Logística de Suprimentos no Ambiente Virtual 1 Histórico Até pouco tempo atrás tínhamos o que chamamos de CORPORAÇÕES DA ERA INDUSTRIAL. Corporações guiadas pela “produção em massa”. Com recursos físicos escassos. Pouco conhecimento tecnológico. Empresas totalmente verticalizadas e hierárquicas. 2 Histórico Com a evolução dessas corporações, estamos chegando às CORPORAÇÕES VIRTUAIS. Corporações muito mais integradas e ampliadas. O mercado e o consumidor passam a ser os responsáveis por direcionar esta nova economia. 3 Histórico As empresas em rede, geram uma nova comunidade que possui: Um novo ambiente de trabalho, chamado e-business. Serviços personalizados, de forma a integrar todos os parceiros do supply chain. 4 Definição de Comércio Eletrônico O comércio eletrônico como é “a realização de toda a cadeia de valor dos processos de negócio num ambiente eletrônico, por meio da aplicação intensa de tecnologias de comunicação e informação, atendendo aos objetivos do negócio”. (Albertin, 1999) 5 Características do Comércio Eletrônico Comunicação: Suporte às trocas de informações entre os compradores e os vendedores. Dados: Serviço de gerenciamento de informações, criar e manter bases de dados e levantamento sobre as informações sobre os usuários. Segurança: Garantir a integridade e a privacidade na troca de informações. 6 Vantagens do Comércio Eletrônico Inserção instantânea no mercado: Exposição do produto em nível mundial. Relações mais ágeis: Possibilita a agilização das relações entre consumidores e vendedores. Redução da Burocracia: Diminui os custos operacionais e administrativos. Análise Mercadológica Facilitada: Desenvolvimento de novos produtos ou serviços, definição de novos enfoques mercadológicos. 7 Tipos de Comércio Eletrônico EDI – Eletronic Data Interchange É a transferência eletrônica e automática de dados entre os computadores das empresas participantes, dados estes estruturados dentro de padrões previamente acertado entre as partes. 8 Tipos de Comércio Eletrônico B2C – Business to Consumer Este tipo de comércio se caracteriza por possuir empresas e consumidores nas pontas do processo. O comércio do tipo B2C é caracterizado pela alta volatilidade. Tem como particularidade a comercialização de produtos para uso pessoal. 9 Tipos de Comércio Eletrônico B2B – Business to Business Este tipo de comércio se caracteriza por possuir empresas nas pontas do processo e permite diferentes tipos de transações. Tipos de Aquisição: Inputs para a manufatura. Inputs operacionais. 10 Valor dos produtos ou serviços transacionados (US$ bilhões) Expansão do Comércio Eletrônico B2B 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 2000 2001 2002 2003 2004 Anos Fonte: Durlacher 2000. 11 Avanço Mercadológico e Economias de Escala Evolução do Comércio Eletrônico B2B Comunidades Comerciais “Hubs” verticais V Explosão dos sites na Internet Soluções Horizontais IV III II I EDI Centrado no comprador 1996 Fonte: Durlacher, 2000. Integração no Supply Chain (ERP) Sites de vendedores na Internet 1998 2000 12 Expansão do Comércio Eletrônico 13 e-Supply Chain Gestão Eletrônica de Suprimentos Tem como objetivos principais promover a redução de custos através das transações por meio eletrônico e a diminuição do tempo nas operações. 14 Instrumentos de Compra Eletrônica E-PROCUREMENT E-MARKETPLACE E-EXTENDED SUPPLY CHAIN 15 E-PROCUREMENT Conceito que transfere para a Web o processo e gerenciamento de compras de suprimentos, aliviando a carga de trabalho e os custos dessa área nas corporações. O e-procurement traz a eliminação do papel, uma cotação de preços mais abrangente e a possibilidade de acompanhar melhor a performance dos fornecedores. 16 E-PROCUREMENT Num outro estágio, amplia a integração da cadeia de relacionamento. Desenvolvidos em linguagem Web, os sistemas podem elaborar cadastros eletrônicos, onde é possível analisar produtos e preços, indicando as melhores opções de compra de acordo com parâmetros pré-estabelecidos. 17 E-PROCUREMENT É um instrumento principal para recuperar a eficiência com a automatização dos processos de suprimento, sobretudo em compras de comodities. Exemplos: produtos como material de almoxarifado, óleos lubrificantes, paletes, embalagens. 18 Vantagens do E-PROCUREMENT Redução de arquivos impressos e de erros de inputs pela automação do processo. Aumento do alcance de negociação e da agilidade processual. Economia de tempo. Melhoria no relacionamento comercial, sendo estabelecido um novo canal entre compradores e fornecedores. 19 E-MARKETPLACES São ponto de encontros virtuais entre demanda e oferta, com várias modalidades: e-marktplace por catálogo; o vendedor oferece a usuários seu catálogo on-line. e-request for quotation; permite ao comprador avaliar ofertas de vários vendedores. e-Leilões; padrão, com compradores competindo entre si, ou reverso, com vendedores competindo entre si. 20 Um MARKET PLACE se compõem basicamente das seguintes entidades: Os Fornecedores se propõem a disponibilizar seus produtos e serviços na rede. As Instituições Financeiras possuem responsabilidade de viabilizar as transações comerciais (bancos e operadoras de cartão de crédito). 21 Um MARKET PLACE se compõem basicamente das seguintes entidades Os Operadores Logísticos tem a função de operacionalizar o fluxo de produtos e materiais para o mercado virtual (armazenagem, distribuição e transporte). Os Consumidores, são aqueles que adquirem produtos ou serviços na rede. 22 Um MARKET PLACE se compõem basicamente das seguintes entidades Além destes temos as entidades relacionadas à tecnologia em si, ou seja: Os Provedores de acesso à Internet, Os Agente de Canais, que são sites ou portais que centralizam os interessados em uma mesma área na rede. 23 E-EXTENDED SUPPLY CHAIN Instrumento mais complexo sob o aspecto de gestão. Implica verdadeira integração estratégica do tipo B2B. Sua finalidade não é só obter incrementos de eficiência no processo de efetuação da compra, mas encontrar áreas estratégicas de co-realização de projetos e fidelização entre cliente e fornecedor. 24 E-EXTENDED SUPPLY CHAIN Os produtos que mais se prestam a essa lógica são os que possuem: Alto risco de fornecimento, como specialties estratégicas, Caracterizados por custos e volumes elevados, Interesse em reforçar laços com o fornecedor, inclusive em virtude do potencial de redução do Custo Total de Propriedade. 25 Vantagens de Compras pelo Comércio Eletrônico Economia de tempo e dinheiro. Transparências nas negociações. Aumenta o espectro de fornecedores. Permite a fiscalização das transações pela sociedade. Incrementa a eficiência. 26 Exemplos Governo reduzem custos com compras pelo comércio eletrônico. Governo paulista reduziu em 25% o custo de suas compras de produtos. A capital catarinense atingiu uma economia de 15% nas compras. Prefeitura de Itajaí, São Luiz e Jundiaí começam também a utilizar essa ferramenta. 27 CASE TIGRE B2B de Ponta a Ponta 28 Objetivos Processo de Modernização: Ganhar agilidade nas transações. Busca do crescimento. Integrar a cadeia de valor, tendo como interesses utilizar o portal (estrutura.Net). Agilizar os contatos com os clientes. Realizar e-procurement com os fornecedores. 29 Implantação de ERP A partir de 1995, implantação gradativa do EPR (Enterprise Resource Planning) para reduzir os custos de Tecnologia de Informação. Etapas: Integrar contabilidade, manufatura, materiais, supply chain, finanças, manutenção, CRM, vendas e Marketing. Resultado: 2,5% do faturamento em 02/02. 10% do faturamento em 12/02. 30 Hoje... As transações se beneficiam da integração entre os sistemas de gestão de compradores e fornecedores pelo portal, que permite ao comprador transmitir um pedido de seu ERP, para o setor de vendas do fornecedor, como a Tigre, que analisa, aprova, dá baixa no estoque, fatura e manda entregar. Dentro de alguns meses, a nota fiscal será emitida eletronicamente, inclusive com os códigos de produto do cliente, permitindo a entrada no estoque sem digitação. 31 e-procurement da Tigre 5 fornecedores já participam do piloto Até agora apenas ordens de compra ou cotações Que seguem direto do sistema de gestão, por e-mail para os fornecedores Propostas de venda continuam sendo físicas Depois de validado o e-tigre será aberto para cerca de 300 fornecedores. 32 CASE ALCOA Portal para integrar processos. 33 Objetivo Criação de um novo portal corporativo para: Reunir os clientes, fornecedores, parceiros e funcionários. Atendimento 24 horas Oferecer facilidades em consolidação das carteiras de pedidos Localização de caminhões fretados via GPS. 34 Resultados Aumento da Comercialização on-line R$190 milhões em 2000. R$ 800 milhões em 2002. Integrar as informações entre suas 22 unidades, sete mil funcionários e uma rede de 3.470 computadores ligada a 167 servidores. 35 Considerações Finais É preciso ter em mente que o advento do supply chain na Internet não dispensa as empresas, não importa o porte e natureza do negócio de cada uma, de ter de gerenciar a cadeia de suprimentos.... Os ganhadores da corrida do e-supply chain serão, com certeza, aqueles que souberem adaptar o modelo tradicional ao perfil característico da mídia Internet. Isso implica mudança de postura e muito investimento. (Hau Lee, 2002) 36 Bibliografia ALBERTIN, Alberto Luiz. Comércio Eletrônico: modelo, aspectos e contribuições de sua aplicação. São Paulo: Atlas, 1999. NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001. BUSTAMANTE, João. Um novo tempo para o comércio eletrônico. Disponível em: <http://www.computerworld.com.br> Acesso em 13 ago. 2002. FLEURY, Paulo Fernando. Serviço ao cliente e desempenho logístico no varejo virtual.Disponível em: <http://www.cel.coppead.ufrj.br> Acesso em 29 jul. 2002. FLEURY, Paulo Fernando. O desafio logístico do E-Commerce. Disponível em: < http://www.cel.coppead.ufrj.br> Acesso em 29 jul. 2002. GUIMARÃES, Glaucio Roberto. Logística em ambiente virtual. Disponível em: < http://www.guialogistica.com.br> Acesso em 09 jul. 2002. _______________. B2B de Ponta a Ponta. Disponível em: < http://www.b2bmagazine.com.br> Acesso em 25 jul. 2002. 37 Bibliografia HAMMOND, Kathy. O comércio eletrônico até 2010. HSM Management, São Paulo, n. 32, p.38-46, maio/jun. 2002. LEE, Hau. Do primeiro clique à última milha. Disponível em: <http://www.b2bmagazine.com.br> Acesso em: 22 jul. 2002. MEDA, Marco Aurélio. A estruturação da Logística no e-Commerce. Disponível em: <http://www.guialogistica.com.br> Acesso em: 02 jul. 2002. MENDES, Rui. Crise, que crise? Disponível em: <http://www.computerworld.com.br> Acesso em 13 ago. 2002. FIUZA, Cyro Q. Portal corporativo da Alcoa movimenta este ano R$ 800 milhões. Gazeta Mercantil, 15 maio 2002. p.C-5. TAQUARI, Carlos. Gigantes reduzem custos com B2B. Gazeta Mercantil, 07 maio 2002. p.C-7 TAQUARI, Carlos. Portal cria ambiente virtual para integrar negociações. Gazeta Mercantil, 26 abr. 2002. p.C-5 Referências / Universidade Federal do Paraná, Sistema de Bibliotecas. Curitiba: Ed.da UFPR, 2001. 38