16° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores de Artes Plásticas
Dinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 de setembro de 2007 – Florianópolis
“Outro” é uma pessoa
Vanessa Cristiane Schultz
mestranda PPGAV - UDESC
Resumo
O texto discute a noção cultural do “outro”, o estranho à nossa cultura, e
alguns desdobramentos na contemporaneidade a partir dos estudos dos
conceitos imperialistas contidos na produção literária do romance ocidental
oitocentista – feitos por Edward Said – e propõe reflexões a partir dos debates
desenvolvidos na disciplina O Urbano e suas Intersemioses do Programa de PósGraduação em Artes Visuais - Mestrado do Centro de Artes da Universida-de do
Estado de Santa Catarina (Udesc).
Palavras-chave: Imperialismo; cultura; arte.
Abstract
This text discusses the cultural notion of other, the strange in our culture,
and some aspects of contemporaneity departing from studies of imperialistic
concepts in the literary production of the western novel of the XIX century by
Edward Said, proposing a reflection of the debates developed by the course The
Urban and its Intersemioses in the Program of Post-Graduation in Visual Arts Master Course in the Arts Center of the State University in Santa Catarina
(Udesc).
Key-words: imperialism, culture, arts.
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A terra era feita para que Dombey e Filho comerciassem,
Todo mundo lá embaixo, o bar da minha mãe tá fechado, cinco homens, é a Dona Zica, a Rota.
e o sol e a lua eram feitos para lhes dar luz.
É o seguinte, por que esse bar só tem preto?
Rios e mares eram formados para sustentar seus navios;
Ninguém responde, vou ficar calado também, não sei por que somos pretos, não escolhi.
EM PARTE DEVIDO AO IMPERIALISMO,
TODAS AS CULTURAS ESTÃO MUTUAMENTE IMBRICADAS;
os arco-íris lhes prometiam bom tempo; os ventos
Porque... Porque... Por que o quê macaca?
NENHUMA É PURA E ÚNICA, TODAS SÃO HÍBRIDAS, HETEROGÊNEAS,
EXTREMAMENTE DIFERENCIADAS, SEM QUALQUER MONOLITISMO.
sopravam contra ou a favor de seus negócios;
Minha mãe não é macaca. Cala a boca, macaco, eu falo nesse caralho.
O QUE PRECISA SER LEMBRADO É QUE AS NARRATIVAS DE
EMANCIPAÇÃO E ESCLARECIMENTO EM SUA FORMA MAIS VIGOROSA
as estrelas e os planetas giravam em suas
O homem se irrita arranca a caixa de som, joga no chão. Fala, macaca...
órbitas para manter inviolado um sistema que os tinha
É que todo mundo na rua é preto. Ah! Ouviu essa, cabo, todo mundo na rua e preto.
como centro. Abreviaturas comuns assumiam novos significados
Por isso que essa rua só tem vagabundo, só tem nóia.
TAMBÉM FORAM NARRATIVAS DE INTEGRAÇÃO,
NÃO DE SEPARAÇÃO, HISTÓRIAS DE POVOS
aos olhos dele, e referiam-se exclusivamente aos dois:
Penso em falar, sou do rap, sou guerreiro, mas não paro de olhar para a pistola na mão dele.
i
A.D. não guardava nenhuma relação com Anno Domini,
mas queria dizer Anno Dombei - e Filho.
ii
QUE TINHAM SIDO EXCLUÍDOS DO GRUPO PRINCIPAL,
MAS QUE AGORA ESTAVAM LUTANDO POR UM LUGAR DENTRO DELE. iii
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O senhor Edward W. Said
Amante da música, Edward Said foi questionado – em entrevista
concedida ao jornalista David Barsamian, para o livro Cultura e Resistência – a
respeito de Plutarco, que afirmara que para criar uma música harmoniosa, deviase investigar a discórdia. Said respondeu que uma peça interessante baseia-se
na dissonância, no acordo entre consonâncias e dissonâncias, e não na
discórdia. Nascido em Jerusalém, educado no Cairo e em Nova Iorque, o crítico
literário teve na carne a sabedoria do equilíbrio e esclareceu/defendeu sempre o
papel da cultura nos movimentos pelo poder empreendidos pelos seres
humanos.
Geografia, papel e o poder de criar impérios
Num nível muito básico, o imperialismo significa pensar, colonizar,
controlar terras que não são nossas, que estão distantes, que são
possuídas e habitadas por outros. iv
O que controlar terras quer dizer neste contexto?
O imperialismo depende das pessoas que vão construir/conquistar esse
território. Usando como base os impérios ocidentais modernos – séculos XIX e
XX – e suas colônias ultramarinas, percebe-se que uma tática habilmente
utilizada pelos conquistadores foi a capacidade de criação de um imaginário
favorável à conquista em dominadores e dominados.
O livro, o instrumento comunicador de fácil difusão na época, foi um dos
meios usados para criação destes imaginários. Portátil, a produção impressa sob
a forma de romance – com suas construções de atitudes e referências, de como
ser e agir no novo mundo – fazia parte desta estrutura. As figuras de retórica
como “oriente misterioso”, “espírito africano” (ou indiano, jamaicano, irlandês,
chinês), são exemplos clássicos encontrados na literatura e ajudavam a criar a
noção de que se estava levando a cultura e a civilização a povos bárbaros,
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carentes do refinamento e “salvação” oferecidos pela forma ocidental. Assim, se
afrontados pela resistência de quem não aceitava essa condição, restava a
opção da violência, única atitude entendida pelos “bárbaros”.
Em Cultura e Imperialismo, Said usa como método o enfoque em obras
literárias individuais (Charles Dickens, Joseph Conrad, Jane Austen, Rudyard
Kipling, Albert Camus, entre outros) – o maior número possível, segundo ele.
Primeiro as lê como frutos da imaginação criativa e interpretativa e, depois, as
mostra imbricadas na relação entre cultura e império.
Nas suas palavras:
Não creio que os escritores sejam mecanicamente determinados pela
ideologia, pela classe ou história econômica, mas acho que estão profundamente ligados à história de suas sociedades, moldando e
moldados por essa história e suas experiências sociais em diferentes
graus. v
Neste contexto, com o enfoque exclusivo nos impérios ocidentais
modernos dos séculos XIX e XX, o emprego do termo cultura
...significa duas coisas em particular. Primeiro, “cultura” designa todas
aquelas práticas, como as artes de descrição, comunicação e representação que tem relativa autonomia perante os campos econômico,
social e político, e que amiúde existem sob formas estéticas, sendo o
prazer um de seus principais objetivos.
Em segundo lugar, e quase imperceptivelmente, a cultura é um conceito
que inclui um elemento de elevação e refinamento, o reservatório do
melhor de uma sociedade, no saber e no pensamento, como disse
Matthew Arnold na década de 1860. Arnold achava que a cultura
mitiga, se é que não neutraliza por completo, a devastação de uma vida
urbana moderna, agressiva, mercantil e embrutecedora. A pessoa lê
Dante ou Sheakespeare para acompanhar o melhor do pensamento e
do saber, e também para ver a si mesma, a seu povo, sua sociedade,
suas tradições sob as melhores luzes. vi
Num cenário mundial/imperialista, o imaginário é manipulado para criar
uma ilusão de benevolência, de que se conquista para “salvar” um território.
Assim, Dombeis vii embalados por sagas poeticamente muito bem escritas,
partiam para seus “deveres planejados”, suas conquistas, levando as maravilhas
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do mundo “civilizado” aos povos “inferiores ou menos avançados”.
“Salvos” ou não
Dominadores ou dominados,
oitocentistas modernos ou cidadãos
contemporâneos, leitores, espectadores ou “teclantes”, cabe a nós analisarmos
essa estrutura imperialista que se manteve por tanto tempo e que se traveste
hoje de outras formas.
Conquistadores ou conquistados agora libertos, podemos pensar se o
somos de fato ou se não estamos – nós leitores inseridos numa sociedade já
considerada hiperindustrial – ainda sob o jugo da servidão, que vista de forma
descontextualizada pode ser considerada voluntária, como o pensador Etienne
de la Boétie escreveu no século XVI, questionando o poder real:
“... gostaria apenas de entender como pode ser que tantos homens,
tantas cidades, tantas nações suportam às vezes um tirano só, que tem
apenas o poderio que eles lhe dão, que não tem o poder de prejudicálos senão enquanto têm vontade de suportá-lo, que não poderia fazerlhes mal algum senão quando preferem tolerá-lo a contradizê-lo. Coisa
extraordinária, por certo; e porém tão comum que se deve mais
lastimar-se do que espantar-se ao ver um milhão de homens servir
miseravelmente, com o pescoço sob o jugo, não obrigados por uma
força maior, mas de algum modo (ao que parece) encantados e
enfeitiçados apenas pelo nome de um, de quem não devem temer o
poderio pois ele é só, nem amar as qualidades pois é desumano e feroz
para com eles.” viii
O tirano hoje já não pode ser identificado como uma pessoa, mas a
estrutura una capitalista transnacional pode. Hoje, roubam-nos o tempo nos
transformando em consumidores. Pessoas trabalham de forma incessante para –
com técnicas de marketing e através da manipulação do desejo – criar o
desprezo, a rejeição quase imediata por aquilo que se compra, para então
comprarmos novamente e assim sobrevivermos enredados neste círculo vicioso.
Essa forma insaciável de ser não disponibiliza o tempo para interação com o que
se consome, vive a vagar de superfície em superfície, de modismo a modismo e,
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portanto, com nada se compromete.
O teórico Bernard Stiegler, em seu livro Bernard Stiegler: reflexões (não)
contemporâneas, diz que esta época hiperindustrial traz consigo o que se
caracteriza como capitalismo cultural, é um capitalismo que reside no controle
sistemático da cultura propriamente dita – por intermédio das tecnologias de
cálculo, operando de maneira convergente nos círculos da informática, das
telecomunicações e do audiovisual. (p.16)
Assim como nobres e burgueses dos séculos XIX e XX, quem hoje está
inserido nessa cadeia vertiginosa pode continuar a viver num mundo dividido
entre “nós” e “eles”. A diferença é que agora, e esse agora já é secular, não
precisamos transpor distâncias de oceanos inteiros para “salvá-los”. ix
Algumas coisas a lembrar – hoje, não podemos ignorar o fato de que
apenas uma irrisória parcela dos habitantes deste planeta consome quase a
totalidade de seus recursos. Portanto, consumidores anestesiados, podemos
passar a existência sem perceber as multi-temporalidades que a pretensa
globalização capitalista tenta esconder. Como é possível incluir nos mesmos
parâmetros cidadãos ocidentais de classe média e africanos nômades assolados
por guerras, fome e doenças?
Os primeiros envoltos em discussões sobre o real e o quanto a sua
realidade tem de virtualidade e os outros esperando ajuda humanitária e
recebendo, talvez, o tratamento e atenção menos humana que exista.
Estranhos?
Mas, ainda assim não precisamos ir tão longe. Reclusos em casasbunkers, não percebemos que esse “outro”, antes considerado “selvagem e não
civilizado” é hoje nosso vizinho (principalmente se considerarmos as distâncias
oitocentistas). Centro, periferia, bairro, comunidade, favela, habitamos a mesma
cidade e não nos damos conta das diferenças que compõe nosso todo.
Esses não tão “estranhos” à nossa cultura sempre estiveram presentes –
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mesmo que se possa piorar muito suas condições de sobrevivência os colocando
para morar com grupos advindos de lugares muito díspares, sem similaridades
culturais e sem uma história coletiva – essas vozes dissonantes, mesmo assim,
vão criar condições de expressão. Rappers, grafiteiros, blogueiros, funkeiros
sempre vão surgir e sem força suficiente para simplesmente contê-los, o poder
hegemônico, com seu aparato cultural, irá então englobá-los e revesti-los com
sua roupagem mercadológica. Eles então poderão tornar-se moda e passar.
Mas, quando essas formas não servirem mais para expressar as idéias da
minoria/maioria que as criou, tornar-se-ão outra coisa, outra forma de estar no
mundo e fazer parte da dinâmica cultural. Simplesmente porque sempre
estiveram aí e mesmo as narrativas que possam parecer mais radicais são
tentativas de inclusão e estão se expressando singularmente dentro de um
sistema formal.
Cabe aqui enfatizar a idéia de um sistema dinâmico na cultura, que funde,
confunde, incorpora, mistura, negocia, cede, toma experiências e tendências não
necessariamente
próximas.
Acumulando,
conservando,
transformando
e
transmitindo esse processo. Embora possa se impor um código lingüístico único,
proibir publicações (ou simplesmente gerir um sistema que não lhes dá acesso
às editoras, nem estímulo para existir), composições, espetáculos, manifestações
culturais de autores “outros” à cultura institucionalizada, é impossível conter a
transmissão que se faz de forma orgânica, da história que passa da boca para o
ouvido e continua a ser retransmitida e carregada de história, que só existe e só
pode ser resignificada no presente.
As fronteiras há muito deixaram de existir para a economia e a cultura
percorre (ou abre) o mesmo caminho, a arte já disse a muito tempo – através de
Andy Warhol – que “todos bebemos Coca-Cola e nenhuma soma de dinheiro
dará ao presidente dos EUA uma garrafa melhor do que aquela que o vagabundo
da esquina bebe”. Hélio Oiticica não queria deixar que a vida o fizesse de otário,
Javier Barilaro (leia-se Eloisa Cartonera) x trabalha para gerar uma potência
simbólica e diz que seu belo é mais belo pois nele há inclusão. Conscientes de
que estas disputas não se restringem a soldados e canhões, abrangendo
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também idéias, formas, imagens e representações, xi cabe aos artistas ouvirem
as sábias palavras do Sr. Said:
Acho que um dos papéis do intelectual neste ponto é fornecer um
contraponto, contando histórias, lembrando a natureza detalhada do
sofrimento e lembrando a todos que estamos falando de pessoas. Não
estamos falando de abstrações. xii
i
FERRÉZ. Ninguém é inocente em São Paulo. Rio de Janeiro, Objetiva, 2006. p.12
ii
DICKENS Charles, Dombey and Son (1848; reimp. Harmondsworth: Penguin, 1970), p. 50
in SAID, Edward W. Cultura e Imperialismo. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. p.45.
iii
SAID, Edward W. Cultura e Imperialismo. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. pp. 28-29
iv
Idem, p.37
v
Ibidem, p.23
vi
Ibid, pp.12-13
vii
O Sr. Dombey é um homem orgulhoso, com a ambição ser pai de um menino e assim poder
intitular sua firma 'Dombey an Son’. Personagem do romance de Dickens (Dombey and Son)
o Sr. Dombey é exemplo literário de conquistador ultramarino citado por Said em Cultura e
Imperialismo.
viii
Boétie, Etienne de la. Discurso sobre a servidão voluntária. São Paulo, Brasiliense, 1987.
ix
A pesquisadora Ursula Frohne no artigo Re-mapeando o mundo virtual - Construção utópica
versus estruturas de poder no cyberespaço (in: WEIBEL, Peter. Olafur Eliasson: Sorroudings
Sorrounded. Essays on Space and Sciences. Cambridge: The Mit Press, 2001, p 200-207)
aponta alguns questionamentos em relação a necessidade de uma pesquisa crítica sobre as
construções retóricas da nova mídia (Net) e seu deslocamento da realidade social. Listando
algumas condições que não encontra-se de acordo com o status retórico otimista do network como
uma ferramenta de comunicação e aproximação global, expressões como “only connect”,
“worldwide”, “one net, one world” são colocadas frente a frente com a constatação da rede ser
cenário de uma batalha de interesse e acumulação do capital global, as condições de
conectividade desiguais (dependência do grau de escolaridade e conhecimento tecnológico) e a
alegada democracia digital. O artigo deixa vários questionamentos, dentre eles: O World Wide Web
forneceu uma ferramenta poderosa – intencionalmente ou não – para as práticas colonizadoras?
x
Eloísa Cartonera es un proyecto artístico, social y comunitario sin fines de lucro. Una cartonería,
llamada No hay cuchillo sin Rosas, es su sede, donde cartoneros cruzan ideas con artistas y
escritores. Una de las formas de concretar estos anhelos, fue la creación de una editorial especial:
se editan libros con tapas de cartón comprado a cartoneros en la vía pública, pintados a mano por
chicos que dejan de ser cartoneros cuando trabajan en el proyecto. Se publica material inédito,
border y de vanguardia, de Argentina, Chile, México, Costa Rica, Uruguay, Brasil, Perú: es premisa
editorial difundir a autores latinoamericanos.
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xi
SAID, Edward W. Cultura e Imperialismo. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. p.38
xii
SAID, Edward W. Cultura e Resistência. Rio de Janeiro, Ediouro, 2006. p.189
Bibliografia
Boétie, Etienne de la. Discurso sobre a servidão voluntária. São Paulo, Brasiliense,
1987.
FERRÉZ. Ninguém é inocente em São Paulo. Rio de Janeiro, Objetiva, 2006.
SAID, Edward W. Cultura e Imperialismo. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.
SAID, Edward W. Cultura e Resistência. Rio de Janeiro, Ediouro, 2006.
STIEGLER, Bernard. Bernard Stiegler: reflexões não contemporâneas. Maria Beatriz
de Medeiros (Org. e Trad.). Chapecó: Argos, 2007.
artigos
_____________. Projeto Eloísa Cartonera: Entrevista com Javier Barilaro. Revista
Número 8, São Paulo, 2006.
FRHONE, Ursula. Re-mapeando o mundo virtual - Construção utópica versus
estruturas de poder no cyberespaço in: WEIBEL, Peter. Olafur Eliasson:
Sorroudings Sorrounded. Essays on Space and Sciences. Cambridge: The Mit Press,
2001, p 200-207.
RADÜNZ, Dennis. A última das utopias. Diário Catarinense, 15/07/2006.
sites
http://www.eloisacartonera.com.ar/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Dickens
BREVE CURRÍCULO
Mestranda em Artes Visuais (UDESC/CEART/PPGAV), sob orientação da Dra.
Regina Melim Licenciada em Educação Artística – Habilitação em Artes Plásticas
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(UDESC/ CEART) Designer gráfica especializada no segmento editorial, diretora
de arte da Revista Cartaz e editora de arte da Nauemblu Ciência & Arte Editora.
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