Futebol, cerveja e tradição: os bares como espaço de preservação da memória clubística em Belo Horizonte Ms. André Maia Schetino, Instituto Metodista Izabela Hendrix / [email protected] Ms. Bruno Otávio Abraão, Instituto Metodista Izabela Hendrix / [email protected] O objetivo desta pesquisa, ainda em estágio inicial, é analisar os bares enquanto espaços de preservação da tradição e da memória dos dois principais clubes de futebol de Belo Horizonte: o Clube Atlético Mineiro e o Cruzeiro Esporte Clube. Para isso, relacionamos a bibliografia selecionada sobre o tema com os dados e análises obtidos através da incursão em dois espaços, escolhidos por sua representatividade na memória do torcedor da cidade: o Bar do Cruzeiro, que se identifica como “o primeiro bar temático de clube de futebol do país”, e o Bar do Salomão, que ao longo de sua existência se constituiu como “o bar oficial da comemoração atleticana”. O Bar do Salomão é considerado “o bar oficial da comemoração atleticana”. Fonte: arquivo pessoal. Comemoração de torcedores atleticanos no Bar do Salomão. Dezembro de 2007, data do retorno do time à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Fonte: arquivo pessoal. Percebemos que, ainda que os bares tenham sido concebidos por iniciativas diferentes, ambos convergem no que diz respeito à exaltação da memória e da tradição clubística. O Bar do Cruzeiro, de propriedade do clube, foi organizado – do seu espaço físico à sua programação – como um local de preservação de sua memória esportiva, através de símbolos, como camisas de diversos períodos, mascotes, taças, etc. Já o Bar do Salomão, sem vinculo institucional com o Clube Atlético Mineiro, tornou-se ao longo do tempo e a partir da relação entre dono e frequentadores, um ponto de encontro que também evoca a idéia de memória e tradição a partir de seu espaço e sua decoração.