Integrando Vigilância em
Saúde Animal e
Segurança do Alimento
Carlos Henrique Pizarro Borges
DSA/SDA/Mapa
Coordinating surveillance policies in animal
health and food safety: ‘from farm to fork’.
Scientific and Technical Review 32 (2), 2013
• Aumentar a integração entre os controles de
saúde animal e saúde pública veterinária.
• Revisar os procedimentos de coleta de
dados e fluxo de informações, garantindo
sua disponibilidade para todos os níveis do
Serviço Veterinário Oficial.
Saúde
Fazenda
Sistema informações
Inspeção
Brasil
• 8,514,877 Km2
• 27 Unidades Federativas
• 5,570 Municípios
Animais abatidos - Brasil - SIF - 1o/2015
Espécies
Aves
Abates (mil)
2.623.573
Suínos
16.465
Bovinos
12.305
Fonte: Sistema de Informações Gerenciais do SIF - SIGSIF.
Animais abatidos - Brasil - SIF/SIE/SIM - 1o/2015
Espécies
Aves
Abates (mil)
2.785.282
Suínos
18.871
Bovinos
15.364
Fonte: Pesquisa Trimestral do Abate - IBGE/DPE/COAGRO.
 O valor da inspeção de POA como uma ferramenta de
vigilância da saúde animal já foi destacada em vários
estudos de autoridades sanitárias internacionais (OIE;
EFSA; USDA).
 Apesar desse reconhecimento, a coleta sistemática e a
utilização dos dados da inspeção de POA para a
vigilância epidemiológica ainda é escassa no mundo.
 Recente
inventário
de
iniciativas
de
vigilância
sindrômica veterinária na União Europeia (projeto “TripleS” - http://www.syndromicsurveillance.eu/) revelou 10
sistemas de monitoramento que já utilizam ou pretendem
utilizar os dados de inspeção de POA.
 Isso talvez resulte do fato de que o objetivo da inspeção
de POA historicamente foi focado na detecção de
zoonoses, antes de ser
ampliado para abranger a
vigilância das doenças dos animais que representam um
risco menor para a saúde pública.
Evaluation of Swiss slaughterhouse data
integration in a syndromic surveillance system
for
BMC Veterinary Research 2014, 10:33
http://www.biomedcentral.com/1746-6148/10/33
 O sistema oferece cobertura para bovinos, suínos e
pequenos ruminantes em toda a Suíça, além da
rastreabilidade de cada condenação à sua exploração
de origem (nascimento ou última antes do abate).
 Atualmente, as condenações podem ser monitoradas
apenas em uma base mensal. Juntamente com a falta
de pontualidade (30-60 dias de atraso entre condenação
e notificação), limita a utilização dos dados para a
detecção precoce de doenças nos animais.
 Lesões agudas (bovinos
e
pequenos ruminantes), abscessos
(suínos) e caquexia (pequenos
ruminantes) foram as causas mais
reportadas de condenação.
 Esses achados constituem valiosos
indicadores
sindrômicos,
considerando que são manifestações
inespecíficas
de
uma
grande
variedade de doenças dos animais.
 Da mesma forma, as condenações
por ferimentos graves ou perda de
peso acentuada podem ser utilizadas
como indicadores de bem-estar
animal para identificar explorações
em que as práticas de manejo podem
ser melhoradas.
 Os esforços para implementar os mecanismos para
incentivar e otimizar a integração da vigilância em saúde
animal
e
segurança
do
alimento
são
lógicos
e
estrategicamente interessantes na teoria. Na prática, eles
enfrentam significativos desafios logísticos, tecnológicos,
financeiros e acadêmicos.
 A necessidade contínua de prestação de contas, a fim
de justificar a compensação dos benefícios públicos,
privados e acadêmicos do investimento em programas de
vigilância deve ser reconhecido como parte integrante de
tais programas por todas as partes envolvidas.
 O aperfeiçoamento de políticas de incentivo à integração
efetiva da vigilância em saúde animal e segurança do
alimento devem promover:
 abordagens de longo prazo;
 colaboração entre governos, indústrias e academia;
 aplicação de análises baseadas em risco; e
 acesso público e transparente dos dados, com
geração de comunicações voltadas para a sociedade.
As seguintes perguntas devem ser respondidas ao
planejar um programa integrado de vigilância:
 Qual é a relação de incidência, morbidade, mortalidade
e custo econômico da doença de origem alimentar nos
seres humanos?
 É a população animal a exclusiva ou mais significativa
fonte da infecção de origem alimentar humana?
 Que tipo de vigilância é necessária para identificar o
agente causador da doença na população animal?
 Estamos interessados em identificar todos os casos de
uma doença, a fim de erradicá-la, ou é nosso objetivo
reduzir a sua incidência na população animal?
 Será que temos a capacidade de controlar a doença na
população animal?
 Que testes de detecção estão disponíveis? Qual a
sensibilidade, especificidade e custo desses testes de
diagnóstico?
 Finalmente, o país, a região ou o órgão envolvido tem os
recursos legais e financeiros para realizar essa vigilância
e seguir com as respostas adequadas?
As doenças podem ser divididas em quatro grupos:
 Doenças que são principalmente um problema de saúde
animal, mas que podem ter implicações na saúde pública
com origem alimentar (influenza aviária).
 Doenças que são tanto um problema de saúde animal
quanto
de
saúde
pública
com
origem
alimentar
(brucelose, tuberculose bovina, Salmonella Enteritidis e S.
Typhimurium).
 Doenças que são primariamente ou apenas uma
preocupação
de
saúde
pública
e
raramente
têm
importância para a saúde animal (Campylobacter jejuni e
C. coli, Escherichia coli - O157: H7 e Trichinella).
 Doenças que são apenas um problema de saúde animal
e não têm importância em saúde pública (FA, PSC,
coccidiose).
Obrigado
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