08/02/2010
Este episódio acontece logo após a
humanidade descobrir suas novas
potencialidades e capacidade
existencial e criativa.
A atualidade da Torre de Babel
Gênesis 11.111.1-9
Na verdade, Babel é a narrativa da
arrogância do ser humano na busca
de se autoglorificar e de se tornar
mais forte do que o Criador,
dispensando sua graça e suas
bênçãos.
Pr. Fernando Fernandes
PIB em Penápolis, 07/02/2010
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O ser humano acreditou que poderia
viver sem Deus ou que seria capaz
de desenvolver a sua espiritualidade
e de chegar aos céus por si só.
Embora não haja nada mais ilusório,
absurdo e irracional do que esta
mentalidade, “Assim caminha a
humanidade” em nossas dias.
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Babel é o mesmo que Babilônia, a
região onde se localiza o Iraque
atualmente.
O nome Babilônia significa, literal e
presunçosamente, o “portal de Deus”.
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Depois de observar, pensar e refletir
neste texto, penso que devemos
abordar sobre a atualidade da Torre
de Babel como um alerta para nós
cristãos evangélicos, na esperança de
não perdermos o rumo
espiritoexistencial, como salvos, em
nossa jornada para a Canaã celestial.
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Porém, com um jogo de palavras e
uma dança de letras Deus mudou o
nome do lugar para Balal, que
significa, literalmente, “ele
confundiu”.
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Vivemos em uma sociedade confusa
devido os desvalores espirituais,
morais, familiares, religiosos e
institucionais, e totalmente
desorientada em seus parâmetros
relacionais, devido ao direito
personalíssimo inculcado em nossas
mentes.
Este conceito de direito
personalíssimo, com todos os seus
Códigos e Estatutos, nos incita ao
endeusamento do ser humano e à
espiritualização da humanidade,
tornando o existencialismo
espiritualista a mais preponderante
expressão religiosa em nossos dia.
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Vivemos numa verdadeira Babel, onde
se busca freneticamente construir
impérios e edificar torres que dê ao
ser humano total controle dos céus.
Isso acontece também na igreja
evangélica incentivado pelo
teologismo da prosperidade
declatória e determinativa dos
profeteiros do neopentecostalismo.
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Por isso, quando olhamos para a
sociedade e para a igreja cristã
evangélica, perpassando os olhos
por Gênesis 11.1-9, percebemos, a
partir de alguns sintomas da
patologia social humanoide, a
atualidade da Torre de Babel.
Tais sintomas são:
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O humanismo é um movimento
intelectual que valoriza o saber
crítico voltado para um maior
conhecimento do homem e uma
cultura capaz de desenvolver cada
vez mais as potencialidades da
condição humana.
1. O próprio humanismo
existencialista – vs. 4a:
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O conjunto de doutrinas do humanismo
é fundamentado nos interesses, nas
potencialidades e nas faculdades do ser
humano, ressaltando sua capacidade
criativa e transformadora da realidade
natural e social, e seu livre-arbítrio
diante de pretensos poderes divinos e
transcendentes, ou dos
condicionamentos naturais, históricos,
sociais ou religiosos.
O existencialismo é o conjunto de
teorias formuladas nos séculos XIX e XX
que se caracteriza pela inclusão da
realidade concreta do indivíduo e sua
mundanidade no centro da vida, da
racionalidade e da sociedade, tendo
como proposta dissolver a subjetividade
individual e os sistemas universalistas,
tais como os da religião cristã, por
considerá-los apenas conceituais e
abstratos.
O existencialismo é a mais gritante
afirmação dos ideais de liberdade,
responsabilidade e subjetividade do
ser humano, que segundo este
pensamento, tem livre-arbítrio e
deve utilizar a razão para fazer as
melhores escolhas como indivíduo,
pois e é ele quem orienta e faz a sua
própria existência.
Para os existencialistas
contemporâneos, a existência humana
é vista como algo muito rico e
complexo, sendo impossível
enquadrá-la em sistematizações
abstratas como as da espiritualidade,
da fé e da religião cristã, bem como as
argumentações sobre a existência do
próprio Deus.
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Acreditam que o homem é deus em si
mesmo, tendo o controle de sua
existência, escrevendo a sua própria
história e não necessitando de um
Deus Soberano Senhor e Sustentador
para “mandar” nele.
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Assim como os habitantes de
Babilônia, vivemos em uma sociedade
que tenta alcançar os céus, mas que
dispensa Deus por ser altamente
humanista e orientada por um
extremado existencialismo,
acreditando não precisar e nem
depender de Deus.
Tais características de nossa sociedade
atestam a atualidade da Torre de
Babel.
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Ao construir suas torres, como o Burj
Dubai, com 828 metros de altura, e
suas cidades imperiais, como Machu
Picchu, a cidade sagrada dos Incas, o
ser humano não apenas afronta
Deus, mas também desafia o Criador,
querendo mostrar a sua criatividade,
a sua força e a sua genialidade.
2. O elogio a própria grandeza
humana – vs. 4b:
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O ideal de ser famoso expressa a
necessidade inoculada no ser
humano pelo Diabo, Gn 3.5, de ser
renomado, célebre, fora do comum,
invulgar e excepcional, no sentido de
ser ultra/super/mega superior a
todos os seres humanos e muito
mais extra/giga/tera portentoso do
que Deus, o Criador.
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Ser uma celebridade é ser um ícone
que empresta a sua imagem, se
expondo muitas vezes ao ridículo, na
tentativa de perpetuar a
“genialidade” humana.
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Tal postura expressa a grande carência
do ser humano nos dias atuais que é
ser famoso e tornar-se celebridade.
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Em nossa sociedade ser celebridade é
ter fama, notabilidade e renome. É ser
“ilustre”, incomum e muito, muito
extravagante.
Na verdade, ser uma celebridade é ser
endeusado pelos fãs e agir como um
semideus, mas fazendo com que as
pessoas pensem que se é deus.
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Basta observarmos a maneira como se
fabricam as celebridades em nossa
sociedade.
Big Brother, A Fazenda, peladonas,
melancias, samambaias, saradões,
bissexuais, heteroflex e “saia justa” e
bem curta na faculdade são as
(u)Zina(s) onde se fabricam as
celebridades da atualidade.
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Além dessas (u)Zina(s), temos os
traficantes “famosos”, os líderes das
facções criminosas, os pedófilos e os
políticos corruptos, que ocupam
grande parte dos noticiários, que
muito mais destacam a “fama” do que
condenam suas ações criminosas.
São os “Tempos Modernos” para se
“Viver a Vida”.
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Tudo isso acontece porque o ser
humano tem se preocupado demais
e dedicado demasiado tempo em
elogiar a sua própria grandeza,
buscando perpetuar a sua própria
genialidade e seu nome, para se
tornar famoso na Terra e para, ao
final de sua “construção”, dizer para
Deus: “My Way” – “eu fiz do meu
jeito” – como cantava Frank Sinatra.
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Nunca estivemos tão dominados por
um “Poder Paralelo”, praticando todo
o tipo de “Malhação” contra os
valores espirituais, morais, sociais,
familiares e religiosos, e tão
enredados numa “Cama de Gato” na
qual até a “Bete, a Feia”, faz sucesso
na “Zorra Total” em que se tornou a
sociedade e a própria humanidade em
“Pânico”, porém famosa.
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Tais características de nossa
sociedade, bem como tais atitudes
do ser humano, agindo como se
fosse um deus, o seu próprio deus,
atestam a atualidade da Torre de
Babel.
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Amados irmãos e irmãs!
Adolescentes e jovens!
Famílias cristãs!
Cristãos evangélicos!
Diante de tamanho desafio qual deve
ser o nosso sentimento, a nossa
reação e a nossa atitude?
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Vamos esperar que Deus intervenha,
vs. 6 e 7, nos confundindo e nos
lançando fora de sua presença, para
mostrar que o ser humano não é deus
e que não somos ilimitados em nosso
poder criativo?
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Lamentavelmente temos nos rendido
aos apelos humanistas, humanóides,
existencialistas, espiritualistas e de
autoendeusamento da nossa
sociedade.
Não há mais rubor em nossas faces.
Não há mais vergonha cristã em
nossa cara. E nem expressamos a
santidade que nos é exigida pelo
Deus Santo, Lv 19.2 e 1Pe 1.15-16,
para coibir e interromper este
terremoto haitiano de proporções
babilônicas em nossa Babel, ou
melhor, em nossa Sociedade.
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Não podemos nos acomodar e nem
aceitar a atualidade da Torre de
Babel com parcimônia imoral e
conivência prostituída.
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Somos a geração eleita, o sacerdócio
real, e fomos tirados das trevas para
a luz, para anunciarmos as grandezas
de Deus, 1Pe 2.9.
Por isso, encaremos o nosso desafio
na implosão e na derrubada da Torre
de Babel.
Somos a Igreja vitoriosa sobre o
inferno, Mt 16.18, e sobre a
Babilônia, Ap 14.6-8.
Para isso...
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Desenvolvamos cada vez mais a
espiritualidade, estreitemos mais a
comunhão com Deus, estudemos mais
a Bíblia, aprimoremos a nossa
religiosidade e vivamos em santidade
diante da sociedade, proclamando
com autoridade moral e espiritual a
atualidade e a funcionalidade da cruz
de Cristo para a salvação e libertação
do ser humano ababelado.
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Que Deus nos ajude!
Amém!
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A Atualidade da Torre de Babel (07/02/2010