A PSICOGÊNESE DA ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS O presente trabalho apresenta algumas reflexões sobre a Psicogênese de Alfabetização de Adultos no processo de capacitação de professores alfabetizadores. O nosso campus atua no programa ALFASOL desde 1999. O pressuposto da Educação de Jovens e Adultos na nossa instituição parte do princípio de que todos aprendem. O processo de ensino aprendizagem parte da construção coletiva, que se constitui em espaço para reflexão envolvendo todos os agentes das práticas educativas. A educação de Jovens e Adultos é vista como educação permanente cujos princípios pedagógicos são: identidade, diversidade, autonomia, interdisciplinaridade e contextualização. A concepção de sujeito é vista como apropriação de seu ser como sujeito reflexivo, expressivo e transformador, tendo em vista uma concepção epistemológica interacionista do conhecimento; o currículo proposto tem por base uma ação dialógica, que, por sua vez, implica em um processo dialético de reflexão-ação-reflexão; a inserção crítica na realidade; a problematização. Tendo como objetivo estudar a psicogênese da língua escrita partindo do pressuposto de que esta aprendizagem envolve um processo de construção pessoal por parte do alfabetizando, preconizamos o uso de metodologias que promovam a construção do conhecimento relativo à escrita/produção e leitura/interpretação textuais, na perspectiva da alfabetização e do letramento. Buscamos o desenvolvimento de um programa de capacitação de professores alfabetizadores com qualidade visando à mudança de práticas pedagógicas ultrapassadas e estagnadas com o intuito de ressignificar o trabalho de alfabetização. E isto implica em romper com antigos paradigmas e teorias de aprendizagem que preconizavam a repetição e a memória como principal instrumento para apropriação da escrita e ter o sujeito como ponto de partida e a sua experiência e vivência pessoal sobre o objeto de conhecimento. 2 Psicogênese da Alfabetização A psicogênese da língua escrita constitui-se por uma seqüência crescente de níveis de complexidade da compreensão do que o sujeito vivência em direção à leitura e à escrita. A construção do objeto conceitual "ler e escrever" faz-se, portanto, durante vários anos, através de um processo progressivo de elaboração pessoal. A aprendizagem da leitura , entendida como o questionamento a respeito da natureza, função e valor desse objeto cultural que é a escrita, inicia-se muito antes do que a escola o imagina, transcorrendo por insuspeitados caminhos. Que além dos métodos, dos manuais, dos recursos didáticos, existe um sujeito que busca a aquisição de conhecimento, que se propõe problemas e trata de solucioná-los seguindo sua própria metodologia. Emília Ferreiro(1999, p.27) A psicogênese da língua escrita, formulada por Emília Ferreiro e colaboradores, é uma teoria. A teoria consiste em um modelo explicativo do real. Uma tentativa de descrever coerentemente o que é comum a todos os processos individuais de alfabetização. A psicogênese da língua escrita mostra que o processo de aprendizagem não é dirigido pelo processo de ensino. As idéias divulgadas desvelaram as hipóteses que os sujeitos constroem para elaborarem a compreensão do funcionamento do código escrito. Ao invés de questionar como o professor deve alfabetizar, Emília Ferreiro enfoca como o aluno se alfabetiza. A vinculação entre a escrita e a fala não tem nada de óbvio para quem está no início do seu processo de alfabetização. E mesmo quando o aprendiz já estabelece a relação entre fala e escrita, a vinculação que se estabelece não é do tipo fonema-grafema. A concepção associacionista parte do pressuposto de que aprender a ler é simplesmente aprender um código de transcrição da fala, isto é, estabelecer associações entre fonemas e grafemas, memorizá-las e, através de mecanismos de análise e síntese, utilizar essas associações seja para ler, seja para escrever. A utilização da correção evidencia um objetivo de punição e controle e está totalmente voltada para o produto final. Na concepção construtivista, o conhecimento é algo a ser produzido, construído pelo aprendiz enquanto sujeito e não objeto da aprendizagem é um processo dialético através do qual ele se apropria da escrita e de si mesmo como usuário e produtor de escrita. 3 Nessa concepção, o professor é visto como um mediador: é alguém que em cada momento, em cada circunstância, toma decisões pedagógicas conscientes. O professor corrige, quando considera que o aluno, naquele momento pode fazer uso da informação que está na correção, e não corrige quando considera que tal informação, para esse aluno não é assimilável, podendo atrapalhar em vez de ajudar. O processo de correção implica uma postura de respeito à produção do aluno. Antigamente acreditava-se que as pessoas não alfabetizadas não sabiam nada sobre a escrita, antes de serem formalmente ensinadas. Hoje sabemos que para aprender a ler e a escrever, o sujeito precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem. Isso significa que a alfabetização não é o desenvolvimento de capacidades relacionadas à percepção, memorização ou ao treino de um conjunto de habilidades sensório motoras. É, antes, um processo no qual as pessoas precisam resolver problemas de natureza lógica até chegarem a compreender de que forma a escrita alfabética em português representa a linguagem, para que possam escrever e ler por si mesmas. Assim a aprendizagem da língua escrita passou a ser concebida como: - a compreensão de um sistema de representação, e não como um código que transcreve a fala; - um aprendizado que coloca diversas questões de ordem conceitual e não somente perceptivo- motoras para o a sujeito; - um processo de construção de conhecimento pelo sujeito, através de práticas que têm, como ponto de partida e de chegada, o uso da linguagem e o livre trânsito pelas práticas sociais da escrita. Como escrevem e lêem as pessoas antes de "saber ler e escrever" ? Ferreiro e Teberoski iniciaram suas pesquisas sobre o processo de construção do sistema de escrita, desenvolvendo a idéia de que as crianças, antes de ler e escrever, 4 convencionalmente, criam hipóteses originais acerca desses sistemas de representação. Nas nossas pesquisas observamos que os adultos também apresentam este comportamento. As crianças e os adultos não alfabetizados pensam qualitativamente diferente dos adultos alfabetizados em relação à escrita, até chegar à hipótese alfabética Esse processo de construção cognitiva se caracteriza por estruturações e sucessivas reestruturações, geradas pelos desequilíbrios originados nas contradições entre esquemas diferentes, mas mesclados em um mesmo momento do processo ou entre os esquemas e a realidade. Ferreiro interpreta que o processo de conceitualização da escrita se caracteriza pela construção e sucessivas formas de diferenciação, tanto dos aspectos quantitativos, quanto qualitativos, em que é possível distinguir três grandes períodos: - O primeiro período caracteriza-se pela distinção entre o modo de representação figurativo e o não-figurativo, ou seja, o sujeito é capaz de fazer a distinção entre "desenhar" e "escrever"; começa a utilizar sinais gráficos diversos (linhas, bolinhas, letras e números) com determinada repetição para representar a escrita. Ou seja, nesse período sujeito consegue diferenciar o sistema de representação da escrita de outros sistemas de representação: fundamentalmente diferencia o desenho da escrita. Os sujeitos começam a utilizar marcas figurativas quando desenham e não figurativas quando escrevem. - No segundo período, verifica-se a construção de formas de diferenciação entre os sinais gráficos que se manifestam pelo controle progressivo das variações, tanto sobre o eixo quantitativo (o sujeito estabelece quantidades diferentes de grafias para representar diferentes palavras), como sob o eixo qualitativo (o sujeito varia o repertório e a posição das grafias para obter escritas diferentes). Essas variações realizadas nesse período correspondem à fase pré-silábica, sendo que uma das características da escrita é a correspondência da quantidade de sinais gráficos ao tamanho do objeto e não ainda, aos sons da fala. - No terceiro período, verifica-se a fonetização da escrita pela atenção que o sujeito começa a dar às propriedades sonoras dos significantes, ou seja, dá-se à descoberta de que as partes da escrita (letras) podem corresponder a outras tantas partes da palavra. Nesse período a pessoa chega a diferenciar as escrituras, relacionando-as com a pauta sonora da fala. 5 Níveis da psicogênese da alfabetização O nível pré-silábico Neste nível, a escrita é alheia a qualquer busca de correspondência entre grafia e sons. Interessam ao sujeito considerações tais como o tipo de grafismo (primitivo ou convencional), ou a quantidade de grafismos. Todas as escritas que não representam nenhum tipo de correspondência sonora com a escrita convencional denominam-se pré-silábicas. Elas representam a escrita de um longo período do processo de alfabetização. Ou seja, no nível pré-silábico os sujeitos que aprendem, têm uma visão sincrética (apreendem o real de maneira global, ligando tudo a tudo) dos elementos da alfabetização. Antes que o sujeito compreenda a possibilidade de que as letras possam ter algum vínculo com a expressão de alguma realidade, isto é, que as letras possam dizer algo, ele faz experiências de ler a realidade em desenhos, gravuras e fotos, ou seja, em imagens gráficas. Ele associa às imagens a capacidade de expressar aspectos do real e nem suspeita que com um conjunto de risquinhos se possa fazer o mesmo. Algumas idéias veiculadas pelas pessoas quando se encontram no nível pré-silábico: está escrito o que eu desejei escrever; escrita sem imagem, não dá para ler, é pura letra; letras ou sílabas não se repetem em uma mesma frase; só lêem-se palavras com três letras ou mais; a escrita de palavras não é estável, numa frase ou texto o código pode mudar; basta ter uma inicial para caracterizar-se uma palavra; a ordem das letras, na palavra, não é importante, basta que estejam todas elas. O nível silábico Quando o sujeito compreende que as diferenças das representações escritas relacionam-se com as diferenças na pauta sonora das palavras, ele se encontra no nível silábico. O sujeito utiliza a hipótese da correspondência quantitativa entre a segmentação oral e os sinais gráficos. Realmente o que define o nível silábico é a segmentação quantitativa das palavras em tantos sinais gráficos quantas são as vezes que se abre a boca para pronunciálas. Em geral, neste nível, o sujeito formula a hipótese de que para cada sílaba oral deve corresponder uma letra (ou sinal gráfico) e qualquer letra pode servir para qualquer som. Essa 6 hipótese se apresenta muito plausível para a pessoa, ela pode optar por associar cada sílaba, ou à sua vogal, ou à sua consoante. Por exemplo boneca poderá ser escrita como BNC ou OEA. O nível silábico – alfabético O sujeito descobre que a sílaba não é uma unidade, mas pode ser reorganizada em elementos menores. Essa descoberta dá-se a partir dos conflitos que a pessoa experimenta na fase silábica, como por exemplo, a escrita de monossílabos. Isso porque, pelas suas descobertas anteriores, uma única letra não basta para representar uma palavra. Um outro conflito se dá pelo contato e atenção maior que a pessoa passa dar à escrita convencional, na qual verifica sempre um maior número de letras para cada palavra do que aquele que suas hipóteses consideravam necessários. O sujeito começa a se dar conta de que existem outras letras para escrever a palavra. A pessoa escreve parte da palavra aplicando a hipótese silábica e parte da palavra analisando os fonemas da sílaba. Geralmente acrescenta as letras no final da palavra, ou colocam fora de ordem. Por exemplo boneca poderá ser escrita como: BNCAOE ou BNEC ou BONCA. O nível alfabético Este nível é evidenciado quando o sujeito começa a fonetizar a sílaba; inicia-se um processo de correspondência entre fonemas e grafemas. As letras começam a se diferenciar a partir da análise fonética . O sujeito consegue compreender que uma sílaba pode ser formada por uma, duas ou três letras. Ainda há uma forte ligação com a oralidade, não havendo total domínio da ortografia, podendo aparecer, também, a separação indevida de palavras não usuais. Ex.: FOLIA (para folha) ou CRIÃOÇAS (para crianças); A QUELE (para aquele). Nesse nível a pessoa ouve a pronúncia de cada sílaba e começa a corresponder às letras. Consiste ainda em uma escrita bastante fonética, pois a tendência da pessoa é escrever exatamente como ela ouve. Verifica-se, nessa fase, a estruturação dos vários elementos que compõem o sistema de escrita. A pessoa distingüe algumas unidades lingüísticas: letras, sílabas e frases. 7 Ler e escrever assumem seus papéis de ações inversas uma da outra, o que antes podia ser ignorado ou omitido. O sujeito faz aqui a correspondência precisa de uma letra para cada fonema da palavra. Passa, portanto, a escrever alfabeticamente. Escritas dos alunos do Programa ALFASOL em parceria com a ULBRA Guaíba-RS Apresentaremos a seguir alguns exemplos de escritas dos alfabetizandos que participaram do programa ALFASOL nos anos de 2001 e 2004 em parceria com a nossa instituição. As escritas de número 1 a 8 representam escritas pré-silábicas: - No exemplo 1, podemos observar uma escrita que ainda necessita do desenho utilizando aspectos figurativos e não-figurativos. - No exemplo 2, evidencia-se uma escrita pré-silábica com a utilização de sinais gráficos para representar a escrita, pois a aluna ainda não utiliza as letras. - Nos exemplo 3 e 4, os alunos escreveram um texto pré-silábico utilizando sinais gráficos que imitam a escrita cursiva. - No exemplo 5, o aluno escreveu três palavras utilizando letras para escrever sem observar a correspondência oral com as palavras escolhidas. - No exemplo 6, observa-se que a aluna escreveu a palavra PRIMAVERA alfabeticamente ,o que, provavelmente copiou ou transcreveu de memória, pois para a escrita da frase não utilizou os mesmos recursos. - No exemplo número 7, o aluno escreveu uma frase utilizando letras para escrever sem observar a correspondência oral com as palavras escolhidas. - No exemplo número 8, o aluno escreveu um texto utilizando letras sem observar a correspondência oral com as palavras escolhidas. A escrita de número 9 apresenta uma escrita silábica, como pode ser observado na escrita da palavra FAZER por FZ. As escritas de número 10 e 11 representam escritas silábica-alfabéticas: 8 - No exemplo 10, temos a escrita de PATA por PLANTA; de MILO por MILHO; de FEIG por FEIJÃO ; de VEDUA por VERDURA; de PIMECIAO por PIMENTÃO; de GERIMO por JERIMUM. - No exemplo 11, temos a escrita de: APRPI e APEDE por APRENDE; QERUAPRD por QUERO APRENDER; ECRV por ESCREVER. As escritas de número 12 a 15 apresentam textos alfabéticos. Se considerarmos a alfabetização na perspectiva do que a escrita representa, de seus valores e usos sociais, bem como a compreensão da estrutura desse sistema de representação, então nossa prática estará direcionada para um ensino que permita ao aluno compreender, desde o início, a função social da escrita e dela faça uso efetivo, construindo-se como leitor e escritor. A partir dos dados apresentados salientamos a importância de se conhecer a Psicogênese da Alfabetização para podermos trabalhar com os nossos alunos no sentido de ressignificar o trabalho de alfabetização de jovens e adultos. Exemplos de escritas pré-silábicas: Nº1 Escrita de uma aluna do programa ALFASOL- 2001 Caracaraí - RO 9 Nº2 Escrita de uma aluna do programa ALFASOL- 2001 Caracaraí - RO Nº 3 Escrita de uma aluna do ALFASOL – Chã Grande – PE 2004/2 10 Nº4 FAZENDEIRO EU GOSTO DA MINHA FAZENDA E DOS MEUS BOIS, EU CUIDO BEM. EU GOSTO DE TODOS OS ANIMAIS. GOSTO TAMBÉM DO CAVALO QUE CARREGA CAPIM. Escrita de um aluno do ALFASOL – Chã Grande – PE 2004/2 ALUNO DO ALFASOL MUNICÍPIO DE CHÃ-GRANDE – 2004-2 Nº 5 UVA, BANANA, MAÇÃ. Escrita de um aluno do ALFASOL – Chã Grande – PE 2004-2 Nº 6 A PRIMAVERA ESTÁ LINDA Escrita de uma aluna do ALFASOL – Chã Grande – PE 2004/2 11 Nº 7 ESSA LÂMPADA É DA MINHA CASA Escrita de um aluno do ALFASOL – Chã Grande – PE 2004/2 Nº8 PAPA FIGO O PAPA FIGO É TODO SUJO ELE CARREGA O MENINO SERRA O MENINO E TIRA O FÍGADO DELE, O PAPA FÍGADO ENTROU NO CARRO E DEU DINHEIRO AO MENINO LEVOU O MENINO PARA BEM LONGE E O MENINO MORRE. Escrita de um aluno do ALFASOL – Chã Grande – PE 2004/2 12 Exemplos de escritas silábicas: )$=(5 Nº9 Escrita de uma aluna do programa ALFASOL- 2004 Exemplos de escritas silábico-alfabéticas: Nº10 Nº 10 O AGRICULTOR ELE PLANTA ROÇA,PLANTA MILHO, FEIJÃO, VERDURA, JERIMUM, BATATA E PIMENTÃO. Escrita de um aluno do ALFASOL – Chã Grande – PE 2004/2 13 DSUHQGH TXHURDSUHQGH HVFUHYHU Escrita de uma aluna do programa ALFASOL- 2004 Chã Grande - PE Exemplos de escritas alfabéticas: Nº 12 Escrita de um aluno do programa ALFASOL- 2004 Chã Grande - PE Nº 11 14 Nº 13 Escrita de uma aluna do programa ALFASOL- 2004 Chã Grande - PE Nº 14 Escrita de um aluno do programa ALFASOL- 2004 Chã Grande - PE 15 Nº 15 Escrita de uma aluna do programa ALFASOL – Chã Grande – PE - 2004 16 Referências Bibliográficas CENTRO DE ESTUDOS DA ESCOLA DA VILA. Estratégias de Ensino do Professor Alfabetizador. Cadernos das Oficinas. Jan/99. FERREIRO, Emilia. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. ________________. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1986. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 39ed. São Paulo: Cortez, 2000. FUCK, Irene Teresinha. Alfabetização de Adultos: relato de um experiência construtivista. 6ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2000. GROSSI, Esther Pillar. 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