Visto que os recursos financeiros são escassos e a área construída precisa ser reduzida, nossa proposta é projetar meia moradia boa e sólida ao invés de uma pequena unidade completa. O projeto deve atingir a densidade suficiente (900 moradores/hectare) para aumentar o custo-benefício sem lotar o terreno ou excluir a possibilidade de expansão. Para aumentar o valor das unidades ao longo do tempo, cinco condições foram identificadas: 1. Localização: é fundamental manter as redes sociais existentes e tirar proveito do acesso ao local e da vista. 2. Desenho urbano: espaços coletivos acomodam funções comunitárias e oferecem segurança para os espaços abertos, com a supervisão da comunidade. 3. Dar prioridade à área mais difícil da moradia: cozinhas, banheiros, escadas e paredes divisórias. 4. Estrutura final: a construção da segunda parte das unidades realizada pelos moradores será, portanto, segura, econômica e rápida, substituindo as expansões precárias da autoconstrução por um processo pessoal, usando o padrão e a eficiência das unidades iniciais. 5. DNA de classe média: projetar a primeira metade para ir ganhando qualidade com o tempo. Apesar de os projetos das unidades terem sido desenhados de acordo com as características específicas do local, o projeto ainda pode ser considerado genérico, pois se adapta a condições similares no contexto urbano brasileiro. Planta Conjunto urbano Urban Plan