REVISTA DO CEDS Periódico do Centro de Estudos em Desenvolvimento Sustentável da UNDB N. 1 agosto/dezembro 2014 – Semestral Disponível em: http://www.undb.edu.br/ceds/revistadoceds Um Estudo Sobre a Influência da Infraestrutura Ferroviária na Manutenção da Integridade Estrutural de Uma Via Férrea Tipo Heavy Haul 1 José Carlos Silva Filho 2 Antônio Carlos Rodrigues Guimarães3 Resumo: No presente trabalho buscou-se avaliar a influência da infraestrutura ferroviária para a manutenção da integridade estrutural de uma via férrea, e a maneira segundo a qual seu estado de conservação impacta a vida útil da superestrutura. No estudo se verificou a capacidade de suporte da fundação da via através de ensaios de módulo de resiliência e deformação permanente, ensaios “in situ” para a caracterização mecânica dos materiais empregados no pavimento de uma ferrovia no norte do Brasil. A partir de ensaios de laboratório e campo obtidos, foram realizados estudos do comportamento estrutural – através da metodologia clássica (empírica) – sendo verificada a influência destas camadas como fator de redução da vida útil da superestrutura para a manutenção das condições de projeto de uma ferrovia. Palavras-chave: Ferrovia. Infraestrutura-Ferroviária. Tensão-Deformação. Introdução Segundo Brown e Selig (1991), o dimensionamento de pavimentos foi tratado de forma empírica e como uma área secundária da Mecânica dos Solos desde as primeiras décadas do século XX. Porém com o crescimento econômico das nações, e a necessidade crescente por transportes, buscou-se um melhor entendimento da resposta do pavimento frente às suas solicitações, 1 Artigo apresentado em plenário na 43ª RAPv, Maceio, ano 2014. 2 Doutorando pelo Instituto Militar de Engenharia e Mestre em Engenharia Geotecnica pela Universidade Federal de Ouro Preto. Professor da Unidade de Ensino Superior Dom BoscoUNDB. 2 Doutor e mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Especialista em Geologia do Quaternário e Ambiental pelo Museu Nacional da UFRJ. Professor do Instituto Militar de Engenharia. culminando com o surgimento da Mecânica dos Pavimentos, definida por Medina (1988) como a disciplina da Engenharia Civil responsável por estudar os pavimentos como um sistema multicamadas e que está sujeito às cargas oriundas dos veículos que neles trafegam. Medina (1988) cunhou o termo pavimento ferroviário, tradicionalmente conhecido como via permanente ou via férrea. Em todos os casos o pavimento consiste de um sistema multicamadas que interagem entre si, de forma a dissipar as solicitações da grade sem grandes deformações, condição imprescindível para a segurança das composições que trafegam na via. Figura 1: Modelo estrutural da via férrea como um sistema multicamadas (SELIG e WATERS, 1994). 1. Metodologia e Materiais Em ocorrências ferroviárias grande parte das investigações aponta como principal motivo de falhas a superestrutura, muito em função de ser esta camada a que recebe diretamente as solicitações das composições. Entretanto, uma vez que as camadas que compõem a via interagem diretamente entre si, demandam uma abordagem conjunta para a real determinação da causa raiz. Na investigação da ocorrência ferroviária, foi indicado como causa determinante, falhas no esmerilhamento, que gerou propagação de trincas, culminando através de fadiga mecânica em uma fratura transversal do trilho, conforme Figura 2. Figura 2: Trilho fraturado devido à propagação de trincas culminando em fratura transversal Para o presente trabalho, como forma de verificar a capacidade de suporte da plataforma ferroviária, e a possibilidade do seu estado de conservação ter contribuído de forma significativa para o sinistro ocorrido, iremos abordar: • As avaliações geofísicas do local com utilização do Geo Gauge Humboldt H4140; • Informações geradas através do vagão instrumentado; • Ensaios utilizando o equipamento DCP (Dynamic Cone Penetration) para determinação “in situ” da capacidade de suporte da plataforma; • Coleta deformada do material e envio ao laboratório do IME no Rio de Janeiro para ensaios de módulo resiliente; • Cálculo comparativo da capacidade de suporte do material da plataforma ferroviária nas situações “in situ” e ótima determinada em laboratório. 1.1 Avaliação com GeoGauge O Geo Gauge é um instrumento portátil que permite a medição da rigidez e do módulo de Young dos materiais, ao provocar minúsculas deformações ao solo, (da ordem dos 10-6mm), por vibrações em 25 frequências diferentes situadas entre 100-196Hz. O aparelho registra o valor da rigidez para cada uma dessas frequências e apresenta, no final do ensaio, o valor médio. O Geo Gauge faz uma medição da impedância, isto é, da força aplicada ao solo e da resultante deflexão em função da frequência. Figura 3 – Geo Gauge Humboldt H-4140 Tabela 1 – Leituras com GeoGauge no trecho da ocorrência ferroviária Km 858+780 858+700 Módulo de Resiliência (Mpa) 23,57 64,93 CBR (%) 2,3 6,3 Não foi executada uma leitura específica no ponto exato da fratura, porém existem dados muito próximos da ocorrência, mostrando claramente a baixa capacidade de suporte da plataforma. Dimensionando-se a plataforma ferroviária pelo método clássico (Talbot, Zimmerman ou Eisenmann), para a camada de sublastro os valores de CBR deveriam ser superiores a 25%, o que não se verifica nos ensaios de campo com este equipamento. 1.2 Avaliação com Vagão Instrumentado Para este tipo de avaliação foi utilizado dados coletados através de um vagão instrumentado equipado com células de cargas, acelerômetros, strain gauges e transdutores de pressão para avaliar os impactos da via, conforme Figura 4. Antena do GPS. Painéis solares Gabinetes eletrônicos Baterias Figura 4 – Fotos vagão instrumentado A interface com a via cria movimentos que são registrados e classificados em 3 (três) níveis de severidade (Tabela 2). Estes movimentos são assim apresentados: Suspension Travel : Defini-se como o deslocamento de somente uma das suspensões em relação as demais. O movimento ocorre quando uma suspensão (celula de carga) realiza descolocamento de maneira destinta em relação as outras. Como ilustrado na figura 6 onde as rodas do veiculo estão comprimidas e a roda dianteira esquerda livre e “flutuando”. Figura 5 – Suspension Travel Bounce : É definido como os deslocamentos do truque traseiro e do truque dianteiro no mesmo momento ou seja de forma simultana. Geralmente o movimento esta relacionado ao movimento de Pitch. Pitch: Tambem conhecido como arfagem, este movimento de rotação em torno do eixo horizontal transversal, se da pela elevação de um truque em relação ao outro. Figura 6 – Bounce e Pitch Body rock: Rotação em torno do eixo horizontal longitudinal do trem, balanço da caixa. Ou diferença entre o lado direto e esquerdo. Figura 7 – Balanço Acceleration: Movimento causado por qualquer aceleração brusca do vagão, como por passagem por AMV (aparelho de mudança de via), PN (passagem de nivel), rigidez da linha entre outros. Níveis de severidade: • Severidade 1 – É recomendada a restrição de velocidade imediatamente para minimizar riscos e danos à via. • Severidade 2 manutenção – e Risco intermediário monitoramento requer usando os inspeção/visita dados do da vagão instrumentado. • Severidade 3 – Baixo risco do evento, monitoramento usando os dados do vagão instrumentado. Os movimentos são classificados de acordo com os tipos de movimento e severidade obedecendo a parâmetros desenvolvidos especificamente para cada via. A tabela abaixo corresponde à ferrovia do presente estudo situada no norte do país. Tabela 2 – Limites por tipo de movimento De posse do entendimento dos movimentos mapeados pelos vagões instrumentados, foi realizado o levantamento das informações anteriores à ocorrência ferroviária, que demonstrou variações significativas na dinâmica de via, conforme Figura 8. Figura 8 – Resultado leitura do vagão instrumentado Na figura 8, o gráfico da aceleração demonstra alterações significativas exatamente no ponto de fratura. Utilizando as premissas apresentadas anteriormente sobre severidade, apresenta-se na Figura 9, o resultado gerado pelo impacto da composição, demonstrando claramente que neste segmento a via encontra-se com alguma falha, porém apenas com os dados da instrumentação do vagão não é possível a determinação da causa desta fragilidade. Restrição Acceleration 51,00 46,00 41,00 36,00 31,00 26,00 21,00 16,00 11,00 6,00 1,00 Acceleration Severidade 1 Severidade 2 Severidade 3 Figura 9 – Severidade avaliando-se a aceleração 1.3 Análise “in situ” com DCP (Dynamic Cone Penetration) Para esta avaliação, utilizou-se o DCP que é um equipamento projetado para uma rápida medição “in situ” das propriedades estruturais de pavimentos construídos com materiais heterogêneos a partir da relação de golpes necessários para a penetração de um cone de dimensões especificadas na camada em estudo. Figura 10 – Esquemático DCP A Figura 11 apresenta o esquemático de execução dos ensaios no trecho da ocorrência ferroviária. O ensaio foi realizado na plataforma ferroviária na jusante da declividade da drenagem da plataforma nos primeiros 90 cm, de forma a compreendendo assim as camadas de sublastro e subleito. Figura 11 – Locacional do ensaio A relação do DCP com a resistência do solo (CBR) é definida pela declividade da curva que associa o número de golpes na abscissa pela profundidade de penetração (em mm/golpe) nas ordenadas, considerando um determinado segmento linear. Nos gráficos a seguir, foram identificados os horizontes do solo em função da mudança da curva, determinando assim a variação da resistência. Figura 12 – Resultado do ensaio de DCP Transformando-se através de correlação as informações da penetração para determinação da capacidade de suporte da plataforma (CBR), temos a confirmação que no trecho da ocorrência ferroviária, situava-se o exato ponto de menor resistência da fundação da via férrea, conforme Tabela 3. Para este trabalho utilizou-se duas formulações, Oliveira/Vertamatti e Heyn. Tabela 3 – Valores de CBR obtidos através de correlação do ensaio de DCP Camada Ponto 6 Equação Camada 01 Log(CBR) = 2,49 - 1,057.Log(DN) CBR = 442,45.(DN) elev(-1,30) Média 40 Ponto 1 7,58 36,3 6,07 45,9 4,91 57,5 4,91 57,5 7,58 31,8 34,1 6,07 42,4 44,2 4,91 55,9 56,7 4,91 55,9 56,7 Ponto 6 Equação Ponto 5 Ponto 4 Ponto 1 DN (mm/Golpe) CBR (%) DN (mm/Golpe) CBR (%) DN (mm/Golpe) CBR (%) DN (mm/Golpe) CBR (%) Camada 02 Log(CBR) = 2,49 - 1,057.Log(DN) CBR = 442,45.(DN) elev(-1,30) 50 Ponto 4 Ponto 5 DN (mm/Golpe) CBR (%) DN (mm/Golpe) CBR (%) DN (mm/Golpe) CBR (%) DN (mm/Golpe) CBR (%) 13,73 19,4 17,59 14,9 11,63 23,1 11,63 23,1 13,73 14,7 17,59 10,6 11,63 18,2 11,63 18,2 17,0 Média 12,8 20,7 20,7 Tabela 4 – Valores de CBR obtidos através de correlação do ensaio de DCP Camada Camada 01 12 Camada 02 30 Ponto 2 (Fratura) DN (mm/Golpe) CBR (%) 19,57 13,3 19,57 9,3 11,3 Camada Camada 01 40 Ponto 3 DN (mm/Golpe) CBR (%) 5,1 55,2 5,1 53,2 54,2 Ponto 2 (POD) Ponto 3 DN (mm/Golpe) CBR (%) DN (mm/Golpe) CBR (%) 15,67 16,9 15,67 12,4 14,6 Camada 02 10 22 68,86 3,5 68,86 1,8 2,7 20 21,1 12,7 16,3 18,7 Camada 02 25 DN (mm/Golpe) CBR (%) Camada 02 55 DN (mm/Golpe) CBR (%) 8,75 31,2 8,75 26,4 28,8 DN (mm/Golpe) CBR (%) 3,99 71,6 3,99 73,2 72,4 Ponto 7 Ponto 3 DN (mm/Golpe) CBR (%) Camada 02 Camada 01 Ponto 7 ( lado oposto à fratura ) Ponto 7 12,7 Ponto 2 (POD) Camada 35,28 7,1 35,28 4,3 5,7 Camada 02 55 DN (mm/Golpe) CBR (%) 16,75 15,7 16,75 11,3 13,5 Utilizando como premissa os limites indicados anteriormente, os primeiros 25 cm deveriam apresentar valores de CBR em torno de 25%, e os 60 cm seguintes valores superiores a 8%. Esta condição foi verificada em todos os pontos excetuando-se o local da fratura e o Ponto 3 após a profundidade de 50 cm. Nos Pontos 2, 3 e 7, o ensaio determinou 3 camadas distintas, divergindo assim dos outros pontos estudados com apenas 2 camadas, isso se deu, pela cravação do material pedregulhoso e o seixo encontrado na camada de sublastro no subleito (Figura 13), melhorando assim as propriedades da segunda camada. Todavia, alertamos que este fenômeno só foi possível devido à saturação do pavimento ferroviário. No Ponto 7, se verificou este mesmo fenômeno, porém como no lado a montante da via, existe baixo acúmulo de água em função do caimento da plataforma, o comportamento mecânico apresentou valores quase 5 vezes maiores em uma mesma seção transversal, se compararmos com o ponto da fratura. Figura 13 – Poço realizado para coleta de amostra deformada e visualização dos horizontes do pavimento 1.4 Ensaios Laboratoriais O material coletado foi acondicionado e enviado para o laboratorio no Instituto Militar de Engenharia (IME) na cidade do Rio de Janeiro para ensaios de módulo de resiliência na umidade “in situ” e ótima, para realização do estudo comparativo da capacidade de suporte devido a esta variação da condição do material da plataforma na situação campo x laboratório. O módulo de resiliência é obtido através de ensaio triaxial que avalia a deformação permanente gerada por ciclos de aplicações de cargas, de forma que foi possível a realização de ensaios de módulo resiliente, que é a relação entre a tensão desvio (σd) aplicada repetidamente e a deformação elástica axial (εa) resultante, para uma certa condição de ensaio ( número de repetições da carga, tempo de aplicação, frequência, umidade, densidade, tipo de compactação, etc). MR= σ d / εa (DNER ME 131/94) Tabela 5 – Ensaios de módulo de resiliência nas umidades “in situ” e ótima UMIDADE "IN SITU" UMIDADE ÓTIMA (lab.) Tensão Desvio (MPa) Módulo Resiliente (MPa) Módulo Resiliente (MPa) 0,021 39 416 0,041 68 380 3 0,062 89 351 1 0,034 58 659 0,069 96 387 3 0,103 114 352 1 0,051 73 628 0,103 118 371 3 0,154 137 337 1 0,069 91 497 0,137 130 377 3 0,206 150 345 1 0,103 109 494 0,206 151 398 3 0,309 167 375 1 0,137 510 0,275 418 0,412 373 ciclo Tensão Confinante (MPa) 1 2 2 2 2 2 2 3 0,021 0,034 0,051 0,069 0,103 0,137 A Tabela 5 apresenta claramente a perda da capacidade de suporte do material em função da condição da via. Houve a ruptura do corpo de prova quando do último ciclo do ensaio na umidade “in situ”, porém na avaliação do material na umidade ótima, obteve-se resultados bastante interessante para atendimento a ferrovias de cargas pesadas. 2. Análise da Tensão Admissível Através da Metodologia Clássica A grande maioria de projetos ferroviários, considera para o cálculo de tensão admissível para sublastros e subleitos ferroviários a fórmula de Heukerlom proposta em 1964 que é definida como: σ adm = 0,006.Mr 1 + 0,7. log N Sendo: Mr = módulo de resiliência do material (kgf/cm2); N = número de ciclos Para fins de cálculo adotaremos o N = 2,64x108, o que daria para uma malha de média densidade de trem na via, um período de projeto em torno de 20 anos, e para os valores de módulo utilizaremos a média dos valores encontrados nos ensaios realizados com as umidades (h) “in situ” e ótima no laboratório do IME no Rio. σ adm ( h"insitu ") = σ adm ( hótima ) = 0,006.1090 → 0,94kgf / cm 2 8 1 + 0,7. log 2,64 x10 0,006.3840 → 3,33kgf / cm 2 8 1 + 0,7. log 2,64 x10 2.1. Cálculo da Carga Dinâmica Considerando 32,5 t/eixo (ferrovia de carga pesada) Pd = C d .P Sendo: Pd = carga de roda vertical dinâmica P = carga de roda estática – 162,50 kN Cd = fator de carga O método americano de cálculo do fator de carga é baseado na recomendação da AAR (Association of American Railroads), fornecido pelo manual da AREMA, através da relação: C d = 1+ 5,2.V Dw Onde: V = velocidade (km/h) – 80km/h Dw = diâmetro da roda (mm) – 914,40 mm Então: 5,2.80 Pd = 1 + → 236,42kN 914,4 2.2. Pressão no Lastro Segundo STOPATTO (1987), o valor da reação pode também ser obtido através da equação de Driecsen em que: R= P xC d N Onde: Cd= coeficiente dinâmico; P = carga aplicada sobre um dormente N= D d Onde: D= distância entre eixos de um truque – 183 cm d = espaçamento entre dormentes – 61 cm Sendo assim: N= 183 → 3,0 61 R= 16250 x1,45 → 7854,17kgf 3,0 Para o cálculo da área de contato dormente/lastro utilizaremos a fórmula de SCHRAMM (1961). As = ( L − s ).b Onde: s = distância de eixo a eixo entre trilhos (bitola larga) – 160cm b = largura do dormente – 24cm As = (260 − 160).24 → 2400cm 2 Finalmente, a pressão do lastro pode ser calculada conforme abaixo. Pm = R 7854,17 → → 3,27 kgf / cm 2 Ab 2400 2.3. Tensão no Sublastro Para o cálculo da tensão do lastro no sublastro utilizaremos a fórmula de Talbot adotada pela AREMA. σc = 53,87.σ m h1, 25 Onde: σc = tensão sob a linha de centro do dormente σm = tensão média uniformemente distribuída na base do dormente h = profundidade abaixo da base do dormente σc = 53,87.3,27 → 2,51kgf / cm 2 1, 25 30 Realizando o comparativo com os resultados obtidos através da fórmula de Heukerlom, temos a tensão admissível muito inferior à tensão propagada para o sublastro, tendendo a ruptura. 2,51kgf / cm 2 > 0,94kgf / cm 2 (nok ) Porém quando avaliamos o material na umidade ótima, o comportamento mecânico atende perfeitamente as solicitações. 2,51kgf / cm 2 < 3,33kgf / cm 2 (ok ) 3. Conclusão A causa da fratura deu-se em função da quebra do trilho através da propagação de trincas. Porém, após avaliação de todos os dados inerentes ao trecho, fica claro que a condição da via, contribuiu de forma determinante para a aceleração da fadiga do trilho, em função das altas deformações (deflexão) devido à baixa capacidade de suporte da fundação da via. Referência Bibliografica AMERICAN RAILWAY ENGINEERING ASSOCIATION – AREA, “MANUAL OF RECOMMENDED PRACTICE”. Chicago, 1964. AMERICAN RAILWAY ENGINEERING ASSOCIATION. “Second Progress Report of the Special Committee on Stresses in Railroad Track”. Bulletin of AREA, Vol. 19, Nº 205, March, pp. 875-1058. AREA. “Stresses in Railroad Track – The Talbot Reports”, 1980. MILITITSKY, J.; CONSOLI, N.; SCHNSID, F. Patologia das Fundações. São Paulo, Oficina dos Textos, 2006. SCHRAMM, G. Permanent Way Technique and Permanent Way Economy. 1. Ed. Otto Elsner Verlagsgesellschaft, Darmstadt, 1961. STOPATTO, S. Via permanente ferroviária: conceitos e aplicações. Ed. T.A. Queiroz: Ed. Universidade de São Paulo: CBTU: São Paulo, Brasil, 1987.