O EXECUTIVO NA ERA DA
COMPETITIVIDADE
Prof. Laerte Leite Cordeiro ( * )
Competitividade é a característica ou capacidade de qualquer organização em
lograr cumprir a sua missão, com mais êxito que outras organizações
competidoras. Baseia-se na capacidade de satisfazer as necessidades e
expectativas dos clientes aos quais serve, no seu mercado objetivo, de acordo
com a sua missão específica, para a qual foi criada. No contexto da economia de
mercado, a competitividade empresarial significa ter uma rentabilidade igual ou
superior à das rivais de mercado (Wikipédia,2010).
Hoje em dia ser competitiva é essencial para qualquer empresa que pretenda
assegurar sua sobrevivência e desenvolvimento. Não há, praticamente, mais
nenhum ramo de atividade empresarial sem competição. O que se encontra, em
alguns casos, fora do monopólio estatal, são empresas dominadoras dos seus
segmentos, mas que ainda assim enfrentam a concorrência internacional.
À luz desse conceito as empresas se estruturam, definem suas estratégias,
reúnem recursos e metodologia de trabalho e administram os seus fatores
produtivos. Tudo para disputar e, mais do que isso, para serem competitivas e
ganhar a batalha com suas competidoras ou, no mínimo, participar da liderança
do mercado.
Por isso a busca de fatores de diferenciação que garantam competitividade e
eventualmente a vitória de mercado sobre os concorrentes é contínua e intensa
em todas as empresas. Não há mais, atualmente uma “Zona de Conforto” para
nenhuma empresa. Se ficar para trás morre, se parar fica para trás e a saída é
procurar andar para a frente a todo custo, competir e ganhar.
Essa diferenciação permanentemente buscada pode ser na inovação, no design,
na capacidade produtiva, na disponibilidade de recursos básicos, na tecnologia e
nos sistemas, na competência financeira, no marketing inteligente e na eficiência
das vendas e, fundamentalmente, na competência gerencial.
Embora importante contar com um conjunto de fatores materiais e tecnológicos
que permitam competir com sucesso, é relevante observar que o que gera a
capacidade de disputar é, em verdade, a qualidade e a motivação das pessoas
para ajudar a empresa a ganhar sua guerra.
Daí que Liderança é o nome do jogo. Sem uma liderança forte que leve o time a
disputar bem e querer ganhar, nenhuma empresa vai sair vitoriosa de sua
competição e pode ficar para trás, sem futuro.
Cada executivo que responde por resultados em qualquer área da empresa, que
administra um orçamento e que comanda uma equipe é, por isso mesmo, um
general a comandar sua legião na batalha campal do mercado. Ao executivo de
topo se pede que seja, em sua empresa, o grande líder que comanda
estrategicamente os seus recursos para as vitórias pretendidas, mais do que o
sargento que lidera na trincheira do mercado.
A competição empresarial é um jogo pesado em que se joga limpo, mas num
campo pesado, e que demanda muita raça e muita competência para se sair
vitorioso. Mas é também uma batalha sem tréguas que pode levar ao desastre
ou a glória, na qual mesmo os vencedores podem sair machucados.
O Executivo nesta Era de Competitividade tem que aprender que não pode se
deixar apanhar despreparado e que é preciso estar sempre alerta e em forma
para ganhar ou ajudar a ganhar o jogo. E o jogo, hoje em dia, se ganha com
competência, experiência, intensa aplicação pessoal ao trabalho, network e
capacidade para liderar pessoas.
Mas o Mundo hoje só aplaude vencedores e talvez o Barão de Coubertin
devesse mudar sua frase célebre para “ importa competir ...e ganhar” e fizesse
mais eco, uma vez que o que importa mesmo para as empresas atualmente é
ganhar, chegar à frente e assumir os lugares dos adversários do ranking
empresarial, até por uma questão de sobrevivência.
Nessas condições, a palavra mágica que deve refrear exageros de conduta
empresarial nesse contexto de competitividade é a Ética, conceito muitas vezes
esquecido e não praticado, mas que deve ser continuamente lembrado, colorindo
as ações de executivos e empresas.
A conclusão dessa breve análise das situações que envolvem a chamada “Era
da Competitividade” é a de que este período é difícil, tensional e cansativo, mas
ao mesmo tempo emocionante, criativo e contributivo, colocando num turbilhão
profissional executivos e empresas que possam pretender sobreviver e crescer.
Maior a competitividade, maior a necessidade de inovar, diferenciar e criar,
dentro de um modelo ético mas de busca constante da vitória.
( * ) Prof. Laerte Leite Cordeiro - Mestre em Administração e Especialista em
Carreiras Executivas. Diretor Geral da Laerte Cordeiro Consultores em Recursos
Humanos.São Paulo, fevereiro, 2010.
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