Mistério O QUE REALMENTE ACONTECEU NO JOGO BRASIL E FRANÇA NA COPA DE 1998 Demoramos, mas achamos os culpados. Leia este artigo inédito e confira. Maurício Góis Era a Final da Copa do Mundo de 1998. O Brasil todo estava com a alma colada na televisão para comemorar mais uma vitória esperada. Sabendo que tinha alguns pontos a seu favor, todo o estádio francês era uma só voz de arrebatamento, - mas, lá no fundo da convicção perturbada, a França sabia que as chances de vencer eram possíveis, mas não prováveis. Mas aconteceu. Naquela noite, o gigante Brasil foi dormir com um nó na garganta e com o espírito abatido: perdemos. Mas como a desculpabilização ou a terceirização da culpa é um dos fortes do ser humano saímos à caça dos culpados para justificar nossa alfabetização emocional. - Nossos jogadores foram comprados! – diziam uns. – Não, o que aconteceu foi que o Brasil amarelou! – afirmavam outros. – Algumas empresas patrocinadoras deram dinheiro para a turma da defesa e eles relaxaram a marcação – argumentavam mais alguns. – Ninguém esperava que o Zidane fizesse dois gols logo de cara (ou melhor, de cabeça) e isto desmotivou nossa equipe – trovejavam alguns comentaristas. Outros mais exaltados gritavam que estava já tudo combinado para que o Brasil fosse sede de uma próxima Copa. Alguns técnicos espumavam em altos brados que os jogadores se estressaram por causa da preocupação com o Ronaldinho e se desestruturaram física, estratégica e taticamente. Pessoalmente, faço uma outra análise do que aconteceu. O resultado foi desastroso para nós porque lá no campo havia uma diferença. O Brasil entrou em campo decidido a não perder o jogo. A França entrou em campo decidida a ganhar o jogo. Para o Brasil aquele jogo era muito importante. Para a França era a única coisa importante que existia: ganhar da gente significava colocar os franceses no topo do futebol mundial. Com esta postura eles levantaram a taça. Esta é ainda uma grande lição para nós hoje. Quer ser o melhor diretor, gerente ou funcionário que sua empresa já teve? Quer levantar o troféu de profissional campeão? Quer ser disputado no mercado? Então, acorde para vencer. Não faça nada pensando em não perder. Só que, no mundo dos negócios, diferente de um clássico de futebol, ganhar é você fazer o seu cliente ganhar. O profissional do estilo ganha-perde (eu ganho, você perde) acaba por ser derrotado. O vendedor do estilo ganha-ganha (eu ganho, você ganha) é o que sempre sai vencedor. Fazer seu cliente vencer, seu setor lucrar, seu superior triunfar, sua produtividade crescer, sua competitividade avançar, sua carreira disparar e sua empresa ampliar pontos preciosos sobre os concorrentes – essa é a postura dos que trabalham para ganhar e jamais para não perder. Em todas as áreas da existência humana esta regra serve. Quer ser o melhor cônjuge? Faça quem lhe divide a cama e a vida ter sucesso. Deseja ser o melhor diretor comercial? Faça sua equipe ganhar. Quer ser o melhor empregado? Faça seu patrão vencer. Na vida, jamais caminhe para não perder. Viva para fazer ganhar. E aí você vence. Pensar, sentir, agir, colaborar e compartilhar nesta direção, - é a grande regra que fará você permanecer em pé na Era do Desarranjo. Maurício Góis É empresário, palestrante, autor e estrategista. Para contratar envie um e-mail para: [email protected]