Fı́sica Quântica da Matéria – Problemas Miscelânea in progress Cursos MEBM e MEFT 1. Seja B um campo magnético uniforme e constante no tempo com a direcção do eixo dos zz. a) Mostre que se pode escolher A = Bxey (ey versor do eixo dos yy) para o potencial vector correspondente. b) Escreva a equaçao de Schrodinger de um electrão na presença de B . c) Determine a função de onda que é, simultâneamente, um estado com valor próprio h̄k da componente py do momento linear p, e um estado com valor próprio nulo da componente pz do mesmo momento. Porque é que tal função de onda é possı́vel? d) Determine a energia do estado fundamental nas condições de c) e diga se depende do momento segundo o eixo dos yy, h̄k. 2. Um condutor plano tem lados de comprimento L1 (segundo o eixo dos xx) e L2 (segundo o eixo dos yy) e é actuado por um campo magnético definido como no problema 1. A densidade superficial electrónica no condutor é n. Despreze a interação entre os electrões ”livres” do condutor. a) Mostre que se se impuser à função de onda de cada electrão a condição aos limites periódica Ψ(x, y + L2 ) = Ψ(x, y), o momento linear segundo a direcção do eixo dos yy é quantificado de acordo com h̄ 2πn L2 (n = 0, 1, 2, ...), (definindo nı́veis ditos de Landau). b) Determine o maior valor possı́vel para o o número inteiro n. c) Calcule o número de estados de Landau disponı́veis por unidade de área do condutor. d) Qual é a degenerescência dos nı́veis de energia dos electrões? 3. Na situação do problema 2: a) Diga se será possı́vel popular nı́veis de Landau, por actuação no condutor de campos B=10 T a temperaturas da ordem de 0.1 K. b) Descreva a experiência de efeito de Hall em que se pode testar a resposta a a), explicando porque é nessa experiência se podem obter valores quantificados para a razão entre a densidade de corrente segundo xx e o campo eléctrico Ey , Ejxy . 4. Dois electrões, 1 e 2, estão fortemente ligados a dois núcleos diferentes da rede de um cristal. sendo por isso discernı́veis. Sendo as respectivas matrizes de Pauli σ (1) e σ (2) , a interacção entre os dois electrões é (1) (2) (1) (2) H = −a(σx σx + σy σy ), com a uma constante > 0. a) Quantos e quais são os nı́veis de energia do sistema dos dois electrões? Determine a degenerescência de cada nı́vel. b) Quando no cristal actua um campo magnético B constante e uniforme segundo o eixo dos zz, quais são os novos nı́veis de energia? Desenhe num gráfico em que o eixo das abcissas é o valor da intensidade B, como varia cada novo nı́vel de energia com B. 5. Resolva o problema 4, para o caso em que os electrões são indiscernı́veis, encontrando-se em estados de momento angular relativo L = 0. 6. Uma molécula existente na clorofila e na hemoglobina é a porfirina. Esta molé cula tem uma estrutura de anel com raio r = 4A, ao longo do qual se deslocam 18 electrões. a) Desprezando a interacção entre os electrões, escreva as funções de onda normalizadas das funções de onda de cada electrão e determine os respectivos nı́veis de energia. b) Diga quantos electrões podem existir no nı́vel electrónico de mais baixa energia e em cada um dos nı́veis excitados possı́veis. c) Escreva em notação espectroscópica a configuração electrónica do estado fundamental da molécula de porfirina. 7. Atendendo ao problema 6, a) Qual é a energia electrónica de excitação mı́nima de uma molécula de porfirina? b) Qual é o maior comprimento de onda de radiação que pode ser absorvida por uma molécula de porfirina? 8. Um núcleo com momento magnético µ = µo s e spin semi-inteiro s é colocada num campo magnético cuja direcção é a do eixo dos xx. No instante t = 0 tem-se sz = +1/2. Determine a probabilidade de num instante posterior t, se obter a) sy = +1/2 b) sy = −1/2. 9. Num fio circular muito fino de raio R passa um campo magntico constante, uniforme e perpendicular ao plano do fio, produzindo um fluxo φ. Se nesse fio circular um electrão, e desprezando a interacção entre o spin do electrão e o campo magnético, a) Escreva a equação de Schrodinger para o electrão. polares), re-escreva-a b) Tomando o potencial vector A(r, θ) = rB 2 eθ (θ é o ângulo das coordenadas R redefinindo a função de onda através de uma nova fase: Ψ → Ψ0 exp( ie Adl) ( note que tem de exigir h̄ Ψ(θ) = Ψ(θ + 2π)). c) Mostre como as energias dos nı́veis electrónicos variam com o fluxo φ. 10. Um electrão está confinado a um volume onde actua um campo magnético uniforme e constante correspondente ao seguinte potencial vector na direcção do eixo dos yy: A = Bxey . a) Mostre que a energia dos estados possı́veis do electrão são En = C + (n + 1/2)h̄eB/m, com C uma constante que pode ter um valor qualquer. O que é que C significa? b) Qual é a degenerescência desses estados? 11. Considere duas partı́culas idênticas de spin 1/2 e massa m no potencial de um oscilador linear harmónico, 2 2 V (r) = mω 4 r em que r é a coordenada relativa entre as duas partı́culas. No referencial do CM, e quando o momento angular relativo nulo, isto é l = 0, a) qual é a função de onda do estado fundamental, incluindo o estado de spin? b) qual é o segundo nı́vel de energia do sistema? qual a degenerescência desse estado de energia e quais são as funções de onda respectivas? c) calcule em teoria de perturbações de primeira ordem, o efeito na energia de uma interacção entre os electrões H 0 = Cδ(r)/r2 (C constante << 1). 12. Uma partı́cula de massa m está num poço bidimensional de potencial descrito por V (x, y) = 21 mω 2 (x2 + y 2 ). a) Determine em teoria das perturbações de primeira ordem o desvio na energia do estado fundamental, devido à perturbação H 0 = 2λxy. b) Resolva exactamente a equação de Schrodinger a 2D para o potencial total V + H 0 , através de uma rotação dos eixos das coordenadas. e determine assim a energia do estado fundamental correspondente. 13. Duas partı́culas indiscernı́veis de spin 1/2 e massa m, com posições r1 e r2 , interagem através do potencial 1 m V (r1 − r2 ) = ( )ω 2 (r1 − r2 )2 + gσ1 · σ2 , 2 2 onde g é uma constante. Para o movimento relativo, a) Determine a energia do estado fundamental, indicando o spin total desse estado. b) Determine a energia do primeiro estado excitado e a sua degenerescência. c) Em t = 0 o sistema encontra-se no seu estado fundamental, quando se aplica ao sistema uma interacção dependente do tempo da forma H 0 = λσ1 · (r1 − r2 ), sendo λ pequeno. Determine como varia em t > t0 a probabilidade do sistema se encontrar no estado fundamental. 14. Um bloco de parafina é colocado num campo magnético uniforme B0 . A parafina é constituı́da por muitos núcleos de hidrogénio que em primeira aproximação interagem apenas com o campo magnético. a) No equilı́brio térmico, qual é a fracção de núcleos de hidrogénio com projecção de spin sz = +1/2 na direcção do campo B? b) Quere-se observar absorção ressonante da radiação de uma campo oscilante H0 . Que direcção dever ter H0 ? c) Qual é a frequência de absorção ressonante? d) Qual é a vantagem na experiência de um valor grande para B0 ? (pense nas imagens produzidas por RNM). 15. Protões (momento magnético µ) estão num campo magnético da forma Bx = B0 senωt e By = B0 senωt, Bz = constante>> B0 . Em t = 0 todos os protões estão polarizados segundo a direcção do eixo dos zz. a) Para que valor de ω existe absorção ressonante? b) Qual é a probabilidade de um protão ter projecção de spin sz = −1/2, no instante t > 0? 16. Uma partı́cula de massa M , carga e e spin zero, move-se no potencial V = k(x2 + y 2 + z 2 ). a) Determine a energias dos 3 primeiros estados, E0 , E1 e E2 . b) Se a partı́cula for perturbada por um pequeno campo magnético H 0 constante, de fraca intensidade e com a direcção do eixo dos zz, qual é a perturbação na energia E2 ? c) Se se aplicar um pequeno campo Axcos(ωt) diga entre que estados podem existir transições. 17. Para a situação da alı́nea c) do exercı́cio 16, suponha que a partı́cula se encontra no estado fundamental no instante t0 = 0 em que a perturbação começa a actuar. a) Determine a probabilidade de se encontrar a partı́cula no estado E1 , num instante t > t0 b) Que valorpode ter a amplitude A, para que o resultado a que chegou tenha sentido? 18. a) Escreva a equação que define o número de onda q do teorema de Bloch para o modelo de Konnig Penney para electrões numa rede de iões descritos por uma sucessão periódica, de passo a, de potenciais δ, designando por k o momento dos electrões. b) Mostre que para momentos k tais que k > nπ/a a equação é impossı́vel. c) Mostre que a energia para a qual o primeiro ”hiato” ou ”gap” de energia se inicia é E = h̄2 π 2 . 2me a2