES, Antonio Medina. Poemas visuais de Arnaldo Antunes tentam mostrar o agora. Folha de São Paulo. 11/09/1997 extraído do site www.arnaldoantunes.com.br em 02/10/2007 SANTIAGO, Silviano. Jogos de simultaneidade - Folha de S.Paulo - 05/10/1997. extraído do site www.arnaldoantunes.com.br em 02/10/2007 SANTO Agostinho. Confissões. Livro XI. Trad. J. Oliveira Santos e A. Ambrosio de Peria. São Paulo: Nova Cultural, 1987 ( Os pensadores). TASSSINARI, Alberto. O espaço Moderno. São Paulo: Cosac Naify Edições, 2001