Sentidos Químicos Olfato e Gustação BIOFÍSICA Olfato: Organização do Órgão Sensorial Céls. Basais- neurônios precursores dos receptores. Células m/t (mitrais e tufosas)- neurônios de 2ª ordem na via. Muco- função protetora+ moléculas odorantes dissolvem-se neste+presença de proteínas ligadoras de odorantes (odorantes lipossolúveis). INTEGRAÇÃO E ESPECIFICIDADE ODOR PRIMÁRIO SUBSTÂNCIA QUÍMICA PURA CORRESPONDENTE FLORAL Alfa-ionona, álcool betafeniletílico ETÉREO 1,2-Dicloroetano, acetato de benzila ALMISCARADO Anéis cetônicos (C15-17): civetona, acetona do almíscar CANFORADO 1,8-Cineol, cânfora SUOR Ácido isovalerânico, ácido butírico FÉTIDO Sulforeto de hidrogênio, etilmercaptano PENETRANTE Ácido fórmico, ácido acético RECEPTOR SENSORIAL E TRANSDUÇÃO Adaptação K+- inibição CO- modulação Gde sensibilidade!!! Odores pútridos- IP3 HÁ ALGUM GRAU DE ESPECIFICIDADE… Figura 10.5. Os quimiorreceptores olfatórios podem responder especificamente ao tipo e à concentração do odorante. A mostra a corrente medida na membrana do receptor, quando sobre ele se pingam diferentes odorantes (setas vermelhas). O neurônio 1 responde aos três odorantes, mas os neurônios 2 e 3 são seletivos para um (ou dois) deles. B mostra que a resposta do receptor é proporcional à concentração do odorante (neste caso, isoamilacetato). Os traçados vermelhos representam os momentos de pingar e lavar o odorante. As gotas de cima para baixo representam concentrações crescentes. Observam-se freqüência e números cada vez maiores de potenciais de ação poucos segundos depois da estimulação, à medida que a concentração aumenta. A modificado de S. Firestein et al. (1991) Journal of Neuroscience 11: 3565-3572. B modificado de T.V. Getchell e G.M. Shepherd (1978) Journal of Physiology 282: 521-540. ATIVIDADE ELÉTRICA E (IN)ESPECIFICIDADE Variações na concentração dos odorantes podem alterar a latência da resposta, sua duração e/ou a frequência de disparo de neurônios individuais, ou mesmo passar a ativar neurônios antes não ativados. Isso pode significar informação adicional ou distinta para a percepção. CONVERGÊNCIA (500-1000:1) (Células m/t são ativadas mesmo em baixas concentrações de odorantes) m/t Sakano H, 2010 HÁ ALGUM GRAU DE ESPECIFICIDADE… PAPEL DE INIBIÇÃO LATERAL- processamento Céls periglomerulares e granulares têm papel no processamento da informação passada às céls m/t. Céls mitrais: Principais neurônios de projeção do bulbo. Figura 10.7. A especificidade das células m/t pode ser comparada com a dos receptores, registrando a sua atividade após a estimulação com odorantes que diferem em um único carbono (fórmulas à esquerda). Enquanto os receptores podem ser ativados por muitos aldeídos (B e C), as células m/t podem ser até inibidas por um deles (asteriscos). No exemplo em A, os traçados verdes representam os potenciais de ação disparados por uma m/t ao ser estimulada pelos odorantes mostrados à esquerda. Os histogramas ilustram a resposta das células para cada composto. Repare que a célula m/t (A) é inibida pelo octil-aldeído (8 carbonos), mas é ativada pelos outros. Por outro lado, o receptor em C é mais ativado justamente por esse aldeído. Acredita-se que a inibição possa ter surgido da atividade dele, transmitida “com sinal contrário” pelas células periglomerulares e granulares (setas vermelhas). Baseado em S. Nakanishi (1995) Trends in Neuroscience 18: 359-364. Via relacionada com percepção consciente Distinção em relação aos outros sentidos: via não segue para tálamo antes de ir para área cortical primária! Figura 10.3. As estruturas componentes do sistema olfatório podem ser quase todas visualizadas na base do encéfalo (à esquerda). O esquema à direita representa os circuitos formados pelos axônios das células m/t do bulbo, que projetam para o córtex piriforme e outras regiões, e delas para o tálamo e o hipotálamo. Observar que o sistema olfatório não apresenta um relé talâmico antes do córtex, como todos os demais sistemas sensoriais. Esquema modificado de G.M. Shepherd (1989) Neurobiology, 4a. Ed., Oxford University Press, New York, EUA. Purves et al, livro. MAPA DE ODORANTES NO BULBO OLFATÓRIO DE RATOS Mapa do Bulbo Olfatório NÃO HÁ ORGANIZAÇÃO TOPOGRÁFICA PRECISA “The way our mind senses the world around us depends a lot on how neurons are organized in space. For example, in the visual system, retinal ganglion cells are ordered according to the visual field, with neighboring cells being responsive to neighboring parts of the visual field. This organization, known as the retinotopic map, is believed to promote the sharpening of images through center-surround contrast enhancement. A similar spatial order is seen in the auditory system, where the organization of neurons by sound frequency (a tonotopic map) is believed to narrow frequency tuning. Likewise, a somatotopic map exists in the somatosensory system. For olfaction, however, the question remains as to whether there is a chemotopic map. Are neurons that prefer similar chemical odor molecules located close together in space?” (Schoppa et al., 2009) De fato mapas similares aos observados em outros sistemas não são o caso do olfato… e nem da gustação. HIPÓTESES QUANTO A CAPACIDADE DE DISCRIMINAÇÃO DE ODORES: - LINHAS EXCLUSIVAS ? (existe alguma topografia, mas inespecificidade é muito gde em vários níveis) MAPAS NEURAIS Registros de atividade em neurônios do bulbo olfatório de salamandra. As cores indicam níveis de atividade. Diferentes estímulos levam a padrões espaciais distintos de atividade. A – amil acetato (banana) B – limoneno (frutas cítricas) C – etil-n-butirato (abacaxi) -PADRÕES DE ATIVAÇÃO EM RESPOSTA A CADA CHEIRO – mapas têm características distintas de outras modalidades sensoriais. GUSTAÇÃO/PALADAR RECEPTOR SENSORIAL Papilas: Circunvaladas Foliadas fungiformes Botão gustatório= 50 a 150 quimiorreceptores Total= 5000 botões, sendo 2/3 na língua e o restante em: mucosa oral faringe laringe porção superior do esôfago ORGANIZAÇÃO DO ÓRGÃO SENSORIAL Recent molecular and functional data have revealed that, contrary to popular belief, there is no tongue ‘map’: responsiveness to the five basic modalities — bitter, sour, sweet, salty and umami — is present in all areas of the tongue Amargo OBS.Gustação é na verdade multissensorial! Azedo Chandrashekar et al., 2006. TRANSDUÇÃO DE SINAIS Azedo/ácido Canal (TRP) Sugere-se q adoçantes ativam receptores acoplados a ativação de PLC. TRANSDUÇÃO DE SINAIS ??? mGluR? (GPCR/PLA) ATIVIDADE ELÉTRICA- receptores gustativos Especificidade? Código de linha marcada X computação da atividade de multiplos neurônios (across neuron/fibre hypothesis) AINDA É CONTROVERSO…. Chandrashekar et al., 2006. VIAS E INTEGRAÇÃO N. Trato solitário tb se conecta: -com n. motores de alguns nervos cranianos reflexo de deglutição, tosse e vômito; - indiretamente com hipotálamo e amígdala regiões límbicas relacionadas com a fome e suas reações e emoções. Códigos Populacionais no córtex! Também se conecta com nucleos motores que participam de reflexos de deglutição, tosse e vômito. Considerado cortex gustativo secundário, mas que apresenta resposta multi-sensoriais. Organização cortical é sugerida por envolver um padrão de ativação que corresponde aos sabores. De fato, a gustação é inerentemente multi-sensorial: -textura -temperatura, Co-ativação de neuronios somatosensoriais especializados da cavidade oral. - visão Simon et al., 2006. Evidence That Taste Is Innate Resting dH2O Sweet Sour Bitter Examples of the characteristic facial expressive features in response to gustatory stimulation (gustofacial reflex) in the perinatal human infant (Steiner 1987). Simon et al., 2006.