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SEM CRISE NEM BOLHA: A ECONOMIA
BRASILEIRA VAI BEM, OBRIGADA
COM UMA ECONOMIA SÓLIDA, O BRASIL ENFRENTA BEM A CRISE INTERNACIONAL
QUE ABALA A EUROPA E OUTROS PAÍSES DESENVOLVIDOS E, AO CONTRÁRIO DAS
ESPECULAÇÕES, OS INDICADORES APONTAM O CRESCIMENTO DAS OPERAÇÕES DE
CRÉDITO, QUE DEVERÃO ATINGIR A MARCA DE 16% ESTE ANO, SEGUNDO DADOS DA
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BANCOS (FEBRABAN).
“É totalmente fora de propósito a colocação de que haja formação de bolha de
crédito no Brasil, especialmente no setor
imobiliário”. A afirmação é do economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos
(Febraban), Rubens Sardenberg, que falou
com exclusividade para a revista ADEMI-BA sobre crise internacional, bolha de
crédito imobiliário, entre outros termos
que muito tem se falado nos noticiários
nacionais.
Para Sardenberg, não há motivos para sobressaltos por aqui e o momento é seguro
e propício para quem quiser comprar sua
casa própria. Os números ratificam esse
indicativo. A mediana das expectativas
de 33 bancos participantes da Pesquisa
Febraban de Projeções Macroeconômicas
e Expectativas de Mercado revela que as
operações de crédito da carteira total do
Sistema Financeiro Nacional (SFN) deverão crescer 16% neste ano. Para 2012,
as projeções apontam para a expansão de
15,1%.
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O empresariado baiano também segue
otimista em relação à economia. É o que
revela o último Indicador de Confiança
do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos
Econômicos e Sociais (SEI), autarquia da
Secretaria do Planejamento. Com 123,4
pontos, o ICEB permanece na zona de
Otimismo Moderado, onde está desde o
início do ano. O índice, que no mês de
julho havia apresentado queda, obteve
um leve crescimento de 6,4 pontos, alcançando o valor 5,5% maior que o do mês
anterior. Destaque para o PIB estadual
que, com 416,6 pontos, está na zona de
Otimismo. A pesquisa também revela que
a maioria do empresariado, 54%, acredita
que a Bahia cresça entre 3,0 e 4,9% nos
próximos doze meses, ou seja, estamos
indo bem, de vento em popa.
ADEMI-BA - Na opinião do senhor,
porque tantas pessoas insistem em afirmar que existe a formação de uma bolha
de crédito no Brasil, especialmente no
setor imobiliário?
Rubens Sardenberg - As operações de crédito vêm crescendo de forma expressiva no
Brasil ao longo dos últimos anos. Apenas
para ficar no período mais recente, o saldo
das operações de crédito passou de 25,7 %
do PIB em 2004 para 47,8 % do PIB em
agosto de 2011. Na história econômica
dos países, episódios de crescimento muito
acelerado das operações de crédito são por
vezes associados a bolhas de crédito, que
implicariam numa expansão exagerada
do nível de endividamento das famílias
e das empresas e à formação de preços
elevadamente artificiais (por conta de
uma demanda muito alta) especialmente nos mercados imobiliários. No caso
brasileiro, no entanto, há diversas razões
para se acreditar que estamos vivendo um
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sem crise nem bolha: a economia brasileira vai bem - ademi-ba