[sruoo Dt\ RELAcAo 00 D ISCURSO DA IMPRENSA COM0 N~4 R064fte o produz objetivo cao manifesta sa reproduz 0 ideologicas que norteara discurso pressuposicao da Igreja, e como esta reprod~ e a seguinte: criando a Impren- urn texto que dirigeo fundamentar-se-a de· urn texto religioso ° r~ do jornal. e na semiotica Ta~de" de 04/05/1992, p.16. Numa verdodeira "bornba" paro 0 calolicismo, segundo cardeal orcebispo de Fortalezo, dom Aloisio lorscheiter, a 19rejavai reexominor cinco sea.lIosde evangelizac;Oode indios e negros no America, procurardo, sempre segundo dom Aloisio, "rever os erros do passado". ~ r~isCio -..oi ocorr~r no 49 conquistadores da America rilo denuncioram as situaC;aesde injustic;ae opressao a que foram submetidos os Indios e negros". Dom Aloisio acho que, com a revisOOda evangelizac;6o no America, "talvez a Igreja esteja dionte da oportunidade de e~contrar um jeito Iatino-americanode como a Imprensa que julga discutiveisnamateria desta hipotese de Ducrot vera na analise analisar a analise olhar do leitor para os pontos A verificaCao Cz~ftob4i - PUC/SP pela Igreja Catolica as linhas A hipotese e desta comunicacao textos criados ~ghi D ISCURSODt\ I GREJA na teoriada de Greimas ese veiculado pelo desenvol "JoJLna.i da. ConferelOcia Episcopallatino-Amencana, que comec;a em Santo Domingo, capital do RepUblicaDominicano, a 12 de outubro pr6ximo, data do quinto centenario da descoberta do America. Segundo 0 bispo de Rio Grande (RS), dom Jose fvIOrio Stroeher, "muitas vezes os missionariosque acompanharam os ~ar presente no mundo. Eaqui e born ressaltarmosque ocreditamos num Cristo acima de todas as OJlturas,capaZ de 1ev6Iastodas plenitude". .J6 0 nUncioapost61ico que se despede do . Brasil.dom Carlo Furno,acredita que a America latina, para a 19reja,e 0 "continente do futuro". a Dom Aloisio: .. "A reunlao val S8r uma bomba." os INDIOS E NEGROS. T6'v1AS. 645 o corpus nao sera toda a materia mo, 0 tema e respondem a ler a materia e Igreja tItulo repete bispo de Fortaleza, Jteun~ao va~ pendendo tecem seu discurso ~eJt urna afirmacao portanto, articulando que oleitor dicionario, produz Arce- "A da Igreja: urn sentido de urna in- de futuro remo- (Longo: 885-6). "bomba" significa a palavra semic> Cardeal a possibilidade de aCao efetiva os pIa- do quadrado de D.Aloisio, uma bomba". Abre-se to ou nao obrigatoriedade 0 motivara urn representante do verbo combinado, Segundo que JOE maior. nos do ser e do parecer-, con forme a proposta o 0 "que, quem, onde, cE- as questoes: quando e poJtque", cuja busca de respostas Imprensa mas se chama de "lead". Estes sac os enunciados nalisticamente siJltetizam publicada, "aJtt:e6~ t:o el(plo~~vo que pJtovoca dano~ au de~t:Jtu~cao" ou, no sentido gurado, "aco nt:ec~ment:o du ~ne~ peJtado, e~ candalo~ a que ~u~ cUagJta!! 6alat:oJt~o~",ou ainda, "t:Jtabalhomal acabado" relio: 216). Considerando serao 0 tema, pressupoe-se 0 sentido 0 (Ferreira,A~ de explosividade que este sera lado, se tomar como referencia pee-se que a reuniao f! 0 significado sera urn trabalho estopim. popular, mal acabado. que esta Por outro pressu- 646 destacar a ambiglUdade dos dois significados ba". A.s aspas garantem do pel" discurso Igreja, 0 significado jornalistico Arcebispo D.Aloisio. a relacao da Igreja percebe 0 desta nomeia E apresenta ambig6.idade ed~ do "iead" explicita- da Igreja e, na abertura discurso dios e negros que seu locutor: 0 como tema principal com cinco seculos "bom- da palavra Cardeal damateria de evangelizacao de in- na America. existir garantia e 6utu~o ~om ~. "quando de que isso ocorredi., pois 0 ma~~ado ~omo/+ ~m~nente/de~apa~e~e a ob~~gato- ~~edade de ~eai~zaciio do evento" (Longo: 886). Neste enunciado "va~ ~ee"am~na~", ha indicacao palmente devido diluindo, assim, Portanto, esta perifrase princ.! "~ee"am~na~" conter urn prefixo ao infinito repeticao apenas de probabilidade, a forca do sentido nao indica goria de ser, mas na de pareoer de de sua atividade. que este fate esta na cat~ que sera comprovado. Na seq6.ericia "p~o~u~ando, hempiLehegundo V.Aio1.h~o ~eve~ Oh e~~Oh do pahhado ..•" a expressao reduzida de geruridio eindica to, a erifase do narrador "p~o~u~ando" e uma acao em curso. Ha ai, porta~ jornalista no sentido de achar, mas nao no fate realizado. nao se coloca, parece o e nao e realmente, A questao por conseguinte, de urna intencao "va.<. ~e~1UVl. como verdade, • :' pois ainda. discurso ca do discutso wna oracao do jornal destaca da instituicao urn unico locutor: nao parece,. pois D.Aloisio. 0 0 locutor D.Aloisio, citand£ Igreja porque da a palavra 0 sujeito jornalistaafirmando da acao e a Igreja, para mas "hemp~e. hegundo V.Aio~ .. D.Aloisio ou da Igreja? d" pa.6.6ado" coloca-se parecendo, ficando "Revelt como senda de autoria esta intencao e de que essa revisao dalidade de acoes houve pelo menos un exame ir+infinito do narrador do quadrado to, informando indagacao ja sao discutiveis. Ep.<..6eopal Lat.<.no Amelt.<.eana •.• ". Mais urna vez do auxiliar a enunciacao como verdade. que "e.6.6a ltev'<'.6iiova.<. oeoltltelt na construcao garantia a e que seus resultados texto segue afirmando 4f1.Con6eltene.<.a 0.6 eltlto.6 da Igreja mas nio- nao garantida pedido de urn reexame, feito anteriormente "ltevelt caso, a questao 0.6 eltlto.6 do pa.-6.6ado" refere-se que, havendo o Neste ocorrera. jornalista semantico, ro, mais as notacOes Nota-se, 12 de em Santo outublto da Amelt'<'ea" traz 0 emprego precisas iminente/ nBo contudo, que nao se fixa em urna mesmamo "eomeca p.<.tal da Republ.<.ea Vom.<.n.<.eana, a 59 Centenalt'<'o da de.6eobeltta como/+ ser e nio parecer, que a Conferencia presente do indicativo. marcado a deste 0 pois 0 tex- Vom.<.ngo, ea- ~ltox.<.mo, ~ do verbo cc.ecarno tempo em lugar do fut~ de tempo, presentificam a reali- zacao do fato. Esta refere-se a uma quantificacao cislo de analise verificacao ou ter havido a intencao mas nio Ela nao r~ e exato. pr~ de aprofundamento "Mu.Lta.6 veze.6" dos fatos relatados. me que parece. realista, inexata. indica da urn exa- "Jt.eexami.ruvt", enfatizado masiano a relacao pelo jornal. ser + nao-parecer gJt.eja", que representariam 0 pa~haJt."·empregado por D.Jose. "na~eJt.eompanh.<.a pergunta: os missionarios tinham D.Jose permite Aloisio a pressuposiCao que denomina 0 dicionario, sua propria dos missionarios acompanhavam A transcricao mostra que 0 do jornalista parecer jornal com 0 a imagem pare- de "evang~ a exercida os colonizadores. acentua proprio de 0 pr~ a acao e nao ser religiosa. em seguida do discurso quer dirigir que julga convenientes: "na~endo-lhe<l missionarios pelos missionarios dos missionarios ou eram "da que aqueles funde esta atividade discursivo missao tal termo l.<.~aciio". Tal denominacao cedimento este verbo Ao escolher as atividades quando AmeJt..<.ea". de, <legu.<.Jt. a me<l dos conquistadores, em suas atividades? se- como uma instituicao, a "eonqu'<'<I-tadoJt.e<l da Segundo 648 gre,! semantico que evidencia a, '<'Jt. em eompanh.<.a me<lma op.<.n.<.iio"e "poll-t.<.ea" eompanh.<.a" e aquela catolicismo mas "m'<'<I<I.<.onaJt.'<'o<l" articulados significa No quadrado "-taive~ 0 direto lei tor para a IgJt.eja u-teja de as D.Aloisio conclusoes d.<.an-te da. opo!!:. -tun.<.dade de eneon-tJt.aJt.um je.<.-to la-t.<.no-ameJt..<.eano de e<l-taJt.pJt.e- 649 "c.-iJt.C.UYl./>taYlc.-ia adequada significa 1002) 1 e "je-ito", relio: 11 . seguido traz a particularizacao sileiro atual, e visto 0 exame da Igreja o e: Rodrigues continua com objetivo discurso com direto 0 no subjuntivo sentido Lapa. Neste bra 0 emprego e depois re no in de urna s~tuacao prov! caso, de ~ no polo do parecer 0 projeto e nao node ser urna real de rever posicoes. de D.Aloisio contfnua "E aqu-i afirmando: bom Jt.e./>./>attaJt.mo./> que ac.Jt.ed-itamo./> Ylum CJt.-i./>toac.-ima de toda.6 a./> toda./> ii pteYl-itude". c.uttuJt.a./>,c.apaz de teva-ta./> tap5e ao jeito "tat-iYlo-ameJt.-ic.aYlo" ./>attaJt.mo./>",introduzindo, ou saber, a notacao lificadora compartilhada o que 0 de urn sentir, da sua atividade. e jornalistico problema mostra Igreja desloca 0 apresentado dade-iJt.a bomba" para a questao intencao de generalizacao "pteYl-itude", PressupOe-se, portanto, atravas mador de Cristo, nao mudarao que para D.Aloisio privilegia que se pressupoe os caminhos urna "veJt. da palavra no use importa da palavra e expansao. menos a fa no poder que os resultados da evangelizacao. claro nocao de cultura, remete para a satisfacao visao e mais a fe. ~ porque e que a <XIlO do uso repetido fica evidenciada cujo sentido ou instltuicao. inicialmente a qu~ "Jt.e./>./>attaJt." e nesta transcricao esta fe Jt.e~ poder da fe. Tal fato fica mais articula cuja imagem a generalizada querer, em que ha sensorialidade de seu grupo jus- e: bom "E aqu-i Como os dois verbos por outros membros discurso a expressao D.Aloisio ao inves de urn dever, se, se notar que D.Aloisio t~ Au- que, no contexto quase que pejorativamente. enunciado soria como declara atividade de urn significado (Ferreira, "tat-iYlo-amvUc.a.Ylo" do adjetivo "e./>taJt.", primeiro petido do verba finitivo marca ou 6avoJt.avet" 0 discurso a re- transfordo reexame do jornal 650 apre~enta, colhendo transcrever de "}evaJL sob 0 alem disso, discursoreligioso 0 enunciado 0 que afirma todall all c.ultUJLallii plenitude" ponto de vista tern competencia greimasiano, promove "e mas nao especifica pressao "e born", 0 sentido cao dos dois discursos, de abstracao 0 indicado a 0 trans formacao da Imprensa narrador e jornalista 0 introduz traves deste enunciado, jornalista 0 "JLevilliio do pallllado". A transcricao que a intencao da Imprensa realmente dos locutores a principio "~ com os efei A articula referindo-sea c.ontinente indica faz pres- um terceiro 0 desvio desta expressao e publicar 1£ ele do 6utuJLo". ~ definiti- de D.Carlo que a como tal, pois se dilui "bomba" no proprio religiosos. a fim de pro ceder revisao 0 daex pelo verbo da Igreja, "e ferindo-se plenitude", de estado. Latina so da Igreja: da Igreja "plenitude" nao articula "ac.JLeditaJL" que a America se construiu pois de- por "ac.ima de" faz de nlvel expressa apostolico, discurso que quem do locutor nuncio nao se apresente Sabe-se de estado, D.Carlo, evidencia um sujeito, que leva e como leva. A sensorialidade tos de uma acao que leve cutor da Igreja, e capaz c.apaz de levaJL all c.ultUJLalla que a enunciacao Finalmente, que Cristo competente. uma trans formacao c.JLeditaJL", e a diferenca pressupor pOOB e~ estabelece ve, pede, sabe e faz algo. Na enunciacao tem-se que Cristo incoerente, a manutencao da evangelizacao. ao projeto ternatica do discuE ApresentouD.AloIsior~ de rever 0 passado da evang~ 651 lizacao, deslocando este ponto para a questao ao processo cultural. a~ressupor que os erros do passado contextual. Finalmente, calizando posicao 0 Atraves mas nao 0 soes que de ram a ilusao nologicos e espaciais e nao a ideias. indicado que ~u~d.ta Conclui-se go do parecer 0 e do ser 0 an seu se!! A.B.H. 0 caso, 0 sentido cr2 da "ac.antec.!:. figurado: mat ac.abada". da Imprensa (Mosca: 487) e neste Novo d.i.c1.aMJUa AUltwa. Para ~ refere-se a dados Neste e es- urna propos i- e, realmente, urn j2 jogo e quem diz BIBLIOGRAFIA DUCROT, o. PltOvM e d.i.zeJt - tw tog.i.c.M e tw MgumentaUvM. 10, Global, 1981. o d.i.zeJt e a cUta. Campinas, Pontes, 1987. FERREIRA, A com- jornalista inseriu porque pela Imprensa, discurso empregado isto, 6a.£.atoJt.i.a~ au tJtabatha que do problema. bomba, a ilusao do falso serverdadeiro, bomba, de D.Carlo,f2 mas nao ser verdade. da imprensa, lei tor jUlga que para a Igr~ e. Para mostrar do discurso menta J desvio intencoes palavra ) 0 0 urna situacao ao enunciado parece de parecer leva constituiram que a Imprensa da evangelizacao tido literal, centuar completa do lead evidencia ja a questao da fala de D.Jose, a referencia prospectivo, da fe em Cristoe a Sao Pau RJ, Nova Fronteira,1975. GREIMAS, J.A. "Os atuantes, os atores e as figuras" inSem.i.o.ti.c.a nMltaUva e tertuat. Sao Paulo, Cultrix, 1977. LAPA, M.R. El.t.UI6.ti.c.a cia tIngua. palttuguua. Lisboa, Seara NaIra, 1973. LONGO, B.N.O. "0 auxiliar GE L. Jaii, 1992. ir, morfema temporal" in XXI MOSCA, L.L.S. "0 jogo do parecer edo ser: universe tivas" in XIX Ana.i.~ do GEL. Bauru, 1990. AYra.i..sda de expect~