Curso de Natação em Academia Prof. Ms. Carlos Miné UNITAU-SP Adaptação Ao Meio Líquido 1 Adaptação ao meio líquido • Antes de iniciarmos os comentários sobre o que devemos trabalhar nesta fase do aprendizado, devemos conhecer alguns conceitos necessários para um melhor entendimento das demais fases futuras e, como aproveitar melhor o conhecimento corporal adquirido nesta fase. Alguns autores possuem uma mesma visão sobre o assunto e aqui podemos citar Counsilman (1984) e Maglisho (1999) como tendo uma concordância a respeito desse assunto. Conceitos • Hidrostática - estudo da flutuação e flutuabilidade; • Flutuabilidade - estudo da flutuação, podendo ser negativa ou positiva; • Flutuação - capacidade de cada indivíduo flutuar sobre a água; • Densidade - relação existente entre massa e o volume de um objeto; 2 Continuação... • Pressão - aumenta de acordo com a profundidade do ambiente; • Empuxo - força existente que age de baixo para cima no corpo imerso; • Centro de gravidade e centro de flutuação; • Atrito - resistência existente com relação ao corpo do nadador; • Superfície de atrito - partes do corpo do nadador que age em relação ao atrito causado pelo movimento. Continuação... • Resistência - pode ser causada pelas ondas, pela turbulência, por trajes de banho, por pelos do corpo dentre outros; • Propulsão - um empurrar para frente ou para trás; • Leis do movimento x Natação - leis de Newton (1ª, 2ª e 3ª); - 1ª o corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento uniforme a menos que seja obrigado por forças externas a mudar este estado; 3 Continuação... • 2ª a taxa de variação de movimento de um corpo é proporcional a força desequilibradora exercida sobre ele e que acontece na direção em que a força atua; 3ª para toda força e ação existe uma força igual e oposta, uma reação. • Formas de propulsão - pernada, remada e braçada. Adaptação • Existem quatro aspectos essenciais nesta fase: o respeito pela fase de desenvolvimento maturacional que o aluno se encontra, o contato físico, o contato social que o aluno terá com o professor e a segurança, pois não basta que o aluno esteja seguro e sim que ele se sinta seguro (ADENC 2005). A boa adaptação ao meio líquido dependerá principalmente da relação do aluno com a água sendo resultado da maneira pela qual a aproximaram do meio líquido e do tempo que lhe 4 Continuação... • concederam para se adaptar e brincar (Trindade 1990). O professor deverá compreender que esta de frente a uma psicologia complexa de crescimento e desenvolvimento o qual necessita de condições únicas e especiais. Podemos aqui dividir esta adaptação em duas partes: adaptação psicológica e adaptação fisiológica. Para a 1ª devemos buscar uma familiarização do aluno através do lúdico e de jogos que tenham contato direto com a água. Continuação... • Na 2ª vamos ambientar o aluno a partir da imersão da cabeça na água. Nesta fase incia-se o trabalho de respiração que favorecer tremendamente o acesso ao fundo da piscina. Ficando esta fase dependente da 1ª sendo realizada bem feita. Segundo Vellasco 1994 inicia-se essa fase através da ambientização, onde o aluno irá criar intimidade com a água. 5 Continuação... • O professor deverá induzir situações a serem exploradas pelos alunos a fim de acompanhálos em suas descobertas orientando as vivências que se apresentarem espontaneamente. Após passar por esta fase o aluno já esta preparado para realizar a flutuação e a imersão em decúbito ventral e dorsal. 6 Adaptação • Exercícios de confiança - uma das tarefas mais difíceis para o professor de natação instigar sem medo de errar o senso de segurança na água em crianças e adultos. Possivelmente uma das melhores formas de se fazer isso, seja deixar os futuros nadadores simplesmente brincarem na água. Através de jogos e lúdico aprenderão a necessidade de dominar e também usar a resistência natural da água. Continuação... • Alguns exemplos de atividades para serem propostas: sentar na borda da piscina e bater as pernas na água, sair e entrar com segurança na piscina, andar em diversas direções na água, lavar o rosto na água, imersão, flutuação, deslizamento, palmateio, habilidades físicas pertinentes a prática da natação etc. 7 Adaptação Aquática • Aqui esta um capítulo de extrema importância na vida do futuro profissional e do aluno, pois é onde se houver alguma etapa “pulada” ou algum problemas os danos poderão ser irreversíveis. Normalmente nesta etapa se trabalha com os alunos exercícios de confiança, exploração corporal, exploração dos materiais didáticos, flutuabilidade, atividades lúdicas etc. Tudo isso com o objetivo de explorar todas as situações possíveis. Continuação... • Atividades de imersão - afundar a cabeça na água e abrir os olhos, identificar objetos de cores diferentes e números feitos por outros colegas etc. • Atividades de deslizamento - individuais, impulso na parede e deslizamento ventral e dorsal com e sem apoio de material didático, em duplas, um aluno auxiliando o outro na realização do deslizamento etc. 8 Continuação... Continuação... • Atividades de palmateio - individualmente procurando deslocamento somente com auxilio das mãos em diversas direções, atividades de sustentação sobre a superfície da água somente utilizando os movimentos das mãos etc. • Atividades de habilidades físicas - execução de cambalhotas para frente e para trás, com e sem material etc. 9 Continuação... • Atividades de flutuação - individual ou em grupos realizando a flutuação estática, com o corpo estendido ou grupado (Tartaruga) etc. Continuação... 10 Resistência • Segundo Counsilman (1984), existem 3 formas de resistência ou atritos mais comuns dentro do ensino da natação. E são os seguintes: 1) resistência frontal; 2) atrito corporal; 3) resistência de esteira. • 1) - é a oposição ao deslocamento para a frente que a água cria diretamente diante do nadador, ou em qualquer parte de seu corpo. 11 Continuação... • 2) a fricção (atrito) corporal - produzida pela resistência oposta pela água, diretamente junto ao corpo; Existe assim uma pratica comum em natação que é a depilação dos pelos corporais para minimizar este tipo de atrito. • 3) sendo produzida pela água que não é capaz de preencher o vazio que fica por trás das partes pouco aerodinâmicas do corpo, de modo que este é forçado a arrastar consigo número de moléculas de água. Resistência • Segundo Maglisho (1999), a água exerce um efeito muito profundo nos objetos que se deslocam por meio dela. Ela é 1.000 vezes mais densa que o ar e, assim, quando o corpo “empurra” para frente contra ela, ela “empurra” o corpo para trás. O termo para a resistência da água aos movimentos do nadador é arrasto. 12 Características da Água que afetam o Arrasto • Fluxo laminar e fluxo turbulento - o laminar é o que oferece menor resistência associada ao seu movimento porque as moléculas estão se deslocando em uma mesma direção e em velocidade constante; o turbulento aumentará o esforço do nadador e gastará mais tempo para a progressão do nadador. 13 Tipos de Arrasto • 1) arrasto de forma, 2) arrasto de ondas e 3) arrasto friccional. • 1) causado pelo porte e pela forma dos corpos dos nadadores em seu deslocamento propulsivo na água; 2) causado pelas ondas que são causadas pelos nadadores; 3) causado pela fricção entre a pele dos nadadores e as moléculas de água que entram em contato com a pele. Continuação... • No tipo 1) existem interferências em relação ao posicionamento corporal do nadador, ou seja, alinhamento horizontal, alinhamento lateral e rolamento. No horizontal a redução do arrasto depende da permanência na posição horizontal possível, sem que ocorra uma diminuição da força propulsiva. No lateral os movimentos excessivos do corpo empurrarão para a frente e para os lados contra a água, aumentando o arrasto. 14 Continuação... • No rolamento há um aumento da velocidade devido ao rolar o nadador diminui a superfície de atrito em relação ao deslocamento do nadador. 15 16 Nado Crawl • Podemos dividir este nado em fases para melhor compreensão do mesmo e simplificação do entendimento dos movimentos técnicos. • Posição corporal; • Propulsão de pernas; • Propulsão de braços; • Respiração; • Coordenação do nado; • Saída e virada; Continuação... • Segundo Counsilman (1984), temos dois alinhamentos para definir a melhor posição do corpo para o desenvolvimento do nado crawl: alinhamento horizontal do corpo e alinhamento lateral do corpo. Para o 1º citado o corpo deve ficar o mais horizontal possível em relação a superfície da água minimizando assim os atritos que o corpo sofrerá durante a realização da propulsão de pernas e braços necessários para o deslocamento corporal do nadador. 17 Continuação... • No 2º alinhamento citado, também interfere de forma intensa no desenvolvimento do nado se durante o trabalho de propulsão o corpo oscilar lateralmente de uma lado para outro, aumentando assim a possibilidade de atrito corporal e aumentando o esforço necessário para o deslocamento. 18 Continuação... • Segundo Maglisho (1999), as chaves para um bom alinhamento horizontal são: (1) uma posição natural da cabeça, (2) costas completamente retas, (3) uma pernada estreita. A face deve estar na água com a linha d’água em algum ponto entre a linha capilar e a metade da cabeça. Para o alinhamento lateral os nadadores devem apenas rolar o corpo sincronizadamente com os movimentos de braços e ombros. 19 Propulsão de pernas • Há um consenso entre os principais autores sobre os benefícios, ritmo, mecânica e eficiência que o trabalho de pernas auxiliam no desenvolvimento do nado crawl. Para counsilman (1984) e Maglisho (1999) a mecânica deve ser: inicio do movimento na articulação coxo-femural, uma semi-flexão dos joelhos e uma extensão dos pés finalizando o movimento. Os batimentos devem ser alternados e equilibrados, e para isso podemos dividí-los em duas fases: Continuação... • Fase 1 - movimento ascendente, ou seja, para cima, responsável pelo equilíbrio corporal. • Fase 2 - movimento descendente, ou seja, para baixo, responsável pela propulsão e demais benefícios. • Os benefícios conseguidos através de um bom trabalho de pernas são: equilíbrio corporal; sustentação corporal; direcionamento corporal; aumento na velocidade do nado. 20 Ritmos • Existem alguns ritmos de propulsão de pernas que são mais utilizados nas provas de natação, cada qual com sua característica necessária para o percurso desejado. Segundo Counsilman (1984) são: batimento de dois golpes cruzados, batimento reto de dois golpes, batimentos de seis golpes e batimento sustentador. Segundo Maglisho (1999) são: pernada de seis tempos, pernada diagonal, pernada reta de dois tempos, pernada cruzada de dois tempos e pernada reta de quatro tempos. 21 Qual o melhor ritmo? • Dependendo da distância a ser nadada, do biótipo do nadador, do tipo de prova a ser nadada, da adaptação individual do nadador, dentre outros fatores que interferem diretamente com o melhor ritmo a ser escolhido. É fato que, o nadador tem que ter liberdade para escolher e se adaptar ao melhor ritmo de acordo com suas necessidades (MAGLISHO 1999). Propulsão de braço • Para counlsiman (1984) existem duas fases bem definidas para melhor entendermos o trabalho de braços no nado crawl. São elas: fase aérea - também denominada recuperação, é a fase de maior velocidade na execução da braçada e possui característica própria, sendo executada com uma flexão de cotovelo onde o cotovelo é o ponto mais alto da braçada durante sua execução. Possuem duas funções: relaxamento muscular e aumento da velocidade do nado crawl. 22 Continuação... • Fase aquática - onde podemos subdividir em 3 partes - parte 1 entrada, não possui propulsão, e se caracteriza pela extensão total do braço a frente após a entrada na água realizada pela mão - com a palma da mão virada para fora ou para baixo - visando assim minimizar o atrito causado pelo movimento. Parte 2 - tração, momento de maior propulsão durante a realização do braço dentro do nado crawl, existe uma flexão a aproximadamente 90º do braço para a lateral e mudanças de direção das mãos para o peito e quadril. Continuação... • Formando assim o que os autores chamam de “S” para ganhar mais propulsão na fase aquática. Fase 3 - denominada empurre, onde o braço realiza um movimento de empurrar a água até o quadril e com isso finalizando o movimento de braço no nado crawl. • Para Maglisho (1999), a nomenclatura das fase do braço se alteram e tornam o entendimento uma pouco mais complexo. 23 Continuação... • Também aqui podemos dividir em duas fases bem distintas, fase aérea e aquática, sendo na aérea dividida em duas partes - parte 1 liberação e fase 2 - recuperação. • Parte 1 - Liberação - o cotovelo deixa a água em primeiro lugar e o nadador começa a flexionar seu braço para começar a movimentálo para frente enquanto sua mão ainda está submersa. Continuação... • Parte 2 - Recuperação - a recuperação deve ser a mais linear possível, para que seja reduzida a possibilidade de quebra do alinhamento lateral, o que ocorre quando o braço é balançado para o lado e circularmente de forma excessiva. • Fase aquática - a fase submersa da braçada consiste de três varreduras diagonais: uma para baixo, uma para dentro e uma para cima, além da entrada e alongamento da braçada. 24 Continuação... • Varredura para baixo - as mãos deslocam-se para baixo num trajeto curvilíneo que termina na posição de agarre. • Varredura para dentro - a mão desloca-se para baixo, para dentro e para cima em direção abaixo do tronco. • Varredura para cima - deslocamento semi circular da mão, desde de um local situado por baixo do corpo do nadador e para fora, para cima e para trás na direção da superfície da água. 25 26 Respiração • Para entendermos melhor o trabalho respiratório executado dentro da natação, devemos ter em mente que o aluno já foi adaptado para esse mecanismo diferenciado de respiração e necessitará do conhecimento das fases anteriores a essa para melhor aprender e coordenar o trabalho respiratório dentro do nado crawl. Há um consenso entre os autores sobre a mecânica, execução e ritmo da respiração, ficando assim mais fácil seu entendimento. Continuação... • Para Coulsiman (1984) e Maglisho (1999), a mecânica da respiração deve ser: inspiração pela boca e expiração pelo nariz, diminuindo assim o tempo necessário para deslocar o corpo e minimizando o atrito causado por isso. Deve haver um rolamento lateral sobre o eixo do corpo para facilitar a saída das vias aéreas da água para realização da respiração, minimizando o atrito necessário para realização da respiração. 27 Continuação... • O ar é inspirado pela boca devido ao tempo ser menor em relação ao feito pelo nariz, e diminuindo assim o tempo necessário para o corpo sair do alinhamento ideal para realização do nado. • O ritmo mais apropriado vai estar relacionado ao tipo de prova a ser nadada e a distância escolhida pelo nadador, pois a freqüência de respiração estão intimamente relacionadas com isso. Os mais comuns são: 2 x 1 - unilateral, 4 x 1 unilateral; 3 x 1 bilateral e bloqueio respiratório. Coordenação/Sincronização • É nessa fase que teremos a junção de todas as fases anteriormente estudas e aprendidas para finalizarmos o nado de crawl de maneira completa. Aqui fazemos a união do posicionamento do corpo, com o trabalho de propulsão de pernas e de braços e ainda com o uso da respiração. Podendo ser realizado essa coordenação de movimentos fase a fase, ou seja, perna e braço, braço e respiração, perna braço - e respiração. 28 Saída/Viradas • Aqui temos a maneira de fazermos a entrada do corpo na água ou mergulhar. Counsilman (1984) e Maglisho (1999) descrevem essas fases da seguinte maneira: posição da cabeça flexionada colocando o queixo no osso esterno, flexão dos joelhos para pegar maior impulsão, braços ao lado do corpo apoiados no bloco de saída e pés paralelos ou sobrepostos de acordo com a melhor adaptação do nadador. Podemos chamar de fase de preparação o acima citado. Continuação... • Em seguida a fase do impulso, que consiste em impulsionar o bloco de saída e projetar os braços a frente em forma de agulha para diminuir o atrito da entrada do corpo na água. O ideal de uma saída bem executada é o corpo do nadador entrar pelo mesmo “buraco” do braço após o impulso. • Viradas - para o nado crawl o mais comum seria a virada olímpica ou de cambalhota segundo alguns autores, existindo ainda a virada simples ou de grampo. 29 Continuação... • Na virada olímpica - o movimento consiste em se aproximar da parede (fase de aproximação) sem diminuir a velocidade adquirida durante o desenvolvimento do nado, realizar uma cambalhota de frente (só que neste momento devemos abortar a cambalhota para podermos entrar na água em decúbito lateral) e após impulsionar os pés na parede (fase de impulsão) para em seguida adquirir a posição corporal de agulhar e sair por baixo da esteira formada pelo próprio corpo do nadador. 30 31 32 Aperfeiçoamento • Vários autores possuem um senso comum a respeito desse termo, Maglisho (1999), Counsilman (1984), Palmer (1990) dentre outros, determinam que o aperfeiçoamento é mais uma fase do aprendizado dos alunos e atletas, independentemente do nível dele. É nessa fase onde os nadadores deverão melhorar suas técnicas e aumentar sua performance durante a realização da provas a serem nadadas. 33 Continuação... • Vários exercícios se enquadram nesta fase, podendo ser os mesmos utilizados na fase de aprendizagem, mudando somente o foco e a exigência da execução deles. O uso de materiais didáticos como, palmar, nadadeiras, pranchas entre outros, são comuns durante esta fase, podendo ainda serem executados também sem material algum, utilizando somente o próprio corpo e seus membros. Continuação... • Todos os nados possuem a fase de aperfeiçoamento, porém é necessário saber quais os erros mais comuns cometidos pelos nadadores, antes de falarmos dos exercícios utilizados para corrigí-los. Seguem abaixo os erros mais comuns realizados pelos nadadores, divididos por nado, para um melhor entendimento das necessidades deles. 34 Erros Comuns Nado Crawl • Erros de recuperação e entrada dos braços uso de demasiado esforço; balanço do braço sobre a água, com movimentos baixos e amplos; ultrapassagem do ponto correto; não chegada até o ponto correto; orientação incorreta da mão. • Erros da varredura para baixo - cotovelo caído; deslizar demasiadamente a mão para fora. • Erros da varredura para cima - extensão do braço com muita velocidade. Continuação... • Erros de pernada - pernada demasiadamente elevada; pernada demasiadamente profunda; dobra excessiva das pernas; pouca extensão dos tornozelos. • Erros de sincronização - começar cedo demais a varredura para baixo; alongar o braço demasiadamente. • Erros de posição do corpo - tentar uma posição do corpo num plano muito elevado; 35 Continuação... • pernadas profundas; ultrapassagem do braço na linha central do corpo. • Erros de respiração - virar a face cedo demais; virar a face tarde demais; erguer a cabeça; retornar a cabeça à água com demasiada lentidão; projetar a cabeça para trás (MAGLISHO 1999), ( PALMER 1990). Exercícios de Técnica de Nado • Nado Crawl - Exercícios de braçada. • Exercício de padrão de braçada - um padrão de braçada desenhado com relação ao corpo é um dos melhores métodos de comunicação das três varreduras na fase submersa da braçada para nadadores de qualquer idade. A mão movimenta-se num padrão S sob o corpo. Ela executa a varredura para fora no primeiro terço, para dentro durante o terço médio e para fora durante o terço final. 36 Continuação... • Exercício de alcance - o nadador começa uma posição de pronação, com as mãos estendidas à frente, a direita sobre a esquerda. Ele executa uma braçada completa com o braço esquerdo, posicionando-se de novo sobre o direito na posição inicial e vice-versa. • Exercício de natação com um braço - nesse exercício o aluno nada utilizando somente um braço de cada vez, utilizado para correções das varreduras. Continuação... • Exercício de natação com um punho - ajuda a melhorar a força propulsiva com o braço “fraco”. Basicamente esse exercício permite que o nadador use o braço não dominante para aumentar sua contribuição `a propulsão gerada pela braçada completa. 37 Continuação... • Exercício de recuperação e respiração Exercício de natação na raia - os atletas nadam pela piscina com seu ombro tocando uma linha da raia. Nessa posição, eles têm de fazer a recuperação do braço com um cotovelo elevado, ou ele ficará retido debaixo da linha da raia. • Exercício de arrastamento dos dedos das mãos - esse exercício incentiva a recuperação com o cotovelo elevado. O atleta faz braço enquanto arrasta os dedos das mãos pela água. Continuação... • Exercício de deslizamento dos polegares - esse exercício é similar ao anterior, exceto que o nadador desliza o polegar ao longo do seu lado até a axila, antes de se projetar para a frente, para a entrada na água. • Exercício de hesitação do polegar na orelha esse é mais outro exercício para o ensino da recuperação com o cotovelo elevado. Enquanto nada, o atleta conduz seu polegar até a orelha durante a recuperação. 38 Continuação... • Exercício de sincronização - exercício de pernadas laterais - é excelente para ensinar a pernada diagonal. O nadador em decúbito lateral, avança com o braço estendido e o outro próximo ao corpo, enquanto desloca com batimento de perna. • Exercícios de respiração - de acordo com as provas existem ritmos diferentes a serem utilizados conforme a necessidade do nadador e da distância da prova (MAGLISHO 1999). Nado Costas • Utilizaremos aqui a mesma divisão utilizada no nado crawl para um entendimento melhor do nado de costas. • Posição corporal segundo counsilman (1984), deve-se buscar a horizontalidade do corpo em relação a superfície da água assim como nos demais nados, porém em decúbito dorsal, ou seja, de costas na água. 39 Continuação... • Essa posição favorece o aparecimento da posição denominada canivete, que vem a ser o sentar na água em decorrência do trabalho de pernas e do aluno não conseguir relaxar nesta posição. A mecânica deve ser em decúbito dorsal, olhar direcionado ao horizonte, água na altura do lóbulo da orelha, visando a diminuição do atrito causado pelo trabalho de propulsão para deslocamento do corpo no nado de costas. Continuação... • Segundo Maglsho (1999), existem os mesmos alinhamentos do nado crawl, ou seja, alinhamento horizontal e lateral só que agora realizado em decúbito dorsal, com um agravante, pois esta posição possibilita o aparecimento da posição de sentar nos alunos iniciantes do nado costas. Neste nado se torna evidenciar mais o rolamento de tronco realizado para nadar o costas, pois facilitará o nado e minimizará os atritos decorrentes da propulsão. 40 Propulsão de pernas • Os autores concordam que neste nado deve-se evidenciar o trabalho de pernas pois a estabilidade do nado dependerá e muito da boa realização do trabalho de pernas. Dessa forma podemos afirmar que a mecânica, bem como os benefícios obtidos pelo trabalho bem executado de pernas são os mesmos do crawl. Então podemos afirmar que nesta fase do nado podemos dividir em duas partes para melhor entendimento. Continuação... • Parte 1 - fase ascendente, ou seja, para cima responsável pela propulsão e aumento da velocidade do nado. • Parte 2 - fase descendente, ou seja, para baixo, responsável pelo equilíbrio corporal e auxilia no rolamento do tronco durante a realização do nado. • O ritmo nesta nado será sempre de 6 x 1 para melhor aproveitamento dos benefícios e maior eficiência no nado. 41 Propulsão de braços • Segundo Counsilman (1984), essa fase pode ser dividida como no crawl em duas partes. Sendo parte 1 - aérea e parte 2 aquática. Na parte 1 - recuperação - sendo realizada com a extensão total do braço na vertical, servindo para relaxar a musculatura do braço e aumentar a velocidade de movimento do braço, sendo esse movimento o mais naturalmente anatômico. Continuação... • Na parte 2 - fase aquática, podemos subdividir em: entrada, tração e empurre, sendo a mecânica da seguinte forma:- a saída da mão na água antes da realização da recuperação se caracteriza pela saída do polegar primeiro e na entrada pelo dedo mínimo, diminuindo assim possíveis atritos da mão com a água. Nessa fase não há propulsão, porém serve para preparar o braço para a fase seguinte. 42 Continuação... • Tração - após a entrada ocorre a flexão do cotovelo a aproximadamente 90° aproximando do tronco, posicionando a mão para a lateral, puxando água nesta posição, com certeza é a parte mais importante da braçada dentro do nado. • Empurre - após a realização da tração existe um empurrão da água até abaixo da linha do quadril, para em seguida recomeçar o trabalho de recuperação da braçada. Continuação... • Para Maglisho (1999), são descritos os movimentos aquáticos como sendo varreduras, ocorrendo a 1ª varredura para baixo, uma varredura para cima, 2ª varredura par baixo, 2ª varredura para cima finalizando assim esta fase. Já na parte aérea ocorre a liberação e recuperação, sendo descrita da seguinte forma: as mãos devem deixar a água a partir do polegar e após um giro completo das mãos para reforçar a entrada pelo dedo mínimo. 43 44 45 Respiração • Counsilman (1984) e Maglisho (1999) afirmam que o trabalho respiratório apesar de parecer facilitado pelo fato das vias aéreas estarem fora da água, não significa que não exista um trabalho sendo realizado pelo nadador, sendo necessário que a mecânica e o ritmo seja bem determinado e realizado para melhor eficiência do nado e menor desconforto do nadador. Assim, o ideal é respirar (inspirar) pela boca na entrada de um braço e soltar (expirar) na entrada do outro braço. 46 Coordenação/Sincronização • A coordenação dos movimento se assemelha ao realizado no nado de costas, pois podemos trabalhar a coordenação das pernas com os braços, dos braços com a respiração, e após das pernas, braços e respiração, finalizando assim o aprendizado do nado costas. Saída/Viradas • Esse nado é o único dos 4 que tem necessidade de sair de dentro da piscina através do apoio no bloco de saída. Possui uma mecânica específica e podemos descrevê-la da seguinte forma: apoio das duas mãos no apoio do bloco de saída, apoio dos pés na borda da piscina respeitando o limite da superfície da água para não ultrpassa-la, cabeça entre os braços, esse seria o posicionamento do corpo preparatório para a realização da saída. 47 Continuação... • Após o sinal de partida vem o impulso dos pés na parede, porém há necessidade da cabeça ser lançada para trás juntamente com a impulsão dos pés na parede, e logo após o posicionamento dos braços acompanhando a cabeça para mergulhar de costas na água, lembrando que será necessário haver uma flexão dos braços antes do impulso para ganhar altura necessária para a saída. Viradas • Existem as viradas olímpicas e virada de medley, porém é mais utilizado a virada olímpica ou de cambalhota por ser mais eficaz e mais veloz. Sua mecânica difere do crawl somente no abortar a cambalhota, uma vez que no costas não há necessidade desse procedimento. Essa fase é a única permitida no nado costas em que o aluno pode sair do decúbito dorsal para o ventral, para realização da virada. 48 49 50 51 Nado Costas • Erros comuns de braçada - erros da primeira varredura para baixo - empurrar a água para baixo; empurrá-la para o lado. • Erros da primeira varredura para cima - manter o braço reto; não mudar o ângulo das mãos. • Erros da liberação, recuperação e entrada levar o braço para fora da água com o dedo mínimo para cima e a palma voltada para fora; levar a mão para fora da água com a palma voltada para baixo. 52 Continuação... • Erros de pernada - pedalar com as pernas; dar pernadas demasiadamente profundas. • Erros de posição do corpo - nadar com a cabeça numa posição muito elevada; assumir uma posição “carpada” muito excessiva na cintura; nadar com a cabeça empurrada para baixo, num plano muito profundo (MAGLISHO 1999), (PALMER 1990). Exercícios de Técnica de Nado • Exercícios de braçadas - exercícios de padrão de braçada - o traçado de um S no lado do corpo é um bom meio de aprender as direções do braço para a parte submersa da braçada. • Exercício de plamateio da fase inicial - esse exercícios consiste de uma série de movimentos de palmateio para baixo e para cima, efetuados num padrão de figura de oito contínua. 53 Continuação... • Exercício de palmateio intermediário - os cotovelos devem estar flexionados e as mãos, perto da superfície da água. Os braços devem flexionar-se ao nível dos cotovelos até que estejam quase na superfície da água durante o palmateio para cima e devem estender-se até que estejam bem abaixo do corpo no palmateio para baixo. Continuação... • Exercício de palmateio da fase de finalização os nadadores palmateiam com suas mãos alternadamente para baixo e para cima, numa posição próxima a cintura. • Exercício de natação com um braço - os atletas nadam repetições, dando braçadas com um braço , enquanto o outro é mantido ao lado do corpo. • Exercício de braçada lateral - ajuda os nadadores a aprender a executar adequadamente o agarre. 54 Continuação... • Exercício de finalização - é praticado visando desenvolver a segunda varredura para baixo e a segunda varredura para cima da parte submersa da braçada. • Exercício para a segunda varredura para cima os atletas devem nadar pela piscina de costas, com seus braços estendidos ao lado e submerso. Continuação... • Exercícios de recuperação - exercício de hesitação - eles param um braço por um instante no topo da recuperação e giram a palma da mão de dentro para fora uma vez. • Exercício de braçadas duplas - serve para os nadadores que tendem a ultrapassar o ponto correto da entrada. 55 Continuação... • Exercícios de pernada e posição do corpo exercício de pernada lateral - os nadadores devem praticar esse exercício com o corpo girado na direção do braço que está alongado sobre a cabeça. • Exercícios de pernadas de costas - é excelente para ensinar os nadadores a manter o corpo numa posição horizontal. Nado Peito • A divisão utilizada será a mesma adotada nos demais nados já citados anteriormente. Porém este nado possui características próprias, sendo realizado simultaneamente nos trabalhos de pernas e braços e totalmente submerso, exceto na respiração. • Posição corporal - os mais horizontal possível em relação a superfície da água, se preocupando somente com o alinhamento horizontal nesse caso. 56 Continuação... • Propulsão de pernas - sendo realizada simultâneas e se utilizando de duas teorias para a realização desse movimento, pernada de cunha e pernada de chicotaço. Podemos descrever a mecânica da seguinte forma: cunha - a recuperação das pernas se faz por abdução da parte superior das coxas, enquanto os quadris se curvam. Os calcanhares mantêm-se unidos durante toda a fase de recuperação. Continuação... • uma flexão dos joelhos a 90° com giro das solas dos pés para fora, após extensão total das pernas empurrando a água para a lateral com as solas dos pés. • Chicotaço - na recuperação da pernada há menor flexão nos quadris e maior nos joelhos. O ângulo formado pelo plano do corpo e a parte superior da perna é de uns 45°, os calcanhares são levados para cima até quase tocarem as nádegas e há menor separação durante a fase de recuperação. 57 Propulsão de braços • Há um consenso entre vários autores que afirmam que os movimentos de braços são realizados totalmente submersos e podemos dividir em 3 fases para melhor entendimento. As fases são as seguintes: fase de recuperação extensão total dos braços a frente, rente a superfície da água(abaixo dela), tração - flexão dos cotovelos puxando água para os lados e para baixo em direção ao tronco e empurre finalização da braçada abaixo do tronco juntando os braços para reiniciar a recuperação. 58 59 Respiração • Segundo Counsilman (1984), existem 3 momentos diferentes para realização da respiração. Realizada na recuperação dos braços chamamos de antecipada, realizada na tração chamamos de normal e realizada no empurre chamamos de atrasada, podendo ser escolhida pelo nadador segundo sua melhor adaptação. A mecânica é igual aos demais nados, ou seja, inspiração pela boca e expiração pelo nariz. Continuação... • O ritmo utilizado para nadar não existe um obrigatório, porém, é interessante realizar 1 x 1 ou seja, para cada pernada e braçada uma respiração. Contudo é permitido ao nadador realizar o trajeto sem se importar com a realização da respiração. 60 Coordenação /Sincronização • Neste nado existem dois tipos de coordenação para realizar durante o nado completo, deslizante e continuado. O deslizante se caracteriza por um deslizamento mais acentuado entre a propulsão de perna e braço diminuindo assim possíveis atritos e o esforço realizado pelo nadador, já o continuado se caracteriza pelo aumento da velocidade e diminuição do deslize entre a propulsão de perna e braço. Saída/virada • A saída se assemelha muito ao do nado crawl, sofrendo uma pequena alteração após a entrada na água, acontecendo o movimento de filipina, que se caracteriza por uma braçada mais alongada, precedida de uma pernada enquanto os braços se recuperam para iniciar o nado. A mecânica desse movimento pode ser descrita da seguinte forma: puxada dos braços para a lateral do tronco do nadador após a saída para aumentar a velocidade do nadador. 61 Continuação... • Nessa fase a virada se caracteriza pela batida das duas mãos na parede, posicionamento de grampo do corpo em decúbito lateral na parede, impulso dos pés na parede e posição de agulha para minimizar o atrito seguida da execução do movimento de filipina novamente. 62 Nado de Peito • Erros comuns de braçada - erros de varredura para fora - executar a varredura com pouca abertura; com muita abertura; com muito vigor. • Erros de varredura para dentro - direcionar as mãos para frente e para dentro; incliná-las para dentro. • Erros de recuperação - empurrar as mãos para frente com força; falta de uma posição hidrodinâmica. Continuação... • Erros de pernada - empurrar as coxas para baixo e para frente; recuperação com os joelhos e pés muito abertos. • Erros de sincronização - recuperação das pernas durante a fase propulsiva dos braços. • Erros de posição do corpo - não possuir uma posição hidrodinâmica durante a realização do nado. 63 Exercícios de Técnica de Nado • Exercícios de braçadas - exercício de padrão de braçada - um padrão de braçada visto inferiormente dá a impressão de que as mãos movimentam-se apenas para fora e para dentro. • Exercício com um punho - para melhorar a técnica do braço não dominante do nadador. • Exercícios de pernada - exercício de distância por pernada - deslocan-se na piscina executando o maior números de pernadas possível. Continuação... • Exercícios de pernadas de costas - esse exercício ajuda os nadadores a aprender a pernada sem empurrar as coxas para cima. • Exercícios de posição do corpo e de sincronização - execução de pernada e alongamento - dão pernadas sem ajuda de material e executam uma meia braçada a cada pernada. • Exercício de duas braçadas e uma pernada - os nadadores executam várias séries contínuas de três ciclo de pernadas e braçadas. 64 Nado Borboleta • Podemos utilizar novamente a mesma divisão dos nados anteriores porém também assim como na nado de peito este nado possui algumas características próprias do nado. Os trabalhos de propulsão são simultâneos, o corpo adota um movimento ondulatório durante a realização do nado. • Posição corporal - o mais horizontal possível, utilizando do movimento ondulatório, que se inicia na cabeça e termina nos pés. Propulsão de pernas • Segundo counsilman (1984) e Maglisho (1999), a mecânica pode ser descrita da seguinte forma: movimentos simultâneos de pernas, pernas unidas paralelamente, movimento se inicia na articulação coxo-femural com acentuado elevação do quadril, semi-flexão dos joelhos e extensão dos pés para finalizar o movimento de perna. Podemos dividir em duas partes para melhor entendimento: parte 1 - fase ascendente - ou seja, para cima, responsável pelo equilíbrio do corpo. 65 Continuação... • parte 2 - descendente - ou seja, para baixo, responsável pela propulsão e aumento de velocidade além de ajudar na sustentação e direção do nado. O ritmo ideal é de 2 tempos de perna por 1 ciclo de braçada, sendo que na pernada uma deve ser mais profunda do que a outra, para facilitar o movimento ondulatório e diminuição do atrito e do esforço. Propulsão de braços • Podemos dividir em duas fases para melhor entendimento: fase aérea e fase aquática, sendo a 1ª denominada recuperação e deve ser feita bem próximo a superfície da água, e utilizada para relaxamento muscular e aumento de velocidade, tomando cuidado para não executar o movimento de parabólica, um erro comum executado pelos alunos iniciantes. Já a 2ª podemos subdividí-la em 3 partes - entrada, tração e empurre, segundo (COUNSILMAN 1984). 66 Continuação... • Fase da entrada - acontece na largura dos ombros com as palmas das mãos voltadas para fora e ou para baixo, para minimizar o atrito causado pelo braço, essa fase não possui propulsão porém é preparatória para a próxima fase. A tração acontece com uma semi-flexão dos braços em direção ao tronco assemelhando-se a um bumerang, onde o aluno atinge a maior propulsão da braçada neste ponto. Continuação... • Fase de empurre - se caracteriza como a finalização da braçada terminando com as mãos na altura do quadril e se preparando para reiniciar a fase de recuperação. O ritmo é sempre o mesmo 1ciclo por 2 tempos de pernas. 67 Continuação... • Para Maglisho (1999), se caracterizam por varreduras, sendo para fora, para dentro, para cima, finalizando assim a fase aquática da braçada. Após a fase aérea se caracteriza pela liberação e recuperação, tendo o mesmo objetivo das braçadas dos nados anteriores. 68 Respiração • Há um consenso dos autores quanto a maneira de realizar a respiração do nado borboleta, sendo descrita da seguinte forma: inspiração pela boca e expiração pelo nariz, podendo ser realizada ventral ou lateral conforme a melhor adaptação do nadador. O ritmo ideal é de 2 x 1, ou seja, a cada 2 braçadas se respira 1 vez, mas podendo ser alterada conforme a necessidade ou adaptação do nadador. Coordenação/Sincronização • Este nado se caracteriza pela continuidade dos movimentos realizados de pernas, braços e respiração. É necessário que haja uma continuidade de movimento além de uma continuidade da respiração por se tratar de um nado muito cansativo e de grande exigência técnica. 69 Saída/Viradas • Similar ao do nado crawl e peito em sua preparação e demais fases sendo diferenciado somente após a entrada onde o nadador realiza movimentos ondulatórios subaquáticos até a distância permitida por regra para aumentar a velocidade durante o nado. • Virada - similar a do nado de peito diferenciando somente pelos movimentos ondulatórios realizados após a impulsão na parede. 70 71 Nado Borboleta • Erros comuns de braçadas - erros de varreduras para fora e para dentro - cotovelos caídos; manter as mãos diretamente voltadas para baixo; mergulhar demasiadamente a cabeça durante a entrada dos braços. • Erros de varredura para cima - extensão dos braços com muita rapidez. • Erros de recuperação e de entrada - recuperar os braços muito alto; arrastá-los pela água. Continuação... • Erros de pernada - falta de capacidade de extensão dos tornozelos; flexionar demais os joelhos durante a pernada para cima. • Erros de sincronização - dar a pernada cedo demais; braçada deslizante; borboleta de uma pernada. • Erros de posição do corpo - muita ou pouca ondulação. 72 Continuação... • Erros de respiração - respirar muito cedo ou atrasado demais; elevar muito o corpo na respiração (MAGLISHO 1999), (COUNSILMAN 1984). Exercício de Técnica de Nado • Exercícios de braçada - exercícios de padrão de braçadas - como ocorre com o nado crawl, os movimentos dos braços podem ser melhor comunicados com um padrão de braçadas desenhado com relação ao corpo de nadador em movimento. O nadador faz e entrada das mãos na largura dos ombros e traça sob sue corpo um duplo S. 73 Continuação... • Exercício de natação com um punho - este é o mesmo exercício que foi descrito para o nada crawl e tem a mesma finalidade. Basicamente ele permite que o nadador use excessivamente seu braço não dominante, paras que seja aumentada sua contribuição propulsiva à braçada como um todo. Continuação... • Exercício de pernada - exercício de pernada com prancha - esse exercício é bom para melhorar a segunda pernada; contudo, não proporciona suficiente ondulação do corpo para estimular a primeira. • Exercício de pernada submersa - este é um exercício eficiente para ensinar a primeira pernada. O nadador imita os golfinhos, dando pernadas submersas com suas mãos para trás na posição de lado. 74 Continuação... • Pernadas sem pranchas - este é outro exercício satisfatório para ensinar a primeira pernada. O nadador deixa os braços a frente do corpo. • Exercício de pernadas de costas - o nadador pratica a pernada de golfinho de costas, com seus braços estendidos sobre a cabeça. Este é um bom exercício para ensinar os nadadores como abrir e fechar suas pernas durante a pernada, de modo que possam posicionar suas pernas e seus pés para a obtenção de maior força propulsiva. Continuação... • Exercício de pernadas laterais - o nadador dá pernadas ao longo da piscina na posição de lado, com suas mãos para trás, junto das coxas. • Exercícios de sincronização - exercício de borboleta com um braço - este é um bom exercício para instruir o nadador a coordenar sua pernas com seu braços. • Natação com nadadeira - usados pelos nadadores novatos para nadar mais facilmente as distâncias. 75 Continuação... • Erros de pernada - pedalar com as pernas; dar pernadas demasiadamente profundas. • Erros de posição do corpo - nadar com a cabeça numa posição muito elevada; assumir uma posição “carpada”; nadar com a cabeça empurrada para baixo (MAGLISHO 1999). NATAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA • As crianças crescem rapidamente durante seus anos de pré-adolescência; contudo sua velocidade de crescimento acelera-se ainda mais nitidamente durante a puberdade. Habitualmente, as meninas atingem a puberdade entre 11 e 13 anos, os meninos vivenciam uma aceleração do crescimento um pouco mais tarde, entre 13 e 15 anos(Brooks & Fahey 1984). 76 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS • Ossos - o crescimento dos ossos tem continuidade até os 20 anos de idade para os meninos (e, as vezes, mais), mas habitualmente esse processo já se encerrou durante os últimos anos da adolescência das meninas. • Músculos - o crescimento muscular segue um padrão semelhante ao crescimento dos ossos. Continuação... • As fibras musculares aumentam de tamanho, mas não em, número, durante toda a infância e a adolescência. Os meninos vivenciam um aumento acelerado na hipertrofia muscular por ocasião da puberdade, o que, provavelmente, se deve a um aumento de dez vezes em sua produção de testosterona. 77 Continuação... • Gordura Corporal - os adipócitos (células de gordura) podem acumular-se no corpo desde antes do nascimento até a morte. Nas mulheres, a quantidade de gordura habitualmente aumente desde aproximadamente 10% a 12% do peso corporal por ocasião do nascimento até 25% durante a fase adulta jovem. Continuação... • Circulação - as freqüências cardíacas máximas de crianças são mais elevadas que as de adultos. • Geralmente 200 a 210 bpm crianças de 6 a 14 anos e 185 a 205 bpm adultos. • Consumo de oxigênio - a quantidade de sangue bombeada de um coração de criança por minuto (débito cardíaco) não eqüivale à dos adultos 78 Continuação... • Capacidade Motora - essa medida de desempenho melhora com a idade em crianças à medida que seu sistema nervoso amadurece e se desenvolve. • Eficiência Mecânica - as crianças tendem a ser menos eficientes do que os adultos quando trabalham. ROTEIRO DE AULA • A grande diferença entre como trabalhar as atividades com adolescentes e adultos e crianças se deve ao fato principalmente de utilização de atividades lúdicas e objetivos claros de aprendizagens. • Divisão de aula e distribuição das atividades se deve principalmente a faixa etária e nível da turma. 79 EXEMPLO DE ROTEIRO DE AULA • Turma de alunos iniciantes - adaptação ao meio líquido - faixa etária de 12 anos - misto (feminino e masculino) - materiais de apoio pranchas, espaguetes e raia. • Atividades propostas: passagem pela ducha; pega-pega corrente (aquecimento), (desenvolve todas as maneiras de deslocamento dentro da água); caça ao tesouro (objetos que afundam na água), (desenvolvem imersão e parte sensorial); jogo da Continuação... • Tartaruga, (desenvolve flutuabilidade) todos os alunos dispostos em circulo um aluno é designado a ficar no centro do círculo em posição de tartaruga e sendo empurrado pelos colegas de um lado a outro do círculo. Atividade de Mãe da água, (relaxamento), (desenvolve a diminuição do bpm da criança além da sociabilização do grupo). Alunos dispostos na piscina separados por raias, onde um aluno é designado para ficar no centro e os demais tentam passar por baixo da raia até chegar ao outro lado sem ser tocado. 80 Roteiro de Aula nado Crawl • • • • • • Faixa etária - 15 anos turma mista (masculino e feminino) 50 minutos nível aprendizagem nado crawl objetivo - propulsão de pernas materiais utilizados: pranchas, espaguetes e o próprio colega. Atividades propostas • Aquecimento - revezamento de prancha, (desenvolve a mecânica e ritmo da pernada através de uma atividade lúdica onde o desafio é o principal estímulo). Alunos distribuídos em grupos de 4, utilizando-se das extremidades da piscina onde um aluno atravessa a piscina levando a prancha ao colega que está do outro lado esperando para fazer a sua travessia; termina quando todos conseguirem atravessar para o lado oposto. 81 Desenvolvimento • Variação do revezamento de prancha, todos os alunos dispostos em grupos cada grupo em uma raia, a cada chegada do aluno ele soma uma prancha a mais a ser carregada, totalizando um total de x conforme determinado pelo professor. Para desafiar mais os alunos implementação de algumas regras se faz necessário. (utilizar aqui exploração corporal). Volta a Calma • Podemos utilizar aqui a atividade de carrossel, onde todos os alunos sentam no espaguete uns segurando nos do colega da frente e todos atravessam ao outro lado da piscina, sempre mudando o líder da brincadeira, podemos criar na piscina percursos diversos para ser utilizado nesta brincadeira. 82 Atividades propostas para parte prática • Em todos os nados podemos e devemos utilizar o recurso lúdico como instrumento de aprendizagem, porém não devemos esquecer que quanto mais maduro nosso aluno maior será a necessidade da repetição dos movimentos para uma automatização do mesmo. Durante a realização das atividades práticas estaremos comentado a importância da automatização como uma das fases do desenvolvimento motor. Referências • Nadando ainda mais rápido - Ernest. W. Maglisho - 1999 - editora - Manole - São Paulo SP. • A Natação - Ciência e técnica para a preparação de campeões - James E. Counsilman - 1984 - editora - Liberoamericano. 83