VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Rio de Janeiro / 2007 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO Todos os direitos reservados à Universidade Castelo Branco - UCB Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo Branco - UCB. U n3p Universidade Castelo Branco. Tecnologia da Educação e Educação a Distância. – Rio de Janeiro: UCB, 2007. 40 p. ISBN 978-85-86912-66-5 1. Ensino a Distância. I. Título. CDD – 371.39 Universidade Castelo Branco - UCB Avenida Santa Cruz, 1.631 Rio de Janeiro - RJ 21710-250 Tel. (21) 2406-7700 Fax (21) 2401-9696 www.castelobranco.br Responsáveis Pela Produção do Material Instrucional Coordenadora de Educação a Distância Prof.ª Ziléa Baptista Nespoli Coordenadora do Curso de Graduação Ana Noguerol - Pedagogia Conteudista Rosane Maria Martins Supervisor do Centro Editorial – CEDI Joselmo Botelho Apresentação Prezado(a) Aluno(a): É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de graduação, na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, conseqüentemente, propiciando oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente esperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua. Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu conhecimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica. Seja bem-vindo(a)! Paulo Alcantara Gomes Reitor Orientações para o Auto-Estudo O presente instrucional está dividido em três unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam atingidos com êxito. Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades complementares. As Unidades 1 e 2 correspondem aos conteúdos que serão avaliados em A1. Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das três unidades. Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todo o conteúdo de todas as Unidades Programáticas. A carga horária do material instrucional para o auto-estudo que você está recebendo agora, juntamente com os horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que você administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso. Bons Estudos! Dicas para o Auto-Estudo 1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo. 2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite interrupções. 3 - Não deixe para estudar na última hora. 4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor. 5 - Não pule etapas. 6 - Faça todas as tarefas propostas. 7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento da disciplina. 8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a auto-avaliação. 9 - Não hesite em começar de novo. SUMÁRIO Quadro-síntese do conteúdo programático ................................................................................................. 11 Contextualização da disciplina ................................................................................................................... 12 UNIDADE I ESTUDOS SOBRE EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA E IMPACTO NA SOCIEDADE 1.1 – Aprendizado de ferramentas mobilizadoras de expressão e informação ........................................... 13 UNIDADE II TEORIAS DE APRENDIZAGEM E EAD 2.1 – Avaliação educacional e EAD ............................................................................................................ 21 2.2 – Imersão nos meios tecnológicos criando ambientes interativos de aprendizagem vinculados às atividades pedagógicas ........................................................................................................................... 23 UNIDADE III AVALIAÇÃO DA QUALIDADE 3.1 – Hiperdocumentos educacionais para a web ....................................................................................... 28 3.2 – Espaços virtuais de aprendizagem ..................................................................................................... 29 Glossário ..................................................................................................................................................... 37 Gabarito....................................................................................................................................................... 38 Referências bibliográficas ........................................................................................................................... 39 Quadro-síntese do conteúdo programático UNIDADES DO PROGRAMA OBJETIVOS I - ESTUDOS SOBRE EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA E IMPACTO NA SOCIEDADE 1.1 – Aprendizado de ferramentas mobilizadoras de expressão e informação • Compreender as novas tecnologias de comunicação e informação e suas aplicações na Educação. II - TEORIAS DE APRENDIZAGEM E EAD 2.1 – Avaliação educacional e EAD 2.2 – Imersão nos meios tecnológicos criando ambientes interativos de aprendizagem vinculados às atividades pedagógicas • Conhecer e analisar a presença das novas tecnologias no contexto educacional, como elemento da prática pedagógica; • Compreender os desdobramentos educacionais e sociais do uso da rede Internet na Educação; • Resolver, a partir de uma visão autônoma, o design didático de ambientes EAD basEADos em Internet; • Analisar projetos de Informática Educativa. III – AVALIAÇÃO DA QUALIDADE 3.1 – Hiperdocumentos educacionais para a web 3.2 – Espaços virtuais de aprendizagem • Compreender a educação em rede na dimensão das relações reais/virtuais; • Elaborar uma análise teórica da relação comunicação e educação na sociedade contemporânea, através da prática de uma atividade de projeto colaborativo. 11 12 Contextualização da Disciplina Os desafios da prática de uma Educação em rede são inúmeros. Entretanto, um educador sempre acredita que o aprendizado, que a educação começa por um encontro. A disciplina Tecnologia da Educação e Educação a Distância apresenta uma contribuição diferente à medida que expõe não apenas opções criativas na utilização de ambientes virtuais como também aborda, principalmente, a necessidade da mudança de paradigmas da nova pedagogia virtual. Não basta que computadores cheguem às escolas. Tudo depende de como essa tecnologia será recebida e concebida. UNIDADE I 13 ESTUDOS SOBRE EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA E IMPACTO NA SOCIEDADE Martins (2006) afirma que a mudança no papel do professor, que passou de detentor a facilitador do processo de construção do conhecimento, vem transformando o paradigma de ensino, fazendo do aluno o principal responsável pela aprendizagem. Deste modo, constitui um grande desafio para a Informática na Educação a construção de ambientes com recursos que estimulem e auxiliem os alunos neste processo (GOTTGTROY: 1999). A possibilidade de expandir a sala de aula em um universo maior, permitindo que pessoas aprendam em qualquer lugar e a qualquer hora torna estes ambientes ferramentas de grande valor para uma sociedade dinâmica como a atual (COSTA: 1999). A forma objetiva de aprendizagem oferece ao aluno maior flexibilidade no estudo em oposição às abordagens dos cursos tradicionais, inadequadas para esta realidade de mudanças rápidas (MARTINS: 1999). disponibilizado ambientes e ferramentas para suporte a aprendizagem através da Web (MARTINS: 2006). Neste sentido, a Internet com seus recursos multimídia e com a imensa quantidade de informações que reúne transformou-se em uma importante ferramenta no suporte à prática da Educação a Distância. As novas tecnologias da telemática criam um amplo espaço de possibilidades para a Educação. Porém seus benefícios dependerão da forma na qual forem utilizados. Moraes (1996) destaca como características fundamentais dos novos ambientes de aprendizagem, a criatividade, autonomia, a criticidade e a cooperação. Atualmente, inúmeras iniciativas, tanto de instituições educacionais como de empresas comerciais, têm Muitos destes ambientes possuem um conjunto similar de características e funcionalidades, tais como ferramentas para gerenciamento de cursos, alunos e professores; e ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona. Como exemplos de ambientes virtuais de aprendizagem, são citados (MARTINS: 2006): Eureka1, TopClass2, AulaNet3 e WebCT4 . A Tecnologia da Educação vem adquirindo uma importância cada vez maior no campo da educação formal e na formação e atualização profissional, propiciando o desenvolvimento de competências por meio de ferramentas tecnológicas que auxiliam no processo ensino-aprendizagem de uma forma contextualizada. 1.1- Aprendizado de Ferramentas Mobilizadoras de Expressão e Informação Texto 1 EUREKA - Ambiente de Aprendizagem Cooperativa (MARTINS, R.M.) Introdução Os ambientes virtuais de aprendizagem são um dos principais elementos que definem as novas tecnologias de informação e comunicação educacionais. Estes ambientes oferecem condições para que a interatividade, essencial para uma comunicação extra classe entre professor e alunos e também entre alunos, possa ser desenvolvida. 1 2 http://www.lami.pucpr.br/eureka http://www.wbtsystems.com EUREKA O Eureka é um ambiente de Aprendizagem Colaborativa a Distância via Internet destinada a estabelecer comunidades virtuais de aprendizagem e trabalho. Trata-se de um ambiente interativo desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, através do Laboratório de Mídias Interativas (LAMI). Compõe-se de vários módulos para comunicação, administração e suporte de conteúdo. Os módulos foram configurados para possibilitar interatividade entre o grupo inserido na sala virtual, permitindo desta forma a construção colaborativa do conhecimento. 3 4 http://ritv.les.inf.puc-rio.br/growware http://www.webct.com 14 Além disso, a ferramenta integra outras funções indispensáveis nesse ambiente, tais como: Fórum de Discussões, Chat-room, Conteúdo, Correio Eletrônico, Edital, Estatísticas e Links. Este ambiente oferece interatividade e permite que ela seja ampliada segundo as formas com as quais os processos são conduzidos. A tecnologia em si não sustenta o aprendizado, mas com a participação ativa de coordenação funciona como elemento catalisador de colaboração, motivação e apreço pela atividade em desenvolvimento e define de forma significativa e decisiva o fator de sucesso. O Ambiente Virtual e a Aprendizagem Colaborativa A aprendizagem colaborativa em um ambiente virtual é uma forma inovadora de se trabalhar, ensinar e aprender. A possibilidade de aproximar pessoas sem que seja preciso deslocamentos para compartilhamento de idéias é o que torna esse ambiente um importante recurso na busca da construção coletiva do conhecimento, minimizando tempo, custos, encurtando distâncias, traduzindo–se , com isso, em um valor agregado fundamental nos dias de hoje. O EUREKA permite uma nova relação de tempo e espaço com acesso a informação e participação de qualquer parte do mundo, em qualquer hora e em qualquer lugar. Isso vem a desmistificar formas tradicionais de desenvolvimento de estudos, atividades, tarefas, apresentando um novo cenário, possibilitando a realização de atividades integradas em tempo real, bem como a obtenção de informação por meio de hipertextos. O ambiente permite o desenvolvimento de atividades interativas por meio de: uma navegação fácil nos conteúdos, planejamento de atividades, discussões virtuais, trocas pelo correio eletrônico, discussão em fóruns e acesso à biblioteca de links para atividades de pesquisas. A comunicação em ambientes virtuais é de fundamental importância para o sucesso do processo, pois, a comunicação não é apenas relacional, mas deve estar integrada sempre com o processo colaborativo para que se possa conseguir uma sintonia fina do grupo, um senso de responsabilidade e de união. O desenvolvimento das potencialidades individuais e coletivas ocorre à medida que se oferece a oportunidade de se desenvolver atividades autônomas para as quais os participantes do grupo são os planejadores e os executores das ações. A possibilidade de atividades autônomas favorece ainda o senso de responsabilidade, uma vez que a qualidade dos resultados das atividades depende exclusivamente do próprio grupo. O envolvimento do grupo e a co-responsabilidade nas ações favorecem a ampliação da aprendizagem específica, bem como da cultura geral segundo seus interesses e oportunidades que se apresentem e que tenham relação com o tema explorado. Desta forma os grupos se auto-organizam e se integram criando o elemento facilitador, ou seja, uma pré-disposição para atividade colaborativa que vai além das atividades acadêmicas. A sincronicidade dá-se ainda pelo fato do grupo ter uma visão sistêmica da tarefa, o que possibilita o acesso a novas inter-relações profissionais com os participantes, independente de localização, tempo e espaço. As atividades desenvolvidas em ambientes virtuais, embora autônomas, devem ser orientadas para que o foco nos objetivos não seja desviado, apesar da atividade ser colaborativa a alimentação da motivação, bem como técnica é fundamental para garantir o sucesso dos acontecimentos. A figura do animador como sujeito da estimulação para obtenção de sincronicidade, apontando novos rumos, criando vínculos de responsabilidade com relação ao trabalho produzido é fundamental para realização dos objetivos individuais e coletivos. Análise O EUREKA é um ambiente que possibilita ao professor a criação de uma sala de aula virtual para conduzir o seu Programa de Aprendizagem. Nesta sala, o professor tem a flexibilidade de permitir, ou não, a participação daqueles que assim o desejarem. O ambiente denomina esta sala de aula virtual de “curso” e o professor como “tutor”. Uma vez constituído o curso, informações podem ser trocadas entre os participantes deste, através de uma série de opções, tais como: chat, correio, conteúdo, cronograma, fórum, links. 15 Figura 1 – Tela inicial do sistema EUREKA O Eureka como um ambiente virtual de aprendizagem colaborativa, trazendo uma nova forma de ensino e trabalho colaborativo, destaca-se como uma ferramenta facilitadora de excelente qualidade. Por meio do Eureka, o desenvolvimento de atividades tornou-se mais dinâmico, auto-sustentado e colaborativo por natureza. A riqueza pedagógica dos ambientes virtuais é por si só um elemento transformador de motivação e entusiasmo para fomentar a prática colaborativa. Embora estando diante de uma ferramenta rica em recursos pedagógicos facilitadores para aprendizagem e trabalho, a criatividade do animador ou professor na sua utilização é fundamental. A ferramenta por si só não é criadora de conhecimentos, necessita de interação humana. A criatividade do professor e sua ação motivadora para gerar criatividade, tal qual na sala de aula é o requisito fundamental para que se consiga atingir os objetivos também nos ambientes virtuais. Conclusão O presente trabalho procurou mostrar o Eureka – um ambiente de Aprendizagem Colaborativa a Distância via Internet destinada a estabelecer comunidades virtuais de aprendizagem e trabalho. Trata-se de uma metodologia de ensino em que diferentes tecnologias da informação e comunicação educacionais podem ser utilizadas sem que isso o transforme em uma atividade meramente informacional. Essa metodologia está dividida basicamente em duas partes, conteúdo e aprendizagem. O conteúdo apresenta os aspectos teóricos e práticos de um determinado assunto atuando como suporte para sua aprendizagem. A aprendizagem tem o objetivo de produzir o conhecimento a ser adquirido pelos alunos através de atividades desenvolvidas por esses e orientadas pelo professor. Como qualquer outra metodologia, fatores positivos e negativos foram identificados. Desafios Desafio 1: Pesquise um conceito de EAD e avalie sua abrangência, ressaltando os pontos importantes envolvidos na definição. Apresente a definição e a fonte consultada. Desafio 2: Procure um site com conteúdo educacional na rede. Descreva suas principais características, possíveis serviços e reflita como ele poderia ser explorado no contexto do ambiente pedagógico. 16 16 Desafio 3: Vamos conhecer algumas ferramentas? • Correio eletrônico; • MSN ou similar; • Orkut; • Elaborando Mapas Conceituais com Cmap; • Conhecendo Equitext. UNIDADE II 17 TEORIAS DE APRENDIZAGEM E EAD Ainda não foram desenvolvidas, segundo Laaser (1997), teorias específicas para a EAD, e portanto têm sido adotadas as teorias de ensino e aprendizagem já existentes. A atualidade aponta como tendência o uso flexível de estilos e teorias pedagógicas, visando atender à diversidade dos recursos e dos alunos presentes. As perspectivas evolutivas da educação à distância atualmente revelam a importância crescente de se promover novos modelos de aprendizagem e interatividade. Estes “novos estilos de pedagogia” na EAD mediada pela Web podem ser desenvolvidos com base na concepção de “situação ideal do discurso” de Habermas (1971) no sentido de eliminação de todas as formas de coerção, de (re)definição conjunta de regras que permitam todos dialogarem, de apoio à força dos bons argumentos, de apoio à aprendizagem colaborativa. O sucesso ou fracasso no curso on-line depende do grau em que os aprendizes conseguem cruzar o limiar de sentirem-se fora para sentirem-se dentro, como parte de uma comunidade de aprendizagem, de discurso e de prática. Nesta comunidade de aprendizagem (aprendizagem colaborativa), de discurso e de prática, o estilo de comunicação se relaciona com o modelo de racionalidade comunicativa. É um estilo aberto a desafios, estilo preparado para propiciar condições favoráveis ao diálogo e à negociação de significados, para fornecer base às afirmações, para construir consenso bem fundamentado sem unificação e para desenvolver a reflexão crítica como forma de emancipação. Desta forma, cabe, a seguir, tecer alguns comentários sobre as principais teorias pedagógicas que influenciam a formação do processo ensino-aprendizagem para as tecnologias mediadoras da educação. As teorias de aprendizagem buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos atos de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a relação entre o conhecimento pré-existente e o novo conhecimento. A aprendizagem não seria apenas inteligência e construção de conhecimento, mas, basicamente, identificação pessoal e relação através da interação entre as pessoas. Os ambientes computacionais destinados ao ensino devem trazer à tona fatores pertinentes à mediação humana através da tecnologia. As teorias de aprendizagem têm em comum o fato de assumirem que indivíduos são agentes ativos na busca e construção de conhecimento, dentro de um contexto significativo. A seguir, encontram-se resumidas as características de algumas das principais teorias de aprendizagem. Comportamentalismo (Behaviorismo/Ambientalismo/Assossiacionismo) Essas teorias baseiam-se na similaridade das tarefas. A aprendizagem consiste em gravar respostas corretas e eliminar as incorretas. A transferência da aprendizagem ocorre à medida que existem elementos idênticos em duas situações. Segundo Barros (1998), os associacionistas têm como principal pressuposto explicar que o comportamento complexo é a combinação de uma série de condutas simples. Os precursores dessa corrente foram Edward L. Thorndike e B. F. Skinner e suas respectivas teorias do comportamento reflexo ou estímulo e resposta. Construtivismo Segundo Mario Carretero (1997), construtivismo “é a idéia que sustenta que o indivíduo – tanto nos aspectos cognitivos quanto sociais do comportamento como nos afetivos – não é um mero produto do ambiente nem um simples resultado de suas disposições internas, mas, sim, uma construção própria que vai se produzindo, dia a dia, como resultado da interação entre esses dois fatores. Em conseqüência, segundo a posição construtivista, o conhecimento não é uma cópia da realidade, mas, sim, uma construção do ser humano”. Piaget desenvolveu uma teoria chamada de Epistemologia Genética ou Teoria Psicogenética, onde explica como o indivíduo, desde o seu nascimento, constrói o conhecimento. Esta teoria é a mais conhecida concepção construtivista da formação da inteligência. Piaget vê o professor mais como um espectador do desenvolvimento e favorecedor dos processos de descobrimento autônomo de conceitos do que como um agente que pode intervir ativamente na assimilação do conhecimento. Socioconstrutivismo Segundo Gilly (1999), a abordagem socioconstrutivista do desenvolvimento cognitivo é centrada na origem social da inteligência e no estudo dos processos 18 sociocognitivos de seu desenvolvimento. Os trabalhos sobre esses processos fundamentam-se na teoria do psicólogo Lev Vygotsky, o qual refere-se aos processos físicos superiores. Gilly (1995) e Gaonnach’h (1995) apresentam duas formas de funcionamento mental chamadas de processos mentais elementares e os processos superiores. Os processos metais elementares correspondem ao estágio da inteligência sensório-motora de Jean Piaget, que é derivado do capital genético da espécie, e da maturação biológica e da experiência da criança com seu ambiente físico. Os processos psicológicos superiores, de acordo com Oliveira (1993), são construídos ao longo da história social do homem. Essa transformação acontece através da relação do homem com o mundo que é mediado pelos instrumentos simbólicos e são desenvolvidos culturalmente, possibilitando uma diferenciação do homem em relação aos outros animais, na forma de agir e na interação com o mundo. Gilly (1999) classifica três princípios fundamentais interdependentes que dão suporte à teoria de desenvolvimento dos processos mentais superiores: • Relação entre a educação, a aprendizagem e o desenvolvimento; • Função da mediação social nas relações entre o indivíduo e o seu meio (mediação por ferramenta); • Atividade psíquica intraindividuais (mediação por signos) e a passagem entre o interpsíquico para o intrapsíquico nas situações de comunicação social. Cognitivismo Para Vygotsky (1994), as potencialidades do indivíduo devem ser levadas em conta durante o processo de ensino-aprendizagem. Isto porque, a partir do contato com pessoa mais experiente e com o quadro histórico-cultural, as potencialidades do aprendiz são transformadas em situações em que ativam nele esquemas processuais cognitivos ou comportamentais. Pode acontecer também de que este convívio produza no indivíduo novas potencialidades, num processo dialético contínuo. Vygotsky vê o sujeito como um ser eminentemente social, na linha do pensamento marxista, e ao próprio conhecimento como um produto social. Ele sustenta que todos os processos psicológicos superiores (comunicação, linguagem, raciocínio etc.) são adquiridos no contexto social e depois se internalizam. Considera que a aprendizagem ocorre em uma zona que denomina zona de desenvolvimento proximal, explica como sendo a distância entre o nível de desempenho de uma criança e aquilo em que ela não consegue fazer sozinha, mas que pode realizar com a ajuda de um colega ou um adulto. Outras Visões Pedagógicas Considerando as teorias já apresentadas para compor, portanto, um modelo de ensino-aprendizagem via Internet faz-se necessário também a composição de vários modelos pedagógicos. A seguir são apresentados alguns, conforme relatado por vários autores, juntamente com breves comentários sobre a sua utilidade para a EAD. Teoria Dialógica de Paulo Freire – Nessa perspectiva, a interatividade implica na comunicação de dupla-via, numa relação pauta no Diálogo que, segundo Moura (1978), somente através deste o processo formativo se consolidará. Do ponto de vista educacional, esta relação dialógica ocorre na interação professor-aluno. Embora na educação mediada por novas tecnologias esta relação nem sempre ocorra face-a-face, é importante frisar que a interatividade possibilitada pelos recursos tecnológicos precisa da intermediação do professor/tutor, sem o qual tais recursos não são colocados a serviço de uma prática pedagógica. Esta reflexão sobre a aplicação de princípios freirianos à educação mediada por novas tecnologias é uma forma de ser fiel a Paulo Freire que, segundo Gadotti (1991), não gostava do mecanicismo, muito menos dos discípulos submissos e obedientes. Consiste, portanto, antes de qualquer coisa, em reinventá-lo e reinventar-se como ele, num processo dialético, onde as transformações e reelaborações encontram-se perpassadas por múltiplas interações. O conceito de interatividade pode ser usado, portanto, para classificar o ensino a distância tomando como parâmetro a capacidade dos meios técnicos de proporcionarem um determinado grau de interação entre os participantes. Esse suporte técnico vai influenciar tanto o conteúdo como a forma na qual se configura cada modalidade de ensino a distância. Pensada desta forma, a educação a distância precisa ser planejada para atender as necessidades e as possibilidades de cada usuário, seja ele uma instituição de ensino governamental ou do setor empresarial, da forma mais adequada às necessidades do aluno, considerando o seu contexto sociocultural, suas experiências e estilos cognitivos. Por outro lado, todas estas vantagens só poderão ser desfrutadas por indivíduos automotivados, que sejam responsáveis pelo seu próprio processo de construção de conhecimento. Precisam também ser, segundo Barros (2006): “indivíduos com capacidade de saber acessar, selecionar, aplicar adequadamente as informações necessárias e úteis na construção do saber, como atividade socialmente integrada e significativa”. O professor/tutor será, portanto, o ponto chave na era da educação mediada por novas tecnologias. À medida que a aquisição de saber se torna mais e mais um processo de exposição a uma multiplicidade de oportunidades de aprendizagem, essa exposição múltipla torna-se um motivo de crescente sobrecarga cognitiva, se não de total perda de referências. Desse modo, uma das principais funções do professor/tutor é a de operar como filtro altamente seletivo na nossa estruturação de visões do mundo e na nossa proteção contra sobrecargas cognitivas. A solução para superar estas sobrecargas situa-se no papel de mediador e no dos processos de contextualização oferecidos pelo professor/tutor (BARROS: 1999). O papel do professor deve ser repensado quando confrontado com as novas tecnologias disponíveis para o ambiente educacional. A interatividade que proporciona um ambiente de aprendizagem virtual, baseado em hipermídia, coloca o educador em uma posição de ruptura de paradigmas. A geração, a ser trabalhada, já nasceu dentro deste contexto tecnológico e digital. Portanto, a interação com este ambiente é natural e o pensamento é moldado no formato de hipertexto, plenamente coerente com sua realidade e configurado pela conectividade das diversas redes de comunicação e informação. O modelo organizador do desenvolvimento de Ausubel – Segundo Bittencourt (1997), este modelo afirma que os estudantes adquirem conhecimento com a ajuda de uma apresentação bem estruturada; os estudantes aprendem novo conteúdo nos termos do que já sabem; organizadores do desenvolvimento servem como material introdutório, direcionado ao preenchimento da lacuna existente entre o que o aluno já aprendeu e o que ele precisa aprender ou assimilar; deve-se começar uma lição do mais geral e então ir para os detalhes específicos. Para Ausebel, é importante a aprendizagem de conteúdo verbal com sentido, aquisição e retenção de conhecimentos de maneira “significativa”. O resultado é tão eficaz quanto à aprendizagem por “descoberta”, mais efetivo pela economia de tempo do aprendiz. Este autor preocupa-se mais no processo de instrução com a apresentação de conteúdo com sentido, do que com os processos cognitivos do aprendiz. A programação de matérias deve ser feita por meio de uma série hierárquica (em ordem crescente de inclusão), com cada organizador avançado precedendo sua correspondente unidade. O modelo de Rothkopf para a instrução por escrito – Este modelo defende a idéia de que se deve estrutu- rar a linguagem para apresentação dos conteúdos de forma a promover a aprendizagem. Por exemplo, ter perguntas no texto, pois elas geralmente facilitam a aprendizagem ativa. Presume-se que a aprendizagem acontece mais facilmente se for feita em conexão com o que já foi aprendido, ou se o que já foi aprendido puder ser utilizado para resolver problemas que sejam relevantes para os estudantes. O modelo de comunicação estrutural de Egan – O centro neste modelo é a idéia de apresentar pequenas doses de informação. Exercícios são, então, determinados para testar a compreensão dessas informações por parte do aluno. As respostas são dadas de modo que os estudantes possam verificar o próprio progresso. Na educação a distância, este modelo foi adaptado, e testes de auto-avaliação – geralmente acompanhados das respectivas respostas – são fornecidos após cada sessão de uma unidade. Se os alunos obtêm um resultado insatisfatório, são aconselhados a estudar a seção novamente com mais empenho antes de passar à sessão seguinte. O modelo de aprendizagem pela descoberta de Bruner – O modelo de Bruner estabelece que se deve usar uma abordagem voltada para a solução de problemas ao ensinar novos conceitos. Segundo Laaser (1997), as mais importantes contribuições deste modelo para a EAD são especificar experiências de aprendizagem pelas quais os estudantes têm de passar; relacionar um volume de conhecimento ao nível dos estudantes; escalonar as informações de maneira que elas possam ser facilmente compreendidas. O modelo de facilitação baseado em Carl Rogers – Este modelo de aprendizagem baseia-se na necessidade de tornar o conhecimento mais fácil. De acordo com Rogers, o trabalho de um facilitador é criar uma atmosfera amigável e propícia para a aprendizagem. Os estudantes têm liberdade total para aprender quando e como eles quiserem. O relacionamento entre um aluno e um facilitador deve ser igualitário, de modo que nenhum dos dois assuma uma posição de superioridade. Segundo Laaser (1997), a teoria de Rogers foi adaptada a certos aspectos da educação a distância: quando os estudantes têm liberdade para escolher as disciplinas que queiram cursar. E também quando eles têm liberdade para estudarem e entregarem as suas tarefas por escrito na forma especificada pelo curso conforme a disponibilidade; quando o texto é escrito de maneira amigável, dirigindo-se de forma direta ao aluno; quando é motivante a sensação de um relacionamento pessoal entre o professor e os alunos; os comentários nas tarefas por escrito têm caráter instrucional, e são escritos de maneira positiva e amigável. 19 20 O modelo de conversação didática de Holmber – Alguns dos conceitos principais deste modelo são: há dois tipos de comunicação bidirecional; uma é a comunicação real, resultado da entrega das tarefas e dos comentários que os orientadores fazem sobre elas; a outra é a comunicação construída dentro do texto. A comunicação bilateral adequada é estabelecida por meio dessa relação pessoal, que pode ser desenvolvida por correspondência, pelo telefone, por fax, por e-mail ou outras ferramentas interativas da Web; uma boa atmosfera para a aprendizagem pode ser alcançada por meio desse estilo, uma vez que as mensagens transmitidas são facilmente recebidas e lembradas. Este modelo propõe que os materiais para a educação a distância sejam estruturados de tal modo que lembrem uma conversação dirigida. Segundo Issing (1999), os conceitos, teorias e modelos de aprendizagem não devem ser utilizados como receitas ou regras fixas para estabelecer as instruções de um curso a distância, eles devem funcionar como modelos pedagógicos básicos ou diretrizes genéricas para o projetista do programa desenvolver os seus próprios procedimentos, adequados para as várias condições de ensino de sua prática cotidiana. Para executar esta tarefa de transferência, é recomendável executar o desenvolvimento de programa em equipes. E o mais necessário na equipe é o conhecimento teórico e prático de um perito no assunto, de um especialista em tecnologia da educação (ou psicólogo), de um professor experiente, de um projetista de mídia e de um programador de computador. As estratégias pedagógicas devem ocupar um lugar privilegiado em qualquer sistema de ensino-aprendizagem. No caso da relação presencial é o docente quem atua como mediador pedagógico entre a informação passada e a aprendizagem por parte dos alunos. Nos sistemas de educação a distância, segundo Perez (1996), a mediação pedagógica se dá através dos textos e outros materiais colocados à disposição do estudante. Isto supõe que os mesmos sejam pedagogicamente diferentes dos materiais utilizados na educação presencial, e que a diferença passa inicialmente pelo tratamento dos conteúdos, que estão a serviço do ato educativo. O mesmo autor entende como mediação pedagógica na educação a distância o tratamento de conteúdos e das formas de expressão dos diferentes temas, a fim de tornar possível o ato educativo, dentro do horizonte de uma educação concebida como participação, criatividade, expressividade e relacionalidade. A mediação pedagógica deve se manifestar em três tratamentos: Tratamento temático a partir do tema – a mediação pedagógica começa pelo conteúdo mesmo. O autor do texto base deve iniciar a partir de recursos pedagógi- cos bem organizados destinados a fazer a informação acessível, clara, de forma a proporcionar a auto-aprendizagem. Tratamento pedagógico desde a aprendizagem – nesta fase são desenvolvidos os procedimentos mais adequados para que a auto-aprendizagem converta-se em um ato educativo; trata-se dos exercícios que enriquecem o texto com referências na experiência e o contexto do educando. Tratamento formal desde a forma – refere-se aos recursos expressivos postos em jogo no material: diagramação, tipo de letras, ilustrações, entre outros. É muito importante que os componentes da EAD (produto educativo) sejam pensados e estruturados por meio de uma abordagem pedagógica e visando a adequação aos objetivos a que se destinam. Por isso, é fundamental, também, avaliar a aprendizagem/ensino para verificar se os objetivos do curso foram atingidos, isto é, validar o produto (conhecer o seu valor), para evoluir dando continuidade ou para elaboração de novos projetos. A avaliação da educação a distância deve ter como objetivo maior fornecer informações para que se possa extrair todo o potencial de benefícios da tecnologia, de forma a aumentar a capacidade de modificação de comportamento dos aprendizes por meio do contínuo aprimoramento da técnica. Neste sentido, a avaliação deve representar a medida do valor da contribuição da educação à distância para a modificação de comportamento (BITTENCOURT & LEZANA: 1997). A avaliação do modelo de ensino-aprendizagem via Internet deve considerar os seguintes aspectos: • A análise da contribuição da educação a distância para atingir os objetivos a que se destina; • A adequação da educação a distância, levando em conta o público a que se destina; • Parecer dos usuários no estabelecimento de prioridades e avaliação do produto; • As limitações da aplicação do produto; • A qualidade do conteúdo que está sendo apresentado; • Produtividade dos recursos. Discorridos os princípios que embasam os princípios pedagógicos e didáticos a serem aplicados ao uso da tecnologia educacional para o modelo proposto, na seqüência, no próximo capítulo, apresentam-se os princípios que nortearam os fundamentos da tecnologia de agentes. Conclusão Foram apresentados neste tópico os conceitos e fundamentos da EAD. O assunto é vasto. Para maiores detalhes sobre o tema, há uma coletânea de artigos relacionados na bibliografia. Em seguida, foram abordadas as práticas pedagógicas da modalidade à distância, a qual se diferencia da modalidade presencial pelas metodologias e pelos meios interativos utilizados. Segundo Martins (2006), uma abordagem mais detalhada pode ser encontrada nas principais referências indicadas pela literatura, como Carretero, Costa e Gadotti. 2.1 - Avaliação Educacional e EAD Na educação a distância, a interação dos alunos com os colegas e com o professor e a troca de informações entre o grupo são essenciais para que ocorra a aprendizagem, buscando a construção de conhecimentos por todos os envolvidos ativamente neste processo. A aprendizagem significativa é reflexiva, construtiva e auto-regulada (as pessoas são construtoras de seus próprios conhecimentos). Assim, a presença ou ausência de certa informação não é fator primordial na avaliação, mas sim como e se o estudante organiza, estrutura e utiliza a informação para resolver problemas mais complexos. Fatos e habilidades isolados são mais difíceis de aprender e de adaptar na solução de problemas do cotidiano, se não forem pertinentes à realidade do aluno. Diversas inovações tecnológicas foram desenvolvidas ao longo dos anos e estão sendo incorporadas ao processo educacional, mas especificamente ao processo de avaliação: dos testes de escolha múltipla (de uma única resposta correta) para as questões abertas, dos trabalhos individuais para os projetos colaborativos. Hoje, quando se pensa em avaliação na educação a distância percebe-se claramente que um longo caminho ainda deve ser construído, pois outras perspectivas, como a auto-avaliação e os testes adaptativos (teste que se adaptam ao conhecimento do aluno), se tornam mais efetivas na educação de alunos mais críticos, criativos e com maior autonomia. Muitas vezes não se sabe bem como medir os resultados, até porque o que existe são evidências de que houve melhora, e não provas incontestáveis. A implementação de salas de chat, listas de discussão e correio eletrônico podem proporcionar subsídios para o processo de avaliação via Web, cujos objetivos devem ser: identificar os pontos fortes e fracos, ajudar o aprendiz a aprender, auxiliá-lo nos estilos de aprendizagem e preferências. A avaliação em rede baseada no acompanhamento e orientação do desempenho dos aprendizes durante o processo de aprendizagem tem sido alvo de formadores tanto em cursos presenciais como a distância. Este tópico apresenta uma visão geral das experiências e pesquisas que vêm sendo desenvolvidas envolvendo a avaliação formativa a distância e a tecnologia educacional envolvida. Técnicas e Instrumentos de Avaliação Para iniciar, destaca-se a seguinte ponderação dos professores Arredondo e Cunha (1999) com relação à avaliação em EAD: Se em toda proposta educativa é importante a avaliação da aprendizagem, na educação à distância esta se converte em um elemento fundamental. A avaliação da aprendizagem em um sistema de educação a distância deve fundamentar-se nas características específicas de autonomia e individualização dos estudantes no desenvolvimento de sua aprendizagem. A avaliação permite conhecer o rendimento acadêmico dos alunos e orientar sua aprendizagem. O sistema de avaliação, que deve ser conhecido pelos alunos, contribui para sua formação e com a melhoria do processo de ensino-aprendizagem, desde o início do processo (avaliação diagnóstica inicial); durante o processo (avaliação processual formativa); e final do processo (avaliação final acreditativa) (ARREDONDO & CUNHA, 1999). Avaliar é importante, não restam mais dúvidas. Mas permanece uma pergunta: quando e como proceder a avaliação? Para Martins (2006), existem vários momentos de avaliação que podem ser aproveitados pelo professor em um curso no formato EAD: • Exercícios de auto-avaliação: trata-se de perguntas que podem estar intercaladas com o texto ou no final de uma unidade e servem como referencial para que o próprio aluno perceba sua compreensão do conteúdo; • Avaliações a distância: geralmente são cadernos de avaliação com questões que os estudantes responderão e enviarão ao professor; • Avaliações presenciais: são provas onde o aluno deve demonstrar até que ponto os trabalhos realizados a distância foram fruto do esforço pessoal do estudante. Quanto aos instrumentos de avaliação que podem ser utilizados pelos professores, destacam-se: • Provas de ensaio (ou avaliação de resposta livre): provas abertas que obrigam o aluno a organizar e elaborar sua própria resposta, selecionando, relacionando e resumindo aquilo que destaca como mais importante, mostrando sua criatividade, originalidade e imaginação. • Provas objetivas: são avaliações com respostas fechadas e que podem ser corrigidas mecanicamente. 21 22 As questões são postas para que o aluno demonstre que possui determinados conhecimentos, habilidades e atitudes. A pontuação deste tipo de prova não depende da opinião ou juízo do professor. As provas objetivas podem ser de resposta livre e limitada: exige apenas a complementação de uma palavra, número ou indicação; de dupla alternativa: o aluno deve identificar a opção correta entre as duas alternativas; e de alternativas múltiplas: é o tipo mais utilizado e recomendado, oferece geralmente de três a cinco respostas e o aluno escolherá a correta. Além dos instrumentos citados acima, outras atividades podem ser propostas aos alunos como forma de avaliação: exercícios práticos, estudos de caso, comentários de textos, elaboração de esquemas pessoais etc. A decisão do tipo de prova compete exclusivamente ao professor da disciplina. Frisa-se, porém, que as autoavaliações, provas à distância e provas presenciais devem guardar entre si uma relação que ajude o aluno a compreender a importância de organizar seu tempo de estudo e suas habilidades, desenvolvendo assim um trabalho acadêmico com qualidade. Por fim, a seguir são apresentados alguns princípios importantes a serem observados pelos professores ao elaborar questões, perguntas e enunciados (ARETIO: 1994): • Guardar conexão com os objetivos fixados para a disciplina. Assim, a resolução da prova definirá em que medida o aluno alcançou o alvo proposto ao iniciar o estudo; • Ter relação com o tipo de exercícios e perguntas aplicados anteriormente na disciplina, demonstrando a coerência pedagógica e acadêmica do método utilizado; • Incluir perguntas ou questões informativas (que exigem memorização e conhecimento de dados) e formativas (que apelem para a iniciativa, criatividade e elaboração pessoal dôo aluno); • Exigir, conforme a disciplina requeira, a resolução de problemas, aplicação de princípios gerais, comentários (de textos, áudios e vídeos), traduções, soluções de casos práticos etc.; • Combinar habilmente, em uma proporção aceitável, questões de fácil, média e difícil resolução, com o intuito de detectar os distintos tipos de alunos e seu aproveitamento. Avaliação em Ambientes de EAD A avaliação da aprendizagem é um tema polêmico, mesmo se tratando de avaliação presencial. Quando o assunto é avaliação a distância, os problemas e polêmicas são ainda maiores. Sem levar em conta os aspectos de certificação e legitimidade, a avaliação torna-se muito mais complexa, por não se ter a realimentação das interações face-a-face, que fornece alguns indícios da compreensão e interesse do aluno, possibilitando uma avaliação mais efetiva deste. Resumidamente, a avaliação em cursos a distância pode ser realizada de três formas principais: presencial, virtual com aplicação de testes on-line e avaliação ao longo do curso (BARROS: 1999). Abaixo, segue uma breve descrição de cada uma dessas modalidades de avaliação: •Presencial: a avaliação é feita por meio de uma prova, na presença do formador ou de outra pessoa responsável, para garantir a legitimidade da mesma. •Virtual com aplicação de testes on-line: a avaliação é feita por meio de mecanismos de testes on-line a serem respondidos e enviados posteriormente para o formador por meio de e-mail ou de formulários de envio. •Avaliação ao longo do curso (contínua): a avaliação é feita de modo contínuo, baseada em componentes que forneçam subsídios para o formador avaliar seus aprendizes de modo processual, tais como as atividades realizadas, os comentários postados, as participações em grupos de discussão e em chats, as mensagens postadas no correio etc. As avaliações presenciais e por meio de testes on-line, em geral, são realizadas de forma somativa, apenas para verificar a aprendizagem dos pontos principais do conteúdo e determinar a promoção do aprendiz no final de um módulo ou curso (OTSUKA: 2006). Neste caso, a avaliação fica presa ao modelo tradicional de exames e testes, o que a caracteriza como ferramenta de verificação de resultados. A avaliação contínua pode ser considerada formativa (PERRENOUD: 1999) quando o objetivo principal melhorar os processos de ensino-aprendizagem em andamento e não apenas verificar as aprendizagens adquiridas. Perrenoud (1999: 80) também nos auxilia esclarecendo que: “nem toda avaliação contínua pretende ser formativa. Muitas intervenções do professor não têm como objetivo principal contribuir diretamente para a aprendizagem, porque sua tarefa não é somente ensinar, mas também manter a ordem, animar trocas, pôr para trabalhar, ao longo de todo o ano, em um espaço exíguo”. A Comunicação Mediada por Computador (CMC) abriu espaço para a exploração de novas abordagens de ensino-aprendizagem em Educação a Distância, distintas da abordagem tradicional baseada na transmissão de informações ao aprendiz. Com os recursos introduzidos pela CMC, tornou-se possível a exploração de abordagens baseadas na colaboração, na construção de conhecimentos e na avaliação formativa do aprendiz. Nos cursos a distância, a avaliação formativa pode ser realizada por meio do acompanhamento contínuo das participações dos aprendizes nas atividades propostas no curso. Neste contexto, as características informativa e reguladora desta abordagem de avaliação têm revelado uma especial importância por favorecer a percepção do comportamento dos aprendizes e a identificação de problemas mesmo à distância, possibilitando uma orientação mais efetiva das aprendizagens em andamento (OLIVEIRA: 1993). Os ambientes de aprendizagem oferecem mecanismos de interação adequados para a realização de atividades em um curso a distância. Estes mecanismos devem ser orientados para uma mesma finalidade que é a aprendizagem. Campos (2003) cita três tipos de interações freqüentes que ocorrem nos ambientes de EAD: •Diálogo: – É realizado por meio de ferramentas de comunicação eletrônica (chats, fóruns de discussão, news, e-mail e outros instrumentos de interação baseados na linguagem); – Os aprendizes participam da discussão do curso, fixando seus próprios objetivos, resolvendo problemas, procurando e descobrindo sentido para suas ações a fim de construir novas informações, e estabelecendo seus próprios critérios de “sucesso”; – Os aprendizes trocam informações com outros participantes. •Participação nas atividades: – É estabelecido um ambiente que privilegia a resolução de questões, onde os aprendizes trabalham em projetos e problemas geradores e compartilham soluções; – O ambiente de aprendizagem é voltado para a formação dos aprendizes. É onde eles realizam exercícios com o intuito de melhorar conhecimentos e habilidades específicas. •Apresentação de trabalhos: – A interação é voltada para a apresentação de trabalhos dos alunos para os participantes do curso; – A interação é voltada para a demonstração da habilidade dos aprendizes em resolver problemas e responder questões. A partir da classificação das possíveis interações em um ambiente, pode-se pensar em uma avaliação formativa continuada baseada na interatividade. Para o sucesso desse tipo de avaliação em cursos a distância, idealmente é importante considerar os seguintes fatores: •A avaliação formativa deve ser feita de forma contínua, ao longo de todo processo do curso; •Na avaliação formativa, é importante que o professor conheça cada um de seus alunos. Não só o nome, mas também o jeito de ser, aprender e pensar, além dos seus gostos e expectativas; • Após o desenvolvimento de uma ou mais atividades de aprendizagem, faz-se necessário verificar em que medida e por quantos alunos o objetivo desejado foi efetivamente alcançado; • O professor deve observar como cada aprendiz procede em face dos problemas e como ele encontra suas próprias soluções; • Os professores precisam constantemente estar intervindo e auxiliando os alunos por meio de observações. Segundo Perrenoud (1999), a observação é formativa quando permite guiar e otimizar as aprendizagens em andamento; • São imprescindíveis a análise da participação dos aprendizes nas interações realizadas e a disponibilidade dinâmica destas análises no decorrer do curso, para que os alunos tenham tempo de melhorar seu desempenho, a partir do conhecimento dos tópicos em que estão melhores e dos que precisam estudar mais. Resumidamente (MARTINS: 2006), a avaliação formativa exige um monitoramento contínuo da participação dos alunos e geração de realimentação aos mesmos. Percebe-se então, que a quantidade de variáveis a serem consideradas para a eficácia de uma avaliação formativa gera uma sobrecarga de trabalho para o professor podendo comprometer e até inviabilizar o processo de avaliação formativa em um curso. Constitui-se, portanto, um desafio desenvolver tecnologia que dê suporte a este processo de avaliação. 2.2 - Imersão nos Meios Tecnológicos Criando Ambientes Interativos de Aprendizagem Vinculados às Atividades Pedagógicas Texto 2 Definindo Critérios de Qualidade para a Avaliação de Cursos a Distância (MARTINS, R.M.) O ato de avaliar constitui uma fonte permanente de informações sobre a realidade do processo ensinoaprendizagem. Assim sendo, a avaliação num programa de educação a distância deve se pautar nos seguintes critérios: 23 24 1- Interdependência das modalidades avaliativas •Diagnóstica: em dois momentos diferentes, antes e durante o processo de instrução; •Formativa: durante o processo de instrução; •Somativa: ao final da instrução com a finalidade de verificar o que o aluno efetivamente aprendeu. essa atividade com freqüência, desenvolvendo a habilidade de avaliar seu próprio trabalho (autoavaliação); • O aluno também deverá realizar a avaliação pelos pares. 2- Orientação permanente daqueles que participam do processo de ensino e aprendizagem • As formas de avaliação apresentadas são adequadas ao conteúdo e aos recursos técnicos disponíveis em quantidade e tipos apropriados? • As avaliações são apresentadas em grau crescente de dificuldade? • Mede o que se propõe a medir e permite generalizações apropriadas sobre as habilidades dos estudantes? • Apresenta conexão com os objetivos educacionais e a realidade do aluno? • Envolve todo o conhecimento e habilidades necessárias ao conteúdo explorado? •Acompanhar o desempenho escolar de cada aluno, identificando aspectos que demandem atenção especial; •Identificar e planejar formas de apoio aos alunos que apresentam dificuldades; •Verificar se os objetivos específicos propostos estão sendo alcançados; •Fornecer subsídios para a revisão dos materiais e do desenvolvimento dos cursos; •Permitir que mudanças específicas possam ser implementadas se necessário; •Apresentar recursos para avaliação qualitativa que considere a atitude do aluno, sua participação, seu interesse e espírito crítico, sua autonomia e a responsabilidade tanto individual quanto do grupo; • Permitir avaliar os alunos no desempenho de suas tarefas diárias, e não só através de testes ocasionais; • Disponibilizar, através do uso de ferramentas do sistema, dados sobre acesso e progresso dos alunos. 3- Esclarecimento dos fins e objetivos da avaliação • Os alunos deverão ser informados sobre “por que”, “como” e “para que” serão avaliados; • A equipe que elaborou a avaliação deve esclarecer aos alunos: suas características, componentes e modalidades, esclarecendo as atividades que serão utilizadas; a qualificação a ser adquirida; os resultados analíticos com os aspectos positivos, negativos, lacunas e erros. 4- Individualização de formas avaliativas • Através do perfil do aluno (interesses, habilidades e capacidades desenvolvidas e por desenvolver), o docente poderá traçar um planejamento de atividades, leituras complementares e tarefas desenhadas especialmente para aquele indivíduo. 5- Aprendizagem independente ou auto-aprendizagem • É imprescindível que o aluno seja também seu próprio avaliador, e que seja estimulado a exercer 6- Adequação das formas de avaliação 7- Verificação dos resultados Identificar se os alunos apresentam: capacidade de síntese, análise, comparação; capacidade de se relacionar com os temas, conceitos e com o grupo; criatividade, expressão, observação, participação; capacidade de desenvolver novas habilidades, habilidades de comunicar-se e colaborar com o grupo. 8- Possibilidades do sistema e suas ferramentas • Possui ferramenta específica para avaliação? • O sistema garante a integridade das informações disponibilizadas nas avaliações, permitindo que sejam acessadas somente pelo avaliador, a critério dele? • Apresenta recurso que permita divulgação confiável e restrita dos resultados das avaliações? • Existem recursos para avaliação on-line? • Existe suporte para auto-avaliação? • Existe ferramentas de acompanhamento das atividades cooperativas dos alunos que permitam avaliar a participação nos chats e no fórum, tempo em que esteve on-line no curso, dúvidas enviadas, trabalhos realizados? • Permite também avaliar capacidade de mobilização, cumprimento de prazos, estratégias e planos utilizados em grupo, apresentação estética dos trabalhos, inovação e criatividade, regularidade (freqüência de participação), liderança, informações e conhecimento compartilhados com os colegas? • Apresenta ferramenta ou sistema de realimentação? • Permite medir o processo de aquisição de informações, identificando como o aluno chegou aos resultados apresentados? Desafios Desafio 4: Escolha uma teoria de aprendizagem. Qual a contribuição da teoria escolhida para a EAD? Redija uma pequena síntese (uma ou duas páginas). Desafio 5: Fazer o comentário sobre o uso de duas ferramentas informáticas selecionadas para o grupo trabalhar, relacionando-as com as quatro teorias de aprendizagem (Comportamentalismo, Construtivismo, Socioconstrutivismo e Cognitivismo). Desafio 6: Dê sua opinião sobre os prós e contras das ferramentas de informática para as atividades pedagógicas. 25 26 UNIDADE III AVALIAÇÃO DA QUALIDADE O processo de avaliação seguramente requer um nível alto de análise que vai além da medição de desempenho na execução da tarefa. O professor deve coletar informações sobre o desempenho dos estudantes, porque estas informações permitem determinar em que nível os objetivos educacionais foram atingidos, se a prática pedagógica foi efetiva e se tópicos de estudo requerem suporte adicional (MARTINS: 2006). Como a avaliação é um processo de múltiplas facetas, incluindo os aspectos afetivos e sociais envolvidos na aprendizagem, ele não pode ser conduzido somente de forma eletrônica. Independente do ambiente de aprendizagem adotada, ou seja, sala de aula ou ambiente computacional, a avaliação do estudante é uma tarefa do professor. Contudo, os ambientes de aprendizagem cooperativa podem oferecer apoio para que o professor tenha dados constantes para subsidiar sua avaliação sobre o desempenho de cada estudante e do grupo. As ferramentas de comunicação e cooperação da Web podem se constituir em espaço virtual útil para a representação, armazenamento e apresentação de dados sobe as interações dos estudantes em uma tarefa cooperativa, exibindo a histórico destas interações. Texto 3 Critérios de Qualidade para Avaliação de Cursos Virtuais Critérios para a Tutoria (MARTINS, R.M.) O que é ser tutor? Antes de tudo, ser tutor é ser professor. E não qualquer professor porque nem todo professor identificar-se-ia com a proposta de curso virtual, tanto por seus objetivos, pelo conteúdo que veicula, por princípios que assume, como pela modalidade adotada. O tutor possui um papel central. Significa compreender a complexidade da formação docente no atual contexto, ampliando o olhar sobre a educação como prática social e situando a relação ensino-aprendizagem no âmbito das relações sociais. Assim sendo, pode-se afirmar que ser tutor é: • Assumir integralmente o apoio ao processo de aprendizagem dos alunos, identificando diferenças entre suas trajetórias, respeitando ritmos próprios, valorizando suas conquistas, procurando integrá-los e ajudando-os a enfrentar os desafios que o ensino individualizado impõe; • Desenvolver procedimentos que garantam a comunicação mediatizada com os alunos, com ênfase no diálogo; • Propor, gerir e avaliar estratégias didáticas diferenciadas e que contribuam para que o aluno organize sua própria aprendizagem; • Criar formas específicas e rotinas de acompanhamento da aprendizagem dos alunos, estimulando-os durante todo o processo; • Avaliar o percurso dos alunos no curso a partir do compromisso ético com o seu progresso, promovendo ações complementares que permitam a superação das dificuldades encontradas; • Analisar, selecionar e fazer uso de outras tecnologias, além das utilizadas na proposta, que possam complementar o processo de formação do aluno; • Estabelecer formas de articulação permanente com outros tutores, presencialmente ou a distância; • Gerir sua própria formação continuada, buscando alternativas de ampliação do conhecimento. Tutoria em Educação a Distância – Interações e Mediações A mediação pedagógica e o desenho colaborativo na Educação a Distância pela Web adquirem um lugar de destaque, pois envolvem elementos culturais fundamentais que se manifestam nas interfaces de comunicação e educação, cuja finalidade é revelar e atualizar a experiência do educador. A mediação é um processo que adquire importância nesse contexto, pois nele intervêm diversos agentes com os objetos resultantes de suas atividades culturais e científicas. Os agentes são produtores e produtos de subjetivação que atuam possibilitando o encontro entre as pessoas. Ocorrem em momentos relativos a uma situação de aprendizagem e em circunstâncias que podem ser contingentes. O educador-mediador não se limita a dar boas-vindas aos participantes; ele possui um posicionamento político-pedagógico, dialoga, responde mensagens e participa em chats e debates. Acompanha o ritmo de participação dos alunos e encoraja a reflexão e a ação, promovendo uma comunidade de aprendizagem. Quadro Sinóptico – Critérios para Tutoria 27 TABELA – Definição de Critérios para Avaliação de Tutoria “Não se pode ensinar se ao mesmo tempo não se aprende”. (Pier Paolo Pasolini) 28 Referências Bibliográficas do Texto 3 AOKI, K.; POGROSZEWSKI, D. Virtual University Reference Model: A Guide to Delivering Education and Support Services to the Distance Learner. Disponível em: http://www.westga.edu/%7Edistance/aoki13.html. Arquivo consultado em novembro de 2004. CORRÊA, Juliane. Reflexões sobre o desafio de ser tutor. In: Formação. v.2, n.4. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. JAEGER, Fernanda Pires & ACCORSSI, Aline. Tutoria em Educação a Distância. Disponível em: http://www. dcc.ufjf.br/EAD/disc7-gEAD/48.doc. Arquivo consultado em novembro de 2004. VIEIRA, Fábia Magali Santos. Considerações Teórico-metodológicas para Elaboração e Realização de Cursos Virtuais. Disponível em: http://www.abed.org.br/publique/cgi/ cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=179&sid=104& UserActiveTempla. Arquivo consultado em novembro de 2004. 3.1 – Hiperdocumentos Educacionais para a Web Existem diversos modelos e metodologias para a construção de mapas conceituais, são eles: o hipertexto e a hipermídia como ferramentas de apresentação de conteúdo e interação com os usuários. O Daphne faz uso de mapas conceituais e mapas de informação e propõe o uso tanto da navegação livre quanto da navegação dirigida. Na navegação livre o aprendiz pode consultar a hiperbase livremente, podendo percorrê-la do início ao fim, enquanto que na navegação dirigida predeterminam-se caminhos ou roteiros que possam ser trilhados com certo grau de liberdade, mas que garantem tanto ao autor do curso quanto ao aprendiz que este não se perca ao longo da navegação e chegue aos objetivos estabelecidos previamente. A navegação do modelo Daphne permite que o aprendiz tenha liberdade para escolher qual informação acessar, com objetivo de: oferecer sempre ao aprendiz uma informação que ele esteja preparado para assimilar; apresentar os assuntos numa seqüência que o autor do curso considere didaticamente eficiente; proporcionar uma boa orientação, de modo que o aprendiz saiba sempre de onde veio e para onde vai; permitir que o aprendiz retorne facilmente a uma informação que tenha considerado interessante; dar certo grau de liberdade para o aprendiz satisfazer a curiosidade de espiar um pouco além da lição; permitir ao aprendiz retornar facilmente a um ponto onde se encontrava anteriormente, caso se afaste do caminho que estava percorrendo. Na navegação livre o aprendiz pode consultar a hiperbase livremente, podendo percorrê-la do início ao fim. Torna disponíveis os seguintes mecanismos: âncoras que permitem o acesso à ordem hierárquica estabelecida para os tópicos quando se elabora a hiperbase, âncoras que permitem acessar os diferentes mapas de informação referentes ao mesmo tópico, âncoras que permitem acessar o nó imediatamente superior numa hierarquia, âncoras que permitem voltar ao mapa anteriormente visitado e o índice de assuntos. Na navegação dirigida predeterminam-se caminhos ou roteiros que possam ser trilhados com certo grau de liberdade, mas que garantem tanto ao autor do curso quanto ao aprendiz que este não se perca ao longo da navegação e chegue aos objetivos estabelecidos previamente. O método EHDM (Educational Hyperdocuments Design Method) é usado para o desenvolvimento de desenhos de hiperbase e relaciona com os métodos genéricos de desenvolvimento de aplicações hipermídia (HDM, RMM, OOHDM, EORM, HMBS/M) e é baseado na combinação de mapas conceituais e modelo Michener para representação do conhecimento. O EHDM usa uma representação de mapas conceituais diferentes comparado aos usados no Daphne. O modelo EHDM utiliza a técnica de mapeamento conceitual para modelar o domínio de conhecimento a ser abordado pelo hiperdocumento. Sugere três fases para o desenvolvimento da aplicação hipermídia: • 1º fase: Modelagem conceitual hierárquica: conceitos; resultados; exemplos. • 2º fase: Projeto navegacional de contextos: nós (núcleos e satélites); elos; contextos navegacionais (conjunto de nós, elos e outros); estruturas de acessos (índice, roteiro). • 3º fase: Construção e Testes: aplicação da hipermídia final (resultado). A modelagem conceitual hierárquica tem como objetivo modelar o domínio de conhecimento escolhido e permite a classificação de partes de uma teoria em três categorias de conhecimento: conceitos (descrição; definição; princípio; procedimento), pode se dividir em conceitos gerais, subordinados e específicos. Os resultados abrangem as conseqüências lógicas obtidas a partir de conceitos do domínio e de outros resultados preestabelecidos; exemplos abrangem as instâncias individuais relativas a um conceito ou resultado identificado no domínio, podem ser estruturados por relacionamentos que refletem uma ordem de complexidade. O projeto navegacional de contextos representa um hiperdocumento, durante essa fase podem ser construídos diversos modelos navegacionais de contextos, baseados no mesmo modelo conceitual hierárquico. As primitivas gráficas no modelo navegacional de contextos são representadas pelos nós que são descritos por um grupo de atributos e um conjunto de âncoras e os elos que fazem as ligações entre os nós e podem ser unidirecionais ou bidirecionais quando utilizados dois nós unidirecionais. Os atributos dos nós se dividem em duas classes: Núcleo representa as informações apre- sentadas quando o nó é visitado; Satélite representa as informações obtidas a partir das informações relativas aos atributos da classe núcleo. O resultado da fase da construção e testes do modelo navegacional de contexto é convertido em objetos disponíveis no ambiente de implementação escolhido. O resultado pode ser obtido através de três tipos de implementação: interpretada requer um sistema capaz de interpretar e executar as especificações da aplicação desenvolvida; traduzida consiste em traduzir as especificações em artefatos de algum sistema de autoria de aplicações hipermídia; tradução livre não utiliza sistemas intermediários para interpretação, autoria ou apresentação. 3.2 – Espaços Virtuais de Aprendizagem Texto 4 Comunidades Virtuais de Conhecimento (MARTINS, R.M.) nova forma de estabelecimento de relações sociais por meio da rede, a sociabilidade (CASTELLS: 1999). Uma série de acontecimentos marcados pelo desenvolvimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), pelo aperfeiçoamento da Comunicação Mediada por Computador (CMC), pelo surgimento da rede Internet e do ambiente virtual ou ciberespaço, tem alterado significativamente a organização dos sistemas sociais, políticos e econômicos em âmbito mundial. No campo cultural, o impacto tecnológico refletiu na constituição de uma nova cultura, a cibercultura, e de uma Assim, a sociedade vive, hoje, o que Castells (1999) denominou de era da informação ou era do conhecimento, caracterizada pela mudança na maneira de comunicar da sociedade e pela valorização crescente da informação nessa nova configuração da estrutura vigente, à medida que a circulação de informações flui a velocidades e em quantidades até então inimagináveis. Nesse contexto que possibilita a comunicação mais ágil entre os indivíduos independentemente da localização geográfica e em meio 29 30 a um quadro de mudanças confusas e incontroláveis, manifesta-se uma tendência nas pessoas de se reunirem em grupos sociais visando compartilhar interesses em comum. A busca em torno da aquisição de novas identidades é necessária para o indivíduo poder delimitar seu lugar no mundo e se fazer reconhecer como diferente entre tantos outros. A possibilidade de ser reconhecido por meio de uma ou várias identidades transforma-se na fonte básica de significação social num cenário de ampla desestruturação das organizações, não legitimação das instituições e enfraquecimento de importantes movimentos sociais, que se delineia ao longo da modernidade. Todas essas alterações atingiram profundamente o indivíduo no final do século XX, quando se instaurou a chamada “crise de identidade”, inserida numa conjuntura mais ampla de mudança, que deslocou as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalou os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social (HALL: 2001). específico, através da Internet (RHEINGOLD: 2001). Exemplos de comunidades virtuais são as constituídas pelos membros de quaisquer organizações em espaços on-line, intranets corporativas, ambientes de ação colaborativa, sistemas de educação a distância etc. Conforme sua finalidade, uma CV pode ser classificada como sendo (KOLLOCK: 1997): • de aprendizagem: a comunidade dos estudantes e professores de um curso de graduação; • de prática: formada pelos funcionários de uma empresa ou organização; • de lazer: a dos amantes da pesca, colecionadores de selos etc. Seja qual for a natureza de uma CV (de aprendizado, de prática ou lazer), para que seja possível desenvolvêla com segurança e sucesso, a mesma necessita atender a uma série de requisitos ou princípios. Alguns são gerais e aplicam-se a qualquer CV. Outros são específicos e dependem do particular domínio que é o foco ou tema da comunidade. Assim, passou-se a viver uma realidade diferente, na qual as barreiras espaciais, temporais e geográficas já não são tão significativas, quando as redes globais de intercâmbios começaram a conectar e desconectar indivíduos, grupos, regiões e até países sob os efeitos globalizantes provenientes da pós-modernidade e/ou modernidade tardia (HALL: 2001), ou alta modernidade (GIDDENS: 1991). Um ambiente de ensino e de aprendizado, com uma proposta didático-pedagógica alicerçada no paradigma interacionista-construtivista, pode ser viabilizado através do uso de ambientes virtuais de aprendizagem, que propiciam a criação de comunidades virtuais. Essas comunidades de aprendizagem podem ser formadas por professores (orientadores/articuladores) e alunos, que compartilham recursos materiais e informacionais formando uma rede de interação para a construção do conhecimento. Diante desse cenário, o indivíduo desprovido de referências tradicionais sai à procura de pessoas com as quais possa compartilhar interesses em comum, ação que se repete, uma vez que é da natureza humana se relacionar socialmente. Nos últimos tempos, porém, tal prática parece ter sido intensificada com a presença das redes mundiais de computadores, que aproximam os indivíduos e possibilitam o surgimento de novas formas de relações sociais, entre as quais destacamse as comunidades virtuais, espécie de agrupamentos humanos constituídos no ciberespaço ou no ambiente virtual (RHEINGOLD: 2001). As comunidades virtuais de aprendizado são construídas através das ações colaborativas e cooperativas dos participantes. Proporcionando, assim, a construção do “saber original”, constituído e estruturado, resultante da ação, discussão e reflexão crítica. Desse modo, os participantes permanecem informados de forma variada e são estimulados e enriquecidos através das diferentes contribuições e manifestações de idéias. Os projetos desenvolvidos em uma comunidade podem ser observados, comentados e avaliados por todos os participantes, criando laços de realimentação para o próprio processo em construção. No presente trabalho, será abordada a formação de comunidades virtuais como uma estratégia do indivíduo inserido numa sociedade em rede de se fazer reconhecer por meio de uma ou várias identidades. As atividades colaborativas e cooperativas desenvolvidas nas comunidades são suportadas por diversos espaços de interação e possibilita um processo de açãoreflexão continuados dos sujeitos da aprendizagem – os integrantes da comunidade. O pressuposto da atividade cooperativa inclui e incentiva a possibilidade de um trabalho interdisciplinar, pois possibilita o desenvolvimento do pensamento e da autonomia através de trocas intelectuais, sociais, culturais e políticas. Princípios de uma Comunidade Virtual Uma Comunidade Virtual (CV) é uma associação de indivíduos (os membros da comunidade, participantes ou usuários) que compartilham entre si interesses, conhecimento e objetivos, em um domínio temático Qual é o desafio das Comunidades Virtuais de Conhecimento? Uma comunidade que sustenta uma efetiva rede de comunicação aprende com seus próprios erros, pois estes são difundidos por toda a rede e podem retornar para a sua origem ao longo de realimentação. Com um comportamento desse, a comunidade pode corrigir seus erros, auto-regulando-se a auto-organizando-se. Esse é o mais difícil dos desafios, quando o assunto diz respeito às comunidades virtuais. Elas são autônomas. Esta característica é latente. Entretanto, elas devem, também, ter organização própria, serem auto-suficientes e auto-organizadoras. Devem ter vida social ativa, pois é essa característica que proporciona os laços, importantes para a criação e manutenção da sensação de pertencimento, o qual virá a motivar a participação e comportamento ativo de ação. Mas, infelizmente, ainda os seres humanos, todos, têm que aprender a lidar com isso. Pois todos possuem a enorme tendência a querer controlar, impor, encaminhar, julgando-se conhecedores de tudo. Referências Bibliográficas do Texto 4 CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999. GIDDENS, Anthony. As Conseqüências da Modernidade. São Paulo: UNESP, 1991. HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. KOLLOCK, P.. Design Principles for Online Communities. In: The Internet and Society: Hardware Conference Proceedings. Cambridge: O’Reilly and Associates, 1997. PALLAZO, L. & COSTA, et al. Comunidades Virtuais de Formação Tecnológica: Fundamentação Pedagógica e Metodologia de Construção. In: XIII Simpósio Brasileiro de Informação na Educação. Unisinos, 2002. PINTO, S. & SCHLEMMER, E.; et al. AVA: Um Ambiente Virtual baseado em Comunidades In: XIII Simpósio Brasileiro de Informação na Educação. Unisinos, 2002. RHEINGOLD, H.. The Virtual Community: HomestEADingn at the Electronic Frontier. Disponível em: http:// www.rheingold.com/vc/book. Arquivo consultado em 2001. Exemplos PHEW – Mapas Conceituais 31 32 33 34 35 Desafios Desafio 7: Vamos pensar! Para auxiliar sua reflexão, elabore um esquema com as idéias apresentadas nos textos: Avaliação da Qualidade e Espaços Virtuais de Aprendizagem. Estabeleça comentários sobre os assuntos. Elabore mapas conceituais que abordem as informações obtidas. Envie o trabalho para os outros grupos para que as idéias apresentadas possam ser discutidas e avaliadas. 36 Se você: 1) 2) 3) 4) concluiu o estudo deste guia; participou dos encontros; fez contato com seu tutor; realizou as atividades previstas; Então, você está preparado para as avaliações. Parabéns! Glossário Ambientes Virtuais de Aprendizagem - a expressão “ambientes virtuais de aprendizagem” (AVA) tem sido utilizada, de modo geral, para se referir ao uso de recursos digitais de comunicação utilizados para mediar a aprendizagem. Ou seja, diz respeito ao desenvolvimento de condições, estratégias e intervenções de aprendizagem num espaço virtual na Web, organizado de tal forma que propicie a construção de conceitos, por meio da interação entre alunos, professores e objeto de conhecimento. Avaliação da Qualidade de Software Educacional - segundo a ISO/IEC 9126-1, as características de funcionalidade, usabilidade, confiabilidade, eficiência, manutenibilidade e portabilidade foram estabelecidas como um conjunto de atributos para se avaliar e descrever a qualidade de um produto de software genérico. Mas a Avaliação da Qualidade do Software Educacional foca outros elementos, além das características anteriormente citadas, pois a incorporação desses aplicativos só se justifica na medida em que possibilite um avanço qualitativo nos processos de ensino e aprendizagem, concorrendo para uma educação transformadora. A perspectiva, na avaliação de software educacional, é a de valorizar fundamentalmente o aspecto educacional, submetendo a ele os demais critérios de apuração de sua qualidade. Além disso, há que se considerar que é o professor quem realiza a escolha desse software e, em geral, não está familiarizado com tantos critérios técnicos. Cibercultura1 - conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, atitudes, modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço. Ciberespaço - termo cunhado por William Gibson em seu livro Neuromancer (1984). Dimensão não física ou territorial, composta por redes de computadores, pessoas e variados recursos, onde as informações, nas quais em diversas formas, circulam permanentemente. Comunidades Virtuais - as comunidades virtuais são definidas como redes virtuais de comunicação interativa, organizadas em torno de interesses compartilhados. Já as comunidades virtuais de aprendizagem são constituídas a partir de interesses comuns de conhecimento estabelecidos em um processo cooperativo. A interação entre os participantes de uma comunidade virtual de aprendizagem cria espaços que privilegiem a co-construção do conhecimento criando, assim, uma nova concepção de aprendizagem. EAD - Educação a Distância. Modalidade de educação em que a maior parte da comunicação entre professor e aluno é indireta, mediada por recursos tecnológicos. Hipertextualidade - forma não linear de apresentar as informações em suporte digital. Um hipertexto vincula as informações contidas em seus documentos, criando uma rede de associações complexas através de links e remissões. 1 Pierry Lévy, Cibercultura. 37 38 Gabarito Gabarito com o professor. Referências Bibliográficas ARETIO, Lorenzo Gargia. Educación a distancia hoy. Madrid: UNED, 1994. ARREDONDO, S.C. & CUNHA, J.C.. Planejamento e Avaliação da Aprendizagem em Educação a Distância. Curitiba: NEAD/UFPR, 1999. ARREDONDO, Santiago Castillo. Conferência na UFPR. Disponível em: http://portal.uned.es/pls/portal/docs/PAGE/UNED_MAIN/LAUNIVERSIDAD/VICERRECTORADOS/INVESTIGACION/O.T.R.I/SERVICIOS/DIFUSION/ANUARIO%201999-2000.PDF BARBOSA, Rommel M. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2005. BARROS, Célia Silva Guimarães. 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