FUNDAÇÃO OSVALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA UniFOA CURSO DE ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL TPM Por Alexandre F. C. França Leandro M. M. Zerbone Tiago Correa Fidélis Profº Luiz Kelly Volta Redonda 2011 vi RESUMO Com o aumento da competição no mercado de trabalho, a busca das empresas na melhoria em todos os aspectos vem sendo um desafio constante. A TPM vem sendo uma importante ferramenta de apoio aos modernos sistemas de produção industrial. Em 1971 essa técnica foi implantada na empresa Nippondenso, do grupo Toyota conquistando o prêmio de Excelência Industrial em Manutenção pelo total sucesso de implantação. vii I SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7 1.1.GENERALIDADES........................................................................................7 1.2.FASES DA TPM...............................................................................................7 1.2.1 1ª FASE MATRIZ DE DECISÃO, ESCOLHA DO CANTEIRO. ............8 1.2.2. 2ª FASE ....................................................................................................... 9 1.2.3 3ª FASE..........................................................................................................9 1.2.4. 4ª FASE ......................................................................................................10 1.2.5. 5ª FASE...................................................................................................... 11 1.2.6. 6ª FASE ......................................................................................................12 1.2.7. 7ª FASE ANALISE E ELIMINAÇÃO DAS CAUSAS E PERDAS ......13 1.2.8. 8ª FASE ......................................................................................................15 1.2.9 9ª FASE DESENVOLVIMENTO DA MANUTEÇÃO PROGRAMADA ...............................................................................................................................16 1.2.10. 10ª FASE FORMAÇÃO E TREINAMENTO EM MANUTENÇÃO ...............................................................................................................................23 1.2.11 11ª FASE MANUTENÇÃO NO PROJETO E NO START UP .............18 1.2.12 12ª FASE SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE ...................................19 1.3. MOTIVADOR PARA IMPLANTAR A TPM ............................................21 2 CONCLUSÃO...................................................................................................22. 3 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................23 viii LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - CANTEIRO DA FABRICAÇÃO DE LUVAS .............. Erro! Indicador não definido. FIGURA 2 - ORGANOGRAMA DA UNIDADE DE PRODUÇÃO DE LUVAS ....... Erro! Indicador não definido. FIGURA 3 - CANTEIRO DA FABRICAÇÃO DE LUVAS .............. Erro! Indicador não definido. FIGURA 4 - DIAGNOSTICOS DOS ESTADOS LOCAIS .......................................... 27 FIGURA 5 - CONSTITUIÇÃO DO PROGRAMA TPM ............................................... 28 FIGURA 6 – ANALISE E ELIMINAÇÃO DAS CAUSAS DE PERDAS. Erro! Indicador não definido. FIGURA 7 – DESENVOLVIMENTO DA AUTOMANUTENÇÃO ... Erro! Indicador não definido. FIGURA 8 – DESENVOLVIMENTO DA MANUTENÇÃO PROGRAMADA .......... Erro! Indicador não definido. FIGURA 9 - FORMAÇÃO E TREINAMENTO EM MANUTENÇÃO ..... Erro! Indicador não definido. FIGURA 10 - MANUTENÇÃO NO PROJETO E NO START-UP . Erro! Indicador não definido. FIGURA 11 - SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE ........ Erro! Indicador não definido. xi LISTA DE TABELAS TABELA 1- INDICADORES.......................................... Erro! Indicador não definido. TABELA 2 – RESULTADOS DOS INDICADORES DE DESEMPENHO DA TPM .... 28 12 1 – INTRODUÇÃO 1.1 – Generalidades: Com o aumento da competição no mercado de trabalho, a busca das empresas na melhoria em todos os aspectos vem sendo um desafio constante. A TPM vem sendo uma importante ferramenta de apoio aos modernos sistemas de produção industrial. Em 1971 essa técnica foi implantada na empresa Nippondenso, do grupo Toyota conquistando o prêmio de Excelência Industrial em Manutenção pelo total sucesso de implantação. No Brasil a metodologia do TPM foi introduzida em 1981 por Nakajima ("pai do TPM"), onde desde lá algumas empresas já puderam concorrer ao prêmio "TPM" do JIPM, órgão máximo de disseminação do TPM no mundo. 1.2. – Fases da TPM: A TPM é uma ferramenta que identifica e elimina as perdas existentes no processo produtivo, aumentando a produtividade industrial, assim aumentando a qualidade dos produtos a preços competitivos. A metodologia da TPM se desenvolve por 8 pilares, que possuem seus objetivos abaixo: • Manutenção Planejada – Quebra zero, aumentar eficiência e eficácia dos equipamentos/ instalações; • Manutenção Autônoma – Capacitação da mão-de-obra; • Melhoria Específica – Reduzir o número de quebras e aumentar a eficiência global do equipamento; • Educação e Treinamento – Elevar o nível de capacitação da mão-de-obra; • Controle Inicial – Reduzir o tempo de introdução de produto e processo; • Manutenção da qualidade – Zero defeito; • MPT nas Áreas Administrativas – Reduzir as perdas administrativas, assegurar escritório de alta eficiência; • Segurança, Higiene e Meio Ambiente – Zero Acidente; 13 Segundo relata Tavares a estimativa de implantação do sistema TPM fica entre 3 a 6 meses para a fase preparatória e d 2 a 3 anos para início do estágio de consolidação, considerando as 12 etapas apresentadas a seguir. 1.2.1 – 1° FASE - Matriz de Decisão – Escolha do Canteiro - Lay out - Lengruber Manifestação da alta direção sobre a decisão de introduzir o TPM. Nesta etapa a decisão da alta direção para a implantação do processo TPM deverá ser divulgadas a todos os funcionários. É importante a colaboração de todos os funcionários para o bom andamento do processo de implementação para assim alcançar as metas a serem especificadas. Figura 1 - CANTEIRO DA FABRICAÇÃO DE LUVAS 14 1.2.1.1 - Apresentar a organização – Fluxograma. A fábrica Lengruber apresenta 5 maquinas para a produção de luvas esterilizadas. Abaixo observamos a etapa de produção de uma máquina e seu processo de produção. Figura 2 - FLUXOGRAMA DA UNIDADE DE PRODUÇÃO DE LUVAS 1.2.2– 2° Fase Campanha de Divulgação e Treinamento para a introdução do MPT. Nesta etapa à medida que é feito o treinamento para a implementação do processo TPM, e necessário conscientizar todos na fabrica sobre o que está sendo implementado. Um bom jeito de se fazer isso é através da mídia, através de pôster e slogans. 1.2.3– 3° Fase 15 Estrutura para a implantação do TPM. Nesta etapa é necessária a criação de uma estrutura matricial para o desenvolvimento do processo TPM.É importante também a criação de uma comissão de TPM em cada divisão ou filial.Sugere-se criar uma secretaria administrativa de promoção do MPT e designar uma pessoa dedicada, que será responsável pelo programa. É importante a criação de grupos voltados para o TPM, que terão como líderes os responsáveis de primeira linha da empresa. ORGANOGRAMA LEMGRUBER DIRETOR (DIRECTOR) GERENTE GERAL GST GERENCIA SEGURANÇA TRABALHO E MEIO AMBIENTE GERENTE OPERAÇÃO GERENTE MANUTENÇÃO COORDENADOR MANUTENÇÃO SUPERVISOR TURNO A SUPERVISOR TURNO B SUPERVISOR TURNO C EQUIPE DE OPERAÇÃO EQUIPE DE OPERAÇÃO EQUIPE DE OPERAÇÃO ENGENHARIA MANUTENÇÃO SUPERVISOR MANUTENÇÃO MECÂNICA SUPERVISOR MANUTENÇÃO ELÉTRICA EQUIPE DE MANUTENÇÃO MECÂNICA EQUIPE DE MANUTENÇÃO ELÉTRICA Figura 3 – ORGANOGRAMA FUNCIONAL 1.2.4 – 4° FASE - Diagnóstico de estado do local Estabelecimento de Diretrizes Básicas e Metas para o MPT 16 Nesta etapa o TPM deve fazer parta da parte administrativa da empresa, Alem disso, as metas do processo TPM deve fazer parte das metas anuais da empresa. É importante que as metas sejam ambiciosas, como aumentar a produtividade em 50%. É importante a criação de um slogan que eleve a moral dos funcionários é de motivação para o acompanhamento do processo TPM. Etapa onde são feitas as entrevistas com os protagonistas, estabelecidas metas e desenvolvimento dos itens de medição para acompanhamento e diagnóstico de anomalias. Tabela 1 – Relatório de anomalias ocorridas Tabela 2 - Indicadores de metas de segurança e 5s 17 1.2.5– 5° Fase Elaboração do Plano Diretor para a implantação do MPT Nesta etapa é importante a criação de um plano diretor, que deve conter um plano de metas que englobe os preparativos para a implantação do processo TPM até a etapa de avaliação do prêmio. Nesta etapa deve-se criar uma planilha contendo as 12 etapas de implantação da TPM, em cada etapa deve-se indicar quando irá começar e quando irá acabar. Anualmente deve-se se fazer uma comparação entra o conseguido e o obtido no processo TPM, assim fazendo as modificações necessárias. Nesta etapa também são determinadas as agendas de reuniões para acompanhamento do programa. • Coordenação/Supervisão/Manutenção – Semanal • Gerencia/Coordenação/Engenharia – Quinzenal • Diretoria/Gerencia - Mensal Tabela 3 – Cronograma de implantação do programa 18 1.2.6– 6° Fase Início do Programa de MPT. Nesta etapa e aonde se da início ao processo TPM, nesta etapa deve enfrentar o objetivo de zerar os defeitos de zerar as grandes 6 perdas dos equipamentos. É importante q cada funcionário entenda as diretrizes impostas pela diretória para assim conseguir alcançar as metas. Para o lançamento do processo TPM é necessário uma cerimônia que deve conter: • É reafirmada a decisão da Diretoria de implantar o MPT; • O procedimento de promoção do MPT é explicado, bem como as diretrizes básicas do programa, suas metas, o Plano Diretor e outros aspectos; • É feita, por um representante dos funcionários, uma declaração solene de aceitação do desafio de conquistar o prêmio PM; • são recebidas manifestações de incentivo por parte de visitantes presentes ao evento; Para esse encontro deverão ser convidados os clientes, empresas fornecedoras e empresas coligadas. Roteiro do lançamento de um canteiro MPT • Introdução do Diretor/Gerente Projeto: compromisso e importância da implantação MPT. • Apresentação do Piloto MPT: Metodologia MPT. • Apresentação do Gerente de Produção: Plano de desenvolvimento e eixos de progresso. • Apresentação do Coordenador de Produção: Síntese dos estados locais. • Apresentação do rendimento sintético: Técnico do Canteiro. • Apresentação confiabilidade. do Coordenador de Manutenção: Problemas de 19 • Apresentação do RUEP: Programa MPT – temas levados em consideração na elaboração do programa e número de ações por tema, objetivos de ganho. • Apresentação dos operacionais que participaram na elaboração do programa ou responsáveis pela pilotagem de uma ou mais áreas. • Síntese do Piloto MPT: Anúncio das ferramentas das fases 7 e 8. • Conclusão do Diretor / Gerente de Produção. 1.2.7 – 7° Fase - Análise e eliminação das causas e perdas. Melhoria individualizada nos equipamentos para maior rendimento operacional. Nesta etapa deve-se escolher um equipamento piloto para se fazer a manutenção. A escolha do equipamento deve ser aquele q apresenta as maiores perdas crônicas nos últimos 3 meses, pois assim, será possível ver os resultados obtidos. Dentre os temas para melhoria, deve-se escolher qual das 6 grandes perdas (quebras, setup e ajustes, perdas devidas ao ferramental, operação em vazio e paradas momentâneas, redução da velocidade, defeitos no processo e início de produção, e queda no rendimento) deve ser priorizada tendo em vista sua redução. Cada equipe deve escolher um equipamento piloto, não sendo o mesmo para assim conseguir o resultado esperado. Nesta etapa é a primeira fase da implantação dos pilares do TPM, e aonde se inicia a implementação das ferramentas e da animação visual do canteiro onde será implantado o TPM. É necessária a participação de todas as funções de suporte envolvidas na implantação da metodologia, pois se trata efetivamente do início da mudança nos métodos de trabalho que permitirá prover informações aos próximos pilares. 20 1° Pilar – Analise e eliminação das causas e perdas Figura 4 – Analise e eliminação das causas de perdas Figura 7 - Etiqueta de relato de anomalia 21 1.2.8 – 8° Fase – Analise e eliminação das causas e perdas. Estruturação para a manutenção espontânea. Nesta etapa é possibilitar que cada operador possa fazer a manutenção em sua máquina. É importante que cada operador receba o treinamento para efetuar as manutenções com segurança e qualidade. Na primeira parte juntamente com a limpeza é importante conscientizar que fazendo-se a limpeza consegue se identificar os defeitos e assim fazer seu reparo. Na segunda parte deve-se, inicialmente, providenciar ações contra fontes geradoras de problemas e proceder à melhoria do acesso a pontos normalmente difíceis. Com isso, será possível reduzir o tempo gasto para efetuar a limpeza e a lubrificação. Na terceira etapa (elaboração de normas para limpeza e lubrificação), as normas a serem seguidas devem ser elaboradas pelo próprio usuário. Na quarta etapa (inspeção geral), faz-se o treinamento nas técnicas específicas de inspeção (por exemplo, o ajuste de parafusos e porcas). Executando se a inspeção geral, pequenos defeitos nos equipamentos são detectados, procedendo-se, em seguida, ao efetivo reparo, até que os equipamentos atinjam o estado que deveriam ter. Na quinta etapa, efetua-se a inspeção espontânea com a finalidade de manter as condições de desempenho originalmente concebidas para o equipamento. Na sexta etapa (arrumação e limpeza), definem-se as ações necessárias ao controle das estações de trabalho e sua manutenção. Na sétima etapa (efetivação do autocontrole), as habilidades adquiridas nas etapas 1 a 6 serão utilizadas para dar continuidade à manutenção espontânea e às atividades de melhoria dos equipamentos. As etapas 1 a 4 referem-se à parte fundamental do aprimoramento das pessoas e dos equipamentos. Ao realizá-las com paciência e perseverança certamente serão alcançados os resultados esperados. 22 Figura 8 – Desenvolvimento da auto manutenção 1.2.9 – 9° Fase – Desenvolvimento da manutenção programada Estruturação da manutenção programada pelo Departamento de Manutenção. Nesta etapa a produção e a manutenção buscam se completar-se, com a adoção da manutenção autônoma, e a área da manutenção fica com a condução do planejamento da manutenção. 3° Pilar – Desenvolvimento da manutenção programada 23 Figura 9 – Desenvolvimento da manutenção programada Tabela 4 - Planilha de Manutenção Preventiva Programada 1.2.10 – 10° Fase – Formação e treinamento em manutenção Treinamento para melhoria do nível de capacitação da operação e da manutenção. Esta etapa visa o treinamento aprimorado de seus funcionários, visando como um retorno garantindo. Pilar 4 – Formação e treinamento em manutenção 24 É a quarta fase ativa da implementação dos pilares. Figura 10 - FORMAÇÃO E TREINAMENTO EM MANUTENÇÃO 1.2.11 – 11° Fase – Manutenção no projeto e no start-up Estruturação do controle da fase inicial de operação dos equipamentos. É nesta etapa que é levantado as inconveniências, imperfeições e a incorporação de melhorias são efetivados, mesmo em maquinas novas. Assim desenvolvendo projetos destinados a quebra zero. É a quinta fase ativa da implementação dos pilares, e é voltada para 3 objetivos: Identificar e padronizar as boas práticas e bons métodos; Replicar até a concepção de todas as experiências adquiridas; Homogeneizar e generalizar as boas práticas e modos de funcionamento. Pilar 5: Manutenção na concepção e na partida 25 Figura 11 – Manutenção no projeto e no start up 1.2.12 – 12° Fase Execução total do MPT e elevação do nível geral. Esta é a etapa da consolidação do MPT, quando se dá o incremento do nível geral do seu desempenho. Com a conquista desse marco, a empresa estaria habilitada a inscrever-se ao Prêmio PM de Excelência em Manutenção, concedido pelo JIPM. Pilar 6: Segurança e meio - ambiente 26 Figura 12 – Segurança e meio ambiente Tabela 5 - Planilha de metas de segurança 27 1.3 - Motivador para implantar a TPM A grande motivação para a implantação do processo TPM é a busca pela melhoria do rendimento da fábrica em todos os setores, essa melhoria só é alcançada com o apoio de todos os funcionários e a compreensão de todos. Uma vez constatada que a melhoria foi feita será muito mais fácil ganhar a confiança de todos para a implementação total do programa, assim chegando no seu objetivo de quebra zero. Figura 13 - DIAGNOSTICOS DOS ESTADOS LOCAIS O coordenador da produção e o piloto da reunião de comitê de linha para análise, avaliação e a validação do programa TPM. O programa só passa a ser valido depois da aprovação dos respectivos supervisores de todos os turnos de produção e do aceito do Gerente de produção e do Diretor durante o comitê do sistema de fabricação. 28 Figura 14 – Constituição do programa TPM INDICADORES SIGLAS MARÇO DE 2011 ABRIL DE 2011 COMPORTAMENTO RENDIMENTO SINTETICO RENDIMENTO OPERACIONAL DISPONIBILIDADE PRÓPRIA BOM DIRETO TEMPO MÉDIO DE REPARO ENTRE FALHAS TEMPO MÉDIO ENTRE FALHAS RS 37,17 45,3 MELHOROU RO 68 79 MELHOROU DP BD 55,6 80 63,5 MELHOROU 91 MELHOROU MTTR 13,6 16,9 MELHOROU MTBF 150,6 200,1 MELHOROU TABELA 6 – Resultados dos indicadores do TPM Conclusão Como foram observados na tabela (2), todos os indicadores aplicados para análise demonstraram melhorias significantes. 29 Referências bibliográficas Dissertação de Mestrado do Professor Luiz Henrique de Farias Kelly sobre implantação da TPM. Informações extraídas do processo de produção da empresa Lengruber localizada na cidade de Paraíba do Sul.