Aplicação da curva ABC para uma pequena empresa de serviços Reginaldo Lima Cruz Resumo O Texto discute como a curva ABC pode ser empregada para estabelcer as priroridades de gerencimaneto em um pequena empresa do setor de serviços. Essas prioridades envolvem a seleção do ponto, valor reconhecido pelo cliente e o limite de capacidade para atender a essas demandas. Introdução A administração de materiais é importante para o fluxo de estoques que, hoje, adotam perspectivas estratégicas, por meio de estimativas que orientam a cadeia de negócios como um todo. Sendo assim, a capacidade de antecipar e estimar a demanda permite orientar os gerentes na identificação de prioridades, na correção de imperfeições e na adoção de um calendário comum para as empresas envolvidas. A experiência tem comprovado que o fator abastecimento (ou suprimento) constituiu-se em elemento de vital importância, capaz de determinar o sucesso ou o insucesso de vários empreendimentos. Uma ferramenta para a gestão dos materiais é a metodologia ABC — desenvolvida por Vilfredosociólogo e economista italiano no século XIX hoje, essa metodologia define as prioridades a respeito dos materiais, vendedores e clientes. Este trabalho aborda o emprego dessa metodologia em uma empresa de pequeno porte. Demonstra também algumas particularidades de sua aplicação, em uma perspectiva exploratória, por estudo de caso. METODOLOGIA DE CÁLCULO DA CURVA ABC A curva ABC é uma ferramenta utilizada para definir prioridades em situações nas quais 1 seja aplicável e necessário estabelecer níveis de importância entre itens (ou tarefas) que apresentem maior relevância na execução, formando-se, assim, classes de uma curva. Depois de ordenadas pela importância relativa, as classes de curva ABC podem ser definidas do seguinte modo: Classe A: grupo de itens mais importante, que devem ser tratados com atenção especial. Os itens dessa classe implicam as primeiras decisões sobre os dados levantados e correlacionados, em relação à sua importância monetária. Classe B: grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C. Deverão ser tratados logo após as medidas tomadas em relação aos itens da Classe A, sendo, portanto, secundários também no aspecto monetário. Classe C: grupo de itens menos importante, que exigem pouca atenção. Ainda que volumosos (em quantidade), tais itens têm valor monetário reduzidíssimo, permitindo maior disponibilidade de tempo para sua análise e tomada de ação. Deverão ser tratados somente após os itens das classes A e B terem sido avaliados. Os itens da classe A, embora representem apenas 5% dos itens em estoque, correspondem a 75% do valor de todo o estoque. Os itens da classe B representam 25% dos itens em estoque, porém apenas 20% do valor do estoque. Os itens da classe C, embora representem 70% em estoque, correspondem a somente 5% do valor total do estoque. Figura 4 – In: Viana, João José. Administração de Materiais. São Paulo: Atlas 2000,p. 65. A interpretação objetiva do gráfico conduz ao seguinte resumo: 2 % CLASSE QUANTIDADE DE ITENS % DE VALOR A 5 75 B 20 20 C 75 5 Figura 5 – In: Viana, João José. Administração de Materiais. São Paulo: Atlas, 2000 p. 65. Interpretando-se os resultados obtidos, pode-se afirmar que: a) A classe A representa o grupo de maior valor de consumo e menor quantidade de itens, bem como deve ser gerenciado com especial atenção; b) A classe B representa o grupo intermediário, situado entre as classes A e B; c) A classe C representa o grupo de menor valor de consumo e maior quantidade de itens; portanto, financeiramente menos importante, o que justifica a menor atenção no gerenciamento desse grupo. PLANEJAMENTO Para facilitar a montagem da curva ABC, utiliza-se um diagrama de bloco em que a visualização de todos os aspectos considerados é possível, como segue: Necessidade da Curva ABC 1 Discussão Preliminar Definição de objetivos Verificação de Técnicas para Análise 2 Tratamento de dados Cálculo manual, mecanizado ou eletrônico. Obtenção da Classificação A 3 Classe B e Classe C, sobre ordenação efetuada Tabelas expositivas e traçado do gráfico ABC 4 Análise e Conclusões 5 Providências e decisões Figura 6 - Baseada em: Dias, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: uma abordagem logística, ED. Atlas, 3 2010.. Estudo de Caso A literatura sobre gestão de materiais, com enfoque na gestão de estoques, está voltada para o chão da fábrica. O estudo de caso a seguir pretende mostrar que a metodologia de curva ABC se aplica também aos serviços, tratando-se de uma ferramenta com ampla aplicabilidade, auxiliando o administrador a tomar decisões, assim como ocorre com a curva XYZ. Com base em dados da empresa C. S. Adventure Informática e Serviços Ltda., será realizada a classificação de seus materiais; depois, serão elaboradas tabelas, necessárias para a montagem da curva ABC, determinando-se, na sequência, as prioridades para a realização da atividade profissional. Posteriormente, a curva XYZ será utilizada na análise daqueles itens que são insubstituíveis. O termo LAN surgiu das letras iniciais de "Local Area Network", que quer dizer "rede local", referindo-se, assim, a uma loja ou local de entretenimento, com diversos computadores de última geração, conectados em rede, de modo a permitir a interação de dezenas de jogadores. LAN house é um estabelecimento comercial onde, à semelhança de um cyber café, as pessoas pagam para utilizar um computador com acesso à Internet e a uma rede local, com a finalidade de acessar informação pela rede ou mesmo de entretenimento, inclusive por jogos em rede ou online. No Brasil, o conceito inicial de LAN houses, trazido pela Monkey Paulista, foi baseado no modelo de negócio utilizado em LANs sul-coreanas. A LAN house da Monkey Paulista foi a primeira a existir no Brasil. Inaugurada em São Paulo, iniciou suas atividades em 1998, encerrando-as em 20101. Exatamente uma semana depois, a empresa The @ Game Lan House foi aberta, sendo hoje a mais antiga LAN house ainda em atividade no Brasil. Histórico da Empresa Em meados de 2003, na região do Autódromo de Interlagos, em São Paulo, três irmãos tiveram a ideia de abrir um negócio em sociedade e explorar um mercado cheio de oportunidades 1 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/LAN_house#cite_note-1, Acesso em:25/07/2010 . 4 no país: o de LAN Houses. O primeiro, o mais velho, casado, pai de uma filha, microempresário, proprietário de uma loja de peças e acessórios para motocicletas, situada na região do Grajaú, também em São Paulo. O segundo, casado, pai de uma filha, formado em Ciências Contábeis e cursando Administração de Empresas, trabalhando em escritório de Contabilidade, na região de Congonhas, São Paulo. O terceiro, mais jovem, estudante de Educação Física e instrutor de treinamento em uma academia de ginástica, na área do Ibirapuera, em São Paulo. Além dessa breve descrição, cada um deles apresenta um perfil diferente. O mais velho, o sobrevivente, adepto do lema “em time que está ganhando, não se mexe”; o contador, com um perfil autossuficiente; e o instrutor de academia, com um perfil de sonhador. Era uma novidade: um estabelecimento comercial, com computadores ligados em rede, fornecendo acesso à Internet, a todo tipo de público, e com jogos disputados em rede. A Internet era conhecida por muitos, mas ainda não se tinha acesso fácil a ela, em função dos altos custos. No início, a conexão utilizava uma linha de telefone fixo, que era ocupada pelo período em que se estivesse conectado à rede, aumentando consideravelmente o custo da conta telefônica. O acesso era lento, por ser uma conexão discada. Em um segundo momento, chegou ao país a conexão de banda larga, o que tornou o acesso à Internet mais rápido, liberou a linha de telefone fixo para as chamadas habituais, e baixou os custos, otimizando o produto. Os três sócios procuraram um ponto comercial na região de Interlagos (SP), para ficarem próximos de suas respectivas residências. Eles acreditavam que seria mais fácil a gestão do negócio se ele fosse mais perto de casa, uma vez que os três tinham outras atividades profissionais. O irmão mais velho foi incumbido de montar a estrutura do negócio, a compra e a montagem dos equipamentos. O contador cuidou das questões burocráticas, do contrato social, da abertura da empresa e do contrato de locação do imóvel. O instrutor de academia ficou responsável por selecionar e contratar as pessoas que trabalhariam nesse novo empreendimento. Após o cumprimento dessas etapas, chegou o dia da inauguração da loja, cujo nome fantasia adotado foi Adventure Lan House, sendo oficialmente registrada como C. S. Adventure Informática Ltda. A Adventure Lan House iniciou suas atividades no mês de setembro de 2003, com dezessete máquinas e um servidor, além de quatro funcionários, dois por turno (um operando o caixa, e outro auxiliando os clientes que não tinham intimidade com os computadores, principalmente com a Internet). 5 O negócio superou as expectativas e o retorno financeiro não demorou. Em aproximadamente cinco meses, o capital investido já havia retornado aos sócios, o que lhes despertou a vontade de expandir o negócio. Até porque o fluxo de clientes era maior do que a capacidade de atendimento da loja naquele momento. Firmaram um novo contrato de locação com o proprietário do imóvel, em que estava prevista a ampliação do espaço físico, pela utilização de uma área vizinha, ainda não construída. Isso melhorou o layout da loja. Mais máquinas foram adquiridas, totalizando vinte e seis, que funcionavam com dois servidores. Essa reestruturação aproximou a oferta da prestação de serviço e a demanda existente. Não demorou, e os sócios decidiram abrir uma nova loja, agora para atender aos consumidores de um bairro vizinho, sempre mantendo o pensamento que, quanto mais perto, melhor a gestão. A primeira loja estava indo muito bem, tinha uma carteira de clientes fiéis, e acabou por se transformar num um ponto de encontro dos jovens da região. Dava ótimo retorno financeiro, muito lucrativa, sendo desse lucro que, em meados de 2006, a segunda loja foi inaugurada, com a mesma razão social, mas com o nome fantasia Virtual World. Com uma capacidade de atendimento maior do que a da matriz, a filial foi um sucesso logo nos primeiros meses. Após o período de sucesso, o perfil dos clientes da C. S. Adventure Informática Ltda. foi mudando. Os jogos, que eram muito procurados pelos jovens, perderam espaço para o acesso à Internet. No início, o que representava, aproximadamente, 60% de jogos e 40% de Internet, passou a ser 90% de Internet e apenas 10% de jogos. Essa mudança foi fatal para o desempenho do negócio, pois a estrutura montada não previa essa vertente mercadológica. Tudo fora planejado para atender às condições do cenário inicial. O aparecimento de problemas foi inevitável. A ausência de um plano tático, com ações estratégicas para se adaptar às novas características e à demanda dos clientes, ocasionou uma perda de mercado, porque os concorrentes que vieram já surgiam nesse novo cenário e conseguiam atender as expectativas dos clientes. Enquanto isso, a Adventure, que sempre foi referência de mercado na sua região, perdeu espaço no mercado (market share) Os sócios, com negócios paralelos, não se atentavam para a gestão de estoques na loja. Mesmo sendo uma prestadora de serviços, a administração dos materiais deve ser eficiente e, no caso da Adventure, a mudança do perfil dos clientes exigia isso. Porém, os irmãos não tiveram essa visão empresarial. A falta de gestão competente nesse setor culminou no fechamento de uma das lojas da Adventure, em junho de 2009. 6 Poderiam ser apontados muitos aspectos que contribuíram para o fechamento, mas os principais foram o equívoco na definição sobre a capacidade de atendimento e a falta de gestão de materiais: os clientes passaram a ser mais exigentes, desenvolvendo o hábito de consumir outros produtos, como refrigerantes, energéticos, salgadinhos, além de solicitarem a impressão de documentos, a rapidez na reposição de peças das máquinas e, claro, o acesso contínuo à Internet. A gestão do estoque de materiais era mal administrada, de forma que não obedecia a uma ordem para a regularidade dos pedidos, o que acarretou a diminuição da capacidade de atendimento da Adventure. Tornou-se situação constante os clientes saírem da loja sem ter suas necessidades atendidas, naquele momento, por falta de determinado material ou produto que, às vezes, demorava até cinco dias para ser reabastecido. Essa displicência foi minando a carteira de clientes, que iam pela primeira ou segunda vez à loja, mas não retornavam uma terceira, por não terem sido atendidos nas vezes anteriores. A outra loja, a Virtual World está se encaminhando para o mesmo final, mas para evitar que tenha o mesmo desfecho, aos seus proprietários será proposta uma solução que prevê a utilização de uma ferramenta da administração de materiais. Solução proposta pela Curva ABC e pela determinação da capacidade de atendimento Garantir o abastecimento constante dos produtos é algo fundamental para as empresas. Organizar e separar o que é essencial do que é secundário possibilita tratamento diferenciado para cada item. A curva ABC é uma ferramenta utilizada para definir prioridades em situações nas quais seja aplicável e necessário o estabelecimento de níveis de importância, ou seja, constatar que um item ou uma tarefa apresenta maior relevância na ordem de execução do que outra. Para a montagem da curva ABC da Adventure, a uniformidade dos dados coletados é primordial para consciência das conclusões. A definição das classes A, B e C obedece a critérios de bom senso dos controles a serem estabelecidos: de maneira genérica, a classe A corresponde a 20%, a classe B a 30%, e a classe C a 50%. Claro que não são números exatos, pois vão depender ou variar, conforme as diferentes necessidades de tratamentos administrativos a serem aplicados. 7 Nesta primeira tabela, são ordenados os materiais utilizados pela Adventure, no período de um mês, por fornecedor2, consumo, preço unitário e valor total do consumo. Na última coluna (valor de consumo mensal em R$), é feita a multiplicação do preço unitário de cada material pelo número de vezes em que é utilizado pela Adventure. TABELA MESTRA DOS MATERIAIS FORNEC EDOR PRE MATERIAL ÇO VALOR DE CONSUMO UNIT ARIO MENSAL EM UNIDADES CONSUMO MENSALL EM UNIDADES 400.0 Telefônica Banda Larga 0 1 400.00 Elma chps Salgadinhos 0.90 30 27.00 0.30 80 24.00 Desinfetante 2.00 6 12.00 Chocolate 0.90 30 27.00 Açaí 10.00 3 30.00 Refrigerante 1.00 30 30.00 0.50 50 25.00 15.00 6 90.00 1 100.00 50.00 1 50.00 1.99 8 15.92 1.00 20 20.00 Papel Manutan Higiênico F. N. Limpeza Sagat Doces Rei do Açaí Adega Grajaú Casa do Mínimo Água Mineral Japa Papeis Papel A4 100.0 Infor Jet Tonner 0 A3 Informática F. N. Limpeza A3 Informática Jogos Limpeza multiuso Mídias CDR e DVDR 2 O dado fornecedor está sendo relacionado para uma melhor tomada de decisão, posto que o conhecimento do perfil do parceiro comercial é muito importante na hora de uma negociação. 8 Japa Papeis Caneta 0.35 30 10.50 Depois de dispor os materiais utilizados pela Adventure na primeira tabela, relacionando fornecedor, valor unitário, quantidade e valor de consumo mensal, é a hora de ordenar os materiais de acordo com o grau, identificado pelo valor monetário, do maior para o menor. A partir dessa ordenação, identifica-se o valor de consumo acumulado, que é encontrado pela soma do valor de consumo da linha anterior, item por item. Posteriormente, pela fórmula . VCA_ = _X_ TA , em que VCA é o valor de 100 consumo acumulado, TA é o valor total do consumo acumulado, e X é o valor % a ser calculado para cada material. Na ultima coluna, a porcentagem encontrada sobre os valores dos materiais são somadas, uma a uma, sempre fazendo a soma linha por linha, até se chegar a 100%. TABELA DA DETERMINAÇÃO DO GRAU G CON RAU MATERIAL SUMO CONSUMO ACULULADO VALOR CONSUMO DO VALOR DO CONSUMO ACUMULADO 400.0 1 Banda Larga 0 400.00 46,43% 46,43% 500.00 11.60% 58,03% 100.0 2 Tonner 0 3 Papel A4 90.00 590.00 10,44% 68,47% 4 Jogos 50.00 640.00 5.80% 74,27% 5 Refrigerante 30.00 670.00 3,48% 77,75% 6 Salgadinhos 30.00 700.00 3,48% 81,23% 7 Chocolate 27.00 727.00 3,13% 84,36% 27.00 754.00 3,13% 87,49% 25.00 779.00 2.90% 90,39% 24.00 803.00 2,78% 93,17% Mídias CDR 8 e DVDR 0 9 Açaí 1 Água Mineral 9 1 Limpeza multiuso 1 20.00 823.00 2,32% 95,49% 15.92 838.92 1,84% 97,33% 12.00 850,92 1,39% 98,73% 10.50 861,42 1.21% 100% 1 2 Desinfetante 1 Papel Higiênico 3 1 Caneta 4 Determinar as classes é o próximo passo. A maioria dos autores e consultores dizem que, para a determinação das classes na curva ABC, deve-se adotar o seguinte critério: A = 20%; B = 30% e C = 50% dos itens. Mas isso são valores aproximados; não são, necessariamente, esses, tal como demonstra a seguinte tabela de definição das classes: TABELA DE DETERMINAÇÃO DAS CLASSES A, B, C MATERI AL CUSTO UNIDAES CON SUMO DE VALOR MÊS EM R$ MAT R$ ERIAIS PORCENTAGEM E ACU OTAL Banda Larga SOBR MULADO ACU TOTAL MULADO 4 400.00 1 00.00 46,43 400.00 46,43% % 58,03 Tonner 100.00 1 00.00 500.00 11.60% % 68,47 Papel A4 15.00 6 0.00 590.00 10,44% % 74,27 Jogos 50.00 1 0.00 640.00 5.80% % Refrigeran te 77,75 1.00 30 0.00 670.00 3,48% % 81,23 Açaí 10.00 3 0.00 700.00 3,48% % 2 Chocolate 0.90 30 7.00 Salgadinh os 727.00 3,13% % 2 0.90 30 7.00 Água Mineral 84,36 87,49 754.00 3,13% % 2 0.50 50 5.00 90,39 779.00 2.90% % 10 Papel 2 Higiênico 0.30 80 4.00 Mídias 93,17 803.00 2,78% % 2 CDR e DVDR 1.00 20 0.00 95,49 823.00 2,32% % Limpeza multiuso 97,33 1.99 8 5.92 838.92 1,84% % Desinfetan te Caneta 98,73 2.00 6 2.00 850,92 1,39% 0.35 30 0.50 861,42 1.21% % 100% Essa tabela estabelece as classes fundamentais para a montagem do gráfico abaixo: Através da figura abaixo pode determinar as porcentagens em relação a quantidade com a leitura do eixo das abscissas e com relação ao valor com a leitura do eixo das ordenadas com isso chega –se a o seguinte resultado demonstrado na figura abaixo: CLASSE A = 2,70 dos materiais correspondendo a 68,47% do valor total CLASSE B =31,75 dos materiais correspondendo a 19,02 % do valor total CASSE C = 65,54 dos materiais correspondendo a 12,51 % do valor total Depois de passar por todas as etapas do método de calculo e pela montagem da curva ABC, são constatados os seguintes resultados: 1. Os itens banda larga, tonner e papel A4 são pertencentes à classe A. Como já prevê o conceito da curva ABC, eles existem em menor quantidade de itens, porem são os materiais de maior valor e, por isso, merecem a atenção prioritária da administração de materiais. 2. Os itens jogos, açaí, refrigerante, salgados e chocolate, compõem a classe B. 11 Estando em uma situação intermediária, também merecem atenção da administração de materiais, porém não tanto como os itens da classe A, que representam maior peso financeiro. 3. Os itens água mineral, papel higiênico, mídias CDR e DVDR, limpeza multiuso, desinfetante e caneta correspondem à classe C, representando maior quantidade de itens, porém de menor valor em relação às classes A e B, mas, nem por isso, deixando de merecer igual atenção dos administradores de materiais. Conclusão A gestão dos materiais pela C.S. Adventure Informática Ltda, utilizando as ferramentas da curva ABC, conseguiu determinar as suas prioridades, estabelecendo os itens que representavam maior valor monetário, mesmo sendo em menor quantidade do que os demais componentes, bem como conseguiu reconhecer a igualdade da atenção a ser dispensada pelo gestor em todas as aquisições. A determinação dos diversos níveis de capacidade também contribui para que os sócios possam projetar as demandas e as expectativas dos clientes, posto que o planejamento da capacidade facilita a percepção do posicionamento da marca no mercado, aferindo-se tanto a capacidade de atendimento quanto os riscos e os lucros que os sócios estão dispostos a suportar, tendo em vista o porte da empresa que querem: se vai ser a empresa do segmento na sua região que vai trabalhar com uma margem maior de lucro, majorando um pouco os preços, porém oferecendo sempre seus serviços de maneira rápida e eficiente, praticando uma gestão de estoque com uma boa margem de segurança e programação de pedidos, além de procurar estabelecer uma relação de parcerias com os seus fornecedores; ou, se vai trabalhar sem estoques e vai assumir mais riscos quanto ao não atendimento da demanda por falta de material, tornando-se uma empresa comum no segmento e com forte tendência ao fechamento, o que é fato corrente nas empresas neste segmento de mercado e na região onde ela está localizada. Com a curva XYZ, os sócios têm conhecimentos sobre o essencial: os materiais críticos que nunca devem faltar na empresa, porque a sua ausência resulta no travamento das atividades comerciais da C.S. Adventure Informática Ltda. Bibliografia 12 VIANA, João José. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 2000. DIAS, Marcos Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2010, 5ª, edição. 13