UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Angélica da Silva Oliveira Teixeira Carina Nasimbem Flavio Rafael Paulo Guidastre Rafaél Teixeira de Sousa IMPAIRMENT TEST Panificadora 2 M LTDA Lins - SP LINS - SP 2013 ANGÉLICA DA SILVA OLIVEIRA TEIXEIRA CARINA NASIMBEM FLAVIO RAFAEL PAULO GUIDASTRE RAFAÉL TEIXEIRA DE SOUSA IMPAIRMENT TEST Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis sob a orientação do Prof. Me. Ricardo Yoshio Horita e orientação técnica da Prof° Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva. LINS - SP 2013 Teixeira, Angélica da Silva Oliveira; Nasimbem, Carina; Guidastre, Flávio Rafael Paulo; Sousa, Rafaél Teixeira. T264i Impairment Test: Padaria Brasil / Angélica da Silva Oliveira Teixeira; Carina Nasimbem; Flávio Rafael Paulo Guidastre; Rafaél Teixeira de Sousa. – – Lins, 2013. 63p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2013. Orientadores: Ricardo Yoshio Horita; Heloisa Helena Rovery da Silva 1. Impairment Test. 2. Ativo Imobilizado. 3. Panificadora. I Título. CDU 657 ANGÉLICA DA SILVA OLIVEIRA TEIXEIRA CARINA NASIMBEM FLAVIO RAFAEL PAULO GUIDASTRE RAFAÉL TEIXEIRA DE SOUSA IMPAIRMENT TEST Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para a obtenção do titulo de Bacharel em Ciências Contábeis. Aprovada em ___/___/___ Banca Examinadora: Professor Orientador: Me. Ricardo Yoshio Horita Titulação: Mestre em Engenharia da Computação pela UFSCAR – São Carlos Assinatura______________________ 1° Prof. (a): _____________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: _____________________ 2° Prof. (a): _____________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: _____________________ Angélica da Silva Oliveira Teixeira Dedico esse trabalho primeiramente a Deus que sempre esteve comigo e me ajudou a suprir todas minhas necessidades, aos meus pais que sempre fizeram de tudo para eu atingir esse sucesso e sempre torceram por mim, ao meu marido que esteve ao meu lado nos momentos bons e ruins me motivando todos os dias, aos meus familiares que me ajudaram a chegar até aqui, aos meus colegas de sala, principalmente aos meus amigos, parceiros da monografia que estiveram sempre comigo na alegria e na tristeza e aos meus professores e orientadores que colaboraram para meu ensino. Carina Nasimbem Dedico a Deus, minha família e a todos que direto ou indiretamente puderam contribuíram na evolução deste trabalho, ajudando, apoiando, incentivando e acima de tudo acreditando que nossos sonhos e objetivos podem ser concretizados. Flávio Rafael Paulo Guidastre Dedico este trabalho aos meus familiares que sempre me apoiaram na realização de um curso superior. Aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado nos momentos difíceis. Aos meus parceiros de monografia pela dedicação e empenho na realização do trabalho. Aos professores da Instituição Salesiana que sempre estiveram dispostos a esclarecer nossas dúvidas, em especial nossos professores orientadores, Heloisa e Horita. Aos meus colegas de sala pelo companheirismo durante os 4 anos de estudos. Por último, mas não menos importante, os funcionários da Instituição Salesiana, principalmente do setor da Biblioteca, que sempre nos atenderam com prontidão e cordialidade. Rafaél Teixeira de Sousa Deus é o responsável por me guiar neste caminho, portanto, primeiramente dedico esse trabalho a Ele, o qual influencia constantemente em meus atos. Posteriormente, dedico aos meus pais que me encaminharam na ética e moral, nas quais, em nossa sociedade são valorosas, a minha esposa, que faz dos meus dias símbolos de felicidades, e assim posso alcançar minhas metas com o privilégio da paz espiritual. Dedico também, aos meus professores, colegas de sala e principalmente aos amigos e parceiros de monografia, os quais dividiram as responsabilidades de realizar este trabalho com dedicação. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus que nos deu discernimento para prosseguir durante todo o desenvolvimento deste trabalho. À empresa Panificadora 2M LTDA conhecida como Padaria Brasil que nos permitiu a realização deste trabalho, colaborando com conhecimento teórico e prático da produção de seus produtos. Ao nosso orientador Ricardo Yoshio Horita que sempre esteve disposto em todas as etapas deste trabalho, orientando e nos aconselhando para toda nossa vida profissional. A professora Heloisa, que nos ajudou com bom humor a estruturar todo o trabalho de forma simples e objetiva. Aos funcionários da Instituição Salesiana, que sempre estiveram de prontidão para nos atender. Aos demais professores e companheiros de sala, que se tornaram amigos ao longo dos 4 anos de trajetória. RESUMO O Pronunciamento Técnico CPC 01 trata da Redução ao Valor Recuperável de Ativos na qual aborda a aplicação e metodologia do Impairment Test nos ativos imobilizados das empresas. O presente estudo aborda a aplicação deste tema em um setor da Padaria Brasil situada na cidade de Lins, São Paulo. Esta empresa é classificada como Empresa de Pequeno Porte e adota o Simples Nacional como regime de tributação. Os imobilizados desta empresa envolvidos na linha de produção do pão francês, assim como qualquer equipamento, sofrem desvalorização ao longo do tempo e o valor contabilizado não pode estar registrado a um valor superior ao valor real de recuperação dos bens que compõe o seu grupo de ativos. A avaliação real destes bens torna-se um desafio para a contabilidade. Neste contexto, deve-se seguir o estabelecido pelo Impairment Test, método que visa a realização periódica de avaliações nos ativos imobilizados para reconhecer o real valor de recuperação. Os objetivos deste trabalho foram abordar os conceitos e aplicação do Impairment Test através de pesquisa em fontes especializadas, além da realização de um estudo de caso, onde buscou-se avaliar os equipamentos envolvidos no processo produtivo através do levantamento e tratamento dos dados estimando o valor dos bens pelo seu Valor em Uso, baseados no Valor Presente do Fluxo de Caixa Futuro a ser gerado por tais equipamentos e, assim, comparar o valor dos ativos obtidos pela contabilidade tradicional, para que os imobilizados sejam registrados pelo seu menor valor para atender as normas estabelecidas pelo CPC 01. Palavras-chave: Impairment Test. Ativo Imobilizado. Valor Presente Líquido. ABSTRACT The Technical Pronouncement CPC nº 01 deals with the reduction of the recoverable value of assets in which covers the application and methodology of the Impairment Test in the fixed asset of a company. The present study addresses the application of this theme in a sector of a company named Padaria Brasil located in the city of Lins, São Paulo. This company is classified as a small business and adopts a simplified tax system known as Simples Nacional. The assets of this company involved in the production line of French bread, as well as any equipment, suffer devaluation over time and the accounting value cannot be recorded at an amount that exceeds the actual value of assets recovery that makes up its asset group. The actual assessment of these assets becomes a challenge to accounting. In this context, it must be followed the established by the Impairment Test, method that aims to conduct periodic evaluations in fixed assets to recognize the actual value of recovery. The goals of this project were to address the concepts and application of Impairment Test through research in specialized sources, besides conducting a case study, where it sought to evaluate the equipment involved in the production process through the collection and processing of data estimating the value of the goods by its value in use, based on the present value of the future cash flow to be generated by such equipment and thus to compare the value of the assets obtained by the traditional accounting, in order to fixed asset be recorded at its smallest value to comply with the standards set by CPC nº 01. Keywords: Impairment Test. Fixed Asset. Net Present Value. LISTA DE QUADROS Quadro 1: Composição do CPC.....................................................................23 Quadro 2: Itens que são passíveis de Impairment Test.................................25 Quadro 3: Contabilização do Impairment Test...............................................29 Quadro 4: Valores dos Maquinários Novos....................................................44 Quadro 5: Receita genérica do pão francês para 20 unidades......................45 Quadro 6: Custos Mensais.............................................................................46 Quadro 7: Salário do cargo Padeiro...............................................................47 Quadro 8: Salários dos demais Funcionários................................................48 Quadro 9: Pro labore (Administrador Geral)......................................................48 Quadro 10: FGTS............................................................................................48 Quadro 11: Contribuição Patronal..................................................................49 Quadro 12: Provisões.....................................................................................49 Quadro 13: Preço médio unitário do Pão Francês.........................................49 Quadro 14: Expectativa da Receita Mensal (28 dias)........................................50 Quadro 15: Perdas de produtos acabados....................................................50 Quadro 16: Fluxo de Caixa Futuro.................................................................51 Quadro 17: Função Valor Presente Líquido...................................................53 Quadro 18: Mensuração dos Ativos produtivos.............................................54 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Comparação entre valores..............................................................26 Figura 2: DKW 1973.......................................................................................31 Figura 3: Kombi..............................................................................................31 Figura 4: Fachada da Empresa......................................................................32 Figura 5: Empresa Reformada.......................................................................32 Figura 6: Localização da empresa.................................................................33 Figura 7: Organograma Geral........................................................................34 Figura 8: Estoque da matéria prima...............................................................35 Figura 9: Cesta com Pães..............................................................................35 Figura 10: Balcão com Roscas Húngaras......................................................36 Figura 11: Esfirra............................................................................................36 Figura 12: Geladeira com refrigerantes..........................................................37 Figura 13: Mesa de Frios................................................................................38 Figura 14: Gráfico sobre o Crescimento da Panificação................................39 Figura 15: Amassadeira Espiral.....................................................................41 Figura 16: Cilindro..........................................................................................42 Figura 17: Mesa de descanso........................................................................42 Figura 18: Modeladora...................................................................................43 Figura 19: Estantes........................................................................................43 Figura 20: Forno Industrial.............................................................................44 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Tributos recolhidos pelo Regime Simplificado Nacional.................18 Tabela 2: Taxas de depreciação adotadas fiscalmente..................................21 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABIP - Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria ABRASCA - Associação Brasileira das Companhias Abertas APIMEC - Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais BM&F - Bolsa de Mercadorias e Futuros BOVESPA - Bolsa de Valores São Paulo CFC - Conselho Federal de Contabilidade COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social CPC - Comitê de pronunciamentos Contábeis CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional DRE - Demonstração do Resultado do Exercício EPP - Empresa de Pequeno Porte FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras IAS - International Accouting Standard IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias IFRS - International Financial Reporting Standards INSS - Instituto Nacional do Seguro Social IPI - Imposto sobre Produtos industrializados IR - Imposto de Renda IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica ISS - Imposto de Serviço de qualquer Natureza ME - Micro Empresa PIS - Programa Incentivo Social SRF - Secretaria da Receita Federal VPL - Valor Presente Líquido SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................. 15 CAPÍTULO I – IMPAIRMENT TEST ................................................................. 17 1 IMPAIRMENT TEST ............................................................................... 17 1.1 Informação Contábil ............................................................................... 17 1.1.1 Sistema de Tributação Simplificado ........................................................ 17 1.1.2 Lucro Real .............................................................................................. 18 1.1.3 Lucro Presumido ..................................................................................... 19 1.1.5 Conceitos e método de Depreciação ...................................................... 20 1.1.6 Conceito de Custos ................................................................................ 21 1.2 Contabilidade Internacional ..................................................................... 22 1.2.1 CPC – 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos .............................. 23 1.3 Aspectos conceituais do Impairment Test ............................................... 24 1.3.1 Mensuração do Valor recuperável .......................................................... 25 1.3.1.1O Valor em Uso ..................................................................................... 26 1.3.1.2Valor Líquido de Venda ......................................................................... 27 1.3.2 Critérios para a aplicação do Impairment Test ...................................... 27 1.3.3 Reversão do valor .................................................................................. 28 1.3.4 Contabilização do Impairment Test ....................................................... 28 CAPÍTULO Il – PADARIA BRASIL ................................................................. 30 2 A EMPRESA .......................................................................................... 30 2.1 Como tudo começou ............................................................................... 30 2.2 Estrutura Física e Logística ..................................................................... 32 2.3 Organograma .......................................................................................... 33 2.4 Portfólio ................................................................................................... 35 2.4.1 Pão Francês ........................................................................................... 35 2.4.2 Rosca Húngara ....................................................................................... 36 2.4.3 Salgado .................................................................................................. 36 2.4.4 Refrigerante ........................................................................................... 37 2.4.5 Frios ....................................................................................................... 37 2.5 Mercado Consumidor ............................................................................. 38 2.6 Mercado Corrente .................................................................................. 38 2.7 Desenvolvimento do ramo de panificação .............................................. 38 CAPÍTULO III – APLICAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST .................................. 40 3 INTRODUÇÃO E ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO .................... 40 3.1 Ativo Imobilizado Produtivo ................................................................. 41 3.1.1 Amassadeira Espiral ............................................................................ 41 3.1.2 Cilindro................................................................................................. 41 3.1.3 Mesa de descanso ............................................................................... 42 3.1.4 Máquina de modelagem ...................................................................... 43 3.1.5 Estantes ............................................................................................... 43 3.1.6 Forno industrial .................................................................................... 44 3.2 Custos de produção do Pão Francês .................................................. 45 3.2.1 Receita do Pão Francês ...................................................................... 45 3.2.2 Mensuração dos custos ....................................................................... 46 3.2.3 Custos com Mão de Obra .................................................................... 47 3.3 Geração de receita ............................................................................... 49 3.4 Aplicação do Imparment Test............................................................... 50 3.4.1 Notas explicativas ................................................................................ 52 3.4.1.1 Aluguel do Prédio ................................................................................. 52 3.4.2 Taxa de Rentabilidade do Patrimônio .................................................. 52 3.4.3 Valor Presente Líquido ........................................................................ 53 3.5 Mensuração dos valores dos maquinários .......................................... 54 3.6 Resultados e impactos na empresa ..................................................... 54 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 56 CONCLUSÃO ................................................................................................... 57 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 58 APÊNDICES ..................................................................................................... 61 15 INTRODUÇÃO O Impairment Test no Brasil deu início através da resolução emitida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) 2010. A cada crise econômica mundial torna-se ainda mais evidente a interdependência entre os países, ressaltando a necessidade de uma linguagem contábil mundialmente unificada, para assim, permitir a interpretação das demonstrações financeiras nos mais variados mercados. O objetivo da pesquisa foi proporcionar para a empresa a mensuração do valor recuperável de seus ativos, verificando se o ativo imobilizado da mesma está registrado com seu valor justo, não superior ao seu real valor de mercado para atender as normas estabelecidas pelo CPC 01. A questão que motivou este trabalho foi se a mensuração do valor real dos ativos imobilizados envolvidos na produção através da obtenção do Valor Presente do Fluxo de Caixa Futuro a ser gerado por estes bens possibilita a aplicação do Impairment Test, com a finalidade de contabilizar os valores destes ativos conforme estabelece o CPC 01. Para responder a este questionamento, chegou-se ao seguinte pressuposto teórico: os imobilizados utilizados na produção muitas vezes avaliados apenas por seu valor residual podem encontrar-se desproporcionais ao seu real valor quando comparados a seu grau de produção. A mensuração do valor dos ativos através do seu valor em uso permite avaliar o valor dos bens não está avaliado acima do seu valor justo, ou seja, em função das riquezas que eles podem gerar para a empresa. Com a aplicação do estudo de caso, foi realizada uma pesquisa de campo na empresa Panificadora 2 M LTDA – ME, nome fantasia Padaria Brasil, na cidade de Lins – SP, no período de fevereiro a outubro de 2013, analisando os aspectos voltados aos valores dos Ativos da empresa e sua mensuração de acordo com a produção, sendo computados os dados da produção dos Ativos Imobilizados para comprovar seu impacto no fluxo de caixa futuro. 16 Utilizando-se também do Método de Observação Sistemática, foram analisados os registros contábeis do Ativo Imobilizado e acompanhados os valores da produção na empresa. O trabalho foi dividido em três capítulos: Capítulo I: descreve sobre os conceitos e definições do Impairment Test. Capítulo II: apresenta a história da Padaria Brasil. Capítulo III: apresenta o estudo de caso desenvolvido na empresa estudada. Por fim, apresenta-se a Proposta de Intervenção e a Conclusão do trabalho. 17 CAPÍTULO I CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA 1 IMPAIRMENT TEST 1.1 Informação Contábil Para ter um controle rigoroso de suas finanças e cumprir com as exigências fiscais, as empresas, independentemente do seu porte, devem adotar a contabilidade como ferramenta que produz informações essenciais para os gestores tomarem suas decisões. As demonstrações contábeis têm por objetivo proporcionar informação a respeito da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. (SANTOS; SCHMIDT, 2011, p.37). Com registros contábeis realizados de forma minuciosa, são gerados relatórios que apresentam as informações necessárias para a visualização do estado atual, assim como avaliar a evolução histórica da empresa, além de permitir realizar planejamento de ações futuras dentro do seu ambiente econômico e financeiro. A Contabilidade desempenha, em qualquer organismo econômico, o mesmo papel que a História na vida da humanidade. Sem ela não seria possível conhecer o passado nem o presente da vida econômica da entidade, não sendo também possível fazer previsões para o futuro nem elaborar planos para a orientação administrativa. (FRANCO, 2006, p.22). Tendo a contabilidade como sustentação, o profissional contábil deve atentar-se a todos os aspectos que influenciam a situação real da empresa. Neste contexto, a avaliação do Imobilizado deve ser considerado substancial na geração de uma informação contábil segura. 1.1.1 Sistema de Tributação Simplificado De acordo com Rezende, Pereira e Alencar (2010), o Simples Nacional é um dos principais regimes tributários adotados pelas empresas de pequeno 18 porte que foi instituído pela Lei Complementar nº123, de 14/12/2006, Lei geral das micro e pequenas empresas, para simplificar as formas de recolhimento de oito impostos públicos das três esferas: federal, estadual e municipal. Esse imposto unificado é recolhido através do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). A base de cálculo deste tributo é a Receita Bruta. As alíquotas variam de acordo com o nível de faturamento, tendo preocupação de dar vantagem à pequena empresa. Tabela 1: Tributos recolhidos pelo Regime Simplificado Nacional. Sigla do Tributo Municipal Estadual Federal IRPJ X CSLL X IPI X PIS X COFINS X ICMS X ISS X INSS Patronal X Fonte: Adaptado de REZENDE; PEREIRA; ALENCAR, 2010, p.175. 1.1.2 Lucro Real O Lucro Real é uma forma de apuração tributária que leva em conta o Lucro Bruto do exercício para a tributação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Assim, além da apuração do Balanço Social, a contabilidade escritura a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Lucro Real é o lucro líquido do período de apuração, apurado de acordo com a legislação societária e ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do IR. Qualquer empresa pode optar pela tributação pelo Lucro Real, mas algumas são obrigadas a utilizar essa modalidade em função de características relacionadas a tamanho e tipo de atividade desenvolvida. (REZENDE; PEREIRA; ALENCAR, 2010, p.131) 19 1.1.3 Lucro Presumido O Lucro Presumido é uma maneira mais simples de se calcular o IRPJ e o CSLL, onde se estima o valor desses impostos através da aplicação de um percentual sobre a receita bruta aferida pelo contribuinte. A margem de lucro que a empresa teria é definida através de suposição, representada pelo percentual. O percentual varia de acordo com o porte e atividade da empresa e é definido por lei. Lucro Presumido consiste em uma modalidade mais simplificada de apuração em relação ao lucro real, na qual o lucro é estimado (presumido) pela aplicação de um percentual sobre a receita bruta obtida pelo contribuinte. O percentual representa, portanto, a suposta margem de lucro que a empresa obteve no período. O porcentual é estabelecido em legislação, e tem variações em função do porte e atividade da empresa. (REZENDE; PEREIRA; ALENCAR, 2010, p.131) 1.1.4 Ativo Imobilizado No ambiente empresarial, o Ativo Imobilizado é o alicerce para manter o desenvolvimento das atividades, consistindo nos conjuntos de bens da empresa, destacando-se entre eles os maquinários e equipamentos do processo produtivo. Ativos imobilizados (ou ativos fixos tangíveis) representam todos os bens de longa permanência na empresa, destinados ao atendimento do funcionamento normal das atividades da empresa e de seu empreendimento. (PADOVEZE; BENEDICTO; LEITE, 2012, p.293.). O assunto tratado pelo ativo imobilizado é regulamentado pela IAS 16 e o CPC 27, assim o padrão adotado nas empresas deve estabelecer de forma ampla todos os critérios adotados por esses órgãos regulamentadores, sendo também semelhantes nos seus principais aspectos. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para ativos imobilizados, de forma que os usuários das demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre o investimento da entidade em seus ativos imobilizados, bem como suas mutações. Os principais pontos a serem considerados na contabilização do ativo imobilizado são o reconhecimento dos ativos, a determinação dos seus valores contábeis e os valores de depreciação e perdas por desvalorização a serem reconhecidas em relação aos mesmos. (CPC 27, 2009). Em uma empresa, independente do seu porte, há a necessidade de se conhecer profundamente os ativos destinados à produção. Estes ativos, além de manter em pleno funcionamento a fabricação de mercadorias para venda, 20 representam o porte produtivo e assim, quando analisados corretamente e adotando as normas contábeis, sua contabilização procura retratar os valores mais próximos da realidade dos bens tangíveis. Como bem lembra Franco (2006), os bens do ativo imobilizado podem ser classificados em tangíveis e intangíveis. Como bens tangíveis, percebemse os imóveis, móveis, máquinas e mercadorias. Como bens intangíveis, citamse os créditos a receber, marcas e patentes. Os bens tangíveis podem ser classificados de acordo com sua destinação. Podem ser destinados à instalação, à transformação, ao consumo, à circulação, à defesa, ao transporte, às comunicações, à venda e à produção. Este último incluem os maquinários e seus acessórios, instrumentos e ferramentas e os equipamentos diversos. 1.1.5 Conceitos e método de Depreciação De acordo com a Lei nº11.941, de 2009, Art. 183 § 2º, alínea a, todo Ativo Imobilizado, ao decorrer do tempo, tem uma perda significativa em relação ao seu valor de compra devido ao desgaste por uso, desatualização, insuficiência na produção e ações da natureza. A Depreciação, tradicional método contábil, tem como finalidade a contabilização periódica dessa perda para tentar chegar o mais próximo possível ao valor real do seu bem e assim realizar corretamente a contabilização. A palavra depreciação é de uso muito frequente tanto na linguagem popular como na linguagem tecnológica, econômica e contábil. Em sentido vulgar está quase sempre ligada à ideia de valor, porém esse valor, em geral, nunca é bem definido. Na acepção tecnológica, a palavra é aplicada no sentido de perda de eficiência funcional dos bens, como máquinas, instalações, veículos etc. Para a economia, a depreciação está intimamente relacionada com a ideia de diferença entre valores. Tais valores podem ser objetivos (valores de mercado) ou subjetivos (valores atribuídos pelos proprietários aos seus próprios bens). (IUDICIBUS, et al., 2008, p.212). A geração da depreciação mais comum é feita pela adoção de quotas de valores constantes. Nela consiste em dividir o valor depreciado do bem pela sua vida útil e contabilizar a despesa mensalmente ou anualmente. Essa despesa deve ser contabilizada no mesmo exercício, seguindo o princípio da competência, e sua influência no ativo será redutora, subtraindo do bem depreciado. 21 É o método mais utilizado devido a sua simplicidade. Nesse método, a depreciação é obtida por meio da divisão do valor a ser depreciado pelo tempo de vida útil do bem, ou seja, estima-se que o bem perca valor de forma constante. Esse método é aceito pelo fisco e largamente utilizado pela empresa. (SANTOS; SCHMIDT, 2011, p.62). De acordo com Santos e Schmidt (2011), as parcelas constantes são regulamentadas por taxas anuais estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal (SRF), conforme sua Instrução Normativa nº130/99. Tabela 2: Taxas de depreciação adotadas fiscalmente Ativos Imobilizados Taxas (% a.a.) Móveis e Utensílios 10 Software 20 Equipamentos de Informática 20 Tratores 25 Prédios (em uso) 4 Veículos 20 Instalações 10 Máquinas e Equipamentos 10 Fonte: Adaptado de SANTOS; SCHMIDT, 2011, p.61 1.1.6 Conceito de Custos Custos fixos são aqueles que não variam de acordo com o volume de produção, entre eles estão as despesas com salários e encargos sócias e os aluguéis de prédios e máquinas produtivas. “São aqueles custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independente do volume de produção. (OLIVEIRA; PEREZ, 2000, p.66)” Custos variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção, dentre eles estão a matéria-prima e a mão de obra direta. São aqueles custos que mantém uma relação direta com o volume de produção ou serviço e, consequentemente, podem ser identificados com os produtos. Dessa maneira, o total dos custos variáveis cresce à medida que o volume de atividades da empresa aumenta. (OLIVEIRA; PEREZ, 2000, p.70). 22 Custos diretos são aqueles que estão envolvidos diretamente no custo do produto final, fazendo parte de sua composição, como por exemplo: matérias-primas, componentes, embalagens, entre outros. São os custos que podem ser quantificados e identificados aos produtos e serviços e valorizados com relativa facilidade. Dessa forma, não necessitam de critérios de rateio para serem alocados aos produtos fabricados ou serviços prestados, já que são facilmente identificados. (OLIVEIRA; PEREZ, 2000, p.72). Os recursos consumidos no processo de produção, porém que não fazem parte do produto final são definidos como custos indiretos. Como por exemplo: limpeza, seguros, serviços de manutenção, depreciação entre outros. Outros realmente não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como aluguel, a supervisão, as chefias etc.). São os Custos Indiretos com relação aos produtos. (MARTINS, 1996, p.53) 1.2 Contabilidade Internacional No atual contexto social e econômico, as relações comerciais entre os países, influenciados constantemente pela globalização, criam novos usuários para as informações contábeis. Esses novos usuários, por sua vez, são provenientes de outros países, portanto, as demonstrações contábeis devem seguir um padrão internacional a fim de que sejam compreendidas e analisadas uniformemente por todos. No contexto internacional, a contabilidade, por meio das demonstrações contábeis, pode ser entendida como o processo de reporte de informações realizado pela empresa junto aos seus usuários internacionais que, por sua vez, se encontram localizados em países diferentes do seu país de origem. Percebe-se, portanto, que a contabilidade internacional apresenta uma dimensão muito importante no processo de evidenciação de informações econômicofinanceiras: a dimensão dos usuários. (PADOVEZE; BENEDICTO; LEITE, 2012, p.4). No Brasil, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi instituído para ser o único órgão com a responsabilidade de emitir pronunciamentos que normalizam a contabilidade brasileira e também a equiparando à contabilidade internacional. A seguir um quadro com os órgãos que compõem o CPC e seus respectivos objetivos. 23 Quadro 1 – Composição do CPC. Órgãos que compõem o CPC Objetivo Defender as posições das companhias abertas junto aos centros de decisão e à opinião pública, desenvolver mecanismos do ABRASCA - Associação Brasileira das mercado de capitais e disseminar Companhias Abertas informações sobre os principais títulos, tais como ações, debêntures, notas comerciais, FIDC e CRI. Desenv básicos até MBAs, reuniões com APIMEC - Associação dos Analistas e empresas, visita a parques fabris, seminários, Profissionais de Investimento do Mercado de palestras, mesas redondas, reuniões técnicas Capitais e participação em comitês e comissões. Negociar ações, títulos e contratos BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, referenciados em ativos financeiros, índices, Mercadorias e Futuros taxas, mercadorias e moedas nas modalidades a vista e de liquidação futura. Orientar, normatizar, fiscaliza e promover o exercício da profissão contábil, por intermédio CFC - Conselho Federal de Contabilidade dos Conselhos Regionais de Contabilidade. Realizar pesquisas, desenvolver e promover a divulgação de conhecimentos da área contábil, financeira e atuarial; incentivar a participação de professores e estudantes em congressos e seminários com trabalhos científicos; produzir e incentivar a produção FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas de livros, artigos, papers e material científico Contábeis, Atuariais e Financeiras no seu campo; financiar laboratórios de pesquisa nas áreas de contabilidade, finanças, atuária, logística, tecnologia; promover a internacionalização da PósGraduação em Contabilidade da Universidade de São Paulo; promover cursos e consultorias. Discutir, desenvolver e aprimorar as questões éticas e técnicas da profissão de IBRACON Instituto dos Auditores auditor e de contador, auxiliar na difusão e na correta interpretação das normas que regem Independentes do Brasil a profissão e colaborar para o aprimoramento da formação profissional. Fonte: Adaptado de COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2010. 1.2.1 CPC – 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos Toda a empresa, em seu ativo imobilizado, muitas vezes utilizando a depreciação como método para registrar o valor do seu bem, pode apresentar divergências entre o valor registrado contabilmente e o valor justo de seu imobilizado. Com essa questão, surgiu o CPC 01 para regulamentar os procedimentos que objetivam estabelecer que os registros contábeis estejam corretos, não interferindo, assim, no valor recuperado de um bem. 24 O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por desvalorização. O Pronunciamento Técnico também especifica quando a entidade deve reverter um ajuste para perdas por desvalorização e estabelece as divulgações requeridas. (CPC 01, 2010). De acordo com o Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS versus Normas Brasileiras (2009), o Impairment Test demonstra que o valor registrado no imobilizado de uma empresa é superior ao real valor recuperável do ativo. No Brasil, o CPC 01 traz esse conceito do Impairment Test, razão pela qual será utilizado este conceito como base na pesquisa realizada. 1.3 Aspectos conceituais do Impairment Test Tradicionalmente, a depreciação é um método mais disseminado em relação à mensuração contábil do valor da vida útil de um imobilizado. Entretanto, no cotidiano de uma empresa nem sempre o valor de registro de um bem é fiel ao seu valor de recuperação. O Impairment Test visa à realização periódica de avaliações nos ativos imobilizados para reconhecer o real valor de recuperação do ativo. Impairment é uma palavra em inglês que significa, em sua tradução literal, deterioração. Tecnicamente trata-se da redução do valor recuperável de um bem ativo. Na prática, quer dizer que as companhias terão que avaliar, periodicamente, os ativos que geram resultados antes de contabilizá-los no balanço. Cada vez que se verificar que um ativo esteja avaliado por valor não recuperável no futuro, ou seja, toda vez que houver uma projeção de geração de caixa em valor inferior ao montante pelo qual o ativo está registrado, a companhia terá que fazer a baixa contábil da diferença. (LUNELLI, 2013). O CPC 01 menciona que todos os ativos geradores de caixa futuro são passíveis da aplicação do Impairment Test, contudo o procedimento também relata que algumas categorias de ativos não se aplica o teste de recuperabilidade. A seguir um quadro com as categorias de ativos nas quais aplicam-se o e não se aplicam o Impairment Test. 25 Quadro 2 – Itens que são passíveis de Impairment Test Aplica-se Impairment Test Não se aplica Impairment Test Ativos geradores de fluxo de caixa futuro; ativos financeiros classificados como: controladas, conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 36(R1) – Demonstrações Consolidadas e no Pronunciamento Técnico CPC 18 – Investimento em Coligada e em Controlada; e empreendimento controlado em conjunto, conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 19 – Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture). Estoques; ativos advindos de contratos de construção; ativos fiscais diferidos; ativos advindos de planos de benefícios a empregados; ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros; propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo; ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam mensurados ao valor justo líquido de despesas de venda; custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro; ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda) classificados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 31; ativos financeiros dentro do alcance dos Pronunciamento Técnico CPC 38, CPC 28 e CPC 29; Fonte: Adaptado de CPC 01, 2010. De acordo com Carvalho, Lemes e Costa (2009) o CPC 01 não prevê nenhuma valoração na avaliação do bem, mas quando ocorrer qualquer aumento do valor contábil do ativo acima do valor contábil anteriormente registrado, caracteriza-se uma reavaliação e como tal deverá ser contabilizada. 1.3.1 Mensuração do Valor recuperável O valor justo ou de recuperação de um ativo é a correta mensuração para se contabilizar um imobilizado diante das normas internacionais. Em outras palavras, todo ativo tem um preço estabelecido e esse é adotado por critérios justificáveis por procedimentos contábeis, como por exemplo, o valor em algumas concepções se torna utópico quando comparado ao valor recuperável, isso é, o montante adquirido em uma possível venda. 26 Podemos definir, então, o valor justo como preço negociado entre um comprador e um vendedor que age racionalmente, defendendo o seu próprio interesse (uma transação arm’s-lenght) ou, na ausência desse valor objetivo, como valor presente do fluxo de caixa esperado pelo ativo. (PADOVEZE; BENEDICTO; LEITE, 2012, p.278). Assim, é necessária a aplicação do Impairment Test visando, por meio de procedimentos, definir o seu valor justo e, dessa forma, observar os fatores que influenciam nessa estimativa. Em suma, valor justo é aquele que é comercializado no mercado, o qual depende do cálculo do valor líquido de venda e o valor em uso. Para identificar o valor recuperado a entidade depende do calculo de dois outros montantes: valor em uso e o valor justo líquido dos custos de venda. O valor recuperável, do ativo ou da unidade geradora de caixa é o maior entre os dois. (LEMES; CARVALHO, 2010, p. 148). Figura 1: Comparação entre valores. Fonte: MANUAL DE NORMAS..., 2009 p. 301. 1.3.1.1 O Valor em Uso O valor em uso é estimado por fundamentos ligados aos fluxos de caixa futuros que representam o fluxo gerado pelo ativo de forma corrente e a arrecadação com uma possível venda. No cálculo do valor em uso, a entidade deverá estimar as futuras entradas e saídas de caixa decorrentes do uso contínuo do ativo e de sua eventual venda e, em seguida, descontar aqueles fluxos de caixa (calcular o valor presente) por uma taxa apropriada. (LEMES; CARVALHO, 2010, p.150). De forma ampla será abordado a receita gerada com o uso contínuo desse ativo e as possíveis investimentos, com manutenção preventiva (reparos) e as perdas com trocas de peças. Também será considerada uma 27 taxa que deverá ser independente da estrutura financeira da empresa baseando-se nas estimativas do mercado vigente. A taxa de desconto deverá ser uma taxa (ou taxas) que reflita as avaliações do mercado: (a) o valor do dinheiro no tempo; e (b) dos riscos específicos do ativo não contemplado nas estimativas do fluxo de caixa. A taxa que reflete tais variações do mercado é a taxa de retorno que os investidores teriam em investimentos que gerariam fluxos de caixa, tempo e perfil de risco equivalentes ao retorno do ativo. (CARVALHO; LEMES; COSTA, 2009, p. 262). 1.3.1.2Valor Líquido de Venda O Valor Justo Líquido é utilizado para identificar uma venda de um Ativo onde a parte vendedora dessa transação estabelece um preço, no qual são deduzidos os custos para o comprador. Dessa forma o Ativo Imobilizado corresponde ao Valor Justo menos os encargos com despesas derivadas da transação, onde não há o favorecimento em nenhuma das partes envolvidas. Um mercado ativo é aquele em que os itens negociados são homogêneos, podem ser encontrados compradores e vendedores dispostos a negociar a qualquer momento e os preços são disponíveis ao público. Em ultima instância, na indisponibilidade desses preços, o preço de uma transação mais recente do Ativo sob análise ou de Ativos similares poderá ser usado como indicativo do Valor Justo. Adicionalmente, estimativas, médias e métodos computacionais podem ser usados no cálculo aproximado do Valor Justo menos os custos de venda. Nos Custos de Venda devem ser contemplados todas as taxas fiscais, os custos de transporte e todos os demais custos diretamente relacionados à colocação do ativo em condições de uso. (CARVALHO; LEMES; COSTA, 2009, p 261). 1.3.2 Critérios para a aplicação do Impairment Test Para a aplicação do Impairment Test, as empresas devem ficar atentas no período de encerramento contábil a fim de verificar se há algum indício de desvalorização em seus ativos. Caso haja algum indício de desvalorização, deve-se aferir o valor recuperável destes ativos. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo. (CPC 01, 2010.) Existem indicações de que deve ser aplicado o Impairment Test. Há duas fontes a serem consideradas As fontes externas de informação, são aquelas que indicam a diminuição do preço de venda do ativo, diminuição do 28 valor de mercado da empresa e alteração relevante com efeito adverso na empresa de origem econômica, tecnológica, mercadológica ou legal; as fontes internas de informação que indicam as atividades que reduzam a vida útil do bem, obsolescência ou danificação do bem, expectativa de vida útil do bem reduzida e indicação de que o ativo avaliado não terá o resultado esperado. (PADOVEZE; BENEDICTO; LEITE, 2012.). 1.3.3 Reversão do valor Após a aplicação do Impairment Test, como procedimento contábil, é retratada a mensuração das perdas, entretanto existe uma margem para a alocação dessa perda e não deverá ser alocado um valor negativo. Sob qualquer circunstância, ao alocar uma perda por impairment, a entidade não poderá reduzir o valor contábil de um ativo abaixo do maior entre: seu valor justo menos os custos de venda, seu valor em uso e zero. Ou seja, o valor contábil do ativo será reduzido (caso haja perda) até o maior entre o valor justo líquido e o valor em uso. Caso esses dois valores sejam negativos, o valor contábil do ativo será reduzido somente até zero. (LEMES; CARVALHO, 2010, p.155) Em alguns casos, a perda gerada pelo Impairment Test poderá ser revertida quando houver mudanças substanciais ou não na estimativa do valor do ativo imobilizado, isso pode ser gerado por um aumento significativo da capacidade produtiva nos períodos reconhecidos pela contabilidade. Na reversão da perda por Impairment, o valor contábil do ativo deverá ser aumentado, sem exceder o valor contábil que existiria (líquido da amortização ou depreciação), caso a perda por Impairment nunca tivesse sido reconhecida. Qualquer aumento do valor contábil do ativo acima do valor contábil anterior é uma reavaliação e como tal deverá ser contabilizada. (CARVALHO; LEMES; COSTA, 2009, p 265). 1.3.4 Contabilização do Impairment Test Após realizar o Impairment Test, deve ser adotado procedimentos contábeis para seus registros. A seguir um quadro onde é exemplificada a contabilização do Impairment de um ativo imobilizado. Utilizou-se como exemplo um maquinário de grande porte. 29 Quadro 3: Contabilização do Impairment Test. Exemplo de Impairment de imobilizado Avaliação de Impairment de máquinas de grande porte: Valor contábil líquido = R$ 1.000.000 (já descontada a depreciação) Valor em uso = R$ Valor liquido de venda Perda por impairment = R$ = R$ 950.000 = Valor recuperável (maior valor) 900.000 50.000 (R$ 1.000.000 – R$ 950.000) Contabilização: Débito = Perda por desvalorização de ativos (resultado) Crédito = Perda por desvalorização de ativos (redutora do ativo imobilizado) Observação: O Princípio do Conservadorismo/Prudência foi aplicado na avaliação do ativo. Fonte: PADOVEZE; BENEDICTO; LEITE, 2012, p. 278. 1.4 Vivenciando o Impairment Test Após analisar e interpretar a contextualização teórica dos principais pontos relacionados com a aplicação do Impairment Test percebe-se a relevância da sua aplicabilidade no ambiente empresarial. A aplicação dessas teorias e a verificação da sua eficácia para mensuração correta do valor do ativo imobilizado será demonstrado a seguir na caracterização da empresa estagiada e na descrição do estudo de caso. 30 CAPÍTULO Il PADARIA BRASIL 2 A EMPRESA 2.1 Como tudo começou A empresa Panificadora 2 M Ltda – EPP está instalada na Rua Floriano Peixoto, nº 1263 no Centro da Cidade de Lins, Estado de São Paulo, com atendimento das 5h 45min. às 21 horas. Sua atividade social é a exploração do ramo de Panificadora, Confeitaria e Mercearia. Com muita dificuldade, empenho e dedicação, os proprietários Maurílio da Silva e Marcela Esperança da Silva adquiriu o estabelecimento no ano de 1965, aplicando um capital de R$ 6.000,00 (seis mil reais), distribuído 50% para cada sócio e uma experiência na área da panificação por ter trabalhado 10 anos em outras panificadoras da cidade, seu objetivo era construir um futuro melhor para sua família. No início com muito sacrifício o Sr. Maurílio entregava os pães pela madrugada em uma carroça de padeiro. Com aumento da clientela, funcionários foram registrados para melhor atendimento da demanda, pelo fato da população estar conhecendo a qualidade da padaria, adquiriram uma bicicleta, e nela colocavam uma grande cesta para entregar os pães. Não importava o clima do dia, os pães tinham que ser deixados na frente da casa de todos os clientes, mesmo daqueles que moravam em vilas afastadas, só que às vezes os clientes não encontravam os pães na frente de suas casas, pois eram roubados junto com o leite que o leiteiro deixava. Para não perder a clientela, os pães eram entregues novamente, causando prejuízo para a padaria. Em 1973 foi comprado um DKW (um veículo que a porta era aberta do lado contrário em relação aos carros de hoje), que foi útil a empresa por muitos anos, pois as vendas estavam aumentando a cada dia, mas a fama da qualidade e atendimento foi crescendo, assim foi necessário adquirir uma 31 Kombi, que era um veículo maior, melhor e bem mais útil do que o carro anterior. Figura 2: DKW 1973 Fonte: Revista WebMotors, 2013. Figura 3: Kombi Fonte: Cozot Carros, 2013. 32 Uma reforma no prédio era necessária ser feita, então para melhorar a entrada da padaria, foi instalado a parte de atendimento na esquina da Rua Floriano Peixoto, que melhorou a visibilidade da empresa. Figura 4: Fachada da Empresa Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 2.2 Estrutura Física e Logística O imóvel que sustenta as instalações físicas da padaria têm aproximadamente 250 metros quadrados e foi construído por volta dos anos de 1948 a 1950, com diversas reformas para adequação em 1983. Figura 5: Empresa Reformada Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 33 Ao seu redor, existem bairros residenciais e microempresas. É importante ressaltar que o fluxo de carros é alto por se tratar de uma rua principal de entrada para a cidade. Figura 6: Localização da empresa Fonte: Google Maps, 2013. 2.3 Organograma O proprietário da empresa é o administrador geral que fica responsável por gerenciar todos os setores, assim como cuida do departamento de recursos humanos, na parte de recrutamento de funcionários e treinamento. O departamento de compras é o responsável por adquirir os suplementos necessários para manter viva a empresa, pois em muitos casos saber negociar o que comprar é peça fundamental para obter um preço competitivo diante a mercado. 34 O departamento de vendas é de muita importância, porque é através deste que adquire se a receita, além de ser a vitrine da loja, isso é os clientes tem contato direto com eles. A contabilidade é feita pelo escritório Checape, que é responsável por transformar as rotinas administrativas em informações contábeis, entre eles o mais importante o balanço patrimonial, também é de responsabilidade do escritório toda parte formal do departamento pessoal. Figura 7: Organograma Geral Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. As formas de estocagem da matéria manualmente, 50 sacas de 50 kg de farinha. prima são controladas 35 Figura 8: Estoque da matéria prima Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 2.4 Portfólio A Padaria Brasil trabalha com um portfólio diversificado de produtos, para assim atender de forma adequada seus clientes, pois no mercado atual o pão francês deixou de ser o único produto da mesa do brasileiro. Apresentam-se a seguir 5 dos produtos mais vendidos na Padaria Brasil em ordem decrescente. 2.4.1 Pão Francês O pão foi criando antes da Idade da Pedra, era feito com grãos triturados molhados na água e no leite, mas o verdadeiro pão francês tem como nome Baguete, foi criado em 1840, medindo 80 cm de comprimento. Figura 9: Cesta com Pães Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 36 2.4.2 Rosca Húngara Os ingredientes que compõem a massa da Rosca Húngara são: açúcar, ovos, sal, leite morno, fermento e trigo. Seu delicioso recheio é feito com margarina, coco ralado e açúcar, assim o sabor é elemento fundamental para a fidelização dos clientes. Figura 10: Balcão com Roscas Húngaras Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 2.4.3 Salgado A Esfirra é um salgado assado muito consumido, com a farinha de trigo, fermento, açúcar, sal, margarina, e água morna é feita sua deliciosa massa e seu recheio é composto por carne ou frango, tomate, cebola, pimenta e sal. Com estes ingredientes formamos a famosa esfirra da Padaria Brasil. Figura 11: Esfirra Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 37 2.4.4 Refrigerante O refrigerante surgiu em 1676 em Paris, mas chegou no Brasil apenas em 1941 na cidade de Recife. Uma curiosidade foi que os primeiros refrigerantes foram desenvolvidos a partir de fórmulas para digestão dos alimentos. Figura 12: Geladeira com refrigerantes Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 2.4.5 Frios Mussarela, mozzarella ou muçarela, qual dessas grafias é a mais correta? Todas. A mais empregada é a mussarela, antigamente era fabricada apenas com leite de búfala, hoje é mais fabricada com o leite de vaca. O presunto é um embutido feito com as pernas traseiras do porco muito apreciado pelas pessoas, sendo um dos alimentos muito usado como petiscos. A Mortadela é fabricada com a gordura extraída da papada do porco, com carne (magra) de porco e com sobras cruas de presunto, é um dos alimentos preferidos pelos italianos. 38 Figura 13: Mesa de Frios Fonte: Casa Amiga, 2013. 2.5 Mercado Consumidor A Padaria Brasil, por ter uma grande tradição perante a sociedade linense, qualifica a maior parte do seu público consumidor como fiel, isso é, o cliente que diariamente consome algo dentre o seu portfólio de produtos. É importante frisar que, de acordo com sua logística, parte de seus clientes são viajantes e passantes, diversificando assim sua clientela. Dentre as formas de pagamentos, a Padaria Brasil, disponibiliza a venda à vista, cartão de débito/crédito e a antiga caderneta, demonstrando assim o quão fiel são seus clientes. 2.6 Mercado Corrente A Padaria Brasil tem como concorrente a Padaria Cristal que esta localizada em frente, os Supermercados Amigão, Avenida e Hirata, que passaram a fornecer o pão Frances com um menor custo. 2.7 Desenvolvimento do ramo de panificação De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), o crescimento do faturamento da panificação em 2012 foi de 11,6% em relação a 2011. Este Setor é constituído por 64 mil padarias de 39 pequeno e médio porte, é o segundo maior canal de distribuição de alimentos do país e um dos seis maiores seguimentos industriais responsáveis por gerar 802 milhões de empregos diretos e 1,85 milhão de empregos indiretos. Figura 14: Gráfico sobre o Crescimento da Panificação. Fonte: ABIP, 2013. Analisando a trajetória da Padaria Brasil, hoje se resume em tradição e qualidade em servir o mercado consumidor. Sua história demonstra o grande exemplo de consolidação, pois independentemente dos desafios, a empresa comandada pelo Sr. Maurílio é umas das principais do ramo na cidade de Lins. Portanto, com atitudes empreendedoras a Padaria Brasil se torna presente na vida de seus consumidores, presando sempre a qualidade e a excelência em servir seus clientes. 40 CAPÍTULO III APLICAÇÃO DO IMPAIRMENT TEST 3 INTRODUÇÃO E ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO Foi realizada uma pesquisa de campo na empresa Panificadora 2 M LTDA – ME, nome fantasia Padaria Brasil, na cidade de Lins, no período de fevereiro a outubro de 2013, com o objetivo de avaliar os imobilizados utilizados na produção, pois, muitas vezes, seus valores estão registrados pelo seu valor residual, e encontram-se desproporcionais ao seu real valor quando comparados aos seus resultados que tais bens geram para a empresa. Os métodos utilizados foram Estudo de Caso e Observação Sistemática, buscando analisar os aspectos voltados aos valores dos Ativos da empresa, sua mensuração de acordo com capacidade produtiva e seus registros contábeis. As técnicas aplicadas foram os roteiros de estudo de caso, observação sistemática, entrevista com os proprietários e contador da empresa. A Padaria Brasil conta com um imobilizado diversificado para atender sua demanda produtiva. De forma sintética o imobilizado da empresa compõese de seus maquinários que, em média, estão incorporados no ativo há um longo tempo. Tais equipamentos atendem à produção exigida pelo setor de vendas. Entretanto, o Impairment Test tem como objetivo reavaliar os imobilizados, especificamente neste trabalho, os maquinários envolvidos na produção. Utilizando as técnicas propostas pelo Impairment Test, a Padaria Brasil poderá encontrar uma forma alternativa para reavaliar os imobilizados de sua linha produtiva, e assim gerar informações mais próximas a respeito de seus valores reais. Dessa forma, foram colhidos dados para desenvolver um fluxo de caixa futuro e assim mensurar os ativos para que sejam contabilizados com valores mais próximos aos valores reais diante a sua eficiência no processo produtivo. 41 3.1 Ativo Imobilizado Produtivo A Padaria Brasil desenvolve seu processo produtivo com um maquinário específico para panificação, e por estar há muito tempo incorporado ao setor produtivo, suas máquinas não representam a atual tecnologia. Em seguida serão descritos os atuais equipamentos utilizados pela empresa na produção. 3.1.1 Amassadeira Espiral Tem como principal função garantir que os ingredientes da receita sejam misturados de forma uniforme e constante. Esta amassadeira é o primeiro maquinário da linha produtiva. Figura 15: Amassadeira Espiral Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 3.1.2 Cilindro Com a massa pronta, o cilindro tem o papel de sová-la, para isso o equipamento tem a funcionalidade de afinar a massa para uma maior facilidade em seu manuseio. 42 Figura 16: Cilindro Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 3.1.3 Mesa de descanso A mesa de descanso é utilizada para repousar a massa enquanto ela cresce e fica apta a próxima etapa. Figura 17: Mesa de descanso Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 43 3.1.4 Máquina de modelagem Para que sejam uniformes as unidades dos produtos, a máquina de modelagem tem como principal objetivo padronizar os tamanhos e formas das massas. Figura 18: Modeladora Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 3.1.5 Estantes As estantes asseguram um local higiênico para a estocagem dos produtos semiacabados (massas modeladas) e produtos finais (assados). Figura 19: Estantes Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 44 3.1.6 Forno industrial O forno industrial alimentado à lenha é utilizado para assar os produtos. Figura 20: Forno Industrial Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. As informações sobre o valor dos bens contabilizados fornecida pela empresa não foram documentadas. Desta forma, foram pesquisados os valores de máquinas e equipamentos novos para serem utilizados como parâmetro para o Impairment Test. Quadro 4: Valores dos Maquinários novos. Máquinas e Equipamentos Valor atual de mercado (em R$) Amassadeira Espiral 5.920,35 Cilindro Sovador 4.976,40 Modeladora de Pão 2.914,50 Forno Industrial Elétrico 6.862,85 Mesa de Descanso 575,00 Estante 169,00 Total 21.418,10 Fonte: Dados coletados da empresa ESM EQUIPAMENTOS – SÃO JOSÉ, 2013. 45 3.2 Custos de produção do Pão Francês O fluxo de caixa futuro foi elaborado a partir de informações fornecidas pela própria empresa, dessa forma, foram especificados os principais aspectos que estão relacionados à produção do pão francês e sua geração de receita. 3.2.1 Receita do Pão Francês A receita do Pão Francês da Padaria Brasil é composta pelos seguintes ingredientes: farinha, fermento, sal, açúcar e gordura. Entretanto, foi realizada a apuração do custo de uma receita de pão francês genérica, pois as proporções da receita utilizada na empresa não podem ser divulgadas devido ao sigilo empresarial, pois sua receita é considerada um diferencial, devido à sua longa tradição. A seguir o quadro com as informações resumidas: Quadro 5: Receita genérica do pão francês para 20 unidades. Ingrediente Medida Custo (em R$) Farinha de trigo ½ quilo 0,9200 Fermento 15 gramas 0,0480 Sal 15 gramas 0,0255 Açúcar 20 gramas 0,0280 Gordura 15 gramas 0,0570 Total de Custo 1,0785 Fonte: Adaptado de ALMANAQUE CULINÁRIO, 2013. As proporções da receita esboçada no quadro anterior rendem em média 20 pães. Assim, para aproveitar a capacidade máxima de produção, a padaria realiza 33 receitas por vez. 46 Portanto, o custo referente à matéria prima para um 1 ciclo produtivo é de R$ 35,5905, o qual é representado pelo total de custo multiplicado pela quantidade de receitas processadas por ciclo, ou seja, 33 x R$ 1,0785. Para atender as vendas diárias, a produção tem como meta render em média 1980 unidades de pães francês, dessa forma deve ser realizado 3 vezes o ciclo produtivo, pois em cada ciclo, em média, rende 660 pães. Assim é estabelecido um custo total diário de aproximadamente R$ 106,7715, o qual é composto pela multiplicação do custo da matéria prima de 1 ciclo produtivo pelo o custo da meta diária de produção, ou seja, 3 ciclos produtivos. De acordo com informações administrativas, a Padaria Brasil trabalha, em média, 28 dias por mês, dessa forma, mensalmente o custo da matéria prima é de R$ 2.989,6020. 3.2.2 Mensuração dos custos Além da matéria prima, a Padaria Brasil têm outros custos que são essenciais para a mensuração do fluxo de caixa futuro, pois estabelecem saídas de recursos objetivando a manutenção e alimentação do processo produtivo, além das obrigações de seu regime tributário (Simples Nacional). No quadro a seguir será descrito os valores referentes aos custos mensais. Quadro 6: Custos Mensais. (continua) Descrição da conta Valor (em R$) Água e Esgoto 125,8800 Energia Elétrica 1.255,0700 Combustível (madeira) 80,0000 IPTU 620,0000 Telefone 111,7500 47 (conclusão) Manutenção do Maquinário 500,0000 Honorário Contábil 1.035,0000 Simples Nacional (Imposto) 1.516,2840 Total 5.243,9840 Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. 3.2.3 Custos com Mão de Obra A mão de obra agregada na produção é realizada pelos profissionais padeiros que desenvolvem suas jornadas de trabalho para suprir todas as necessidades do mercado consumidor. No quadro de funcionários, há dois padeiros e um confeiteiro, porém no processo produtivo do pão francês apenas os primeiros estão envolvidos. Quadro 7: Salário do cargo Padeiro Cargo Qtde../Func. Carga horária Salário Padeiro 1 1 220 horas R$ 1.400,00 Padeiro 2 1 220 horas R$ 1.309,00 Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. Importante destacar que as diferenças dos salários entre os padeiros são por motivos de aumentos salariais por mérito e experiência dentro da empresa. Este mesmo critério é válido para o cargo de balconista. Além do padeiro que está diretamente envolvido no processo produtivo, existem os cargos que realizam as venda das mercadorias e a limpeza do estabelecimento, inclusive na limpeza da área produtiva. No quadro a seguir, serão descritos os salários dos cargos de balconista, serviços gerais e ajudante geral. Para efeito de segregação, no cargo de balconista foi especificado dois valores de salários, sendo que o de 48 R$ 885,00 é referente a 4 funcionários e o de R$ 1.045,00 é de apenas uma funcionária, a qual ganha mais por mérito e experiência no cargo. Quadro 8: Salários dos demais Funcionários Cargo Qtde./Func. Carga horária Salário por funcionários Balconista 4 220 horas R$ 885,00 Balconista 1 220 horas R$ 1.045,00 Serviços Gerais 1 220 horas R$ 954,00 Ajudante Geral 1 220 horas R$ 954,00 Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. Toda parte gerencial da Padaria Brasil é feita pelo sócio administrador, o qual contribui significativamente nos departamentos de compra e venda, além de exercer a função de fiscalizar todos os demais departamentos. Quadro 9: Pro labore (Administrador Geral) Cargo Qtde../Func. Carga horária Pro Labore Administrador Geral 1 220 horas R$ 3.400,00 Elaborada pelos autores, 2013. Todos os valores apresentados representam os pagamentos realizados mensalmente aos funcionários. Dessa forma ainda faltam dois parâmetros para a mensuração correta dos custos com a mão de obra, elas são: obrigações sociais e provisões. É importante observar que os valores calculados para o INSS, contribuição confederativa e sindical são apenas demonstrativos, pois os mesmos já estão compondo os salários brutos dos funcionários. Quadro 10: FGTS Base de Calculo FGTS (8%) R$ 9.202,00 R$ 736,16 Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. 49 Quadro 11: Contribuição Patronal Capital Social Alíquota % Contribuição Patronal R$ 6.000,00 Contribuição mínima R$ 90,61 Fonte: Elaborada pelos autores, 2013. A seguir foram apresentadas as provisões contábeis referentes a um terço de férias e aos décimos terceiros salários, que pode ser considerado como uma reserva para esses pagamentos futuros. Dentro desses critérios, deveriam ser calculadas as provisões com férias, entretanto, a empresa tem a política de não substituir os funcionários. Assim, no mês que algum cargo tirar férias, para o fluxo de caixa não haverá acréscimo de valores. Quadro 12: Provisões. Base de Calculo Qtde. mês Provisão 1/3 Férias Provisão de 13º R$ 9.202,00 1 R$ 255,61 R$ 766,83 Fonte: Elaborada pelos Autores, 2013. 3.3 Geração de receita Atualmente o seu quilograma é comercializado a R$ 9,00 resultando em média de 18 pães. Como o processo de produção tem grande influência humana, os pães não são uniformes, podendo assim seu preço unitário variar. Quadro 13: Preço médio unitário do Pão Francês Produto Preço/Kg. Qtde./Kg. Preço/Un. Pão Francês R$ 9,00 18 un. R$ 0,50 Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. A padaria Brasil, trabalha em média 28 dias por mês e tem a expectativa de fabricar por dia 1.980 unidades de pão francês, resultando assim 55.440 unidades por mês. 50 Quadro 14: Expectativa de Receita Mensal (28 dias) Produto Vendas/dia Vendas/mês Preço/Un. Receita/mês Pão Francês 1.980 un. 55.440 un. R$ 0,50 R$ 27.720,00 Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. Embora já com grande experiência no ramo, as perdas de produtos acabados devem ser calculadas, dessa forma, por dia há 35 pães em média que não são vendidos, os quais são subtraídos da receita. Quadro 15: Perdas de produtos acabados Produto Perdas diárias Perdas Mensais Valor Unitário Perdas Mensais Pão Francês 35 980 R$ 0,50 R$ 490,00 Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. 3.4 Aplicação do Imparment Test De acordo com o CPC 01 o fluxo de caixa futuro deve ser baseado em informações recentes e aprovadas pela administração, observando que as previsões não devem ser estendidas em um período superior a cinco anos. Basear as projeções de fluxo de caixa nas previsões ou nos orçamentos financeiros mais recentes aprovados pela administração que, porém, devem excluir qualquer estimativa de fluxo de caixa que se espera surgir das reestruturações futuras ou da melhoria ou aprimoramento do desempenho do ativo. As projeções baseadas nessas previsões ou orçamentos devem abranger, como regra geral, o período máximo de cinco anos, a menos que se justifique, fundamentadamente, um período mais longo. (CPC 01, 2010). Portanto, foi realizada uma contextualização de todas as informações até então demonstradas, para calcular qual o lucro líquido gerado caso a empresa tivesse como único produto gerador de receita o pão francês. É importante destacar que as contas ainda não explicadas e detalhadas, serão mencionadas nas notas explicativas. 51 Quadro 16: Fluxo de Caixa Futuro (continua) Descrição da Conta Valor em R$ Venda de Pães Francês 27.720,0000 Impostos (Simples Nacional) (1.516,2840) Custos Matéria Prima (2.989,6020) Perda na produção (490,0000) Combustível (Madeira) (80,0000) Energia (1.255,0700) Água e esgoto (125,8800) IPTU (620,0000) Telefone (111,7500) Manutenção do Maquinário (500,0000) Honorário Contábil (1.035,0000) Pro Labore (3.400,0000) Padeiro (1) (1.400,0000) Padeiro (2) (1.309,0000) 4 Balconistas (1) (3.540,0000) 1 Balconista (2) (1.045,0000) Ajudante Geral (954,0000) Serviços Gerais (954,0000) FGTS (8%) (736,16) 52 (conclusão) Contribuição Patronal (90,6100) Provisão de 1/3 (255,6100) Provisão de 13° (766,8300) Aluguel Prédio (4.300,0000) Fluxo de Caixa Líquido Mensal 245,2040 Fluxo de Caixa Líquido Anual 2.942,4480 Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. 3.4.1 Notas explicativas Para efeito de cálculo e mensuração, não foram rateados a mão de obra e os custos/despesas envolvidos na produção e venda do pão francês em relação aos demais produtos comercializados pela empresa. Um dos fatores que impossibilitou esse procedimento foi a falta de informações do volume de venda dos demais produtos envolvidos. 3.4.1.1 Aluguel do Prédio Em um ponto nobre da cidade de Lins, como já citado no Capítulo II, o prédio que sustenta as instalações da padaria Brasil tem, aproximadamente 250 metros quadrados. A partir dessas informações, para efeito de estimativa de despesa para o fluxo de caixa, foi mensurado o valor de R$ 4300,00 para a locação do prédio. 3.4.2 Taxa de Rentabilidade do Patrimônio Um dos componentes para aplicação do Impairment Test é a taxa de retorno sobre a rentabilidade do patrimônio, a qual pode se definir como pagamento ao sócio por ter investido no empreendimento. 53 A expressão taxa de retorno significa um percentual do investimento realizado, que a empresa paga mensalmente para os sócios, como se fosse uma prestação mensal, referente ao investimento feito. Como comparação mais imediata, o negócio é bom se gerar uma taxa de retorno superior ao que outro investimento proporcionaria para o mesmo capital investido. (VALEU A PENA..., 2010). De acordo com a edição especial de 40 anos da revista Exame, a taxa de rentabilidade do patrimônio do setor de varejo é de 13,3% no período do ano de 2012. (INDICADORES..., 2013). 3.4.3 Valor Presente Líquido Após encontrar o valor do Lucro Líquido por intermédio do fluxo de caixa futuro, para realizar a aplicação do Impairment Test deve-se utilizar o Valor Presente Líquido (VPL), a qual é uma formula de análise referente ao investimento. O valor presente líquido (VPL) é uma função utilizada na análise da viabilidade de um projeto de investimento. Ele é definido como o somatório dos valores presentes dos fluxos estimados de uma aplicação, calculados a partir de uma taxa dada e de seu período de duração. (VALOR...). Portanto o quadro a seguir demonstra os valores utilizados para o cálculo o VPL, e após a explicação dos seus componentes. Quadro 17: Função Valor Presente Líquido Função Taxa de Retorno Período VPL 13,3% 5 anos Fluxo de Caixa Líquido Anual 2.942,4480 Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. Após a aplicação da fórmula o resultado obtido foi de R$10.273,9623, este representa os valores dos ativos voltados à produção que gerou a receita expressada no fluxo de caixa futuro. 54 3.5 Mensuração dos valores dos maquinários Depois de realizado todos os procedimentos voltados ao Fluxo de Caixa Futuro, encontrou-se o valor de R$ 10.273,9623. Desta forma, os valores dos ativos existentes na empresa que estão envolvidos no processo produtivo foram mensurados proporcionalmente ao orçamento dos ativos novos existentes no mercado conforme apresentado no quadro 4. No próximo quadro, foram calculados os valores que representam os ativos atuais da Padaria Brasil. Quadro 18: Mensuração dos Ativos produtivos Máquinas e Valor atual de Percentagem Maquinários da Equipamentos mercado (em R$) (%) empresa (em R$) Amassadeira Espiral 5.920,35 27,65 2.840,7506 Cilindro Sovador 4.976,40 23,24 2.387,6688 Modeladora de Pão 2.914,50 13,60 1.397,2589 6.862,85 32,05 3.292,8049 Mesa de Descanso 575,00 2,68 275,3422 Estante 169,00 0,78 80,1369 Total 21.418,10 100 10.273,9623 Forno Industrial Elétrico Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. 3.6 Resultados e impactos na empresa Com a metodologia proposta para avaliar os ativos do setor produtivo foi possível encontrar o valor estimado dos bens pelo seu Valor em Uso previsto pelo CPC 01. Desta forma, é possível fornecer parâmetros para efetuar o registro contábil ao real valor de uso dos imobilizados envolvidos no setor caso seja menor que o valor atual contabilizado pelo critério da contabilidade 55 tradicional, ou seja, pelo valor histórico de compra depreciado segundo a legislação vigente. Vale salientar que os dados foram estimados no presente trabalho foram obtidos a partir de informações fornecidos pela empresa, porém os mesmos devem ser considerados como dados fictícios, pois para estimar o real valor, é necessário levantar com maior precisão os dados envolvidos nos cálculos. O valor dos imobilizados abordados não estão, atualmente, contabilizados de forma discriminada pelos seus valores de compra e sim pelo seu valor global de todos os imobilizados, portanto não é possível identificar o valor atual contabilizado de cada bem, o que prejudica a decisão da aplicação do Impairment Test. 56 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO A Panificadora 2M LTDA, conhecida como Padaria Brasil, é uma empresa do ramo de panificação situada na cidade de Lins que possui uma grande tradição e preferência pela população devido a qualidade de seus produtos. Por se tratar de uma empresa que está em funcionamento desde 1965, seus ativos imobilizados, especialmente os maquinários e equipamentos utilizados na produção do pão francês, já não estão registrados com o valor contábil que represente a realidade, ou seja, o valor de mercado. Neste trabalho demonstrou-se através de um estudo de caso realizado na empresa Panificadora 2M LTDA o procedimento de reavaliação dos ativos imobilizados, especificamente aqueles envolvidos na produção do pão francês. Como a empresa Panificadora 2M LTDA é enquadrada no Simples Nacional não há obrigatoriedade da apuração do teste de recuperabilidade. Entretanto, a aplicação deste teste faz-se necessária como estratégia empresarial, pois devidos os resultados apresentados no estudo de caso constantes no Capítulo III, propõe-se a empresa a utilizar a avaliação do Valor em Uso com maior precisão, com o objetivo de apurar um valor do ativo mais próximo da realidade, garantindo que o imobilizado seja registrado com o valor contábil correto. Propõe-se, também, levantar os demais produtos comercializados pela empresa para que possa avaliar todos os bens pelo seu valor real de uso, registrando os bens discriminadamente na contabilidade. 57 CONCLUSÃO Mensurar o valor real de um ativo diretamente voltado ao setor produtivo não é um procedimento contábil comum. Na maioria dos casos, as empresas utilizam o tradicional valor histórico de compra aplicando o critério tradicional da depreciação, método aceito legalmente nas demonstrações; entretanto pode haver divergências com o real valor do ativo imobilizado. Portanto, há a necessidade de mensurar os ativos produtivos de acordo com o seu Valor em Uso, pois assim, por meio do fluxo de caixa futuro existe a estrutura para calcular os valores pelos quais os ativos deveriam ser registrados. Com essa aplicação, de desconsiderar a depreciação e projetar novos valores aos ativos, baseados na produção dos mesmos, é fundamental que se entenda sobre Impairmet Test. O Impairmet Test, esta baseado no CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, o qual foi pronunciado para gerir normas para aplicação dessa ferramenta, desenvolvida, nesta ocasião na Padaria Brasil. Vale ressaltar que não foi abordado o outro critério de avaliação do bem pelo Valor Líquido de Venda devido ao desconhecimento de um mercado ativo dos bens analisados, onde haja vencedores e compradores dispostos a transacionar tais bens em curto espaço de tempo com preços amplamente acessíveis ao público, conforme determina o CPC 01. Vale lembrar que o trabalho não teve como objetivo avaliar o real valor dos bens abordados, mas propor uma metodologia de avaliação dos bens para a aplicação do Imparment Test. 58 REFERÊNCIAS ABIP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA. Disponível em <http://www.abip.org.br/perfil internas.aspx?cod=333>. Acesso em: 04 ago. 2013. ALGUNS DOS ÓRGÃOS RELEVANTES QUANDO SE TRATA DE CONTABILIDADE INTERNACIONAL NO BRASIL. IFRS Pequenas e Médias Empresa, [s.l.], 1 abr. 2011. Disponível em: <http://ifrsnaweb.blogspot.com.br/2011/05/orgaos-relevantes.html>. Acesso em: 22 mai. 2013. ALMANAQUE CULINÁRIO. Disponível em < http://www.almanaqueculinario.com.br/receita/massas/pao-frances-100.html>. Acesso em: 27 ago. 2013. CARVALHO, L.N.; LEMES, S.; COSTA, F. M. Contabilidade internacional: aplicação das IFRS 2005. São Paulo: Atlas, 2009. CASA AMIGA. Disponível em <http://www.casamiga.com.br/blog/?tag=comoservir-tabua-de-frios>. Acesso em: 04 ago. 2013. CAZOT CARROS. 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Contabilidade internacional para graduação: texto, estudos de casos e questões de múltipla escolha. São Paulo: Atlas, 2010. LUNELLI, R. L. Teste de Impairment. Portal de Contabilidade, [s.l.], 4 fev. 2013. Disponível em <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/testedeimpairment.htm>. Acesso em: 4 fev. 2013. MANUAL DE NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE: IFRS versus Normas Brasileiras. Ernest & Young; Fipecafi. São Paulo: Atlas, 2009. MARTINS, E. Contabilidade de Custos: inclui o ABC. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1996. OLIVEIRA, L. M.; PEREZ, J. H. Contabilidade de Custos para não contadores. São Paulo: Atlas, 2000. PADOVEZE, C. L.; BENEDICTO, G. C.; LEITE, J. S. J. Manual da contabilidade internacional: teórica e prática. São Paulo: Cengage Learning, 2012. REVISTA WEBMOTORS. Disponível em <revista.webmotors.com.br/terra/antigos/dkw-alemao-1957/1334081767814>. Acesso em: 04 ago. 2013. 60 REZENDE. A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. C. Contabilidade tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre o resultado das empresas. São Paulo: Atlas, 2010. SANTOS, J. L.; SCHMIDT, P. Contabilidade societária. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011. VALEU a pena montar a empresa? Consultor Matos. São Paulo, 14 fev. 2010. Disponível em.<http://acdematos.wordpress.com/2010/02/14/valeu-a-penamontar-a-empresa/>. Acesso em: 06 out. 2013. VALOR presente líquido. Cavalcante Associados, São Paulo, [s.d.]. Disponível em :< http://www.cavalcanteassociados.com.br/article.php?id=61>. Acesso em: 06 out. 2013. 61 APÊNDICES 62 APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO 1 INTRODUÇÃO O objetivo principal do estudo é a análise da mensuração do valor da empresa Padaria Brasil após aplicar o Impairment Test. Serão relatados os métodos e técnicas utilizados na coleta de dados para o desenvolvimento do mesmo. 1.1 1.2 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado: a) Esclarecimento sobre o tema Impairment Test; b) Depoimento do proprietário sobre a atual situação da empresa; c) Análise dos relatórios contábeis da empresa. Discussão Analisando a estrutura patrimonial da empresa, sera mensurado o real valor dos ativos de produção. Dessa forma haverá uma contextualização entre a metodologia do Impairment Test com as rotinas, até então estabelecidas na contabilização da empresa. Portanto, o método de mensuração rotineiro aplicado na empresa, sofrerá ou não variações com a adequação do Impairment Test? 1.3 Será apresentada a relação entre a teoria dos primeiros capítulos com a prática observada na empresa. 63 APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática I IDENTIFICAÇÃO Empresa: ___________________________________________ Ramo de atividade:____________________________________ Localidade: __________________________________________ II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS 1. Quadro de colaboradores da empresa; 2. Maquinário utilizado na empresa; 3. Variedades dos produtos; 4. Espaço físico; História da empresa;