V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 A ÉTICA DISCUR URSIVA DE HABERMAS: UMA PRO ROPOSTA ALTERNATIVA À FUNDAMENTAÇÃO MORAL KA ANTIANA Danilo Persch Doutorado – Universid sidade Federal de São Ca Carlos (UFSCar) dan.pers [email protected] Habermas se aprop ropria de vários pontos da filosofia moral ral de Kant para fundamentar sua ética doo ddiscurso. Mas também há divergências na fo forma como cada um destes filósofos fundam amenta a moral, conforme se observa no livro ro Comentários à ética do discurso. Nesta oobra Habermas cita três diferenças que sepa eparam a ética do discurso da ética kantiana: a: a) a ética do discurso abandona a teoria dos os dois mundos de Kant: inteligível e fenomen enal; b) a ética do discurso supera o ponto dee ppartida kantiano, meramente interior e monol nológico, segundo o qual cada indivíduo tentaa eempreender suas máximas a fim de universal salizá-las. Em contrapartida, na ética do discurs urso, os interesses são postos em discussã ssão através do discurso público, quee é organizado intersubjetivamente; c) com om a fundamentação da ética do discurso a pa partir do princípio da Universalização, Haberm ermas pensa ter resolvido o problema da fun fundamentação ao 5 qual Kant teria se esquivado ado mediante a referência a um “fato da razão”524 . Mas para compreen eender melhor essas convergências e divergê gências existentes entre a teoria moral de Kan ant e a ética do discurso é importante ter pres resente o que para Habermas representa a base ba para qualquer forma de fundamentaçã ção moral. Neste sentido ele diz que todass aas formas de fundamentação moral que hoj oje existem estão baseadas principalmente em três fontes: ou a fundamentação tem com como base a ética aristotélica, ou o utilitarism ismo ou a teoria moral de Kant. Além disso, o, ele aponta mais duas tendências de fundame mentação moral que estariam relacionadas com om a teoria moral de Hegel. Trata-se do comuunitarismo e da ética do discurso525. Em relação à formaa como Kant fundamenta o imperativo categó egórico, Habermas diz que em tal fundamentaç tação: “O significado da moral depende então ão da forma como se responde à questão acerc erca da possibilidade de decidir racionalmentee qquestões práticas 524 HABERMAS, Jürgen. Treff effen Hegels Einwände gegen Kant auch auf die Di Diskursethik zu? In: Erläuterungen zur Diskursethik.. Frankfurt F am Main: Suhrkamp, 1991, S. 20 – 21. 525 HABERMAS, Jürgen. Vom m pragmatischen, ethischen und moralischen Gebrau auch der praktischen Vernunft. In: Erläuterungen zurr Diskursethik. D Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1991, S. 100. ISSN 2177-0417 - 376 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 de um modo geral”526. D Decidir racionalmente significa que o suje jeito pode tomar decisões imparciais, recorr orrendo exclusivamente a boas razões, ao iinvés de deixar determinar-se por desejos. Apesar da concepçã pção de fundamentação moral kantiana ir alé além daquilo que determinada cultura ou gru grupo de pessoas considera moralmente certo rto, Habermas vê problemas nela. Ele diz que ue Kant reduz a fundamentação moral como se esta consistisse apenas na aplicação de um m princípio abstrato a casos particulares. Em m outras palavras, esta crítica está relacionada da ao problema da aplicabilidade do imperativo ivo categórico, que seria algo parecido como um “... plano abstrato da reflexão de sujeitoss ssolitários acerca do que todos poderiam acei ceitar como lei para sua atuação”527. No quee ssegue, Habermas aponta para uma consequ equência negativa resultante desta concepç pção abstrata de fundamentação moral kanti ntiana. Ele diz que esta fundamentação abstrat rata pressupõe um conceito atomista de pesso soa. A partir do momento em que os indivíd íduos avaliam (in foro interno) suas máximas as do ponto de vista moral, eles se sentirãoo nna obrigação de abandonar o contexto daa sua própria forma de vida para encarar to todos os outros, igualmente como indivídu duos isolados. Neste sentido: “A vontade li livre opera num vácuo; ela está destituída da dos laços sociais que primeiramente dão ão sentido à vida ética”528. Por sua vez ao conceito atomista de pessoa, correspond nde um conceito contratualista de sociedade ade, onde a tendência é que os interesses in individuais sejam privilegiados. Mas há mais incom ompatibilidades entre a ética do discurso e a teoria moral de Kant. Por exemplo, para Ka Kant, o princípio da universalização fundamen entado a partir do imperativo categórico, e que pode ser resumido através da regra de ouro ro que diz: “O que alguém não quer que outr utros lhe façam isso também essa pessoa nã não deve fazer a nenhum outro”, não projeta eta apenas o que indivíduos particulares querem em, mas também o que todos querem. No ent entanto, na concepção de Kant a autonomia ia se restringe ao sujeito, ou seja, cada indiví ivíduo, em seu foro interno, determina o quee cconsidera moral. Trata-se, conforme Haberm rmas, de uma ética monológica, uma vez quee nna concepção de Kant o seguimento do princ incípio de universalização é uma decisão do su sujeito individual. É justamente este tipo de fu fundamentação moral a-linguística e monológ lógica de Kant que 526 HABERMAS, Jürgen. Law awrence Kohlberg und der Neoaristotelismus. In:: Erläuterungen zur Diskursethik. Frankfurt am Main: in: Suhrkamp, 1991, S. 82. 527 HABERMAS, Jürgen. Law awrence Kohlberg und der Neoaristotelismus. In:: Erläuterungen zur Diskursethik. Frankfurt am Main: in: Suhrkamp, 1991, S. 85 - 86. 528 HABERMAS, Jürgen. Law awrence Kohlberg und der Neoaristotelismus. In:: Erläuterungen zur Diskursethik. Frankfurt am Main: in: Suhrkamp, 1991, S. 86. ISSN 2177-0417 - 377 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 segundo Habermas tem que ue ser reformulada através de uma pragmática ca transcendental e dialógica. “... enquanto oo ssujeito solitário se achar autorizado (...) a av avaliar as normas por todos os outros, nãoo transparece a diferença entre a minha sup suposição de uma vontade geral e o entendi dimento intersubjetivo sobre uma vontade co comum”529. Sobre isso Habermas diz que ao invés de alguém prescrever como válidaa aos outros uma máxima que considera com omo lei universal, ele tem que apresentar sua ua máxima para o exame discursivo de sua ppretensão de universalidade. Ou seja, o peso eso se desloca do individual para o coletivo,, ccomo se observa em seu texto. Assi ssim que abandonarmos a metafísica da tteoria dos dois mun undos, irão se encontrar sujeitos que não pode odem mais confiar ness esse pré-acordo transcendental. Para eles, por ortanto, para nós, colo oloca-se então o problema de chegar a um aco cordo adequado e inter tersubjetivo acerca dos interesses de cada indiv divíduo530. Conforme esta citaç tação, ao mesmo tempo em que cada um repres resenta a instância principal para a validação ddaquilo que quer para si, também deve expor or sseus interesses a todos e estar aberto à crític ítica531. O que Habermas neste sentido discor orda em Kant é a concepção defendida por es este filósofo de que: “Uma lei é válida no sen sentido moral, se a partir da perspectiva dee cada um puder ser aceita por todos”532. Trata-se, para Habermas, da transformação ção de uma máxima, que é individual, em umaa lei universal, ou seja, uma pessoa para saber ber se estaria agindo moralmente bastaria pergu rguntar a si mesma se sua máxima poderia serr uuniversalizada. O problema que Habermas levanta lev sobre essa concepção kantiana está re relacionado aos vícios que tal ética pode cconter, por estar baseada de forma exclusiv siva no indivíduo533. Habermas pensa, porr eexemplo, que o entendimento ético que um uma determinada pessoa tem pode não ser compatível co com a compreensão de mundo de outras pessoas. Por isso quando uma pess ssoa tenta validar uma máxima sua, estee processo deve ser realizado através do entendimento 529 HABERMAS, Jürgen. Erläute uterungen zur Diskursethik. In: Erläuterungen zur Disk iskursethik. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1991, S. 15 156. 530 HABERMAS, Jürgen. Erläute uterungen zur Diskursethik. In: Erläuterungen zur Disk iskursethik. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1991, S. 15 156. 531 HABERMAS, Jürgen. Diskur ursethik – Notizen zu einem Begründungsprogramm.. In In: Moralbewußtsein und kommunikatives Handeln. Frankfurt Fr am Main: Suhrkamp, 1983, S. 77 -78. 532 HABERMAS, Jürgen. Einee genealogische Betrachtung zum kognitiven Gehaltt der d Moral. In: Die Einbeziehung des Anderen: Studi udien zur politischer Theorie. Frankfurt am Main: Suhrka rkamp, 1997, S. 46. 533 Neste sentido Habermas dizz qque: “Kant, que como filho do séc. 18 ainda pensa a-hhistoricamente, salta por sobre esta camada de trad radições em que se formam identidades”. HABERM RMAS, Jürgen. Eine genealogische Betrachtung zum m kkognitiven Gehalt der Moral. In: Die Einbeziehung des de Anderen: Studien zur politischer Theorie. Frankfurt urt am Main: Suhrkamp, 1997, S. 49. ISSN 2177-0417 - 378 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 intersubjetivo, de tal forma ma que cada um possa testar a aceitabilidadee de uma norma com perspectiva de ser univ niversalizada. Para chegar a um acordo ac entre os interesses de cada um, a ética ica do discurso de Habermas se baseia em re regras e não em objetivos individuais ouu m máximas, como acontece na teoria morall dde Kant. Enquanto máximas estão relaciona nadas a objetivos individuais, a validez nor ormativa resultante de discursos práticos é dependente da vontade coletiva. É justam mente este ponto que Habermas critica na teo teoria de Kant ao escrever que: “Não está esti stipulado que as máximas generalizáveis na minha mi perspectiva tenham também que serr rreconhecidas, como obrigações morais, na perspectiva de outros, ou até de todos oss ou outros”534. Com outras palavras, pode-se dizer zer que na ética do discurso a razão monológic ica da teoria moral kantiana é substituída pela la razão dialógica. Dessa forma, o fundamen ento da moral está implícito na própria est estrutura da ação comunicativa. Neste sentido tido a ética do discurso pode ser consideradaa ccomo uma teoria de cunho kantiano, mas rein reinterpretada de forma intersubjetiva, onde as questões morais são resolvidas por meio dee ddiscursos práticos. Com isso Habermas as quer demonstrar que a ética do discurso mo mostra-se sensível para as diferenças existente ntes entre pessoas e culturas. Conforme essa co concepção moral, é a partir do indivíduo e da coletividade que deve ser pensada uma étic ética global. Neste sentido há uma valorização ão da história produzida pelos indivíduos. “Cad ada um interpreta o mundo a partir de sua pró própria perspectiva, age conforme os próprioss m motivos, esboça os próprios projetos, perseg egue os próprios interesses e intenções...”535, sem se que com isso haja a negação do diferente nte. Nesse sentido, indivíduos são para Haberm rmas: “(...) os que se encontram envolvidos em suas histórias, suas formas de vida, seus di diálogos e que de sua parte comunicam aos os contextos mais amplos, intersubjetivos, po porém, concretos, algo de sua individualidade ade”536. Resumidamente, para Habermas: “A iindividualização da história de vida realiza--se por meio da socialização”537. Em outroo ttexto ele explica melhor em que consiste esse sse entrelaçamento do “eu” com o “outro” daa se seguinte forma: 534 HABERMAS, Jürgen. Erläute uterungen zur Diskursethik. In: Erläuterungen zur Disk iskursethik. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1991, S. 17 171. 535 HABERMAS, Jürgen. A cam aminho de uma eugenia liberal? A discussão em torno dda autocompreensão ética da espécie. In: O futuro dda natureza humana. Trad. Karina Jannini. São Paul aulo, Martins Fontes, 2004, p. 77. 536 HABERMAS, Jürgen. A un unidade da razão na multiplicidade de suas vozes. In In: Pensamento pósmetafísico: estudos filosóficos.. Trad. Tr F. B. Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasil sileiro, 1990, p. 164. 537 HABERMAS, Jürgen. A cam aminho de uma eugenia liberal? A discussão em torno dda autocompreensão ética da espécie. In: O futuro dda natureza humana. Trad. Karina Jannini. São Paul aulo, Martins Fontes, 2004, p. 49. ISSN 2177-0417 - 379 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 Dest este ponto de vista, outras pessoas, outras his histórias de vida e esfe sferas de interesse ganham significado apenas as na medida em que ue estejam unidos ou entrelaçados à minha iden dentidade, à minha histó istória de vida e à minha esfera de interesse noo âmbito de nossa form rma de vida partilhada intersubjetivamente.. M Meu processo de form rmação completa-se num contexto de tradiçõ ições que partilho com om outras pessoas; minha identidade também é marcada pelas iden entidades coletivas, e a minha história de vidaa está inserida em cont ontexto de histórias de vida que se entremeiam am. Nesta medida, a vida vid que é boa para mim toca também as form ormas de vida que 538 nos os são comuns . Esta citação demons nstra que Habermas concebe o “eu” dentro dee uuma tradição, de tal forma que os indivíduo duos (sujeitos) nunca estão desvinculados da realidade. Sua proposta não consiste em ppensar um sujeito transcendente (capaz dee ccriar o mundo a partir de si próprio) senãoo uum sujeito entre outros sujeitos, onde o “out outro” não anula o “eu”, conforme se pode ler er nna seguinte citação: Oss conceitos morais dos tempos modernos sã são talhados para reco conhecer a liberdade subjetiva dos indivíduos. s. Fundam-se, por um m lado, no direito do indivíduo de discernir com como válido o que ele le deve d fazer; por outro, fundam-se na exigênc ência de que cada um m persiga os fins do bem-estar particular em co consonância com 539 o be bem-estar de todos os outros . Com isso Habermas as não está dizendo que as sociedades modern ernas estão isentas de violência, de opressão,, dde privação dos direitos humanos, de explora oração econômica, de desemprego etc.. Mas so sobre isso ele também diz que: “Não poderíam amos nos indignar a esse respeito se não soub ubéssemos que essas situações humilhantes também tam poderiam ser diferentes”540. É justam tamente em meio o esses conflitos que Habe abermas pensa ser possível um entendimento to racional. Para esse entendimento se concre cretizar, basta que cada um concilie sua vontad tade, que segundo ele é livre, “... às máximass qque todos podem 538 HABERMAS, Jürgen. Paraa o uso pragmático, ético e moral da razão prática. Estudos E Avançados. (Trad. M. Suzuki). São Paulo: v. 13, n. 7, set/dez 1989, p. 9. 539 HABERMAS, Jürgen. O discurso dis filosófico da modernidade. Trad. Luiz Sérgi rgio Repa & Rodnei Nascimento. São Paulo: Martin tins Fontes, 2002, p. 27. Nesta obra, mais adiante,, eem nota de rodapé, Habermas faz interessantes referê erências à racionalidade que permeia todo processo histó istórico. “A razão não é considerada nem como algo pr pronto, como uma teleologia objetiva que se manifesta sta na natureza ou na história, nem como uma mera fa faculdade subjetiva. Pelo contrário, os padrões estrutu turais detectados nos desenvolvimentos históricos pro ropiciam os indícios cifrados sobre as veredas de proc rocessos de formação inconclusos, interrompidos ou m mal conduzidos, que ultrapassam a consciência doo iindivíduo”. (p. 78). Estas reflexões de Habermas são complementárias e ao mesmo tempo diferentes daa cconcepção kantiana sobre história, presente na obra: Idéia I de uma história universal de um ponto de vistaa ccosmopolita. 540 HABERMAS, Jürgen. A cam aminho de uma eugenia liberal? A discussão em torno dda autocompreensão ética da espécie. In: O futuro dda natureza humana. Trad. Karina Jannini. São Paul aulo, Martins Fontes, 2004, p. 88. ISSN 2177-0417 - 380 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 querer como lei universal al ...”541. Por outro lado: “... quando se dáá uum desacordo..., sujeitos que agem com aautonomia precisam entrar no discurso par para descobrir ou desenvolver juntos as norm rmas que ... mereçam a aprovação fundamenta ntada de todos”542. Portanto, o entrechocamen ento de opiniões rivais não impossibilita a construção de relações simétricas entre as pessoas. Habermas, como se perc rcebe, no lugar de uma fundamentação morall bbaseada na razão individual, propõe ações es comunicativas voltadas para o entendimento to, em que o outro aparece como um ccomponente intrínseco da razão. Neste sentido tido a ética do discurso condena a discri criminação e ressalta a inclusão dos marginaliz lizados, ou melhor: “... de cada marg arginalizado em particular...”543. E para ele: Inclu clusão não significa (...) confinamento (...) ...) e fechamento dian iante do alheio. Antes, a “inclusão do outro”” significa que as fron onteiras da comunidade estão abertas a todo odos – também e justa stamente àqueles que são estranhos um ao ou outro – e querem cont ontinuar sendo estranhos544. Enfim, para Haberm rmas, uma das características da modernidade de é o pluralismo ideológico, diante do qua ual uma convivência razoável necessita da tolerância dos indivíduos. A tolerância é nnecessária para a adaptação das “...práticas do mundo da vida e da comunidade política às premissas da moral da razão e dos direitos os humanos ...”545, prática esta que poderá colo olocar a dignidade humana acima das diferenças ças ideológicas. A partir dessa estru trutura elaborada por Habermas em torno da moral de Kant, percebe-se que as raízes dda sua ética do discurso provêm da teoria ia moral kantiana. Talvez a diferença mais su substancial que existe entre estas duas propo postas morais é a seguinte: enquanto para K Kant a autonomia se restringe ao sujeito, to, ou seja, cada indivíduo, em seu foro interno, in determina o que considera moral,, eem Habermas a questão moral é resolvida de dentro de uma comunidade de comunicação.. E Enfim, a ética do discurso não representa, pa para Habermas, um fundamento último paraa a moral, mas ele 541 HABERMAS, Jürgen. A cam aminho de uma eugenia liberal? A discussão em torno dda autocompreensão ética da espécie. In: O futuro dda natureza humana. Trad. Karina Jannini. São Paul aulo, Martins Fontes, 2004, p. 78. 542 HABERMAS, Jürgen. A cam aminho de uma eugenia liberal? A discussão em torno dda autocompreensão ética da espécie. In: O futuro dda natureza humana. Trad. Karina Jannini. São Paul aulo, Martins Fontes, 2004, p. 78. 543 HABERMAS, Jürgen. A inclu clusão do outro – Estudos de teoria política. Trad. Ger Gerige Sperber, Paulo Asthor Soethe e Milton C. Mota. ta. 2a. ed. São Paulo: Loyola, 2004, p. 07. 544 HABERMAS, Jürgen. A inclu clusão do outro – Estudos de teoria política. Trad. Ger Gerige Sperber, Paulo Asthor Soethe e Milton C. Mota. ta. 2a. ed. São Paulo: Loyola, 2004, p. 08. 545 HABERMAS, Jürgen. A cam aminho de uma eugenia liberal? A discussão em torno dda autocompreensão ética da espécie. In: O futuro dda natureza humana. Trad. Karina Jannini. São Paul aulo, Martins Fontes, 2004, p. 101. ISSN 2177-0417 - 381 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 concebe a argumentação in intersubjetiva como constituindo o caminho ppor onde normas morais, válidas para todos, s, ddevem ser fundamentadas. Referências bibliográficas as HABERMAS, Jürgen. Theorie des Kommunikativen Hand ndels. Band I. Handlungsrationalität und nd geselchaftliche Rationalisierung. Frankf nkfut am Main: Suhrkamp, 1981. Zur Kritik der ________. 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