ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE: ATELIÊ DAS CIÊNCIAS DA VIDA E SAÚDE ccdr-n.pt/norte2020 10 DE MAIO DE 2013 ∙ PORTO ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE Principais Conceitos • A competitividade das regiões deve fundar‐se nas respetivas características e ativos existentes no seu território, concentrando recursos nos domínios/atividades económicas em que exista ou possa reunir‐se massa crítica relevante; • As regiões têm de reavaliar o seu posicionamento competitivo em função do mercado global e da sua capacidade de afirmação internacional, tendo subjacente o princípio de que “it is not possible to excel in everything”. Está‐se em presença de um paradigma de desenvolvimento baseado em regiões e na sua capacidade de se afirmarem, diferenciando‐se, no mercado internacional. 2 ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE Principais Conceitos • Escolhas e massa crítica: identificando um conjunto limitado e concreto de prioridades que deverão concentrar a maioria dos recursos financeiros; • Variedade relacionada: explorando sinergias intersectoriais, combinando bases cognitivas e produtivas, combinando visões verticais e horizontais; • Construção de vantagens competitivas: aproveitando as capacidades de C&T e da economia regional e promovendo processos de articulação, desenvolvendo um mercado tecnológico; • Conetividade e clusters: promovendo a conetividade interna e internacional e a variedade relacionada de atividades económicas; • Hélice quádrupla: adotando uma perspetiva da inovação colaborativa envolvendo empresas, universidades, instituições e utilizadores. 3 ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE Principais Conceitos Focus “Diversificação” “Fileira” “Mudança Estrutural” INOVAÇÃO BASE EMPRESARIAL POLÍTICA PÚBLICA RECURSOS & ATIVOS Inimitabilidade Não transferência UTILIZADORES AVANÇADOS “Evolução” Tecnológicos Não Tecnológicos “Recomposição” 4 ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE Área Científica Ciências Agrárias Ciências da Terra da Vida e Ambiente Engenharia Civil Criativas Energia Física e Matemática Ind. Aliment. Moda Materiais Metalurgia e Mecanica Química Saúde TICE Setor da Economia % 2,1 6,0 4,3 5,5 0,4 2,3 0,5 0,4 0,6 3,8 3,9 15,8 8,5 Diagnóstico do Sistema de Investigação e Inovação Agricultura e Pesca 0,9 Ind. Aliment. 3,8 Moda 8.6 Indústrias Florestais 2,4 Fab. Químicos 0,8 Borracha e Plásticos 2,1 Minerais não metálicos Metalúrgicas e Prod. Metal Máquinas e Equipamentos (incluindo Eléctricos e Inf.) Automóveis e Componentes Mobiliário e colchões Energia Construção e Imob. Ativ. de inf. e de comunicação Ativ. de consult e cient. 1,3 4,3 3,8 1,6 1,2 3,6 15,6 2,1 4,9 Ativ. administrativas 4,3 Saúde e dispositivos Med 7,8 Atividades Criativas 1,8 1. Análise quantitativa dos recursos e ativos (bases de conhecimento analítico e sintético) e da base empresarial regionais: identificação dos pontos nodais de cruzamento das dimensões do capital humano e das atividade económica mais relevantes. 2. Identificação de recursos e ativos não tecnológicos (base de conhecimento simbólico): identificação de oportunidades de valorização económica de recursos endógenos (ex: mar e vento, condições edafo‐climáticas, Douro, cultura…) 5 ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE Diagnóstico do Sistema de Investigação e Inovação 1. Capital Humano • STEM: 7k graduados/ano | 1490 doutorados entre 2000 e 2010 • Saúde: 7k graduados/ano | 965 doutorados em áreas “core” entre 2000 e 2010 2. Produção científica • Taxas de crescimento assinaláveis (TCMA 2000/2010 ‐ 14%) • Maior evolução registada nas Ciências Médicas e da Saúde ‐ domínio científico com maior número de publicações (em 2010), salientando‐se (no período 2005/2010): Farmacologia e Farmácia, Neurociências, Oncologia, Neurologia, Medicina Interna e Geral e Imunologia • Norte Ciências dos Materiais, Bioquímica e Biologia Molecular, Química e Física • Impactos acima da média mundial Neurociências e Medicina Clínica 3. Patentes • Intensidade muito baixa do esforço de patenteamento • Domínios tecnológicos em destaque Produtos Farmacêuticos e Química Fina (2010) Fonte: FCT, 2013 6 ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE Diagnóstico do Sistema de Investigação e Inovação Base empresarial • Predomínio de setores de bens e serviços transacionáveis com baixa e média incorporação em conhecimento • Baixa taxa de emprego de doutorados nas empresas (6,5%) (ex: 30% Holanda ou Bélgica) • Baixa densidade empresarial em atividades económicas “core” das Ciências da Vida e Saúde • Presença de atividades conexas com as Ciências da Vida e Saúde (TICE, Alimentação, Mar, Moda, Turismo) Sistema de Saúde • Sistema de cuidados de saúde com capacidade instalada excedentária, de qualidade e com melhor relação qualidade‐custo face a vários sistemas de saúde Europeus 7 ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE Domínio Prioritário: Ciências da Vida e Saúde INOVAÇÃO BASE EMPRESARIAL RACIONAL FARMACÊU‐ TICA Consolidação das dinâmicas de articulação entre a investigação regional (nomeadamente, ao nível da engenharia de tecidos, do cancro, das neurociências e do desenvolvimento das técnicas cirúrgicas) e as empresas nas indústrias e serviços na área da saúde em sentido amplo (farmacêutica, dispositivos médicos, prestação de serviços saúde, turismo de saúde e bem‐estar e cosmética). DISPOSITIVOS MÉDICOS TÊXTEIS TURISMO DE SAÚDE E BEM‐ESTAR CIÊNCIAS DA VIDA COSMÉTICA TICE ALIMENTA‐ ÇÃO FUNCIONAL QUÍMICA FINA E FARMACO‐ LOGIA SISTEMA DE SAÚDE ENGENHARIA DE TECIDOS GENÉTICA E BIOLOGIA MOLECULAR RECURSOS & ATIVOS BIOTECNO‐ LOGIA UTILIZADORES AVANÇADOS 8 ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE Domínio Prioritário: Ciências da Vida e Saúde 1. “Core”: • Ageing population | restrições financeiras SNS • Imagiologia: crescente relevância de equipamentos de imagiologia molecular para diagnóstico e tratamento • Neurociências: bioeletrónica, bio‐nano‐sensores • Engenharia de tecidos e medicina regenerativa • Farmacêutica: biomarcadores, células estaminais, farmacogenética, Moléculas Grandes (biofármacos), neurociências 2. “Conexas” • e‐Health: necessidade de garantir ampla cobertura de serviço, reduzir custos de operação, elevar a monitorização remota, passaporte do doente • Aplicações móveis e sistemas sensoriais de monitorização, Sistemas centralizados de informação, desenvolvimento de plataformas de gestão de informação (ex. One Singaporean, One Health Record) • Sistemas computorizados de modelização e simulação biológica 9 ESTRATÉGIA REGIONAL DE ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE Objetivos do Ateliê Temático A Estratégia Regional de Especialização Inteligente deve resultar de um processo de co‐construção com os diferentes atores regionais. Os ateliers são apenas uma etapa inicial de um processo de iteração regional. Os objetivos deste ateliê são: • Testar e melhorar o racional do domínio prioritário • Conhecer as principais linhas de trabalho das unidades de I&D e as intenções de investimento das empresas, desafiando todos a participarem ativamente na definição da Estratégia Regional de Especialização Inteligente • Iniciar um processo de definição de um número restrito de linhas de trabalho e de desenvolvimento de novos processos, produtos e serviços considerados de maior potencial e prioritários (existência de massa crítica ou wildcards) • Identificar as dimensões de intervenção da política pública, construindo‐se uma análise SWOT e uma matriz de objetivos e metas por domínio • Colaborar na definição do espectro e incidência dos instrumentos de política pública 10