Manual de Alimentação Saudável
para Crianças
Criança bem alimentada é
criança saudável...
...é Criança Feliz!
Por Eliane Petean Arena
Nutricionista
Manual de Alimentação Saudável
para Crianças
Criança bem alimentada é
criança saudável...
...é Criança Feliz!
Por Eliane Petean Arena
Nutricionista
Aleitamento Materno
O aleitamento materno deve iniciar- se, imediatamente após o parto, sem horários préfixados estando a mãe em boas condições e o recém nascido com manifestação ativa de
sucção e choro.
A OMS propõe a seguinte
nomenclatura:
• Aleitamento materno
exclusivo:
somente o leite materno
• Aleitamento materno: quando
a criança recebe leite materno,
diretamente do seio ou
extraído, independentemente
de estar recebendo outro
alimento.
Até
6meses
6
1/
2
Leite materno ou
fórmula infantil I
6meses
Suco de frutas
+ Papa de fruta
+ Leite
Papa salgada (almoço e jantar) + ovo
ou carne + suco de frutas + leite
8meses
10meses
Iniciar as leguminosas (feijão,
ervilha, lentilha e grão de bico)
Gradativamente passar
para a comida da família
12meses
Comida da família
2
A partir
do
6°mês
A partir dos seis meses, o uso somente de leite materno não supre todas as necessidades
nutricionais da criança, tornando necessária a introdução de alimentos complementares.
Também é a partir dessa idade que a maioria das crianças atinge estágio de
desenvolvimento geral e neurológico (mastigação, deglutição, digestão e excreção), que as
possibilitam de receber outros alimentos além do leite materno.
Alimentação complementar é o conjunto de outros alimentos, além do
leite materno oferecidos durante o período de aleitamento. Esta
definição abrange inclusive alimentos inadequados à saúde da
criança, como: chás, água açucarada, leite em pó erroneamente
diluído, sopas diluídas, entre outros.
Os alimentos complementares devem ser
oferecidos, inicialmente, em forma de papa,
passando para pequenos pedaços e, após os
doze meses, na mesma consistência dos
alimentos consumidos pela família.
O período de introdução da alimentação complementar é de elevado risco
para a criança, tanto pela oferta de alimentos inadequados, quanto pelo risco de sua
contaminação devido a forma de preparo favorecendo a ocorrência de doença diarréica e
desnutrição. As mães, durante este período, devem ser orientadas, pois a higiene é de
fundamental importância e deve ser realizada por profissionais da área de saúde.
VOCÊ SABIA?
É importante oferecer água potável, porque os alimentos
oferecidos ao lactente apresentam maior sobrecarga de
solutos para os rins.
Os sucos devem ser dados nos intervalos das mamadas e as
melhores frutas para elaborar sucos são aquelas ricas em
vitamina C, pois essa vitamina tem um poder maior de
absorver o ferro dos outros alimentos. Mas isso não quer dizer
ÁGUA
que a criança não possa ingerir sucos de maçã ou pêra, por
exemplo. O que importa é que a fruta esteja fresquinha e com
um preço acessível.
As papas e os
sucos de frutas
As frutas devem ser oferecidas nesta idade,
preferencialmente sob a forma de papas e sucos, sempre
em colheradas. O tipo de fruta a ser oferecido terá de
respeitar as características regionais, custo, estação do
ano e a presença de fibras, lembrando que nenhuma
fruta é contra-indicada.
Os sucos naturais devem ser usados preferencialmente após as refeições
principais, e não em substituição a estas, em uma dose máxima de 240ml/dia.
HORA
DO SUCO
Sucos
6
meses
Usar uma fruta de cada grupo
Vitamina C
Laranja
Limão
Maracujá
Goiaba
Acerola
Caju
Vitamina A
Abacaxi
Uva
Ferro
Melão
Pêra
Banana
Kiwi
Tomate
Mamão
+
Beterraba
Folhas verde escuras
(Couve)
Cenoura
+
Abacaxi
Maracujá
Melancia
Pêra
Suco Obstinpante
(prende o intestino)
Use duas das frutas abaixo
Maçã sem casca
Banana prata
Cajú
Goiaba
Lima
Laranja-lima
Banana da terra cozida
Suco
Laxante
(solta o intestino)
Use duas das frutas abaixo
Mamão
Tangerina
Laranja
Abacate
Acerola
Morango
Ameixa preta seca
Melão
Pêssego
Pêra
Abacaxi
Melancia
Kiwi
Manga
Figo
Caqui
Atenção
Usa açúcar mascavo somente para os sucos cítricos.
Exemplo: limão, maracujá, laranja, etc.
Sucos
Sucos
Receitas
de
Sucos
Sucos
Suco Laxativo
Pedaços de melancia com caroço
bata os pedaços de melancia com caroços
no liquidificador até triturar bem.
Adoçar a gosto.
Suco Obstinpante
3 Goiabas vermelhas com casca
1 Litro de água de côco
bata tudo no liquidificador até triturar bem.
Adoçar a gosto.
Suco para Anemia
2 Cenouras
1 Beterraba
2 Folhas de couve
Passe todos os ingredientes na centrífuga
ou no liquidificador
O importante é ter paciência e experimentar diversos sabores, observando
qual o que lhe agrada mais. O melhor é começar com sumos de frutas para
habituá-lo a novos sabores, e passar depois às papas.
As primeiras papas devem ser à base de frutas, mais
doces e por isso melhor aceites pelo bebê, mas doces
não significa com açúcar. Este está proibido, e não é
necessário uma vez que a fruta já possui frutose.
A primeira dose de papa não deve exceder uma colher
rasa de sobremesa de fruta passada, aumentando
gradualmente até chegar a uma peça inteira. Se der
morangos ou uvas, a dose é de duas unidades,
aumentando depois até as dez. Só com essa quantidade
pode substituir uma mamada pela papa.
As primeiras colheradas de papa vão ser, na certa,
recusadas pelo bebê, uma vez que o seu instinto lhe
indica que deve excluir tudo da boca que não seja o
mamilo. Coloque a colher no canto da boca e deixe
que a papa escorregue suavemente para dentro.
Dê-lhe sempre a beber água depois da papa, porque
a frutose aumenta a sede.
9
Papa doce
6
meses
MAÇÃ
Papa de
fruta neutra
MAMÃO
PÊRA
CAJÚ
GOIABA
MELÃO
BANANA
MELÃO
Papa Doce
Laxante
(solta o intestino)
Use duas das frutas abaixo
Mamão
Acerola
Melão
Laranja
Melancia
Pêssego
Pêra
Abacaxi
Banana nanica
Banana Prata
Ameixa preta seca
Morango
Pêra
Figo
Papa Doce(prende
Obstinpante
o intestino)
Use duas das frutas abaixo
Maçã
Banana maçã
Goiaba
Cajú
Kiwi
Manga
Tangerina
Abacate
Caqui
A primeira papa salgada deve ser oferecida entre o sexto e sétimo mês de vida, no
horário de almoço ou jantar, podendo ser utilizados os mesmos alimentos consumidos
pela família, desde que adequados às características do lactente, É importante observar
que, enquanto não houver boa e completa aceitação das papinhas, a refeição deve ser
completada com a amamentação.
Entre sete e oito meses, respeitando-se a evolução da criança, deverá ser
introduzida a segunda refeição contendo sal. Logo que for possível, os alimentos não
precisam ser muito amassados, evitando-se, desta forma, a administração de alimentos
muito diluídos e propiciando uma oferta calórica adequada.
A criança amamentada deve receber três refeições ao dia (duas papas de sal e uma de
fruta) e aquela não amamentada, seis refeições (duas papas de sal, uma de fruta e três de
leite)
Componentes das misturas
Legumes são vegetais cuja parte comestível não é
composta de folhas. Por exemplo: cenoura, beterraba,
abóbora, chuchu, vagem, berinjela, pimentão.
Hortaliças são vegetais cuja parte comestível são as
folhas.
Por exemplo: agrião, alface, taioba, espinafre, serralha,
beldroega, acelga, almeirão.
Tubérculos são caules curtos e grossos, ricos em
carboidratos. Por exemplo: batata, mandioca, cará,
inhame.
O óleo vegetal (preferencialmente de soja) e sal devem ser usados em menor
quantidade, assim como devem ser caldos e temperos industrializados.
Papa salgada
6
meses
e meio
BRANCOS
Batata
Mandioquinha
Cará
Inhame
Mandioca
Aspargo
COLORIDOS
Cenoura
Chuchu
Beterraba
Vagem
Milho
Abobrinha
Quiabo
Beringela
Couve-flor
Brócolis
Espinafre
Acelga
Chicória
Repolho
Almeirão
Couve
Rúcula
Boi - Aves
Ovos - Peixe
Arroz - Macarrão - Fubá
Feijão - Ervilha - Lentilha - Grão de bico
Receitas
Papinhas Nutritivas
PAPA DE CARÁ, QUIABO E FRANGO
2 colheres (sopa) de peito de frango, sem pele, picadinho
1 colher (sobremesa) de óleo de soja
1 colher (chá) de cebola ralada
1 cará médio (150g)
1 colher de sopa de quiabo picadinho
1 colher de sopa de feijão cozido (grão e caldo)
1 colher (café) rasa de sal
2 copos de água
Preparo
Numa panela aquecer o óleo e refogar a cebola e o frango. Depois,
acrescentar o cará, o quiabo, o sal e a água. Deixar cozinhar até que os
ingredientes estejam macios e quase sem água. Adicionar, no prato, o feijão
cozido e os demais alimentos. Amassar com o garfo e oferecer à criança.
Receitas
Papinhas Nutritivas
PAPA DE AIPIM, ABOBRINHA E CARNE MOÍDA
2 colheres (sopa) de carne de vaca magra moída
1 colher (sobremesa) de óleo de soja
1 colher (chá) de cebola ralada
2 pedaços médios de aipim (140g) 1 abobrinha pequena
1 folha de couve picadinha 1 colher (café) rasa de sal 2 copos de água
Preparo
Numa panela, aquecer o óleo e refogar a cebola e a carne moída.
Acrescentar a mandioca pré-cozida, a abobrinha picadinha, a couve, o sal e
a água. Deixar cozinhar até que os ingredientes estejam macios e quase
sem água. Amassar com o garfo e oferecer à criança.
Diante da impossibilidade do aleitamento materno, deve-se utilizar
uma fórmula infantil que satisfaça as necessidades do lactente,
conforme recomendado. Antes do sexto mês deverá ser utilizada uma fórmula de
partida e, a partir do sexto mês, recomenda-se uma fórmula infantil de seguimento.
Para as crianças em uso de fórmulas infantis modificadas, a introdução de alimentos
não lácteos poderá seguir o mesmo modelo preconizado para aquelas em aleitamento
materno exclusivo (a partir dos seis meses).
Características gerais do leite de vaca (“in-natura”, integral, pó ou fluido):
O leite de vaca não é considerado alimento apropriado para crianças menores de um
ano, além de apresentar as seguintes inadequações:.
Gorduras: contém baixos teores de ácido linoléico (10 vezes inferior às fórmulas),
sendo necessário o acréscimo de óleo vegetal para o atendimento das necessidades
do recém-nascido.
Carboidratos: a sua quantidade é insuficiente, sendo necessário o acréscimo de
outros açúcares, freqüentemente mais danosos à saúde, como
a sacarose, com elevado poder cariogênico.
Proteínas: fornece altas taxas, com conseqüente elevação
da carga renal de soluto. Apresenta relação caseína/proteínas
do soro inadequada, comprometendo a
digestibilidade.
DicaDica
da Nutricionista
da Nutricionista
Minerais e eletrólitos: fornece altas taxas de sódio, contribuindo
para a elevação da carga renal de solutos, deletéria
principalmente para os recém-nascidos de baixo peso.
Vitaminas: baixos níveis de vitaminas D, E e C. Oligo elementos:
são fornecidas quantidades insuficientes, com baixa bio
disponibilidade de todos os oligo elementos, salientando-se o
ferro e o zinco.
No segundo ano de vida, a amamentação pode continuar, avaliando-se o risco nutricional da
criança pelas condições sócio- econômicas e as condições psicológicas da dupla mãe-filho.
As refeições de sal devem ser semelhantes às dos adultos. Podem ser consumidos todos os
tipos de carnes e vísceras. Deve-se estimular o consumo de frutas e verduras, lembrando que
aquelas de folha verde escuro apresentam maior teor de ferro6, cálcio e vitaminas.
Lembre-se que os hábitos alimentares adquiridos nesta idade
mantêm-se até a vida adulta. Procure evitar os alimentos artificiais
e corantes, assim como os “salgadinhos” e refrigerantes.
A ingestão média de 500 ml de leite deve ser incentivada
(preferencialmente fortificado com ferro e Vitamina A), assim como de outros derivados
(iogurtes, queijos) para garantir correta oferta de cálcio. A queixa de recusa alimentar é
muito freqüente no segundo ano de vida, quando a velocidade de crescimento diminui
bastante em relação ao primeiro ano e, consequentemente diminuem
também as necessidades nutricionais e o apetite.
As crianças devem ser estimuladas a comer vários alimentos, com
diferentes gostos, cores, consistência, temperaturas e texturas. A
dependência de um único alimento como o leite ou o consumo de
grandes volumes de outros líquidos como o suco, pode levar a um
desequilíbrio nutricional.
Os tipos de alimentos escolhidos devem ser adequados à
capacidade de mastigar e de engolir da criança.
O tamanho das porções de alimentos devem ser ajustados de
acordo com o grau de aceitação da criança.
21
Refeição para crianças
1 a 2 anos de idade
ALMOÇO
Arroz: 2 c. sopa (1 porção – grupo pães e cereais)
Feijão: 1 c sopa cheia (1 porção – leguminosas)
Músculo cozido c/ tomate: 35 g (1 porção – grupo carnes e ovos)
Mandioquinha: 1 c. sopa cheia (1/2 porção – grupo pães e cereais)
Abobrinha paulista: 1 c. sopa cheia (1 porção – grupo hortaliças)
Espinafre refogado: 1 c sopa (1 porção – grupo hortaliças)
Óleo de soja: 1 colher de sopa rasa (1 porção – grupo gorduras)
Laranja: 1 unidade pequena (1 porção – grupo frutas)
VITAMINAS
VITAMI-
A deficiência em ferro é bastante comum nesta faixa etária, já
que os requerimentos em ferro são elevados e a ingestão de
alimentos reduzida, especialmente em peixe ou carne.
Alimentos ricos em vitamina C, ingeridos em simultâneo,
ferro
ajudam a absorção do ferro, por isso deve-se incluir um copo
de suco natural de laranja ao jantar, por exemplo.
Cálcio
Este mineral é vital para o crescimento de ossos e dentes, por isso
é fundamental que a criança consuma leite e produtos derivados
do leite em quantidade suficiente.
Vitaminas a, c e D
A vitamina A é necessária para uma pele saudável e desenvolvimento celular,
podendo faltar, muitas vezes, na alimentação de crianças nestas faixas etárias.
A vitamina C é importante para o sistema imunitário e crescimento. Ajuda a
absorção de ferro, em particular de fontes vegetais. As frutas e legumes são
excelentes fontes de vitamina C.
A vitamina D é essencial para o metabolismo do cálcio e pode até ser sintetizada
pela ação do sol através da pele. No Inverno, e se a sua criança está sempre coberta
por roupas no exterior, assegure-se que inclui boas fontes de vitamina D, ou
suplementos alimentares que contenham esta vitamina.
Muitas crianças atravessam fases em que se recusam a comer determinados alimentos. Isto é
particularmente comum e é um componente normal do crescimento e da independência da criança.
Ofereça refeições regulares e diferenciadas.
Torne as horas das refeições divertidas. Use pratos e alimentos coloridos, apresente a comida de
forma original e atrativa, e tente manter-se relaxada. Se o problema da recusa persistir, fale com o
nutricionista. Ela certamente ira orienta-la.
Alimentação
na Idade Escolar
Na fase pré-escolar, a criança apresenta ritmo de crescimento regular e inferior ao do lactente. Por
desconhecimento muitas vezes os familiares atribuem este fato, a uma doença e não a um fator
fisiológico que pode acarretar diagnósticos errados de anorexia ou uso inadequado de medicamentos
estimulantes do apetite.
Além disto, o comportamento alimentar da criança pré-escolar caracteriza-se por ser imprevisível e
variável: a quantidade ingerida de alimentos pode oscilar, sendo grande em alguns períodos e nula em
outros; caprichos podem fazer com que o alimento favorito de hoje seja inaceitável amanhã; ou que um
único alimento seja aceito por muitos dias seguidos.
Por essa razão, é necessário o conhecimento de alguns aspectos importantes da evolução do
comportamento alimentar na infância:
- Crianças em fase de formação do hábito alimentar, não aceitam novos alimentos prontamente
- O apetite é variável, momentâneo e depende de vários fatores
- Os alimentos preferidos pela criança são os de sabor doce e muito calóricos
- Comportamentos como recompensas, chantagens, subornos, punições ou castigos para forçar a
criança a comer, devem ser evitados, pois podem reforçar a recusa alimentar da criança
O cardápio deverá ajustar-se à alimentação da família, conforme a
disponibilidade de alimentos e preferências regionais. As
famílias devem ser orientadas sobre as práticas para uma
alimentação saudável em que as refeições incluem café da
manha, almoço e o jantar e a merenda escolar deverá
seguir os hábitos da família, mas nunca deixando de dar
prioridade a alimentos de valor nutricional.
24
Sugestão de cardápio
Saudável
ingredientes
Arroz: 4 c. sopa (1 porção – grupo pães e cereais)
Carne Cozida: 1 bife pequeno (80g) (1 porção – grupo carnes e ovos)
Ervilha: 2 colheres de sopa (1 porção – grupo leguminosas)
Batata Cozida: 1 e 1/2 colher de servir (1/2 porção – grupo pães e
cereais)
Tomate: 1 unidade pequena (1 porção – grupo verduras/legumes)
Escarola picada: 1 pires cheio ( 1porção – grupo verduras/ legumes)
Alimentação
na Adolescência
Durante a adolescência, existem várias alterações de natureza fisiológica e hormonal que afetam as
necessidades nutricionais, tal como um crescimento rápido e ganhos de massa muscular e óssea,
assim sendo a alimentação deve sustentar o crescimento, promover a saúde e ser agradável.
Cerca de metade dos adolescentes não comem quantidades suficientes de fruta, legumes de cor
verde, como brócolis, couve ou espinafres, ovos ou tomates, comprometendo assim gravemente a sua
alimentação saudável.
A adolescência é marcada por mudanças tanto físicas quanto emocionais que tornam os adolescentes
vulneráveis à ocorrência de distúrbios nutricionais.
Os principais problemas detectados na alimentação
dos adolescentes são:
# Omissão de refeições, principalmente o café da
manhã, o que pode levar a um menor rendimento
escolar;
# Substituição das principais refeições (almoço e
jantar) por lanches, principalmente quando este é o
hábito familiar;
# Alta ingestão de refrigerantes (aproximadamente um litro por dia);
# Alimentos com alta densidade calórica (normalmente salgados fritos,
bolachas recheadas, chocolate e alto consumo de balas, diariamente);
# Baixa ingestão de frutas e hortaliças.
26
Os adolescentes, na velocidade máxima do estirão, necessitam de muita
energia, e, as necessidades vitamínicas estão todas aumentadas durante o
anabolismo e produção energética nesta fase .
Os eventuais desequilíbrios alimentares desta fase podem causar doenças
como: a obesidade e conseqüentes problemas cardíacos, além da questão
psicológica da autoestima que é muito afetada por estes transtornos.
VITAMINAS
VITAMINAS
A deficiência em ferro é uma das deficiências mais comuns, e os adolescentes são
um dos grupos de maior risco – cerca de 13% dos adolescentes têm
reservas de ferro baixas. O rápido crescimento, em complemento
com um estilo de vida acelerado e escolhas alimentares pouco
saudáveis, pode resultar em deficiências de ferro ou anemias. As
meninas precisam de ter particular atenção às reservas de ferro,
ferro
já menstruam nessa idade.
A fonte principal de ferro é a carne vermelha, mas existem muitas boas fontes de ferro
alternativas a carne, como cereais fortificados em ferro, pão, legumes de cor verde ou fruto
secos. O organismo não consegue absorver tão eficazmente o ferro destes alimentos, mas a
combinação com vitamina C aumenta a capacidade de absorção do corpo. Em contraste, os
taninos encontrados no chá reduzem a absorção, sendo por isso preferível beber um copo de
sumo de laranja com os cereais do que uma chávena de chá.
VITAMINAS
VITAMINAS
Cálcio
Cerca de 25% dos adolescentes ingerem cálcio em
quantidades inferiores às recomendadas, com
implicações sérias no futuro, em particular na saúde
óssea. A vitamina D, cálcio e fósforo são vitais para que
este desenvolvimento decorra dentro da normalidade. As
doses diárias recomendadas de cálcio para adolescentes
variam entre os 800mg a 1,000 mg por dia.
Alimentos ricos em cálcio devem ser consumidos diariamente. A fonte mais rica
de cálcio do planeta é o leite e todos os seus derivados. Beber um copo de leite
por dia, comer algumas fatias de queijo ou até mesmo beber um iogurte ou batido
ao lanche assegura que as quantidades necessárias de cálcio são
ingeridas. Em alternativa, o leite de soja pode ser um bom
substituto ao leite de vaca.
MINERAIS
A oferta de minerais é imprescindível para o correto
funcionamento de numerosos sistemas enzimáticos e para
permitir a expansão dos tecidos metabolicamente ativos, que
sofrem notável incremento durante este período
ZINCO
Este oligoelemento tem adquirido importância na nutrição por estar relacionado à
regeneração óssea e muscular, desenvolvimento
ponderal e maturação sexual. Atraso de
crescimento e hipogonadismo têm sido
relatados em adolescentes do sexo masculino
com deficiência de zinco.
Sugestão de cardápio
para Adolescente
ingredientes
Arroz: 4 c. sopa (1 porção – grupo pães e cereais)
Farinha de Mandioca: 3 colheres de sopa (1 porção – grupo pães e
cereais)
Feijão: 2 colheres de sopa (1 porção – grupo leguminosas)
Frango: 2 sobrecoxas médias (1 porção – grupo carnes e ovos)
Quiabo refogado: 1 colher de sopa (1porção – grupo verduras/
legumes)
Tomate picado: 1/2 unidade (1/2 porção – grupo verduras/legumes)
Couve picada: 1 pires (1 porção – grupo verduras/legumes)
Óleo de soja: 1 colher de sopa rasa (1 porção – grupo gorduras)
Mamão: 1/2 unidade pequena (1 porção – grupo frutas)
Grupos de
Alimentos
! Grupo
!
! dos
!
!
!
!
Legumes
!
Abóbora
Abobrinha
!
!
Grupo
!
! dos
!
!
Grupo
das
!
!
!
!
!
Leguminosas
!
! Cereais
!
!
! Arroz
Nolacha
Batata
Bolo
Batata doce
Macarrão
Berinjela
Banana
Grão de bico
Caqui
Lentilha
Goiaba
Laranja
Maçã
Mamão
Manga
!
!
!
!
!
Mandioca
Mandioquinha
Pepino
Pimentão
Melancia
Grupo das!
Frango
Jiló
!
!
!
!
!
Grupo
das!
!
!
Verdutas
Melão
Morango
Ovo
Acelga
Pêra
Peixe
Agrião
Tangerina
Boi
Alface
Uva
Porco
Almeirão
Outras
Brócolis
Quiabo
Tomate
!
!
Proteínas
Inhame
Rabanete
Frutas
Feijão
Cenoura
Couve flor
!
Açaí
Cará
Chuchu
!
Grupo
das
!
!
!
Ervilha
Pão
Beterraba
!
!
!
!
!
!
!
!
Grupo
!
! das
!
Gorduras
Manteiga
Creme de leite
Óleos
Margarinas
Chicória
Couve
Espinafre
Repolho
Rúcula
Outras
Alimentação Saudável por Eliane Petean Arena
30
Eliane Petean Arena
Nutricionista e Farmacêutica pela Universidade do
Sagrado Coração Bauru – SP,
Especialista em Nutrição Clinica, Saúde Publica,
Administração Hospitalar e Alimentos Funcionais
e Nutrigenômica: Implicações práticas na
Nutrição Clínica e Esportiva (cursando).
Diretora da Clínica Centro Nutrição Celular,
trabalha no Hospital de Reabilitação de Anomalias
Cranio-faciais, da Universidade de São Paulo, há
28 anos, sendo funcionária da FUNCRAF.
Mestre em Pediatria pela UNESP de Botucatu.
Coordenadora de Cursos de Pós Graduação "Lato Sensu": Especialização em
Nutrição Clínica na Universidade do Sagrado Coração em Bauru - SP, por dois
anos; Especialização em Nutrição na prática clínica com ênfase funcional na
UNIFIL, pela Humana Servise em Londrina – PR, por três anos; Especialização em
Nutrição Clínica Funcional para Esportistas, Atletas e Sedentários na UNINGA, pela
Humana Servise em Bauru – SP, por três anos.
Autora dos Livros: Guia de Fitoterapia em Nutrição e Guia Prático: Avaliação
Antropométrica em Pediatria.
Autora dos Manuais: Criança bem alimentada é criança saudável..., Ser Chic e ser
saudável, Contando Calorias, Nutrição Oncologia & Osteoporose, Nutrição e
Estética, Fitopediatria, Receitas Funcionais, Nutrição e Gestante, Função
terapêuticas dos alimentos, Fibra alimentar e suas funções terapêuticas, Nutrição
em academias e Nutrição & doenças do coração.
31
Alimentação
Significado de Alimentação
subst. f.
1. aquilo que se come: uma alimentação saudável
2. função de comer: A alimentação é uma função importante.
3. fornecimento de energia: alimentação em energia eléctrica
fonte de alimentação
meio de fornecimento da corrente eléctrica
Sinónimo de Alimentação
Sinónimos: alimento e sustento.
Definição de Alimentação
Classe gramatical de alimentação: substantivo feminino
Plural de alimentação: alimentações
Exemplos com Alimentação
Citações com Alimentação
O paradoxo da existência literária é que o público da época deseja uma alimentação diferente da que reclama o público sobreepocal.
Hugo Hofmannsthal
Frases com Alimentação na comunicação social
Aves estão a perder território de alimentação e de paragem nas zonas costeiras
com o aumento do nível da água do mar.
Público, 06.05.2013
Chuva está a "causar graves prejuízos na alimentação dos animais", diz a Federação Agrícola dos Açores.
Público, 01.04.2013
Termos do Glossário Relacionados
Arraste os termos relacionados até aqui
Índice
Buscar Termo
Download

Criança bem alimentada é criança saudável